Os Deuses do Sonho Grego: Oneiros!
Hipnos (do grego Ὕπνος, Hýpnos, “sono”) era a
personificação do sono; seu equivalente romano era conhecido como Somnus (Sono)
ou Sopor. Segundo a Teogonia de Hesíodo, era filho de Nix, sem pai; segundo o
pseudo-Higino, era filho de Érebo e Nix. Em qualquer dos casos, é irmão
gêmeo de Tânatos, a Morte.
Nos poemas homéricos, Hipnos habita a ilha de Lemnos, mas
Virgílio o deslocou para os Infernos e Ovídio para o país dos Cimérios, às
bordas do reino dos mortos. Nesta concepção, Hipnos residia no Érebo, a terra
da escuridão eterna, além dos portões do sol nascente, de onde se ergue a cada
noite no cortejo de sua mãe Nix. Hipnos era frequentemente representado junto
com Tânatos e os Oneiros, principalmente Morfeu, que é seu principal servidor e
impede que ruídos o acordem. Em Esparta, a imagem de Hipnos era sempre
acompanhada pela de Tânatos.
Os gregos representavam Hipnos como um jovem nu com asas nos
ombros ou na testa. Às vezes é mostrado como adormecido em um leito de penas
com cortinas negras à volta. Seus atributos incluem um chifre contendo ópio, um
talo de papoula, um ramo gotejando água do rio Lete (Esquecimento) e uma tocha
invertida.
Para Hesíodo e o pseudo-Higino, Hipnos é irmão dos Oneiros
(Sonhos), enquanto para Ovídio, é o seu pai. A cada noite os Oneiros emergem de
seu cavernoso lar no Érebo como morcegos, através de dois portais. Um dos
portais, de chifre, saem os sonhos proféticos enviados pelos deuses, enquanto
do outro, de marfim, saem os sonhos falsos e sem sentido. O termo grego para
pesadelo era melas oneiros (sonho negro).
OS ONEIROS
MORFEU
Deus dos sonhos, ele dispunha de grandes asas que o fazia
vagar silenciosamente pelos mais distantes lugares do planeta Terra. Ao
aproveitar do repouso dos homens, Morfeu assumia formas humanas e ocupava os
sonhos de quem quisesse, aparecendo nos sonhos das pessoas como se fosse a
pessoa amada por aquele determinado indivíduo. Desse modo, os gregos
acreditavam que uma noite bem dormida e seus vários efeitos positivos só seriam
explicados pela presença dessa divindade em seus sonhos. Morfeu foi mencionado
na obra Metamorfoses de Ovídio como um deus vivendo numa cama feita de ébano
numa escura caverna decorada com flores. Em nosso cotidiano, é comum muitas
pessoas celebrarem uma noite bem dormida dizendo que “caiu nos braços de
Morfeu”. Foi justamente por meio dessa expressão e da história de Morfeu que um
dos mais potentes analgésicos existentes, a morfina, ganhou esse nome.
ÍCELO
Na mitologia grega, Ícelo (Ikelos, “aparência”) ou Fobetor
(Phobetor, “assustador”) era um dos Oneiros, personificações do ato de sonhar.
De acordo com Hesíodo, Fobetor era filho de Nix, deusa primordial da noite,
produzido partenogeneticamente ou, segundo o autor romano Cícero , com Érebo, a
personificação da escuridão.
Fobetor tinha a capacidade de aparecer no reino dos mortais
na forma de diversos animais, e alterar sua forma física para interagir com os
mortais neste mundo; personificação dos pesadelos aparecia nos sonhos na forma
de animais ou monstros. Entre os próprios deuses, no entanto, era conhecido
pelo seu nome real, Ícelo; juntamente com seus irmãos vivia na terra dos sonhos
(Demos Oneiroi), parte do Hades, o mundo inferior dos antigos gregos.
FÂNTASO
Fântaso (possivelmente do grego Φαντασος, transl. Phantasos,
pelo latim Phantasus) era o deus da fantasia. Foi, nas mitologias greco-romanas,
o filho de Hipnos, e um dos Oneiros. Aparecia nos sonhos, na forma de objetos
inanimados.
oferendas: silêncio, sono.
cores: Branco, preto, prata.
velas: brancas.
espero que tenham gostado! que os deuses lhe abençoem!
Raffi Souza