A deusa da fartura e
plenitude: Fulla!
Na mitologia nórdica, Fulla é uma deusa de cabelos loiros,
uma das servas e muito provavelmente irmã de Frigga, que cuida de sua caixa
mágica. Pode ser que seja uma das Asynjor (termo feminino para Aesir) Na
mitologia nórdica, Fulla é uma deusa de cabelos loiros, uma das servas e muito
provavelmente irmã de Frigga, que cuida de sua caixa mágica. Pode ser que seja
uma das Asynjor.
a deusa escandinava da Terra e da abundância, cujo nome
originou a palavra inglesa “full” (cheio). Considerada equivalente da Deusa
Celta Habonde e da Deusa Romana Abundita, Fulla era descrita como uma mulher
linda e robusta, com cabelos louros presos por uma tiara de ouro e carregando
um cofre com riquezas da terra.
” Se quiseres tentar desvendar os Mistérios do Universo
reservados a ti, desenha ou constrói para ti uma pequena caixa.
Dentro dela descreves todas as tuas habilidades que te são
naturais. Depois escreves também, tudo que te é mais precioso nesta Vida: tua
Saúde, teus filhos, teu Amor, Riquezas do Espírito e Materiais. E guarde-as
como seu tesouro, para que os Deuses e Deusas possam todas as Auroras
abençoar.”
Fulla é considerada a guardiã dos “Mistérios Femininos”. A
mulher pode pedir a ela que, da mesma maneira que abre o cofre de Frigga,
ajude-a a ter acesso a seu tesouro oculto, revelando todo seu potencial inato.
Para invocar o poder de Fulla, deve-se antes refletir sobre o que se deseja
descobrir ou revelar e qual a ajuda ou orientação específica que se deseja
receber dela.
ELEMENTOS: terra, metais
ANIMAIS TOTÊMICOS: lebre, esquilo, vaca
CORES: verde, dourado, prateado
ÁRVORES: frutíferas
PLANTAS: jacinto, mil-folhas, rododendro
PEDRAS: pedra-da-lua, jade, pedra-do-sol
DATAS DE CELEBRAÇÃO: 06/08, 31/12
SÍMBOLOS: joias, pedras preciosas, ouro, cofre com moedas,
cornucópia, lua cheia, potes com mantimentos, vasilhas cheias, colheita, caixa
de música, caixa de joias.
RITUAIS: para atrair abundância e realizar suas aspirações
materiais; para revelações e orientações; para desenvolver o potencial inato e
latente.
PALAVRA-CHAVE: abundância (interna e externa)
RUNAS: feoh, jera, perdhro, berkana
Fulla é a Deusa Virgem Nórdica da Abundância, também era a
Guardiã das joias da Poderosa Deusa Frigga, a Deusa do Amor.
A Caixa de Frigga segundo as Antigas Lendas, guardaria todos
os Mistérios da Mulher.
Fulla neste contexto representaria a única Deusa de total
confiança de Frigga, que por sua Pureza de Alma seria a única criatura capaz de
abrir a Caixa Mágica de Frigga respeitando e preservando em segurança os
Mistérios e Tesouros jamais revelados a nenhum Mortal.
Para aqueles que desejarem a interseção de Fulla, a linda
Deusa Nórdica da Abundância lhes envia a seguinte Mensagem:
" Se quiseres tentar desvendar os Mistérios do Universo
reservados a ti, desenha ou constrói para ti uma pequena caixa.
Dentro dela descreves todas as tuas habilidades que te são
naturais. Depois escreves também, tudo que te é mais precioso nesta Vida: tua
Saúde, teus filhos, teu Amor, Riquezas do Espírito e Materiais.
Feito isto guarda está tua preciosa caixinha em um local
onde ninguém possa vê-la exceto ti mesmo (a).
E lembra : Se desejares do fundo de tua Alma pedires meu
auxílio em alguma necessidade, pedes com Fé e respeito e que Digno seja teu
propósito, pois assim não me furtarei em te ajudar de pronto, porém sempre que desejares
meus favores não te esqueças de levar contigo tua Caixa Mágica, nela estão
guardados os Mistérios e Tesouros que nesta Vida a ti estão reservados e que eu
Fulla, Deusa da Abundância humildemente te ajudarei a compreender e conquistar
! "
Fulla era uma deusa misteriosa, citada em algumas fontes
como sendo irmã de Frigga, guardiã do seu baú com tesouros. Essas riquezas eram
tanto materiais, quanto mentais e espirituais, a sua abundância representando
os dons ocultos ou não desenvolvidos. Em outras fontes é descrita como irmã de
Eir, auxiliando-a nas práticas curativas. Como seu nome equivalia a “cheio”,
supõe-se que Fulla representasse a lua cheia, enquanto Bil era associada à fase
crescente e Hel à luz minguante e negra. Seu arquétipo permaneceu na literatura
medieval e nos contos populares como “a fada das riquezas” ou a deusa Habondia
ou Abundia, cultuada pelas bruxas europeias como a padroeira da prosperidade.
Fulla era descrita como uma linda jovem, com longos cabelos
dourados e soltos, tendo na cabeça uma tiara de ouro; os cabelos soltos eram
típicos das moças solteiras na antiga sociedade nórdica, enquanto a tiara era
um sinal de nobreza.
A principal função de Fulla era de companheira, conselheira
e confidente de Frigga, guardiã das bênçãos de fertilidade e prosperidade,
simbolizadas pelos tesouros do baú. Dizia-se também que ela cuidava dos sapatos
de Frigga, outro símbolo de fertilidade, riqueza e prestígio, além de indicar
viagens e o papel de mensageira, que era assumido às vezes por Fulla além da
deusa Gna. A presença de Fulla nos encontros e concílios dos deuses confirmava
a sua posição de destaque e a sua participação em certas decisões. No mito de
Baldur, é mencionado um anel de ouro que a deusa Nanna enviou do reino de Hel
para Fulla, reforçando o aspecto de abundância da terra fertilizada pelas
riquezas contidas no seu escuro ventre.
Fulla representava as qualidades de lealdade, apoio,
generosidade, amizade e irmandade entre mulheres, que sabiam preservar seus
segredos e se apoiavam mutuamente nos momentos difíceis, complementando assim
as qualidades maternais de Frigga. Ela personifica o lado jovem e alegre de
cada mulher, mesmo quando sobrecarregada pelos deveres maternais, familiares e
profissionais, que não anulam a personalidade original, mesmo obscurecendo-a às
vezes e que se manifestam nos momentos de alegria, celebração e prazer.
Fulla era considerada a “guardiã dos mistérios femininos”,
que permitia e auxiliava as mulheres a terem acesso a seus tesouros ocultos,
resgatando e expressando assim seu potencial inato. Ela também favorecia a
prosperidade e o bem-estar familiar e, quando invocada, sua energia estava
presente nos mantimentos das despensas, nos estábulos e granários, nos pomares
e terras cultivadas, nos recursos familiares, nas joias e bens de cada mulher,
sendo honrada como guardiã e protetora de todas as mulheres.
No seu papel de confidente e hábil estrategista, Fulla era
vista como uma boa conselheira em vários assuntos, principalmente os que
requeriam sutileza e perspicácia, atuando também como uma emissária que
intercedia para obter a ajuda de Frigga nos assuntos ligados à família, lar,
bens e bem-estar. Nos Eddas menciona-se que Fulla partilhava dos segredos de
Frigga, agindo como colaboradora nos seus planos e, muitas vezes, como sua
conselheira ou mensageira.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.