10 março 2019

O Deus celta da cerveja: Sucellus!


O deus celta da cerveja: Sucellus!



Na mitologia celta, Sucellus era o deus da agricultura, florestas e bebidas alcoólicas, da província romana da Lusitânia.
De acordo com Monsieur Reinach, citado por George Henderson, Sucellus era um epíteto do deus celta Dis Pater, de quem, segundo Júlio César, os gauleses eram descendentes. Ainda segundo Monsieur Reinach, ele era representado vestido com roupas de lobo, semelhante à imagem etrusca de Caronte. Segundo George Henderson, este deus, originalmente, era um lobo, seria identificado com o deus latino Silvano; assim como os romanos eram descendentes de Rômulo, os gauleses também seriam filhos de um lobo, o que teria levado os Averni a se declararem como irmãos dos latinos.
Sua mulher era uma deusa da água, Nantosuetta (ou Nantosuelta, "rio serpeante"), outra figura da fertilidade, que era também deusa do lar. Suas águas eram curativas e revigorantes. De cabelos cacheados soltos, carregava uma cornucópia, símbolo de abundância, e, muitas vezes, corvos a rodeavam. Dizia-se que cuidava das raízes das plantas e, portanto, poderia passear pelo Reino Subterrâneo. Alguns mitos a colocavam até como governante ou responsável por guiar os espíritos. Dessa forma, foi comparada a Perséfone grega.
Estátuas dos dois juntos eram comuns em domicílios celtas, associadas à prosperidade. Foram adorados principalmente na Lusitânia (Portugal) e na Gália (França).  Nantosuetta foi associada a Morrigan entre os celtas britânicos.
Na mitologia celta, Sucellus era o deus da agricultura, florestas e bebidas alcoólicas, por vezes qualificado como rei dos deuses, carregava um grande martelo de cabo longo. O seu nome significava O que Bate Bem. Ele usava o martelo para bater na terra, acordando as plantas e anunciando o início da primavera.
Sua mulher era a deusa da natureza Nantosvelta, outra figura da fertilidade, que era também deusa do lar. Quando juntos, são frequentemente acompanhados por símbolos associados à prosperidade e domesticidade. Este deus também era venerado entre os lusitanos. Sucellus representa a fertilidade e é um dos deuses mais poderosos da mitologia Celta.
Este deus celta foi sobretudo venerado no continente, sendo casado com Nantosuetta (entre outras).
O seu nome pode significar o que bate com força, sendo representado com um porte atlético, barba, coberto apenas com uma pele de lobo ou com vestes engalanadas.
Aparece reproduzido com uma taça e uma bolsa, o que pode indicar uma relação com a fertilidade, havendo também representações suas com um martelo ou cetro encimado pela cabeça de um martelo (o que pode remeter para a hipótese de ser um deus relacionado com a morte, apesar de ser mais provável que seja um talismã ou mero símbolo). A taça poderá conter uma bebida, que seria o produto da colheita levada a bom termo devido à proteção do deus. Era representado também com atributos como círculos e cruzes na roupa, possivelmente aludindo ao céu.
Somente se conhecem representações suas na Gália de influência romana, sendo muitas vezes confundido com o deus Silvano (deus da floresta) por terem os mesmos atributos, emprestados reciprocamente.
Sucellus era conhecido por embebedar belas jovens e violentá-las, porém, também era responsável pelas plantações e boas colheitas. Portanto, havia uma relação dúbia quanto ao culto a este deus, pois os homens necessitavam manter Sucellus por perto, a fim de colher os frutos da primavera, entretanto, também precisavam proteger suas esposas e, sobretudo, suas filhas para que não fossem as próximas vítimas do deus.
Muitas vezes, a figura de Sucellus o mostrava com uma vara cuja ponta continha um pote de cerveja em uma de suas mãos e, na outra, segurava uma taça contendo alguma bebida alcoólica. Esta representação simbolizava o produto das colheitas, que foram feitas graças às suas bênçãos.
O deus também era constantemente representado usando um martelo de cabo longo, sendo muitas vezes usado como seu símbolo. Ele usava tal instrumento para bater e ferir a terra, acordando as plantas a fim de anunciar o início da primavera. Algumas interpretações também sugerem que este martelo era, na verdade, uma arma, tornando-o, portanto, um grande guerreiro ou um caçador. De qualquer forma, o martelo não deixa de ser importante como forma de representá-lo.
Sucellus é geralmente apresentado como um senhor de meia-idade, de porte atlético, com longa barba, vestindo uma túnica ou uma pele de lobo. Também podia ser representado com uma coroa de folhas na cabeça e, ao seu lado, sempre estava um cão de caça. Às vezes, aparecia com vestes estampadas de círculos e cruzes, simbolizando uma conexão com o céu.
É Deus: das bebidas alcoólicas (principalmente a cerveja), fertilidade, colheitas, violência, agricultura.
Cores: verde, amarelo, azul.
Oferendas: trigo, cevada, cerveja, bebidas alcoólicas.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.