15 janeiro 2019

A serpente emplumada: Quetzalcóal!


A serpente emplumada: Quetzalcóal!



A cultura Maia é muito ampla e conta a historia de vários deuses, mas hoje neste artigo queremos falar especificamente do Deus Maia do vento, Quetzalcóal, considerado como um dos maiores deuses antigos, adorado em toda Mesoamérica.
Seu nome está composto por duas palavras, quetzal, que é uma ave de bela plumagem que habita a selva do sudeste de México e parte de Centro América, e cóatl, que significa “serpente”, sendo traduzido ou interpretado pelos espanhóis como “serpente emplumada”.
Igualmente, é qualificado como o criador das cinco idades cósmicas dos homens, dador de vida a custa de seu sangue, que junto com Tlaloc juntaram as formigas para alimentar os homens. Segundo a lenda, ele caiu na armadilha dos feiticeiros e do pecado, saiu de Tollan, indo para “o lugar da queima”, previu  seu regresso e se incinerou.
Disse-se que era o filho de Camaxtli e Chimalma, nasceu em Michatlauhco, sua mãe morreu durante seu nascimento e foi educado por seus avós. A lenda diz que Quetzalcoatl e seu irmão gêmeo Xólotl, descenderam ao inferno, para recuperar os ossos humanos, que ao receber gotas de seu sangue começaram a ressuscitar, pelo qual os homens se consideram filhos de Quetzalcóatl.
Além disso, era um Deus criador e da sabedoria, ele ensinou para os humanos a cultivar, a ourivesaria, astronomia, matemáticas, cerâmica, construção, medicina, a prática de penitencias e o auto sacrifício. Representa um Deus benévolo que leva ao redor do seu pescoço uma “joia do vento”, feita de uma concha e sua cabeça foi adornada com um jaguar e uma pequena tampa, um osso sobressai da cabeça do que flui o sangue que nutre seu nahualli, ou pássaro Quetzal.
Os Maias e Astecas veneravam as plumas do Quetzal como uma alegoria do crescimento das plantas. Eram muito valiosas e os mais poderosos as levavam em suas vestimentas. Desta maneira, governantes e nobres se distinguiam do resto aproximando-se ao Deus Quetzalcóatl. Um dos tocados mais famosos é o penacho atribuído a Moctezuma. Para conseguir as longas plumas iridescentes, deviam capturar a ave e depois libera-la. Matar a um Quetzal era um crime castigado com pena de morte.
O Deus Maia do vento, Quetzalcóatl, foi representado em muitas formas, uma delas é como um homem de pele branca, cabelos e barba ruivos, com unas orelheiras de concha, o corpo pintado de negro, um chapéu cónico e os instrumentos para auto sacrifício como farpas de piteira e furador de osso. Em 1519, quando o conquistador Hernán Cortés chegou a Mesoamérica, o imperador asteca, Moctezuma Xocoyotzin, acreditou que Cortés era o Deus Quetzalcóatl e por isso facilitou a conquista espanhola.
Finalmente, os ensinamentos de Quetzalcóatl ficaram contidos em determinados documentos chamados Huehuetlahtolli, “antigas palavras“, transmitidos por tradição oral e escrito pelos primeiros cronistas espanhóis, esta transmissão também se relaciona com o sexto Sol e a finalização do calendário Maia no ano de 2012, a famosa profecia.
Quetzalcóatl (náuatle clássico: [ketsaɬˈko.aːtɬ]) é uma divindade das culturas mesoamericanas, cultuado especialmente pelos astecas e pelos toltecas, e identificado por alguns pesquisadores como a principal deidade do panteão centro-mexicano pré-colombiano. Seu nome significa "serpente emplumada" (de quetzal, nome comum do Pharomachrus mocinno, e cóatl, serpente).
Os astecas incorporaram esta deidade em sua chegada ao vale do México, no entanto modificaram seu culto, eliminando algumas partes, como a proibição dos sacrifícios humanos. Especula-se que a origem desta deidade provém da cultura olmeca, no entanto sua primeira aparição inequívoca ocorreu em Teotihuacan. A cultura teotihuacana dominou durante séculos o planalto mexicano. Sua influências culturais abarcaram grande parte da mesoamérica, incluindo as culturas maia, mixteca e tolteca. Os maias retomaram a Quetzalcóatl como Kukulkán.
Quetzalcoatl representa as energias telúricas que ascendem, daí a sua representação como uma serpente emplumada. Neste sentido, representa a vida, a abundância da vegetação, o alimento físico e espiritual para o povo que a cultua ou o indivíduo que tenta uma ascese espiritual.
Posteriormente, passou a ser cultuado como deus representante do planeta Vênus, simultaneamente Estrela da Manhã e Estrela da noite, correspondendo, com o seu gêmeo Xolotl, à noção de morte e ressurreição. Deus do Vento e Senhor da Luz, era, por excelência, o deus dos sacerdotes. É às vezes confundido com o rei sacerdote de Tula. Governava o leste.
Segundo fontes incertas e tradições orais, uma das representações deste deus é um homem branco, barbado e de olhos claros. Esta representação seria uma das justificativas da teoria de que os povos indígenas, durante a conquista da Nova Espanha (Mesoamérica), acreditaram que Hernán Cortez era Quetzalcóatl. O acadêmico multiculturalista Serge Gruzinski, analisando as crônicas do século XVI sobre a conquista do México, compartilha da crença de que os astecas realmente acharam que Cortez fosse Quetzalcóatl e essa é uma das razões pela qual os espanhóis dominaram tão facilmente a América Central.
O cacau, fruto tipicamente americano, era usado durante os rituais ao deus como uma bebida quente, o xocóatl, bebida que deu origem ao chocolate tão apreciado atualmente.
Os astecas acreditavam na volta de Quetzalcóatl e isso contribui positivamente em seu contato com os espanhóis, pensando terem sido enviados pelo deus ou serem o próprio.
Quetzalcóatl é uma divindade mesoamericana adorada principalmente pelos astecas. Seu nome significa "Serpente Emplumada", e era assim que era apresentado. Os maias tem a sua versão de Quetzalcóatl chamado de Kukulcán ou Gugumatz...
Um símbolo proeminente dos sacerdotes de Quetzalcóatl era um objeto conhecido em náuatle como "Ehecaicozcatl" que se traduz como uma "Jóia do Vento". Este talismã era uma concha cortada na transversal e provavelmente foi usado como um colar pelos líderes religiosos como eles foram descobertos em enterros em sítios arqueológicos em toda a Mesoamérica. No século XVI, durante a conquista espanhola, muitas fontes confundem Quetzalcóatl com Ce Acatl Topiltzin , um governador da cidade mítica de Tollan.
Quetzalcóatl é o deus do vento, do planeta Vênus, do amanhecer, dos comerciantes, das artes, artesanato e conhecimento. Ele também é o deus patrono do sacerdócio asteca e da aprendizagem. Quetzalcoatl é um dos vários deuses importantes do panteão azteca, juntamente com os deuses Tlaloc, Tezcatlipoca e Huitzilopochtli. Dois outros deuses representados pelo planeta Vênus são aliados de Quetzalcoatl: Tlaloc que é o deus da chuva, e irmão gêmeo de Quetzalcoatl e deus da morte chamado Xolotl.
Animais que provavelmente representam Quetzalcóatl incluem o quetzal-resplandecente, cascavél ("Coatl" significa "Serpente" em Náuatle), o corvo, e a arara. Em sua forma como a Estrela da Manhã, Vênus, ele também é retratado como um gavião.
Quetzalcóatl é o criador e transgressor da fronteira entre a Terra e o Céu. Ele é uma divindade criadora tendo contribuído essencialmente para a criação da humanidade. Há várias histórias sobre o nascimento de Quetzalcóatl. Em uma versão do mito, Quetzalcóatl nasceu de uma virgem chamada Chimalman, a quem o deus Onteol apareceu em um sonho. Em outra história, a virgem Chimalman concebeu Quetzalcóatl após engolir uma esmeralda. A terceira história narra que Chimalman foi atingida no ventre por uma flecha de Mixcoatl e nove meses depois, ela deu à luz a uma criança que foi chamada de Quetzalcóatl. A quarta história narra que Quetzalcoatl nasceu de Coatlicue, que já teve centenas de crianças que formaram o estrelas da Via Láctea. Sugere-se também que ele era um filho de Xochiquetzal e Mixcoatl.

De acordo com outra versão do mito, Quetzalcóatl é um dos quatro filhos de Ometecuhtli e Omecihuatl, os quatro tezcatlipocas, cada um dos quais preside um dos quatro pontos cardeais. Ao longo do Ocidente preside a Tezcatlipoca Branco, Quetzalcóatl, o deus da luz, justiça, misericórdia e do vento. Ao longo do Sul preside a Tezcatlipoca Azul, Huitzilopochtli, o deus da guerra. Ao longo do Leste preside a Tezcatlipoca Vermelho, Xipe Totec, o deus do ouro, a agricultura ea hora da Primavera. E sobre o Norte preside a Tezcatlipoca Negro, conhecido por nenhum outro nome além de Tezcatlipoca, sendo o deus do julgamento, a noite, o dolo, a feitiçaria e da Terra. Quetzalcoatl foi muitas vezes considerado o deus da Estrela da Manhã, e seu irmão gêmeo Xolotl foi a Estrela da Noite. Quetzalcóatl era conhecido pelo título "Tlahuizcalpantecuhtli", que significa "Senhor da Estrela do Amanhecer." Ele era conhecido como o inventor dos livros e do calendário, o doador de milho para a humanidade, e, por vezes, como um símbolo da morte e ressurreição. Quetzalcóatl era também o padroeiro dos sacerdotes aztecas. Algumas lendas descrevem-no como contra o sacrifício humano, enquanto outras descrevem-no praticando-a.
Segundo fontes, uma das representações deste deus é um homem branco, barbado e de olhos claros. Esta representação seria uma das justificativas da teoria de que os povos indígenas, durante a conquista da Nova Espanha (Mesoamérica), acreditaram que Hernán Cortez era Quetzalcóatl. Mas todas as fontes foram na verdade criadas pelos espanhóis.

Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

10 janeiro 2019

Erva sagrada: Dama-Da-Noite


Erva sagrada: Dama-da-noite!


Lembrando que o uso medicinal de toda e qualquer planta, seja ela fruta, flor ou em essência e perfumes devem ser consultados a um médico, e se apresentar reações alérgicas, devera ser suspenso seu uso imediatamente!
Nome Científico: Cestrum nocturnum
Nomes Populares: Dama-da-noite, Coerana, Coirana, Flor-da-noite, Jasmim-da-noite, Jasmim-verde, Rainha-da-noite
Família: Solanaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Plantas Daninhas, Trepadeiras
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América Central, América do Norte, América do Sul
Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A dama-da-noite é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e muito popular devido ao aroma inebriante de suas flores. Ela apresenta caule ereto e ramificado, com ramos sinuosos, a princípio eretos, mas tornam-se pendentes nas pontas. Seu porte é médio, geralmente 1,5 metros, mas pode atingir até 4 metros de altura. Suas folhas são simples, perenes, ovais a lanceoladas, brilhantes, coriáceas e sustentadas por longos pecíolos. As abundantes inflorescências surgem na primavera e verão, carregando numerosas flores tubulares, de coloração creme-esverdeada, que exalam um intenso perfume, principalmente à noite. Os frutinhos que se seguem, são bagas, de coloração branca, translúcidos.
A dama-da-noite é uma planta vigorosa e de rápido crescimento, ela é utilizada geralmente isolada, mas fica bem em pequenos grupos. É uma peça indispensável em jardins aromáticos, “dos sentidos” e borboletários. Pode ser conduzida como arvoreta e trepadeira também, através de podas e tutoramento, perfumando assim calçadas, pátios e cobrindo caramanchões, arcos, treliças, entre outros suportes. Para atenuar-lhe o forte perfume, deve ser plantada à meia-sombra, desta forma sua floração será menos intensa.
Não deve ser utilizada próximo a janelas de dormitórios, principalmente em quartos de pessoas sensíveis e crianças. Diz-se que sua pungente fragrância é uma dos mais fortes entre as plantas; algumas pessoas a acham enjoativa. Suas flores atraem diversas espécies de abelhas, beija-flores e borboletas.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Não tolera salinidade, geadas fortes ou frio intenso. Também pode ser plantada em vasos, com adubações e regas mais freqüentes. As podas devem ser efetuadas após a floração principal. Multiplica-se por sementes e estaquia dos ramos semi-lenhosos.
Alerta:
Todas as partes da planta são tóxicas e podem provocar vômitos, irritação das mucosas e alucinações, entre outros sintomas. A dama-da-noite é considerada planta invasiva, principalmente em pastagens.
Também conhecida como cactus, mandacaru, jamacaru, dama da noite e cardeiro, a flor da noite é uma planta pertencente à família das cactáceas, cujo nome científico é Cactus cereus giganteus L. A planta, comum no nordeste brasileiro, pode chegar a alcançar mais de 5 m de altura, tendo inclusive uma variação sem espinhos que é muito usada na alimentação de animais da região.
A mais comum, no entanto, é cheia de espinhos e tem estes queimados ou cortados para que possa ser usada. Resistente às secas, a planta possui flores brancas e bonitas com, aproximadamente, 30 cm de comprimento. Os botões surgem na primavera e suas flores duram apenas um período noturno cada, desabrochando ao anoitecer e murchando ao amanhecer e possuem um cheiro muito agradável e bastante parecido com o aroma da baunilha.
Benefícios e propriedades
As partes utilizadas para fins medicinais são os botões florais, os brotos, os caules frescos e as flores secas. É indicada para tratamento de doenças cardíacas, sintomas cardíacos decorrentes da dispepsia, pulso fraco, congestão hepática, doenças reumáticas, arritmias, afecções urinárias, cistites, paralisia da bexiga, dismenorreia, hemorragias ginecológicas, afecções pulmonares, hepatização pulmonar, asma por congestão, opressão crônica da respiração, tosse catarral com sibilos asmáticos.
Pode ser usado ainda para o tratamento dos sintomas mais comuns da menopausa como calor, dores articulares e musculares, formigamentos, depressão, insônia, fadiga, zumbidos, cefaleia e palpitação.
Chá de flor da noite - Benefícios e propriedades
Como preparar o chá?
O chá dessa planta pode ser feito com:
– 2 colheres de sopa da erva
– 500 ml de água
Em um recipiente, adicione os dois ingredientes e leve ao fogo. Quando alcançar fervura, deixe por mais 15 minutos e então desligue, tampe e deixe em repouso. Ao perceber que a mistura amornou, coe e consuma. A dose indicada é de 1 xícara 3 vezes ao dia.
Cuidados
O medicamento natural feito com a flor da noite é contraindicado para pacientes gestantes, lactantes, crianças, ou aqueles que têm hipersensibilidade aos componentes da planta. Existem relatos de que, para uso interno, pode causar urticária, dermatose, queimação da boca, enjoo, vômitos e diarreia.
Não existem relatos de efeitos colaterais desde que a planta seja usada na dose indicada. Caso ocorra uma superdosagem, devem ser tomadas as medidas usuais para qualquer outro tipo de intoxicação. Seu consumo não é indicado por longos períodos, e é recomendado o acompanhamento médico caso o paciente faça uso de outros medicamentos contínuos.
DAMA-DA-NOITE
FAMÍLIA: Solanaceae
NOME CIENTÍFICO: Cestrum nocturnum
SINONÍMIA: Cestrum leucocarpum, Cestrum parqui
NOME POPULAR
dama-da-noite ,flor-da-noite, jasmim-da-noite, rainha-da-noite, coirana, coerana, jasmim-verde
PARTES TÓXICAS: frutos imaturos e folhas
PRINCÍPIO ATIVO: glicosídeo do grupo das saponinas
SINTOMATOLOGIA
Náuseas e vômitos, seguidos de agitação psicomotora, distúrbios
comportamentais e alucinações, midríase e secura das mucosas.
Gastrenterite, dermatite, midríase, hipertermia, ataxia, fraqueza muscular, dispneia e coma
TRATAMENTO
Pronto atendimento, lavagem gástrica e procedimentos para neutralizar os componentes..
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
A dama-da-noite é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e muito popular devido ao aroma inebriante de suas flores. Ela apresenta caule ereto e ramificado, com ramos sinuosos, a princípio eretos, mas tornam-se pendentes nas pontas. Seu porte é médio, geralmente 1,5 metros, mas pode atingir até 4 metros de altura. Suas folhas são simples, perenes, ovais a lanceoladas, brilhantes, coriáceas e sustentadas por longos pecíolos. As abundantes inflorescências surgem na primavera e verão, carregando numerosas flores tubulares, de coloração creme-esverdeada, que exalam um intenso perfume, principalmente à noite. Os frutinhos que se seguem, são bagas, de coloração branca, translúcidos.
Origem: América Tropical
Há mais de uma flor que é conhecida com o nome popular de Dama-da-Noite. Mas a que pessoalmente denomino como Dama-da-Noite é a da foto ao lado, e somente ela é que chamo assim. A Dama-da-Noite (Cestrum nocturnum) também é conhecida com os nomes de Rainha-da-Noite, Flor-da-Noite, Jasmim-da-Noite, Coirana, Coerana e Jasmim-Verde. Em espanhol é chamada de Cotí, Dama-de-la-Noche e Galán-de-Noche. Em inglês é chamada de Night-blooming Cestrum, Lady-of-the-Night entre outros nomes.
Seu habitat original são as regiões tropicais da América, principalmente nas Antilhas e México, assim como também é nativa da Índia.
A Dama-da-Noite é uma planta arbustiva de ciclo de vida perene. Pode atingir alturas de até 4 metros, apesar de seu tamanho médio girar em torno de 1,5 m. Chega a 1,5 m de diâmetro. Tem caule com textura semi lenhosa, começando reto e ramificando-se de forma sinuosa, com terminações pendentes. As folhas são simples, ovais e brilhantes na parte superior. Possui flores de aroma inebriante que só se abrem e exalam este perfume durante a noite. O perfume da Dama-da-Noite é um dos mais fortes entre as plantas. As flores são pequenas em forma de cálice, com uma terminação que lhe dá o aspecto de uma estrela. São em grande número, de pequenas dimensões na cor branca, havendo uma variedade de flores amarelas. Enquanto estão fechadas as flores tem uma coloração esverdeada. Quando estão abertas são brancas em sua parte interna. A época de floração é a Primavera e o Verão. A polinização fica a cargo de abelhas, beija-flores e borboletas. Caso queira atrair borboletas para seu jardim a Dama-da-Noite é um bom chamariz. Os frutos são bagas de cor branca, translúcidos em sua parte interna.
Toda a planta é tóxica, mas nas folhas e frutos verdes há uma maior concentração de glicosídeo. A intoxicação provoca vômitos e náuseas, seguido de agitação psicomotora, distúrbios comportamentais e alucinações, midríase e secura das mucosas.
A Dama-da-Noite é utilizada tanto no paisagismo como na perfumaria. Segundo dizem, o óleo essencial é utilizado para manter o vigor sexual.
Em sua utilização como planta ornamental pode ser utilizada junto a cercas para recobri-las. Pode ser conduzida através de podas e tutoreamento, sendo utilizada como trepadeira. Normalmente é utilizada isolada mas pode ser em pequenos grupos que também dá um belo efeito. Deve ser cultivada a pleno sol para que produza mais flores. Caso se deseje que produza menos flores, pode ser cultivada a meia sombra, florindo menos e sendo menos perfumada. É indispensável em jardins aromáticos. Como toda planta de odor forte, não é conveniente tê-la próximo à casa, caso haja pessoas sensíveis a fortes odores, pois podem causar alguma reação alérgica.
É uma planta rústica que exige poucos cuidados, adaptando-se melhor a locais de clima quente e úmido. Deve ser cultivada em sol pleno. Ainda que esteja em uma área sombreada, deve receber luz solar direta a maior parte do dia. Não se dá bem com a salinidade, não sendo conveniente para jardins de casas próximas à praia. O fato da planta ser tóxica exige cuidados em seu manuseio. Lave muito bem as mãos após tratar da planta, e preferencialmente utilize luvas. Só deve ser regada quando a terra estiver seca, sendo que o solo deve ser arenoso e rico em matéria orgânica. Na adubação utilize adubos que contenham fósforo. Em relação aos adubos naturais pode-se utilizar tanto farinha de osso (pó de osso) como farinha de peixe. A adubação deve ser feita ao menos uma vez ao ano e sem exageros. Ao adubá-la não deixe o adubo exposto na superfície, no caso dos adubos em pó, removendo um pouco a terra e misturando-o a ela. Se plantadas em vasos devem ser adubadas e regadas com maior frequência. Pode ser podada, sendo o momento ideal para isto o período logo após o fim da floração, dando preferência a tirar-lhe apenas galhos secos ou doentes. É uma planta invasiva sendo que, a qualquer descuido pode espalhar-se facilmente.
A multiplicação é feita na Primavera, Verão e Inverno. Sua reprodução pode ser feita através de estaquias dos ramos ou por sementes. As sementes têm apenas 1 mm, sendo esféricas e achatadas. Como é comum, plantas de maiores dimensões levam um tempo considerável para atingirem a maturidade quando multiplicadas através de sementes, sendo mais prático a produção através de estaquia pela maior rapidez a atingir a maturidade.

Uso magico:
(essência): Dama da noite –  Afrodisíaco aumenta a sensualidade feminina.

Dama-da-noite – Com forte movimento interior noturno, propicia momentos de introspecção profunda e de questionamento, auxiliando o indivíduo a reavaliar idéias e verdades pessoais até então consideradas imutáveis.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

08 janeiro 2019

A mitologia Maia!


A mitologia Maia!


A mitologia maia se refere às extensivas crenças politeístas da civilização maia pré-colombina. Esta cultura mesoamericana seguiu com as tradições de sua religião há 3.000 anos até o século IX, e inclusive algumas destas tradições continuam sendo contadas pelos maias modernos.
São só três textos maias completos que sobreviveram através dos anos. A maioria foi queimada pelos espanhóis durante sua invasão da América. Portanto, o conhecimento da mitologia maia disponível na atualidade é muito limitado.
O Popol Vuh (ou Livro do Conselho dos indianos quiché) relata os mitos da criação da Terra, as aventuras dos deuses gêmeos, e a criação do primeiro homem.
Os livros de "Chilam Balam" também contêm informação sobre a mitologia maia, geralmente descrevem as tradições desta cultura.
As crônicas de Chacxulubchen é outro texto importante para a compreensão da mitologia maia.
O Popol Vuh
A história maia da criação dos quiché é o Popol Vuh. Neste se descreve a criação do mundo a partir do nada pela vontade do panteão maia de deuses. O homem foi criado da lama sem muito sucesso, posteriormente se cria ao homem a partir de madeira com resultados igualmente infrutuosos, depois dos dois fracassos se cria o homem em uma terceira tentativa, esta ocasião a partir do milho e se lhe atribuem tarefas que elogiaram a deuses: ferreiro, cortador de gemas, talhador de pedras, etc. Alguns acham que os maias não apreciavam a arte por si mesmo, mas todos seus trabalhos eram para exaltação dos deuses.
Depois da história da criação, o Popol Vuh narra as aventuras dos heróis gêmeos legendários, Hunahpú e Ixbalanqué, que consistiram em derrotar aos Senhores de Xibalbá, do mundo terrenal. Estes são dois pontos focais da mitologia maia e a miúdo se encontraram representados em arte.
Mito da criação segundo os maias
Na mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são referidos como os criadores, os fabricantes, e os antepassados. Eram dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como antigos. Huracán, ou o ‘coração do céu', também existiu e se lhe dá menos personificação. Ele atua mais como uma tempestade, da qual ele é o deus.
Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e Gucumatz dirigem o processo. A Terra é criada, junto com os animais. O homem é criado primeiro de lama mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e criam o homem a partir da madeira, mas este não possui nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu trabalho é completo.
A mitologia dos maias tem o seguinte panteão.
Deuses notáveis
Três primeiros deuses criadores
Estes realizaram a primeira tentativa da criação do homem a partir da lama, no entanto em breve viram que seus esforços desembocaram no fracasso, já que suas criações não se sustentavam por ser um material muito suave
Gucumatz: Na mitologia maia, Gucumatz é o deus supremo. Achou vida por meio da água e ensinou aos homens a produzir fogo. É conhecido também por: Gucamatz, Cuculcán ou Kukulkán.
Huracán: Em linguagem maia, Huracan significa "o de uma só perna", deus do vento, tempestade e fogo. Foi também um dos treze deuses criadores que ajudaram a construir a humanidade durante a terceira tentativa. Além disso provocou a Grande Inundação depois que os primeiros homens enfureceram aos deuses. Supostamente viveu nas neblinas sobre as águas torrenciais e repetiu "terra" até que a terra emergiu dos oceanos. Nomes alternativos: Hurakan, Huracán, Tohil, Bolon Tzacab e Kauil.
Tepeu: Na mitologia maia, foi deus do céu e um dos deuses criadores que participou das três tentativas de criar a humanidade
Os sete segundos deuses criadores
Estes deuses que realizaram a segunda tentativa de achem ao homem a partir da madeira, mas este não possuía nenhuma alma
Alom
Bitol - Deus do céu. Entre os deuses criadores, foi o que deu forma às coisas. Participou das duas últimas tentativas de criar a humanidade.
Gucamatz
Huracán
Qaholom
Tepeu
Tzacol
Os treze últimos deuses criadores
Se podem encontrar referências aos Bacabs nos escritos do historiador do Século XVI Diego de Landa e nas histórias maias colecionadas no Chilam Balam. Em algum momento, os irmãos se relacionaram com a figura de Chac, o deus maia da chuva. Em Yucatán, Chan Kom se refere aos quatro pilares do céu como os quatro Chacs. Também acredita-se que foram deuses jaguar, e que estão relacionados com a apicultura. Como muitos outros deuses, os Bacabs eram importantes nas cerimônias de adivinhações, e eram consultados a respeito de grãos, clima e até a saúde das abelhas, uma vez que eram deuses da apicultura também.
Os Senhores de Xibalbá
Xibalbá é o perigoso inframundo habitado pelos senhores malignos da mitologia maia. Se dizia que o caminho para esta terra estava infestado de perigos, era escarpado, espinhoso e proibido para os estranhos. Este lugar era governado pelos senhores demoníacos Vucub-Camé e Hun-Camé. Os habitantes de Xibalbá eram treze:
Hun-Camé
Vucub-Camé
Xiquiripat
Chuchumaquic
Ahalpuh
Ahalcaná
Chamiabac
Chamiaholom
Quicxic
Patán
Quicré
Quicrixcac
Kinich-ahau
ITZAMNA
Era o deus dos céus, do dia e da noite, auxiliando a humanidade com os seus poderes de cura. Para os maias, ele era o inventor da escrita, do calendário e o criador dos rituais religiosos. Apesar de seu status, sua representação não impressionava muito: um velho sem dentes de nariz torto!
IXCHEL
Esposa de Itzamna, Ixchel era uma deusa idosa de grande poder. Deusa do parto, da gravidez e da fertilidade, Ixchel era a protetora das tecelãs e podia prever o futuro. Mas ela também tinha um lado obscuro. Com serpentes no lugar dos cabelos, a deusa mostrava sua insatisfação agitando as cobras
TOHIL
O deus do fogo e do sacrifício. Segundo o mito da criação maia, a primeira era da humanidade chegou ao fim sob muito fogo e água. No início da segunda era, os ancestrais dos humanos encontraram Tohil pela primeira vez em um local chamado as sete cavernas.
AH PUCH
Com seus ossos expostos, o deus da morte era inconfundível. Segundo o Popol Vuh,as escrituras sagradas dos maias, seus símbolos também eram típicos: um crânio e a cabeça de um cadáver. Ah Puch rondava as casas de doentes para capturar a alma deles.
VUCUB CAQUIX
Era um pássaro monstruoso e um dos deuses-demônio de Xibalba. Arrogante, considerava-se o Sol, a Lua e a luz. Competia com os deuses bons pelo lugar de principal líder do panteão. Vucub acabou derrotado pelos heróis gêmeos por causa de seu comportamento.
HUN HUNAHPU
Nasceu como humano, mas, graças à interação com os deuses, acabou se tornando uma divindade. Ele e seu irmão, Vucub Hunahpu, foram desafiados a um jogo de bola no reino dos mortos. Assim que chegaram, foram assassinados. A vingança ficou por conta de seus filhos gêmeos, Hunahpu e Xbalanque
HUN BATZ E HUN CHOUEN
Eram humanos e se tornaram deuses associados a atividades artísticas. Filhos mais velhos de Hun Hunahpu, eram artistas e dependiam dos mais novos, os gêmeos, para caçar. Os caçulas não gostavam e acabaram prendendo-os em uma árvore mágica. Lá, eles viraram macacos para poder descer.
HUNAHPU E XBALANQUE
Os heróis gêmeos têm origem humana e se tornaram deuses depois. Com a morte do pai, foram ao submundo para o jogo de volta. Após a partida, cortaram-se em pedaços e se formaram novamente. Os deuses quiseram fazer o mesmo. Os gêmeos despedaçaram-nos, mas não os montaram de volta.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.