O Deus criador:
Nhanderuvuçú!
Nhanderuvuçú (também grafado Nhamandú, Yamandú ou
Nhandejara) considerado o deus supremo na mitologia tupi-guarani.
Na mitologia grega é equivalente à Eurínome. Nhanderuvuçú
não tem a chamada forma antropomórfica, é a energia que existe, sempre existiu
e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o
Universo.
No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a
alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a
alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera
"añã'gwea" significa alma antiga. Nhanderuvuçú criou as duas almas e,
das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios.
Para proteger tudo isso, ele criou Iara. Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou
Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os
raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens
pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas por
si só nascidas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos
rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
Nhanderuvuçú não tem forma humana a chamada forma
antropomórfica, é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre,
portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o Universo.
A única realidade que sempre existiu, existe e existirá para
sempre é a energia a qual os índios brasileiros identificam como Nhanderuvuçú.
Características da energia:
A energia existia mesmo antes de existir a relatividade,
antes do início do Universo.
A energia existia no caos sem tempo, sem espaço e sem nenhum
tipo de velocidade, era o caos mas a energia sempre existiu.
Leis fundamentais da energia:
Energia não pode ser criada nem destruída.
Energia pode se transformar de uma forma de energia em
outra.
Energia total do Universo não aumenta nem diminui apenas
tudo fica em constante transformação.
Para os índios brasileiros não catequizados e para outros
brasileiros que nem índios são; essa religião continua sendo professada
atualmente por muitos fiéis residentes no Brasil.
Dizem eles que o início do mundo foi muito semelhante ao que
dizem as outras doutrinas de outras religiões estrangeiras.
Deus, chama-se Nhanderuvuçú.
No princípio ele criou a alma, que na língua tupi-guarani
diz-se “Anhang” ou “añã” a alma; “gwea” significa velho(a); portanto anhangüera
“añã’gwea” significa alma antiga.
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-)
surgiu “anhandeci” a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios.
Para proteger tudo isso, ele criou Iara.
Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla
o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões,relâmpagos,
ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas por
si só nascidas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos
rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
Caaporã quando é evocado para proteger as plantas plantadas
junto aos roçados dos índios é chamado por eles de forma carinhosa com o
cognome de Ceci.
Caaporã em língua tupi-guarani significa “boca da mata “Caa
= boca e Porã = mata”
Dizem as lendas que no meio dos animais protegidos por
Caaporã apareceu mais um casal de animais.
A primeira mulher, Amaú e, o primeiro homem, Poronominare.
Quem segue esta religião, religião “Primitiva do Brasil”
adora as formas de manifestações da energia, adora o Sol, os raios, os
relâmpagos e o clima em geral, através da adoração de Tupã, adora as águas, a
neblina, os rios, cachoeiras, lagos, lagoas, mares e oceanos através da
adoração de Iara, adoram as matas, os animais e toda a natureza adorando Caaporã,
evocam Ceci para proteger os campos plantados, a agricultura e as criações de
animais domésticos.
Enfim adoram o que existe de fato, adoram somente o que é
realmente real, os fenômenos naturais, o clima, a natureza, apenas as coisas
reais.
Primitiva do latim “primitivu”, primeiros tempos; princípio.
A religião “Primitiva do Brasil”, não inclui nenhum
personagem antropomórfico (forma humana) em suas crenças, apenas Poronominare e
Amaú possuem essa forma mas, não são divinos, são animais também e, portanto
pertencem à Caaporã o protetor de toda a natureza viva e isso inclui todos os
seres vivos inclusive nós os animais humanos.
Dizem: “A realidade é a única verdade em que podemos
acreditar”.
Os jesuítas durante a catequese dos indígenas brasileiros, interpretaram
equivocadamente “Anhangüera” com o significado de “diabo velho” ao invés de
“alma antiga”; outro equívoco deles foi chamar Caaporã de “curupira” que é o
mito de um demônio com forma de gente e com os pés ao contrário criado segundo
a imaginação no folclore dos colonizadores cristãos no Brasil durante o
processo da catequese destes índios.
Tupã (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da
mitologia tupi-guarani.
Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã.
Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma
do som do trovão. É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas.
Nhanderuete, “o liberador da palavra original”, segundo a tradição mbyá, que é
um dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi, seria algo mais
próximo do que os catequizadores imaginavam.
Que sejam prósperos!
Raffi Souza.