01 novembro 2020

Dia de Los Muertos!

 

Dia de Los Muertos!

 


No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os falecidos no dia 2 de novembro. Começa no dia 31 de outubro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. A UNESCO declarou-a como Património Imaterial da Humanidade.

As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há relatos que os astecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.

O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol: Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada - e esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos.

É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Segundo a crença popular, nos dias 1 e 2, chamados de Días de Muertos, os mortos têm permissão divina para visitar parentes e amigos. Por isso, as pessoas enfeitam suas casas com flores, velas e incensos, e preparam as comidas preferidas dos que já partiram. As pessoas fazem máscaras de caveira, vestem roupas com esqueletos pintados ou se fantasiam de morte.

Morte entre os astecas

Para os antigos mesoamericanos, a morte não tinha as conotações morais da religião cristã, nas quais as ideias do inferno e do paraíso servem para punir ou recompensar. Pelo contrário, eles acreditavam que os cursos destinados às almas dos mortos eram determinados pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento na vida.

As principais civilizações representativas da área mesoamericana, asteca e maia desenvolveram um rico ritualístico em torno da adoração dos ancestrais e da própria morte, que foi o precedente do atual Dia dos Mortos, no qual a visão de mundo desses povos ainda sobrevive parcialmente.

Os quatro pontos cardeais ou reinos do universo horizontal descritos no Codex borgiade.

Os astecas acreditavam que a vida exterior do falecido poderia ter quatro destinos:

Tlalocan ou paraíso de Tláloc,deus da chuva. Este local era chefiado por aqueles que morreram em circunstâncias relacionadas à água: os afogados, aqueles que morreram de raios, aqueles que morreram de doenças como gota ou hidropesia, sarna ou bubas, bem como crianças sacrificadas ao deus. O Tlalocan era um lugar de descanso e abundância.

Omeyocán,paraíso do sol, presidido por Huitzilopochtli, o deus da guerra. Apenas os mortos em combate, os cativos que se sacrificaram e as mulheres que morreram no parto chegaram aqui. O Omeyocan era um lugar de alegria permanente, onde o sol era celebrado e acompanhado de música, canções e danças. Os mortos que foram para o Omeyocan, depois de quatro anos, voltaram ao mundo, transformaram-se em pássaros de belas penas multicoloridas.

Mictlán,destinado àqueles que morreram de morte natural. Este lugar era habitado por Mictlantecuhtli e Mictecacíhuatl, senhor e senhora da morte. Era um lugar muito escuro, sem janelas, do qual não era mais possível sair

Chichihuacuauhco, onde as crianças mortas foram antes de sua consagração à água onde havia uma árvore cujos galhos o leite estava pingando, para se alimentar. As crianças que vieram aqui voltariam à Terra quando a raça que a habitava fosse destruída. Desta forma, a morte renasceria.

O caminho para o Mictlán era muito tortuoso e difícil, porque para alcançá-lo as almas tinham que viajar por lugares diferentes por quatro anos. Depois desse tempo, as almas chegaram a Chicunamictlán, onde as almas dos mortos descansavam ou desapareçam. Para trilhar esse caminho, o falecido foi enterrado com um cão chamado Xoloitzcuintle, que o ajudaria a atravessar um rio e chegar a Mictlantecuhtli, a quem ele deveria dar, como oferenda, amarrado com chás e bucos de perfume, algodão(ixcátl),fios vermelhos e cobertores. Aqueles que foram ao Mictlán receberam, como oferenda, quatro flechas e quatro chás amarrados com fio de algodão.

Os enterros pré-colombianos, eram acompanhados por oferendas contendo dois tipos de objetos: aqueles que, em vida, tinham sido usados pelos mortos, e aqueles que ele poderia precisar em seu trânsito para o submundo. Dessa forma, a elaboração de objetos funerários foi muito variada: instrumentos musicais de argila, como ocarinas, flautas, timbales e sonajas na forma de crânios; esculturas representando os deuses mortuários, crânios de vários materiais (pedra, jade,vidro), braseros, incensários e urnas.

O Dia dos Mortos fora do México

Estados Unidos

Um altar do Dia dos mortos em Los Angeles fazendo homenagem a antigos programas de TV

Em várias comunidades estadunidenses com imigrantes mexicanos, o Dia dos Mortos é celebrado de maneira bastante semelhante da forma que são celebrados no México. Em algumas destas comunidades, como o Texas e Arizona, as celebrações costumam ser mais tradicionais. Por exemplo, a Procissão de Todas as Almas tem sido um evento anual de Tucson desde 1990. O evento combina elementos do tradicional Dia dos Mortos com outros de festivais pagãos de colheita. Pessoas usando máscaras carregam sinais homenageando os mortos e uma urna na qual pode-se colocar pedaços de papel com orações para serem queimadas.

Em outras comunidades, a interação entre as tradições mexicanas e a cultura estadunidense está resultando em celebrações nas quais tradições mexicanas estão sendo estendidas para fazer manifestos artísticos, ou às vezes, políticos. Por exemplo, em Los Angeles, Califórnia, o centro cultural Self Help Graphics & Art Mexican-American apresenta uma celebração anual do Dia dos Mortos, que inclui tanto elementos tradicionais quanto políticos, como altares em honra das vítimas da Guerra do Iraque enfatizando o alto número de soldados latinos. Uma versão inter-cultural do Dia dos Mortos também está evoluindo em um cemitério próximo a Hollywood. Lá, numa mistura de tradições mexicanas e atitudes modernas de Hollywood, altares convencionais são levantados ao lado de altares a Jayne Mansfield e Johnny Ramone. Dançarinos e músicos nativos misturam-se com artistas de performance, enquanto pranksters tocam músicas tradicionais.

Tradições similares e modernizações inter-culturais da celebração mexicana ocorre em São Francisco, por exemplo através da Galería de la Raza, SomArts Cultural Center, Mission Cultural Center, de Young Museum; em Oakland, Califórnia no Museu de Oakland e com aulas da antiga arte da Cartonería no centro de educação de artes The Crucible; e em Missoula, Montana onde celebrantes esqueléticos em pernas de pau, pequenas bicicletas e esquis desfilam pela cidade.

Isto também ocorre no histórico Forest Hills Cementery, em Boston. Patrocinado pela Forest Hills Educational Trust e pelo grupo folclórico La Piñata, o Dia dos Mortos celebra o ciclo de vida e morte. As pessoas trazem ofertas de flores, fotos, memórias e comida para seus defuntos os quais são colocados em belos e coloridos altares. Um programa de música e dança tradicionais também acompanham o evento comunitário.

Europa

Pessoas decorando as sepulturas

Observa-se que o Dia dos Mortos ao estilo mexicano se espalhou também pela Europa. Em Praga, na República Tcheca, por exemplo, os moradores celebram o Dia dos Mortos com máscaras, velas e caveiras de açúcar. O evento, que recebe apoio da Embaixada Mexicana, é realizado pelo teatro Alfred Ve Dvore'.

Em vários outros países com uma herança católica, o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos são feriados onde as pessoas vão aos cemitérios com velas e flores e dão presentes às crianças, normalmente doces e brinquedos. Em Portugal e Espanha, oferendas são feitas neste dia. Na Espanha, a peça Don Juan Tenorio é tradicionalmente apresentada.

Na Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, França e Irlanda, as pessoas trazem flores para as sepulturas dos parentes mortos e fazem orações pelos mesmos. Na Polônia, Eslováquia, Hungria, Lituânia, Croácia, Eslovênia, Romênia, Áustria, Alemanha, Suécia e Noruega, a tradição é acender velas e visitar os túmulos dos parentes falecidos. Na região do Tirol, bolos são deixados sobre a mesa e a sala é mantida quente para o conforto dos mortos. Na Bretanha, as pessoas vão aos cemitérios ao anoitecer para ajoelharem-se perante as lápides de seus entes queridos e ungirem-nas com água benta ou fazerem libações de leite nela. Na hora de deitar, o jantar é deixado na mesa para as almas.

América Latina

Celebrações guatemaltecas do Dia dos Mortos são marcadas pela construção, e uso, de pipas gigantes, além das tradicionais visitas aos túmulos dos ancestrais. O consumo de fiambre - uma comida típica da Guatemala - também é um grande acontecimento, pois é o único dia em que é preparado durante o ano.

O feriado brasileiro de Finados é celebrado no dia 2 de novembro. Similar ao Dia dos Mortos, as pessoas vão aos cemitérios e igrejas, com flores, velas e orações. A festa tem intenção de ser positiva, para celebrar os que estão mortos.

No Haiti, tradições vudu misturam-se com as observâncias católicas do Dia dos Mortos, como, por exemplo, barulhentos tambores e músicas são tocados por toda a noite em celebrações pelos cemitérios para acordar Baron Samedi, o senhor dos mortos, e seu descendente, o Gede.

Dia de los ñatitas (do espanhol, Dia das Caveiras) é um festival celebrado em La Paz, Bolívia em 9 de novembro. Nos tempos pré-colombianos, indígenas andinos tinham o costume de partilhar um dia com os ossos de seus antecessores no terceiro ano após o sepultamento, contudo, somente as caveiras são usadas atualmente. Tradicionalmente, a caveira de um ou mais membros da família são mantidas em casa para tomar conta da família e protegê-la durante o ano. No dia 9 de novembro, a família coroa a caveira com flores frescas, às vezes também as vestindo com peças de roupa, e fazendo oferendas de cigarros, folhas de coca, álcool, e vários outros itens em agradecimento pela proteção durante o ano. As caveiras também são, por vezes, levadas ao cemitério central em La Paz para uma missa especial e bênçãos.

Ásia

Nas Filipinas, o feriado chamado Araw ng mga Patay (Dia dos Mortos), Todos los Santos ou Undas (os últimos dois devido aos fato de serem celebrados em 1 de novembro), tem uma atmosfera mais de reunião familiar. As tumbas são limpas ou repintadas, velas são acesas e flores são oferecidas. Famílias inteiras acampam em cemitérios, e às vezes passam uma noite ou duas junto às tumbas de seus parentes. Jogos de cartas, comidas, bebidas, cantos e danças são atividades comuns no cemitério. É um feriado de muita importância para os filipinos (depois do Natal e da Semana Santa), e dias de folga são normalmente adicionados ao feriado, mas apenas o dia 1º é considerado um feriado regular.

Tradições similares em outras culturas

Muitas outras culturas ao redor do mundo têm tradições similares a respeito de um dia especial para visitar as sepulturas dos familiares falecidos. Muitas vezes, estas tradições estão inclusas em festas, algumas com comidas e bebidas, além de orações e recordações sobre os que já morreram.

Em Wellington, Nova Zelândia, o Dia dos Mortos mexicano também pode ser encontrado com altares homenageando os falecidos com flores e presentes.

O Bon Odori (em japonês O-bon お盆 ou simplesmente Bon ), é um feriado budista japonês em honra aos ancestrais mortos. Este festival tem se tornado um reunião familiar na qual as pessoas dos grandes centros voltam à suas cidades de origem para visitar e limpar as sepulturas de seus ancestrais. Tradicionalmente inclui danças típicas. Este festival já existe no Japão por mais de 500 anos.

Na Coréia, o Chuseok - também conhecido como Hankawi (한가위,中秋) (do coreano arcaico ótimo meio) é um dos principais feriados tradicionais. As pessoas vão para onde os espíritos de seus ancestrais estão consagrados e fazem cultos pela manhã; eles visitam as tumbas de seus ancestrais imediatos para podar as plantas e limpar a área ao redor da tumba, e fazerem ofertas de comida e bebida para seus acentrais.

O Festival de Ching Ming (do chinês tradicional 清明節; chinês simples 清明; pinyin īng míng jié) é um festival tradicional chinês que acontece normalmente por volta de 5 de abril no calendário Gregoriano. Juntamente com o Festival do Duplo Nove (no chinês tradicional 重陽節; pinyin: Chóngyángjié; e no chinês simplificado 重九, pinyin: Chóngjiǔ) no nono dia do nono mês do calendário chinês, é uma época que os chineses cuidam dos túmulos de seus ancestrais. Além do que, pela tradição chinesa, o sétimo mês no calendário chinês é chamado de mês fantasma (chinês simplificado: 中元; chinês tradicional : 中元節; pinyin: zhōngyuánjié), no qual os fantasmas e espíritos saem do além para visitar a terra.

Durante o feriado nepalês do Gai Jatra (festival da vaca), toda família que tenha perdido um membro durante o ano anterior faz uma construção de babus, panos, papéis decorativos e retratos dos falecidos, chamado de gai. Tradicionalmente, uma vaca guia o espírito do morto no outro mundo. Dependendo dos costumes locais, uma vaca viva, ou uma réplica, são usadas. O festival também é a época de se fantasiar, incluindo temas tanto de manifestos políticos como de sátiras.

Em algumas culturas da África, visitas às tumbas dos ancestrais deixando comidas, presentes e pedindo por proteção fazem parte de importantes rituais tradicionais. Um exemplo são os rituais que ocorrem antes do início da temporada de caça.

O Día de los muertos (Dia dos mortos) é uma data comemorativa celebrada no México no dia 2 de novembro, na qual é costume ir aos cemitérios visitar os túmulos dos entes queridos e preparar altares com alimentos, velas, flores e outros elementos. Diz-se que somente nesses dias as almas podem voltar do além para estar perto dos seus.

Origem do Dia dos mortos

A história da celebração pelo Dia dos mortos no México é de origem indígena e já existe desde o tempo dos astecas e dos maias.

Inicialmente, a comemoração era realizada durante todo o mês de agosto. Quando os colonizadores espanhóis chegaram, ficaram chocados com os rituais pagãos dos índios. Assim, alteraram a data comemorativa para o fim de outubro e o início de novembro, de forma a fazê-la ficar mais próxima do Dia de todos os santos e do Dia de finados, celebrados pelo catolicismo nos dias 1º e 2 de novembro, respectivamente.

Símbolos do Dia dos mortos



Embora a celebração do Dia dos mortos possa variar dependendo da região do México, confira abaixo alguns elementos que são típicos dessa data em todo o país.

Altar

O altar de muertos (altar dos mortos) pode ter de 2 a 7 níveis.

Um altar construído de forma tradicional tem 7 níveis, e cada um apresenta elementos específicos:

1º nível (térreo): cruz feita de flores, sementes ou frutas.

2º nível: fotografia(s) da(s) pessoa(s) falecida(s) a quem o altar é dedicado.

3º nível: as frutas e também os pratos preferidos da pessoa falecida.

4º nível: pan de muerto (pão dos mortos), um tipo de pão tradicional oferecido como alimento e consagração.

5º nível: sal, que simboliza a purificação.

6º nível: dedicado às almas do purgatório

7º nível: imagem do santo de devoção da família

Além disso, também são distribuídas pelo altar outras oferendas como, por exemplo, incenso, velas, água, papéis coloridos perfurados com imagens, flores, caveiras de açúcar e objetos de afeição da pessoa falecida.

Caveiras de açúcar

As calaveras dulces (caveiras doces) são doces feitos com açúcar, água quente e limão, e moldados em forma de caveira.

Os doces costumam ser confeitados com diferentes cores vivas e, por vezes, apresentam um nome escrito sobre a testa.

Há duas teorias sobre esse nome: diz-se que pode ser escrito o nome do ente querido falecido a quem a caveira é oferecida ou o nome da própria pessoa que faz a oferenda. Segundo a tradição, todo aquele que oferta uma caveira de açúcar garante o seu lugar no paraíso.

Apesar de a caveira de açúcar ser a tradicional, atualmente também existem caveiras de outros ingredientes: algumas têm sabor de chocolate, outras são banhadas em mel e há até mesmo caveiras com amendoim.

Esqueletos com roupas e adereços

Os esqueletos costumam estar espalhados por todos os lados, desde casas até ruas. Geralmente eles estão vestidos com roupas, chapéus e adereços, como brincos e echarpes. Segundo a tradição, são eles que recepcionam as almas que vêm visitar seus entes queridos no Dia dos mortos.

Dentre a grande variedade de tipos de esqueletos, existem alguns pequenos, outros grandes e até mesmo alguns de tamanho real. É possível encontrar, inclusive, esqueletos humanos decorados.

No entanto, a maioria consiste em bonecos representativos, feitos de materiais, como papel machê, madeira e barro.

Se para algumas culturas a decoração do Dia de los muertos pode parece um pouco mórbida, para os mexicanos, os esqueletos divertidos e decorados com cores alegres podem ajudar os vivos a lidar com a morte de forma menos triste.

Flores decorativas

As flores são usadas como decoração para representar a beleza e a transitoriedade da vida. Elas costumam integrar, por exemplo, um grande arco colocado diante do altar como forma de portal de entrada para as almas passarem e visitarem os vivos.

Apesar de vários tipos de flores serem usados na decoração do Dia dos mortos, os mexicanos costumam usar alguns específicos, como a crista-de-galo, o cravo, o crisântemo e a cempasúchil (conhecida como cravo-de-defunto).

De todas, a cempasúchil é, sem sombra de dúvidas, a flor mais emblemática dessa data comemorativa. Sua cor amarela representa o Sol que, segundo a tradição asteca, guiava as almas dos defuntos até a última morada.

Além de a própria flor ser utilizada na decoração dos altares e túmulos, suas pétalas costumam ser usadas para formar um caminho até o altar dos mortos, de forma a ajudar as almas dos entes queridos a encontrá-lo.

Como é celebrado o Dia dos Mortos no México atualmente?


Hoje, os mexicanos acreditam que, entre 31 de outubro a 2 de novembro, os “laços” que ligam o mundo dos vivos ao dos mortos está mais tênue, o que permite que os falecidos retornem à Terra e passeiem visitando seus familiares e amigos.

Cada dia possui um significado próprio para os mexicanos. Na virada de 31 de outubro para primeiro de novembro, eles celebram as almas que faleceram quando crianças (a data é chamada de “Dia de los Angelitos”) e no dia seguinte a festa é dedicada aos falecidos adultos.

Por isso, são muitos os detalhes que compõem essa festa. Um dos mais conhecidos são as oferendas, ou seja, “presentes” dados aos mortos como:

frutos da terra (tangerina, cana de açúcar, abóbora etc.);

frutos do vento (incenso para orientar as almas);

frutos da água (vaso para os espíritos matarem a sede);

frutos do fogo (velas acesas nos 4 pontos cardinais para ajudar a orientar a viagem das almas);

vários objetos pessoais dos falecidos como fotografias, pertences, entre outros.

Além das oferendas, também é normal encontrar altares coloridos e adornados com imagens dos falecidos e, claro, as tradicionais caveiras mexicanas, que podem aparecer em pintura de rostos, doces e muitos outros.

Outra tradição é que, algumas famílias costumam ir até as tumbas dos falecidos, abrir os túmulos e limpar os restos mortais. Depois, eles são recolocados de volta ao local para continuarem descansando.

Quais as principais atrações e tradições?

Não é por acaso que o Dia dos Mortos no México foi considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Afinal, existem inúmeras tradições que chamam a atenção de turistas e traduzem a importância dessa data para o povo mexicano. Entre as principais podemos destacar:

Festival Cultural de Caveiras

É realizado em Aguascalientes e todas as atrações visam homenagear a caveira La Catrina, obra-prima de José Guadalupe Posada. São muitos os destaques da programação como eventos gastronômicos, culturais, passeios noturnos e visita ao Museu da Morte – construído em cima de um cemitério que tem um acervo rico em objetos relacionados ao Dia dos Mortos.

Cemitérios em San Andrés Míxquic

Desde o dia 30 de outubro, os cemitérios deste povoado da Cidade do México ficam decorados com inúmeras flores, bebidas e alimentos. Durante a noite, várias velas são acesas e acontecem exibições de concertos, teatros e dança.

Altares de Tuxtepec

Como dissemos, os altares enfeitados são tradicionalíssimos no Dia dos Mortos no México e em Tuxtepec é possível notar ainda mais esse costume. Os altares são enfeitados com a flor de cempasúchil, considerada o símbolo da luz solar capaz de guiar os mortos, além, claro, de vários objetos dos defuntos e muitas oferendas.

Para presentear os melhores altares, existe até um concurso regional que elege os mais belos e coloridos – e atrai turistas mexicanos e de outros países para apreciarem essa decoração.

Festival de Tradições de Vida e Morte em Xcaret

Localizado na Riviera Maya, o Parque Ecológico abriga o Festival de Tradições de Vida e Morte que acontece anualmente entre 30 de outubro a 2 de novembro com várias apresentações de gastronomia local, oficinas, exibições de dança e teatro, shows de gala, rituais e outros elementos da cultura mexicana.

Passeio de barco em Xochimilco

Nesse distrito da Cidade do México, a grande atração é o passeio de barco nos canais locais. Além do passeio, acontecem várias apresentações, sendo a mais aguardada a lenda da Llorona que acontece durante à noite e traz uma atmosfera sombria, mas bem diferenciada.

 

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Mortos

https://www.todamateria.com.br/dia-muertos/

https://cemiteriosemmisterio.com.br/dia-dos-mortos-no-mexico/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.