O Deus dos portões: Janus!
Com duas cabeças olhando para direções opostas, Jano é o
deus romano das entradas, portões e começos. Era o porteiro celestial - toda
porta tem dois lados -, representando os términos e começos, passado e futuro.
Era o responsável por abrir os anos (deu seu nome ao mês de janeiro
- januarius) e costumava ser o primeiro deus a ser mencionado nas cerimônias
religiosas. Era adorado no início da época de colheita, plantio, casamento,
nascimento, e outros tipos de origens, especialmente os começos de
acontecimentos importantes na vida de uma pessoa. Também representa a transição
entre a vida primitiva e a civilização, entre o campo e a cidade, a paz e a
guerra, e o crescimento dos jovens.
Seu santuário mais famoso foi um portal sobre o Fórum
Romano, através do qual os legionários romanos entraram em guerra. Em seus
templos, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram
fechadas em tempos de paz. Tornou-se, então, patrono dos exércitos.
Originalmente, uma face possuía barba e a outra não, e, às
vezes, era masculino e feminino - provavelmente uma representação do sol e da
lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil encontrar duas faces com barba.
Existem, no entanto, em alguns locais, representações suas com quatro faces.
Raramente, mostravam seu corpo, mas se fosse feito possuía uma chave na mão
direita. A cabeça dupla face aparece em muitas moedas romanas, então, é dito
que ele teria inventado o dinheiro.
Uma lenda romana conta que teria chegado a Tessália, onde
foi saudado pela princesa Camese do Lácio. Casaram-se, dividiram o reino e
tiveram vários filhos, dentre os quais Tiberinus (o deus do rio Tibre). Após a
morte de Camese tornou-se o único governante e trouxe as pessoas um tempo de
paz e bem-estar, a Idade de Ouro. Ele introduziu o dinheiro, o cultivo dos
campos, e as leis. Também teria abrigado Saturno, quando este fugia de Júpiter
e, como recompensa, ganhou o poder de enxergar passado e futuro. Após sua
morte, foi deificado. Quando Rômulo e seus companheiros raptaram as virgens
sabinas, Roma foi atacada. Mas Janus fez um gêiser fervente irromper da terra e
os agressores fugiram da cidade. Tornou-se então protetor da cidade.
Posteriormente, passou a ser símbolo da cidade de Gênova.
Mesmo não tendo representações análogas em outras
mitologias, muitas vezes os romanos associavam Janus com a divindade etrusca
Ani e com os gregos Zeus e Hermes. É possível, que suas representações o liguem
a São Pedro, "porteiro" no Cristianismo, mas seu nome pode ter
derivado o nome do profeta bíblico Jonas (Yonah, em hebraico) e ter a origem na
mesopotâmica Uanna.
Janus, ou também nomeado como Jano, é um Deus de origem
pré-latina e muito cultuado pelos romanos, ele é um Deus que representa a
dualidade, é o porteiro celestial, Deus das Portas e Portais como também e das
entradas, Senhor do sol e do dia, das indecisões e representante dos términos e
dos começos, passado e futuro e das transições. Seu mês é janeiro, o primeiro
mês do ano o qual leva seu nome, é um mês que tem em si um pouco do passado e a
promessa do futuro que o início do ano marca. Ele era considerado o Pai dos
Deuses e é dito que foi o primeiro Deus a ser cultuado em cerimônia em Roma
antes dos deuses gregos serem introduzidos as crenças romanas, e assim, Janus
passando a ser considerando um Deus Menor.
As lendas contam que Janus era um homem mortal que nasceu na
Tessália que se localiza na Grécia e ao se mudar para o Lácio, casou-se com a
rainha e assim dividindo o reino. Após a morte de sua esposa, Janus passou a
governar sozinho todo o território e dedicou seu governo as transformações,
desenvolvimentos científicos, criação de leis, aprimoramento do cultivo e as
primeiras moedas correntes, muitas mudanças foram implementadas durante seu
reinado trazendo para o Lácio um período de paz e prosperidade nunca visto
antes. Ao morrer, Janus recebeu o status de Deus, devido à sua vida dedicada às
transformações, adquirindo assim a dualidade do deus das transições, olhando
tanto para o passado como para o futuro.
Sua representação era a de um homem com duas faces, uma
voltada para o passado e uma voltada para o futuro, mas também há
representações das faces como a de um homem jovial e belo (representando o
futuro) e de um ancião de olhar profundo (representando o passado). Sua
equivalência feminina e também considerada consorte é a Deusa Jana, Deusa da
Lua, Caminhos, Magia e muito cultuada até hoje em várias tradições da
Stregheria e também ela era representada com duas faces, uma olhando sempre
para o passado e a outra para o futuro. Os romanos o associaram também com o
deus estruco Ani, Deus do Céu, que como Janus, era representado com duas faces.
Ele era adorado no primeiro dia de todos os meses, nas
épocas de plantio e colheitas, nos casamentos, nascimentos e acontecimentos
considerados importantes na vida das pessoas, representava também momentos de
transição e escolhas que mudavam os cursos da vida. Seu templo tinha uma porta
voltada para o Leste, onde o Sol e a Lua nascia, e uma porta para o Oeste, onde
os astros sumiam ao horizonte fechando o ciclo do dia e da noite. Seu templo
também tinha uma serventia simbólica, em dias de paz suas portas estavam sempre
fechadas e nos dias de guerra eram abertas, de acordo com os mitos as portas de
seu templo só foram fechadas duas vezes na história — uma no reinado de Numa e
outra no de Augusto. Nos fóruns romanos também foram construídos templos a
Janus, mas estes continham quatro portais chamados Quadrifons Ianus e a maioria
dos portões das cidades romanas havia uma representação das faces de Janus.
Na mitologia uma das faces de Janus falava a verdade
enquanto a outra mentia, confundindo assim a pessoa na hora de fazer uma escolha
importante que poderia trazer grandes consequências, isto mostra a dualidade de
Janus e seu papel como Deus das indecisões, pois representava assim aquele que
acalenta e guia, protege e ama ao mesmo tempo que aquele que engana, que trai,
que odeia e que trapaceia. Algumas tradições acreditavam que Janus também
encarnava o caos, tanto exterior como interior.
Algumas das simbologias associadas a Janus é o oculto e o
conhecido, a verdade e a mentira, a Lua e o Sol, o passado e o futuro, a
dualidade que todos temos dentro de nós e que muitas vezes se manifesta em
momentos cruciais de nossas vidas, nos confundindo e embaralhando nossos
sentimentos e a capacidade de raciocinar, o emocional em atrito com o racional.
Seu símbolo é uma chave a qual abre todas as portas e
possibilidades como também as trancas. Seu mês é janeiro.
Na Streghria ele é cultuado como Ani, o Deus do Sol, tendo
participação crucial durante a Roda do Ano.
Janus era o deus dos portões e portas. Ele era representado
por uma figura com duas faces olhando em direções opostas. Seu nome é o radical
da palavra inglesa "January" que significa janeiro (o mês que
"olha" para os dois anos, o que passou e o novo ano).
O primeiro de janeiro era dedicado pelos romanos para o seu
Deus de portas e portões, Janus. Um Deus muito antigo italiano, Janus tem uma
aparência distinta artística em que ele é comumente representado com dois
rostos... Um em relação ao que está por trás e o outro olhando para o futuro.
Assim, Janus é o representante da contemplação sobre os acontecimentos de um
ano de idade ao olhar a frente para o novo. Algumas fontes afirmam que Janus
foi caracterizado de uma forma tão peculiar, devido à noção de que portas e
portões olham em duas direções. Portanto, o Deus pode olhar para trás e para
frente, ao mesmo tempo. Originalmente, Janus foi retratado com um rosto barbudo
e o outro barbeado, jovem. O que pode ter simbolizado a lua e o sol, ou a maturidade
e a juventude. Mais tarde, ele é frequentemente mostrado com barbas em ambas as
faces e com frequência tem uma chave na mão direita. Muito cedo estátuas de
Janus (em torno do século II AC) o descrevem com quatro faces.
Em seu papel como o guardião de saídas e entradas, Janus
também era acreditado para representar começos. A explicação para essa crença
sendo que um deve emergir através de uma porta ou um portão para entrar em um
novo lugar. Portanto, os romanos também o consideravam como o Deus Janus de
Iniciação e seu nome foi uma escolha óbvia para o primeiro mês do seu ano... Um
mês referido pelos romanos como Anuários, que não é tão distante do moderno
"janeiro", retirado do jauna palavra etrusca, que significa
"porta". Originalmente, porém, Janus foi homenageado no dia primeiro
de cada mês, além de ser adorado no início da época de plantio e novamente no
momento da colheita. A deferência também é paga a ele no começo mais importante
na vida de uma pessoa... Como o nascimento ou casamento.
Em Roma, os templos dedicados a Janus eram numerosos, o mais
importante é conhecido como o Geminus Ianus, com uma estrutura em portão, dupla
(uma porta de frente para o sol nascente e o outro, o sol poente), encontrada
no Fórum Romanum através do qual os legionários romanos marcharam para a
batalha. Este templo teve uma serventia particular, uma função simbólica.
Quando as portas do templo eram fechadas, significava que a paz reinava dentro
do Império Romano. Quando os portões eram abertos, isso significava que Roma
estava em guerra. Entre os reinados de Numa e Augusto, os portões foram
fechados apenas uma vez. Janus também tinha um templo no Fórum Olitorium e
algum tempo durante o primeiro século, outro templo foi construído em sua honra
no Fórum de Nerva. Este templo em particular, tinha quatro portais conhecidos
como Quadrifons Ianus.
Janus era muito respeitado e altamente considerado como um
deus pelos romanos e a sua imagem de dupla face pode ser encontrada na maioria
dos portões da cidade e muitas moedas romanas. Dado o seu papel de guardião dos
portões, sua posição como o Deus de Iniciação e a estima de ter o primeiro mês
do ano, nomeado em sua honra, é claro que Janus desempenhou um papel importante
no mito e da religião romana. Ele era chamado no início de cada novo dia e
muitas vezes referido como o porteiro dos Céus. Ele particularmente presidida
tudo o que é de dois gumes na vida e representa a transição entre o primitivo e
a civilização.
Associações:
É deus: dos portões\portais, começo e fim, escolhas, certo e
errado;
Cores: branco, preto, vermelho, amarelo, bronze;
Oferendas: chaves, imagens dele, portas, escolhas;
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre esse
deus!
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.