Os Mundos habitados por Espíritos
As diferentes categorias de mundos habitados: O homem que já
conquistou a Lua e hoje já pesquisa outros mundos, comove-nos pensar que a
Doutrina Espírita se referia à pluralidade dos mundos habitados, já há quase um
século e meio atrás. Nos ensina Emmanuel no livro “Pluralidade dos Mundos
Habitados”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, que: “acresce notar
ainda, que os veneráveis orientadores da Nova Revelação, guiando o pensamento
de Allan Kardec, fizeram-no escrever a sábia declaração: “Deus povoou de seres
vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo final da
Providência...” Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar
da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há
de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.
Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na
constituição física da terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do
privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos
semelhantes. Quando Jesus disse: Não se turbe o vosso coração. - Credes
em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim
não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. -
Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos
retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. ( S.
JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.), estava nos ensinando o princípio da pluralidade
dos mundos habitados.
A “Casa do Pai” é o Universo.
As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço
infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes
ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
O mundo que habitamos faz parte de um séquito, de um cortejo
de planetas e asteróides que acompanham o sol em sua viagem pela vastidão
incomensurável do espaço.
Em virtude das diferentes distâncias que separam esses
planetas do centro do sistema, o tempo que gastam para completar uma revolução
ao redor do sol varia entre 88 dias e 250 anos terrestres.
Nosso sistema planetário, todavia, não ocupa senão um
ponto ínfimo no Universo. Haja vista que ele pertence a um agrupamento estelar,
ou galáxia, chamada Via-Láctea, onde existem mais ou menos 40 bilhões de
estrelas, algumas das quais tão grandes, mas tão grandes, que uma só toma espaço
igual ao ocupado pelo Sol e quase todos os planetas que este arrasta consigo. E
a Via-Láctea não é o único agrupamento de estrelas no espaço. Graças aos
modernos telescópios, sondas, etc., os astrônomos puderam verificar que o
Universo se expande cada vez mais, com a formação de novas galáxias,
calculando-se hoje, em mais Unidade
Pluralidade dos Mundos Habitados
– Diferentes Categorias de Mundos Habitados. Instrução dos
Espíritos à respeito.
Progressão dos Mundos.
Mundos Transitórios.
A Colônia Espiritual “Nosso Lar”.
Os Exilados de Capela e a formação da Cultura
Ocidental.de 100 milhões o número das que já podem se vistas, sem falar
daquelas que nos escapam à observação. Nos ensina Joanna de Ângelis, no livro
“No Limiar do Infinito”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no capítulo
referente à Pluralidade dos mundos habitados que: “Cálculos muito pessimistas,
examinando o Sol, que é uma estrela envelhecida de Quinta grandeza a sustentar
hoje os planetas conhecidos, e que os mantém com a sua energia, fazem crer que
nesse Universo de sóis mais poderosos, se lhes fossem dados dois planetas
apenas para cada um, teríamos 200 bilhões em movimentação em nossa galáxia.
Atribuindo-se por probabilidade a hipótese de somente 1% deles ter as mesmas
condições e idades correspondentes à Terra, teríamos 2 bilhões de planetas com
condições que caracterizam o nosso berço de origem. Dando-se a possibilidade
remotíssima de que apenas 1% deles tivesse condições de vida semelhante à
nossa, defrontaríamos, aproximadamente, com cerca de 20 milhões de planetas
iguais ao nosso com vida inteligente.
Não é portanto temerário afirmar-se que a vida
inteligente não é exclusivo patrimônio da pequenez do planeta terrestre. Tal
afirmação já não repugna à inteligência nem à cultura: a da pluralidade dos
mundos habitados, mundos esses departamentos da “Casa do Pai”, nos quais o
espírito evolui, progride, aprimora-se na busca da perfeição incessante.” Ä
Diferentes categorias de mundos habitados – Instrução dos Espíritos: Do ensino
dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as
condições dos mundos, quanto ao seu grau de adiantamento ou de inferioridade
dos seus habitantes. De um modo geral, os mundos poderiam ser classificados em
superiores e inferiores, classificação essa que nada tem de absoluta; é, antes,
muito relativa.
Tal mundo é inferior ou superior com referência aos
que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva. Entre eles há-os em que
estes últimos são inferiores aos da terra, física e moralmente; outros, da
mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a
todos os respeitos.
Nos mundos inferiores, a existência é toda material,
reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta
se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos
mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal,
predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os
habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação
absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação
que trazem, tomando por base os matizes mais adiantados, dividi-los, de modo
geral, da seguinte forma:
·Mundos Primitivos: destinados às primeiras
encarnações da alma humana. ·
Mundos de Expiação e Provas: Mundo ainda inferior, onde os
Espíritos encarnam afim de prosseguir em seu estágio evolutivo, passando a
maioria por provas, e, conforme a necessidade, por expiações, com o intuito de
se despojarem de suas imperfeições.
· Mundos de Regeneração: Nesses mundo há a aurora
da felicidade. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias
da expiação. Os Espíritos haurem novas forças, repousando das fadigas da luta.
· Mundos Ditosos ou Felizes: Onde o bem sobrepuja o mal.
· Mundos Celestes ou Divinos: habitação de
Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem.Mundos Primitivos: Sendo
os mundos destinados às primeiras encarnações dos Espíritos, são de certo modo
rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma
beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza
ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre
eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na
conquista de alimentos.
Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas
abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição,
mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo. Esse instinto basta para
torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascensão a uma vida
mais completa, porquanto eles não são seres degradados, mas crianças que estão
a crescer.
Mundos de Expiações e Provas: A Terra pertence à
categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a
braços com tantas misérias, porém segundo orientação da própria
espiritualidade, passa o Planeta por uma transição para outro estágio que é a
Regeneração.
Se o nosso Planeta for tomado por termo de comparação,
pode-se fazer idéia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes
na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se
encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Segundo nos relata Santo
Agostinho, na Instrução dos Espíritos, Cap. 3.º de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”, n.º 11, em se referindo à terra: “No vosso, precisais do mal para
sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a
saúde.” Mundos Regeneradores: Nada melhor do que neste momento, a palavra
esclarecedora de Santo Agostinho, conforme consta em “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”, Cap. III, itens 17 e 18: “17.
Os mundos regeneradores servem de transição entre os
mundos de expiação e os mundos felizes
A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e
acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito
às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e
desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do
orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a
sufoca.
Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor;
perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam
caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis. Nesses mundos, todavia, ainda não
existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de
carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres
completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as
pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante
ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles
representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel.
Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que
vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor
aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os
corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma
pairará acima de todos os horizontes.
Não mais sentidos materiais e grosseiros;
somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do
próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.
Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há
perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se
houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação,
onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam. Contemplai, pois, à
noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas
que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que
conduzem a Deus e pedi-lhe que um mundo regenerador vos abra seu seio, após a
expiação na Terra. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)”
Mundos Ditosos ou Felizes: “Nos mundos que
chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são
muitíssimo diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corpórea
aí é sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O
corpo nada tem da materialidade terrestre e não está, conseguintemente, sujeito
às necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria
provoca. Mais apurados, os sentidos são aptos a percepções a que neste mundo a
grosseria da matéria obsta. A leveza específica do corpo permite locomoção
rápida e fácil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem
dizer, pela superfície, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforço além
do da vontade, conforme se representam os anjos, ou como os antigos imaginavam
os manes nos Campos Elíseos. Os homens conservam, a seu grado, os traços de
suas passadas migrações e se mostram a seus amigos tais quais estes os
conheceram, porém, irradiando uma luz divina, transfigurados pelas impressões
interiores, então sempre elevadas. Em lugar de semblantes descorados, abatidos
pelos sofrimentos e paixões, a inteligência e a vida cintilam com o fulgor que
os pintores hão figurado no nimbo ou auréola dos santos. A pouca resistência
que a matéria oferece a Espíritos já muito adiantados torna rápido o
desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância. Isenta de cuidados
e angústias, a vida é proporcionalmente muito mais longa do que na Terra.
Em princípio, a longevidade guarda proporção com o
grau de adiantamento dos mundos. A morte de modo algum acarreta os horrores da
decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz, por
isso que lá não existe a dúvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma, já não
tendo a constringi-la a matéria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que
a coloca em estado quase permanente de emancipação e lhe consente a livre
transmissão do pensamento.
Nesses mundos venturosos, as relações, sempre
amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de
qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre.
Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a
superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá
a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito
é conferida e se exerce sempre com justiça.
O homem não procura elevar-se acima do homem, mas
acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar a categoria dos
Espíritos puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porem, uma
ambição nobre, que o induz a estudar com ardor para os igualar. Lá, todos os
sentimentos delicados e elevados da natureza humana se acham engrandecidos e
purificados; desconhecem-se os ódios, os mesquinhos ciúmes, as baixas cobiças
da inveja; um laço de amor e fraternidade prende uns aos outros todos os homens,
ajudando os mais fortes aos mais fracos. Possuem bens, em maior ou menor
quantidade, conforme os tenham adquirido, mais ou menos por meio da
inteligência; ninguém, todavia, sofre, por lhe faltar o necessário, uma vez que
ninguém se acha em expiação. Numa palavra: o mal, nesses mundos, não existe. A
eterna luz, a eterna beleza e a eterna serenidade da alma proporcionam uma
alegria eterna, livre de ser perturbada pelas angústias da vida material, ou
pelo contacto dos maus, que lá não têm acesso. Isso o que o espírito humano
maior dificuldade encontra para compreender. Ele foi bastante engenhoso para
pintar os tormentos do inferno, mas nunca pôde imaginar as alegrias do céu.
Por quê? Porque, sendo inferior, só há experimentado
dores e misérias, jamais entreviu as claridades celestes; não pode, pois, falar
do que não conhece. A medida, porém, que se eleva e depura, o horizonte se lhe
dilata e ele compreende o bem que está diante de si, como compreendeu o mal que
lhe está atrás. Entretanto, os mundos felizes não são orbes privilegiados,
visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a todos dá os mesmos
direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. Fá-los partir
todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos são
acessíveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre a eles conquistá-las
pelo seu trabalho, alcançá-las mais depressa, ou permanecer inativos por
séculos de séculos no lodaçal da Humanidade. (Resumo do ensino de todos os
Espíritos superiores.)” Mundos Celestes ou Divinos: Morada dos Espíritos Puros.
Dentro da relatividade dos mundos, chegaram ao grau máximo de evolução.
A Progressão dos Mundos
“O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da
Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer
que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece
o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela
transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e
nada sofre o aniquilamento. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham
a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso
que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles
alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais
adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros
Espíritos.
São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes
deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram.
É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um
castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem
relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos
de voltar quando se obstinaram no mal. Ao mesmo tempo que todos os seres vivos
progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam.
Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em
que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a
percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis
para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais
agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso.
Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o
dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada
em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da
majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder
a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de
areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!
Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior
ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais
elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de
orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão
ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris,
1862.)Como bem nos orienta Emmanuel, no livro “Religião dos Espíritos”, no
capítulo referente à “Pluralidade dos mundos Habitados”, que: “temos, assim, no
Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos
universidades e mundos-templos, mundos oficinas e mundos-reformatórios,
mundos-hospitais e mundos-prisões ...” E complementado, o Espírito Joanna de
Ângelis, no livro “No Limiar do Infinito”, no capítulo referente à pluralidade
dos mundos habitados, assevera que: “Mundos e mundos gravitando no infinito,
desde os que se encontram em estado de gases incandescentes aos mais sublimes,
esperando por nós, como disse Jesus. Entesourando o amor na alma, a luz do
divino amor desatará uma cascata de claridades infinitas, para o vôo eterno de
cada Espírito, na direção da luz, porque na Luz gerados todos seguiremos para a
Luz geradora que é o nosso Pai”.
Mundos Transitórios: Martins Peralva no seu Livro
“O Pensamento de Emmanuel”, no capítulo referente aos Mundos Habitados, tece um
comentário que merece uma reflexão mais acurada: “O ensino dos Espíritos, ao
ditarem a codificação do Espiritismo, confirma plenamente a referência de Nosso
Senhor Jesus Cristo, de “que na casa de meu Pai há muitas moradas” Podemos
conceituar de três maneiras, para efeito de estudo, a palavra “morada”,
mencionada no Evangelho: · Os mundos que formam o Universo, onde outras
humanidades realizam a marcha evolutiva; · As diversas zonas espirituais, superiores
ou inferiores, além das fronteiras físicas, onde a vida palpita com a mesma
intensidade das metrópoles humanas; · Os vários departamentos da mente, onde se
demoram pensamentos e reações, dramas e tragédias, anseios e realidades do
Espírito.” Antes de adentrarmos especificamente no conceito e explicações
referentes aos mundos transitórios, mister se faz algumas definições, para
facilitar o nosso entendimento: Espírito Errante: - Espírito que se encontra na
erraticidade, desencarnado, à espera de uma oportunidade para reencarnar.
Erraticidade: Estado dos Espíritos errantes ou
erráticos, isto é, não encarnados, que vivem durante o intervalo de suas
existência corpóreas. Kardec escreveu o seguinte sobre a erraticidade: “estado
dos Espíritos errantes, isto é, não encarnados, durante os intervalos de suas
diversas existências corporais. A erraticidade não é um sinal absoluto de
inferioridade para os Espíritos. Há Espíritos errantes de todas as classes,
salvo os da Primeira Ordem ou Espíritos Puros que não precisam mais reencarnar
para melhorarem-se. Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes segundo o
grau de sua purificação. É nesse estado que o Espírito sem o véu material do
corpo que o vestia, percebe suas existências anteriores e os erros que o afastam
da perfeição e da felicidade infinita. É então, que escolhe novas provas, a fim
de progredir mais rápido (O Livro dos Espíritos, n.º 223 e seguintes).
Na situação errante como na corpórea, os Espíritos tendem a
formar núcleos coletivos onde interagem e acabam por formar seus próprios
ambientes. A Lei da Afinidade é que rege essa questão, visto que os Espíritos
afins se buscam. Mundos Transitórios são mundos que servem de estações ou ponto
de repouso aos Espíritos Errantes. São mundos particularmente destinados aos
seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies
de acampamentos onde descansam. São entre os outros mundos, posições
intermédias, graduada de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem
ter acesso e onde gozam de maior ou menor bem-estar. Os Mundos Transitórios não
são habitados por seres corpóreos. Estéril é neles a superfície. Os que os
habitam de nada precisam. Essa esterilidade, no entanto é transitória, tendo já
a própria Terra, durante a sua formação, figurado entre os mundos transitórios.
No que toca as diversas regiões espirituais, sabemos que comunidades redimidas
habitam zonas mais elevadas da Espiritualidade, às quais obreiros dedicados são
periodicamente conduzidos em processo estimulante do esforço pessoal. Em faixas
vibratórias mais ligadas à Terra, estacionam, temporariamente, almas ainda
vinculadas às sensações e problemas da vida física, uma vez que o peso
específico de suas organizações perispirituais, apresentado certa densidade,
lhes não permitem as grandes ascensões. Tais regiões ou esferas espirituais de
diferentes graus evolutivos, vão desde simples posto a verdadeiras cidades
espirituais. Ä Nosso Lar: Colônia Espiritual situada nos planos vizinhos da
esfera terrestre. Encontramos no Livro “Nosso Lar”, primeira obra de uma série
de livros ditados pelo Espírito André Luiz e psicografados por Francisco
Cândido Xavier, informações importantíssimas acerca da vida no plano
espiritual. Neste momento, de forma especial, encontramos no capítulo intitulado
“Notícias do Plano”, as seguintes informações referentes à Colônia Nosso Lar: “
Antiga fundação de portugueses distintos desencarnados no Brasil, no século
XVI. A princípio, enorme e exaustiva foi a luta...
Há substâncias ásperas nas zonas invisíveis à terra, tais
como nas regiões que se caracterizam pela matéria grosseira... Os trabalhos
primordiais foram desanimadores, mesmo para os Espíritos fortes. ... Os
fundadores não desanimaram porém. A colônia, que é essencialmente de trabalho e
realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze
Ministros. ... Os Ministérios do Nosso lar são enormes células de trabalho
ativo. Nem mesmo alguns dias de estudos oferecem ensejos à visão detalhada de
um só deles. A Instituição é eminentemente rigorosa, no que concerne à ordem e
à hierarquia. Nenhuma condição de destaque é concedida aqui a título de favor.
A lei do descanso é rigorosamente observada, para que determinados servidores
não fiquem mais sobrecarregados, que outros; mas a lei do trabalho é também
rigorosamente cumprida”. Concluímos, assim, que as colônias ou regiões
espirituais, são locais destinados aos Espíritos desencarnados, ainda
necessitados de reencarnações e intimamente ligados a este ou aquele planeta
pelas ações cometidas no passado. Os mundos transitórios fazem parte dos corpos
celestes, espalhados pelo Universo, podendo ser um planeta, um satélite, ou
algo similar.
Os Exilados de Capela e a formação da Cultura Ocidental: Nos
mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam, examinam, lêem em seus
estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação de Cocheiro,
que recebeu, na Terra, o nome da Cabra ou Capela. A sua luz gasta cerca de 42
anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular
distância existente entre a Capela e o nosso planeta. Há muitos milênios, um
dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre,
atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns
milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral,
dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de
piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria, os
desvencilharia daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a
sublimação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais,
diretoras do Cosmo, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se
tornaram pertinazes, obstinadas, persistentes no crime, aqui na Terra longínqua,
onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as
grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos
seus irmãos inferiores. Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor
e de justiça, aquela turba, aquela multidão, de seres sofredores e infelizes.
Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas
regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias
primitivas, descendentes dos primatas. Com a sua reencarnação no mundo terreno,
estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres.
(etnologia – estudo e conhecimento, sob o aspecto cultural, das populações
primitivas). Com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças
brancas. Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o ístmo
(faixa de terra que liga uma península a um continente) de Suez para África, na
região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que
várias regiões da América guardam assinalados vestígios. Aqueles seres dacaídos
e degradados, à maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com
o transcurso dos anos reuniram-se em 04 grandes grupos que se fixaram depois
nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas
que os associavam na Constelação do Cocheiro. Formaram desse grupo: · O Grupo
dos Árias · A Civilização do Egito · O Povo de Israel · As Castas da Índia Dos
Árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; nessa
descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos,
além dos germanos e dos eslavos. As quatro grandes massas de degredados
formaram os pródromos de toda a organização da civilizações futuras,
introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra,
que já existiam. Civilização Egípcia: Dentre os Espíritos degredados na Terra,
os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na
prática do Bem e no culto da Verdade. Em razão dos seus elevados patrimônios
morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua
pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente
para regressar, um dia aos seus penates, à sua casa paterna, ao seu lar
resplandecente. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas
organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi
tão altamente desenvolvido. Os egípcios traziam consigo uma ciência que a
evolução da época não comportava. Nos círculos esotéricos, onde pontificava,
onde se falava com ênfase, em tom categórico, a palavra esclarecida dos grandes
mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas
as criaturas e Providência de todos os seres, O destino e a comunicação dos
mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas
solucionados e conhecidos. Depois de perpetuarem nas Pirâmides, os seus
avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram
à pátria sideral. As Castas da Índia: As organizações hindus são de origem
anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos
israelitas. Deles descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e
hoje atingem um dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva.
O pensamento moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de
pensadores, que se organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos
terrestres, tanto que todas as línguas das raças brancas guardam as mais
estreitas afinidades com o sânscrito, originário de sua formação e que
constituía uma reminiscência da sua existência pregressa, em outros planos.
Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor, de esperança e de estoicismo
(austeridade de caráter; rigidez moral; impassibilidade em face da dor ou do
infortúnio) resignado, salientando-se que quase todos os grandes vultos do
passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo, deles aprenderam as
lições mais sublimes. Grupos dos Árias: Se as civilizações hindu e egípcia
definiram-se no mundo em breves séculos, o mesmo não aconteceu com a
civilização ariana, que ia iniciar na Europa os seus movimentos
evolutivos.
Somente com o escoar de muitos séculos regularizaram-se as
suas migrações sucessivas, através dos planaltos da Pérsia. Do Irã procederam
quase todas as correntes da raça branca, que representariam, mais tarde os
troncos genealógicos da família indo-européia. Caminheiros do desconhecido,
erraram pelas planícies e montanhas desertas. Mais revoltados e enrijecidos que
todos os demais companheiros no orbe terrestre, suas reminiscências da vida
pregressa nos planos mais elevados, qual que haviam experimentado no sistema da
Capela, traduziam-se numa revolta íntima, amargurada e dolorosa, contra as
determinações de ordem divina. Apenas, muito mais tarde, com a contribuição dos
milênios, os celtas retornaram ao culto divino, venerando as forças da
natureza, junto dos carvalhos sagrados, e os germanos iniciaram a sua devoção
ao fogo, que personificava, a seus olhos, a potência criadora dos seres e das
coisas. Enquanto os semitas e hindus se perderam na cristalização do orgulho
religioso, as famílias arianas da Europa, embora revoltadas e endurecidas,
confraternizaram com o selvagem e nisso reside a sua maior virtude. Assinalando
os aborígenes, engendraram as premissas de todos os surtos das civilizações
futuras. Nessa movimentação para o estabelecimento do novo habitat, organizaram
as primeiras noções políticas da vida coletiva, elegendo cada tribo um chefe
para direção de sua vida em comum. A agricultura, as indústrias pastoris, com
elas encontraram os primeiros impulsos nas estradas incertas dos que descendiam
do primata europeu. Com as organizações econômicas, oriundas do trato direto
com o solo, deixaram perceber a lembrança de suas lutas no antigo mundo que
haviam deixado.
O Povo de Israel: Dos espíritos degredados na Terra, foram
os Hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo
inalterados os seus caracteres através de todas as mutações. Reconhecendo que,
se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o
seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Consciente da
superioridade de seus valores, nunca perdeu oportunidade de demonstrar a sua
vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão com as
demais raças do orbe. Estudando-se a trajetória do povo israelita, verifica-se
que o Antigo testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos
iniciados do povo judeu, e que somente os grandes mestres da raça poderiam
interpretá-lo fielmente, nas épocas mais remotas. Moisés, com a expressão rude
da sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as leis básicas do Sinai,
constituindo desse modo o grande alicerce de aperfeiçoamento moral do mundo.
Todas as raças da Terra devem ao judeus esse benefício sagrado, que consiste na
revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os
seres. É talvez, a raça mais livre, mais internacionalista, mais fraternal,
entre si, mas também a mais altiva e exclusivista do mundo. Dos Espíritos que
vieram exilados para a Terra, muitos já regressaram ao sistema da Capela, onde
os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais
santas e mais puras, porquanto outros tantos, por abnegação prosseguem
reencarnando na Terra, para o desempenho de abençoadas missões.
Quem você pensa que é?
R: Você tem tempo para eu te explicar?
Se questione. Quem somos nós para nos julgar dono da verdade
em relação a sua opinião e sobre sua religião, ou qualquer aspecto nessa vida
para achar que você é possuidor da razão?
Pensas que nessa imensidão do Universo, achar que somos os
únicos a ser Criação de Deus.
Achismo.
Me pergunte de novo: Quem você pensa que é?
Se você tiver tempo para ouvir eu te explico minha jornada e
lhes digo, nem eu nem você somos nada, diante do infinito de possibilidades da
criação Divina.
Wal Oliveira
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