Páscoa e os rituais pagãos
A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus
Cristo. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes
ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo
de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz
solar, dados como presentes.
Ovos de Páscoa pintados representam a fertilidade das deusas
lunares
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual,
é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos
europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther –
em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo
em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em
redor de seus pés nus.
Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa
judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico,
celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da
escravidão para a liberdade.Um ritual de passagem, assim como a “passagem” de
Cristo, da morte para a vida.
Ostara -Cultos pagãos que deram origem a Páscoa, entre os
costumes pintar ovos e o símbolo era a lebre e não o coelho
Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos,
decorando-os com desenhos e formas abstratas.
Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora
que em outros, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. No
entanto, o costume não é citado na Bíblia.
Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais
pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do
renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica
e mitologia germânica.
A primavera, lebres e ovos pintados com
runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e
não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o
futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada.
A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e,
portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e
Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre
no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa
da Aurora” (ou, novamente, o planeta Vênus). É uma deusa anglo-saxã, teutônica,
da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Shabbat Pagão,
que celebra o renascimento chamado de Ostara.
Feliz Páscoa!
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