Na mitologia grega, Pandora (do grego: Πανδώρα, "a que tudo dá", "a que possui tudo", "a que tudo tira", ) foi a primeira mulher, criada por Hefesto e Atena a pedido de Zeus com o fim de agradar aos homens.
Foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto (artista celestial, deus do fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena (deusa da estratégia em guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) auxiliados por todos os deuses e sob as ordens de Zeus. Cada um lhe deu uma qualidade. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Feita à semelhança das deusas imortais. Foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.
Epimeteu tinha em sua posse uma caixa. A Caixa de Pandora que outrora lhe haviam dado os deuses como presente de casamento, que continha todos os bens. Pandora abriu a caixa, inadvertidamente, e todos os bens escaparam, exceto a esperança. Com estes bens, foi dado início aos tempos de inocência e ventura, conhecidos como Idade de Ouro.
Hesíodo conta duas vezes o mito de Pandora; na Teogonia não lhe dá nome, mas diz (590-93) :
- Dela vem a raça das mulheres e do gênero feminino:
- dela vem a corrida mortal das mulheres
- que trazem problemas aos homens mortais entre os quais vivem,
- nunca companheiras na pobreza odiosa, mas apenas na riqueza.
Hesíodo segue lamentando que aqueles que tentam evitar o mal das mulheres evitando o casamento não se sairão melhor (604–7):
- Ele chega à velhice mortal sem ninguém para cuidar de seus anos,
- e, embora, pelo menos, não sinta falta de meios de subsistência enquanto ele vive,
- ainda, quando ele está morto, seus parentes dividem suas posses entre eles.
Hesíodo admite que, ocasionalmente, um homem encontra uma mulher boa, mas ainda assim o "mal rivaliza com o bem."
Em Os trabalhos e os dias (60-105) Hesíodo reconta o mito, desta vez chamando de Pandora a primeira mulher.
Nesta versão também, por ordem de Zeus, Hefesto molda em barro uma adorável moça, Atena lhe ensina as artes da tecelagem, Afrodite a embeleza, e Hermes lhe dá "uma mente despudorada e uma natureza enganosa" (67-8). As Cárites e as Horas a adornaram, e por fim Hermes lhe deu a voz e um nome, Pandora, porque "todos os que habitam o Olimpo lhe deram um presente, uma praga para aqueles que comem pão" (81-2). E Hermes a leva a Epimeteu, que a recebe. O mal (doenças e trabalho) começa quando Pandora abre o jarro (pito) (não caixa, esta uma corrupção textual posterior) e pragas incontáveis saem dele. Só a esperança não sai do jarro.
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