04 abril 2017

Deus grego Priapo!

Deus grego Priapo
Hoje nos vamos falar sobre o deus grego Priapo, venha conhecer um pouco mais sobre ele!
Priapo ou Príapo (em grego: Πρίαπος, transl. Príapos) é o deus grego da fertilidade, filho de Dionísio e Afrodite. Sua imagem é apresentada como um homem maduro, mostrando um grande órgão genital (ereto). Priapo era considerado como protetor de rebanhos, produtos horticultas, uvas e abelhas.
Dionísio, vindo vitorioso de batalhas nas Índias, foi por Afrodite ardorosamente recebido e dessa união nasceu Priapo. Hera, ciumenta de Afrodite, trabalhou para que a criança nascesse com a sua enorme deformidade (curiosamente, ele sempre é representado com um pênis de tamanho exagerado). Sua mãe mandou educá-lo nas margens do Helesponto em Lampasaco, onde por conta de sua libertinagem e desregramento tornou-se objeto de terror e repulsa. A cidade foi tomada por uma epidemia e os habitantes viram nisso uma retaliação por não terem dado atenção ao filho de Afrodite, fizeram rituais e pediram que ele ficasse entre eles.
É representado por um busto em cima de uma pilastra com cornos de bode, orelhas de cabra, uma coroa de folhas de vinha ou de loureiro. Os antigos borravam as estátuas com cinábrio ou zarcão, algumas vezes coloca-se instrumentos de jardinagem junto à imagem, cestos para fruta, foice, um bastão para afastar ladrões e uma vara para amedrontar os pássaros. Sobre o monumento colocam também cabeças de burro e outros animais que os habitantes lhe ofereciam em sacrifício. Existia ainda um ritual onde meninas virgens sentavam em cima de um falo gigante representando Priapo.
De acordo com a Mitologia Grega, Afrodite era a deusa do amor e da beleza. Ela apreciava a alegria, o prazer e o glamour, castigando a quem ousasse comparar-se à sua beleza. Casada com Hefesto, o deus dos ferreiros e metais era deformado, tinha os pés tortos, quadris deslocados e Afrodite nunca se satisfez sendo sua esposa.

Apesar de ser casada com Hefesto, Afrodite era sedutora e tinha vários amantes. Os filhos de Afrodite com seus amantes mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. Um de seus filhos era Priapus, nascido de sua união com Dionísio. Priapus era um deus muito feio e tinha um enorme órgão genital, que se mantinha sempre ereto dando origem ao termo médico Priapismo.

Segundo a lenda, Hera, a vaidosa e vingativa esposa de Zeus nunca havia se conformado por Afrodite ter subornado Paris para indicá-la como a mais bela durante o concurso de beleza entre Hera, Atena e Afrodite. Por isso Príapus foi amaldiçoado por Hera enquanto ele ainda estava no ventre de sua mãe, tendo desejado que ele nascesse feio e com uma eterna ereção, porém seria impotente. 

Os deuses recusaram a presença de Priapus no Monte Olimpo e o jogaram na terra. Sozinho, ele acabou sendo encontrado pelos sátiros. Príapus juntou-se a Pan e a outros sátiros passando a ser cultuado como o deus da fertilidade, dos jardins, das plantas frutíferas e do crescimento, embora ele se mantivesse eternamente frustrado por sua impotência.

Conta-se que Priapus tentou unir-se com a ninfa Lotis, mas foi frustrado pelo zurrar de um jumento que o levou a perder a ereção. O episódio fez com ele passasse a odiar os jumentos exigindo que eles fossem destruídos em sua honra. No entanto, Priapus vingou-se fazendo com que o emblema sua natureza lasciva permanecesse nos jumentos.
O mito de Priapus serve para conhecermos um pouco mais a respeito das representações através dos tempos. Na antiguidade tardia, o culto a Priapus era bem mais do que um sofisticado culto de pornografia. Para os camponeses gregos ele era visto como uma divindade guardiã dos pastos de cabras, ovelhas e dos enxames de abelhas. Foi considerado também como um deus que propiciava boa sorte e tinha o poder de evitar o mau-olhado, por isso sua imagem era adorada nos jardins e nas casas, sendo-lhe oferecido frutas, flores, peixes e legumes.

Estatuetas de Priapus eram comuns na antiga Grécia como também na Roma antiga, colocadas em pomares, portas, encruzilhadas e frequentemente adornadas com cartazes contendo epigramas, que ameaçavam os transgressores dos limites por ele protegidos. Ele foi representado de várias maneiras, geralmente como uma figura de gnomo deformado com um enorme falo ereto. Acredita-se que o uso de gnomo de jardim tenha surgido da figura de Príapus.

Como o deus protetor dos marinheiros e pescadores, a figura de Priapus servia como demarcação de áreas consideradas como passagem perigosa. Representado em sua forma ereta, o falo estava presente em quase todos os aspectos da vida diária, reafirmando o estado macho-dominante de coisas que sua presença manifesta. O falo também está associado à posse e demarcação territorial, por isso em muitas culturas é a divindade de navegação.

Quando os romanos conquistaram os territórios dos gregos, eles adotaram os seus deuses, mas deram-lhes nomes latinos. Assim Priapus passou a ser o deus Fascinum mantendo o mesmo poder de afugentar o mau olhado e propiciar a conquista, coragem e autoridade. Atribuíam-lhe também o poder de fazer brotar as árvores e de tornar as mulheres férteis. Mesmo depois da queda de Roma, Príapus continuou a ser invocado como um símbolo de saúde, fertilidade, prosperidade e poder. De Fascinum provém os termos fascinante e fascismo.

Priapus foi uma figura popular na arte erótica romana e na literatura latina, sendo um tema do humor obsceno de versos chamado Priapeia. Ele era muito popular em Pompeia e uma das imagens mais famosas tem em seu falo um saco de dinheiro. As intenções de seu culto eram dirigidas mais para a luxúria do que o amor. A crença ideal dos pompeianos era: Goza enquanto podes. A vida é muito curta. Goza a vida enquanto a tens! 

Para o povo de Pompéia nada ultrapassava o prazer sexual, por isso toda a cidade revelava uma atmosfera de sexualidade. O povo de Pompéia considerava as relações sexuais como uma atividade biológica natural e salutar. Eles eram exímios na arte sexual, porém sem vulgaridade nem tabu a respeito da sexualidade humana
Príapo (G. Príapos). Filho de Dioniso e de Afrodite, venerado especialmente em Lampsaco, na Ásia Menor. Sua característica principal era o pênis exageradamente grande e sempre ereto, e sua função era guardar pomares em geral, vinhedos e jardins, desviando os malefícios dos olhares invejosos. Príapo era um símbolo da fecundidade, e nessa condição participava do cortejo de Dioniso em companhia dos Sátiros e de Sileno, aos quais se assemelhava. Inclusive por aparecer frequentemente junto a um asno, como Sileno.
Numa versão diferente da lenda Príapo era filho de Zeus e de Afrodite. Quando essa deusa veio da terra dos etíopes para o Olimpo após o seu nascimento, todos os deuses ficaram estupefatos com a sua beleza; Zeus apaixonou-se por ela e a possuiu, engravidando-a. Nas vésperas do parto o rancor de Hera diante da infidelidade do marido levou-a a apertar o ventre de Afrodite, e por isso Príapo teria nascido com o pênis descomunal. Vendo-o, Afrodite decidiu abandonar o filho nas montanhas para evitar o sarcasmo dos demais deuses e deusas. Alguns pastores acharam o recém-nascido e o criaram, passando a cultuá-lo como símbolo da virilidade. Numa variante dessa versão o pai de Príapo era Adônis.
Contava-se que durante uma celebração dionisíaca Príapo viu a ninfa Lotis e apaixonou-se por ela; durante a noite ele tentou aproximar-se do lugar onde ela dormia, mas quando já estava perto da ninfa o asno de Sileno começou a relinchar, acordando Lotis e as Bacantes. Príapo desistiu de seus propósitos, e passou a aparecer ao lado de um asno.
Na tradição romana Príapo quis possuir Vesta, e quando ia violentá-la  um asno começou a relinchar, despertando a deusa e livrando-a assim do impetuoso admirador. Desde então os romanos adotaram a prática de coroar um asno com flores no dia da festa da Vesta, em vez de sacrificá-lo a Príapo como faziam antes.
(Mário da Gama Kury - Dicionário de mitologia)
Priapismo é uma condição médica geralmente dolorosa e potencialmente danosa na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido, apesar da ausência de estimulação física e psicológica. A ereção dura em média 4 horas, e pode levar à impotência sexual definitiva.
O priapismo é uma emergência médica e o recomendado é procurar atendimento de emergência prontamente.
O nome vem do deus Priapo da mitologia grega, que tinha um pênis exageradamente grande e que permanecia sempre ereto.
Associações:
Deus: da fertilidade, da quebra de juramentos, abelhas, flores, frutas, apetite sexual.
Cores: verde, marrom.
Oferendas: frutas, imagens dele, falos eretos, orgias, mel, quebra de juramentos.
Espero que tenham gostado de saber um pouco sobre esse deus, infelizmente se tem poucas coisas se referindo a ele, e um fato curioso que podem gostar de saber: na Grécia antiga, o falo não deveria ser grande, isso era uma abominação, deveria ser pequeno, por isso que muitas estatuas gregas tem representações de falos pequenos.
Que os deuses lhe abençoem.

Raffi Souza.

7 comentários: