O deus hindu da perfeição: Rama!
Rama, avatar de Vishnu e marido de Sita é um símbolo de
sacrifício, um modelo de fraternidade, um administrador ideal, e um guerreiro
incomparável. A essência da Rama é, portanto, a essência da excelência em cada
exercício.
Rama é o exemplo supremo de como as pessoas devem se
comportar no mundo, como um país deve ser governado, como a integridade e
moralidade dos seres humanos devem ser protegidos. Ações elevados, qualidades
ideais e pensamentos sagrados são fundamentos básicos de caráter. Rama é a
própria personificação destes três atributos.
O Princípio de Rama é uma combinação do divino no humano e
do humano no Divino. A inspiradora história de Rama apresenta o código de ética
tripla relativa ao indivíduo, à família e à sociedade. Se a sociedade está
progredindo bem, a família também estará feliz, harmoniosa e unida. Para a
unidade na família, os indivíduos que a compõem devem ter um espírito de
sacrifício.
Rama (no devanágari: राम),
no hinduísmo, é considerado um dos avatares do deus Vishnu. A ele é dedicado o
poema sagrado Ramáiana, que juntamente com o Maabárata compõem as mais
respeitadas narrativas históricas (Itihasas) da cultura védica.
Ramachandra significa a fonte do todo o prazer, que é
comparado a Chandra, a lua encantadora, ou aquele que brilha na Terra.
A vida e a jornada de Rama são baseadas na aderência
perfeita ao dharma. Pela honra do seu pai, Rama abandona a sua pretensão ao
trono de Kosala para ficar em exílio por catorze anos na floresta.
É o símbolo do grande homem, o perfeito filho, o perfeito
marido, irmão, amigo e governante. Sua saga está descrita na epopeia
literário-religiosa do Ramáiana, onde é relatado com detalhes seu casamento com
Sita, e sua luta contra o demônio Ravana, o mais terrível demônio do mundo.
Recebeu ajuda de Hanuman nesta empreitada. (Chicale)
Rama e Sita - amor mais forte que a vida
A história de Rama e Sita foi escrita pela primeira vez em
Sânscrito no Ramayana. Conta a história que o Rei dos Reis, Indra, certo dia,
perdeu seus poderes e envelheceu. Para resolver o problema foi até Vishnu para
se aconselhar. Vishnu disse então que deveriam agitar o poderoso oceano de
leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força.
Como era uma tarefa difícil, na tentativa de mover a montanha mandara, para
agitar o oceano, acabaram por acordar os demônios (Asuras), que quiseram também
tomar o elixir.
Com a ajuda dos Asuras conseguiram realizar a façanha. Mas
todos se feriram muito, e receberam então preciosos 14 presentes para a
humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir trazendo o elixir. Estava
sentada sobre um lótus e era extremamente bela, encantando a todos. E Lakshmi
escolheu Vishnu para ser seu consorte.
Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakshmi
reencarnou com ele.
Quando Vishnu se tornou Rama, Lakshmi se tornou Sita.
Rama é o herói mais importante da mitologia hindu. A
história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, e
conta-se por toda a Índia.
No reino Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos
atrás, vivia um rei chamado Dasaratha, que era casado com três esposas,
chamadas, Kaikeyi, Sumitra e Kaushalya, mãe de Rama.
Rama apaixonou-se por Sita, a filha do rei Janaka de
Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa de Vishnu, Lakshmi. Devido a um
incidente na corte, Rama, seu irmão Lakshmana, e Sita foram viver tranquilamente
no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana sequestrar Sita, que gritou a todas
as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava sendo levada contra sua
vontade. Também tirou suas joias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen,
seu general.
Então o sábio Agastya aconselhou Rama a adorar o sol, a
fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um
cocheiro do Deus do Céu, Indra. Logo, Rama foi atrás de Ravana e de seu
exército de rakshashas demoníacos. Rama juntou seu exército composto de macacos
e ursos e atacou o demônio. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez
cabeças, foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi finalmente libertada. Rama
junto de sua quarta esposa Sita, e seu irmão Lakshmana, regressaram a Ayodhya,
depois de haverem passado 14 anos em exílio.
Desta união nasceu Kama, o Deus do amor. Kama é extremamente
belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas ocasiões, é reverenciado
durante o ato de amor.
Rama não vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres
espirituais sabem, que nunca se deve adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua
consorte, ou seja, junto com sua energia feminina.
Rama é o personagem principal de um grande épico hindu
chamado Ramayana que conta a história do filho de um rei que é envolvido em uma
intriga familiar e é exilado por 12 anos na floresta com seu irmão e sua
esposa, Sita, que é raptada por um demônio. O épico centra-se na recaptura de
Sita das mãos do demônio.
Rama simboliza na Índia, o arquétipo da ética, da virtude,
da verdade e da justiça, da honestidade, da responsabilidade e do dever.
Todos aqueles que tem algum cargo de poder, os pais, os
políticos, os professores, os chefes, os patrões, os militares, devem se
espelhar no ideal de Rama.
Está relacionado ao Chakra Manipura e a Kriya Shakti, o poder de agir.
Mantra:
SHRI RAMA, JAY RAMA
JAY, JAY, RAMA OM
SHRI RAMA, JAY RAMA
JAY, JAY, RAMA OM
(Senhor Rama, Salve Rama...)
Link com a explicação sobre o Ramayana: https://rsguimaraes.wordpress.com/mitologia-hindu/ramayana/
Que sejam sempre prósperos.
Raffi Souza.
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