Brahma o criador do mundo!
Brahma:
É o criador do universo, é a inteligência criadora,
representa a mente cósmica.
Brahma tem quatro cabeças e está sentado num cisne. Os
Puranas dizem que ele criou Sarasvati (sua consorte, Deusa do conhecimento) e
que ela corria de um lado para o outro e para cada lado que ela corria nascia
uma cabeça, assim ele é representado com quatro cabeças significando os quatro
vedas e todas as direções do conhecimento.
A tradição Védica usa alguns exemplos para explicar a
criação. É dito que o “Criador é como a aranha tecendo a teia”. O Criador é a
inteligencia e o material da criação. Ele retira de si mesmo o material da
criação. Assim a criação é a manifestação do criador.
A base de Brahma é Sarasvati, o conhecimento. Assim Brahma
está sentado num cisne. O cisne tem a capacidade de separar o leite da água,
assim como, o conhecimento é a capacidade de separar o real do não real
(absoluto de maya).
Em suas quatro mãos Brahma sustenta um lotus, os vedas, um
vaso contendo amrita e abaya mudrã. O lotus representa o símbolo da pureza. Os
vedas são as escrituras sagradas contendo todo o conhecimento da criação e o
meio para o conhecimento. O amrita é o néctar da imortalidade e abaya mudrã
abençoa com destemor
A Mitologia Hindu está fundada nos Vedas, que são os livros
sagrados dos hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade
hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação,
conservação e destruição, que formam a Trimuri ou trindade dos principais
deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente, da criação, da conservação e
as destruição.
Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as
divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em
várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo
com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence
ao fogo.
Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra
habitantes que fossem criados da sua própria emanação. Assim, criou através de
sua boca, seu filho mais velho, o Brâmane, que significa o sacerdote, ao qual
confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu Chátria, o guerreiro, do
esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias, do sexo
masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras
(mecânicos e trabalhadores).
Brahma é o primeiro deus da Trimurti, a trindade hindu, mas
não recebe tanta importância como os outros dois: Vishnu e Shiva.
Brahma é considerado pelos hindus a representação da força criadora
ativa no universo.
A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um
universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flutuando no
oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brahma
aparece montado num Lótus, que brotou do umbigo de Vishnu e recria todo o
universo.
Depois que Brahma cria o universo, ele permanece em
existência por um dia de Brahma, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000
anos em termos de calendário hindu. Quando Brahma vai dormir, após o fim do
dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de
novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem
100 anos de Brahma, quando esse dia chegar, Brahma vai deixar de existir, e
todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus
elementos constituíntes.
Brahma é representado com quatro cabeças, mas originalmente,
era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado
numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma
cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma
mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua
criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da
beleza de Satrupa. Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se
esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados.
Para poder vê-la onde quer que fosse Brahma criou mais três
cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então
Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brahma criasse uma quinta
cabeça olhando para cima, foi assim que Brahma veio a ter cinco cabeças. Da
união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.
Brahma (Brama ou Bramá) é o deus hindu da criação e o
primeiro deus da Trimurti, a sagrada trindade hindu. Os outros deuses eram
Vishnu e Shiva. Brahma representa o equilíbrio, enquanto Vishnu e Shiva representam
as forças opostas da conservação e da destruição, respectivamente.
Existem muitos relatos diferentes sobre a origem de Brahma.
De acordo com uma história, Brahma criou as águas cósmicas e depositou nelas
uma semente. A semente se transformou em um ovo de ouro e, após mil anos, o
próprio Brahma emergiu do ovo como um Brahma mais jovem. Ele, então, criou o
universo e todas as coisas nele. Outra lenda diz que Brahma nasceu de uma flor
de lótus que brotou do umbigo de Vishnu.
Representações
Brahma é geralmente retratado com quatro cabeças e quatro
braços. As quatro cabeças simbolizam os quatro Vedas (os antigos textos
sagrados do hinduísmo), os quatro yugas (épocas de tempo) e as quatro varnas
(classes sociais hindus)... Brahma é freqüentemente mostrado usando vestes
brancas e segurando um cetro, uma tigela de esmolas, um arco, dentre outros
itens. A montaria (vahana) de Brahma é o cisne/pavão real Hamsa.
Brahma e Sarasvati, o surgimento das varias cabeças:
De acordo com a mitologia hindu, Brahma originalmente
possuía apenas uma cabeça. Após cortar uma parte de seu próprio corpo, ele a
usou para criar uma mulher para si, a qual se chamava Sarasvati (ou Satrupa).
Assim que Brahma a viu, se apaixonou por ela, a ponto de não conseguir tirar
seus olhos dela. Envergonhada, Sarasvati movia-se para todos os lados tentando
fugir dos olhares de Brahma, e, para poder vê-la onde quer que ela fosse Brahma
criou mais três cabeças: uma à esquerda, uma à direita e outra atrás da
original. Sarasvati tentou ainda escapar de Brahma voando até o ponto mais alto
nos céus, mas Brahma criou uma quinta cabeça olhando para cima, tornando-se
impossível para Sarasvati escapar de seus olhares.
Após conseguir deter a atenção de Sarasvati, Brahma lhe disse:
“ó, meu amor, por favor, conceda-me seu carinho para que possamos nos unir e
dar origem a todas as criaturas animadas, homens, deuses e demônios desse
universo”. Ao ouvir tais palavras, Sarasvati desceu do alto de onde se
refugiava, desfez-se de sua timidez e uniu-se a Brahma. Logo após terminarem de
povoar o universo com suas mais diversificadas criaturas, Brahma e Sarasvati
retiraram-se para um local secreto, onde viveram juntos por mais um espaço de
cem anos divinos. Desse novo período de amor nasceu o sábio Manu, chamado
também de Svayambhuva ou Viraj.
Posteriormente, uma das cabeças foi destruída por Shiva,
após Brahma se dirigir de maneira desrespeitosa a sua pessoa. Shiva abriu seu
terceiro olho e incinerou a cabeça de Brahma, que passou a contar desde então
com quatro cabeças.
A criação das quatro
castas hindus:
Segundo algumas lendas, pela união de Brahma com Bakchase
(uma mulher da raça dos gigantes), provieram os brâmanes, a casta de sacerdotes
e doutores destinada à propagação das leis religiosas. Do braço direito de Brahma
surgiu um homem (Kshatrya) e do braço esquerdo uma mulher (Kshatryani). O
enlace desses dois seres deu origem a casta de guerreiros. Da coxa direita de
Brahma surgiu um terceiro homem (Vaishya) e da coxa esquerda uma mulher
(Vaishyani), para dar origens a casta dos comerciantes e lavradores.
Finalmente, do pé direito de Brahma surgiu um quarto homem (Sudra) e do pé
esquerdo uma mulher (Sudrani) para dar origem à quarta casta, constituída por
artistas, operários de toda espécie de trabalhadores.
Culto
Apesar do fato de Brahma ser um dos trimurtis, não existem
templos dedicados ao seu culto, exceto o local de peregrinação, Pushkar em
Ajmer. Alguns estudiosos acreditam que o culto a Brahma existiu nos tempos
védicos, e foi substituído mais tarde pelos cultos à Shiva e Vishnu, que até
hoje são amplamente cultuados.
Associações:
É deus: da criação, da ordem;
Velas: branco, azul;
Oferendas: incensos de olibanos, jasmim (praticamente todos
os incensos indianos), imagens dele, mantras, dança.
Que os Deuses lhe abençoem!
Raffi Souza
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