A deusa da primavera: Perséfone!
Hoje vou falar de uma deusa que eu em particular amo muito,
mas porque falar sobre a deusa da primavera, se estamos em pleno inverno
brasileiro? Bem, pela origem do inverno de acordo com a mitologia grega, então
venha conhecer um pouco mais sobre a deusa grega Perséfone!
Perséfone, deusa da terra e da agricultura na mitologia
grega, foi a única filha de Zeus e de Demeter. Na mitologia grega depois também
ficou conhecida como a rainha do mundo infernal, ela ficava vigiando as almas e
sabia os segredos das trevas.
A deusa da agricultura sempre se preocupava apenas em colher
flores, mas foi crescendo e com isso sua beleza foi encantando a todos, e
encantou o deus Hades, o senhor dos mortos, que pediu a deusa em casamento.
Porém, Demeter não queria que eles se casassem, mas Hades mesmo assim não
desistiu da deusa e continuou a persegui-la. Até que um dia Perséfone estava
colhendo narcisos, e de repente Hades apareceu da terra em sua carruagem e
levou a deusa para o mundo dos mortos.
Demeter não se conformou a com a situação de sua filha e
obrigou que Zeus atendesse seu pedido, foi então que ele pediu a Hades que
devolvesse sua filha. Hades não devolveu Perséfone e ainda conseguiu um plano
para que ela continuasse com ele. Ele deu à Perséfone uma Romã, que era o fruto
do casamento. Como a deusa tinha comido os grãos, não podia deixar mais seu
marido, foi então que Perséfone passava um período com sua mãe e outro com seu
marido, e se torna a sombria Proserpina. Deste momento em diante, a cada vez
que ela estava com seu marido virava inverno na terra, e quando estava no
Olimpo com sua mãe se tornava novamente uma adolescente e chegava a primavera,
o verde da natureza fazia brotar muitas flores e frutos. E mesmo sendo uma
relação muito complicada, vive com muito amor com seu marido Hades.
Perséfone, por sua beleza sempre atraiu muitos olhares. É
inimiga de Afrodite por ser esta ser muito bela. Até Zeus, seu pai, se sentiu
atraído por sua filha e conta-se que tiveram um filho juntos em forma de
serpente, que seria o Sabázio. Também teve um amor com Hércules e com ele teve
um filho, o Zagreus.
Afrodite e Perséfone além de ficarem rivais pela beleza,
também lutaram pela posse de Adônis, um belo rapaz que era amado por ambas.
Afrodite, para preservar Adônis, o prendeu em um baú e mandou a Perséfone para
que ela cuidasse, mas ao chegar às mãos dela, ela abriu o baú e se encantou com
sua beleza e se recusou a devolver para Afrodite. Foi então que Zeus decidiu
que Adônis ficaria um terço do tempo com Afrodite e outro terço com Perséfone,
e os outros dias faria o que ele quisesse.
A princípio pode parecer estranho que a Deusa Perséfone
tenha como atributos a Primavera e o Submundo, mas não podemos esquecer que da
morte advém a vida e o mito desta Deusa explica isto muito bem.
Filha de Zeus e Deméter, esta jovem Deusa grega, enquanto
colhia flores, é raptada por Hades, o Deus do Mundo Subterrâneo.
Jacinto foi a flor que seduziu Perséfone atraindo-a ao local
onde a terra se abriu, surgindo Hades em sua carruagem dourada, puxada por
cavalos imortais.
Contra a sua vontade Perséfone foi levada ao Submundo. Seus
gritos não foram ouvidos por nenhum Deus ou mortal, exceto pela Deusa Hécate
que os ouviu de sua caverna.
Deméter, Deusa da colheita, da fertilidade e dos grãos, ao
perceber o sumiço de sua filha sai a sua procura. Muito triste e lamentosa, sua
luz e alegria vão se extinguindo dando lugar a sua ira, o que provoca a seca e
o frio na Terra.
Finalmente ao saber por Hécate o paradeiro de Perséfone,
Deméter vai até Zeus pedindo que ele interceda junto a Hades para devolver sua
filha.
Devido aos apelos da Deusa da fertilidade e às condições que
provocou na Terra, Zeus intervém, mesmo tendo dado Perséfone a Hades como parte
de um acordo, sem o conhecimento de Deméter. Mas o retorno de Perséfone não
pode ser completo. Como já havia comido o fruto do mundo dos mortos, a romã, a
Deusa não pode passar mais de seis meses no mundo dos vivos.
Perséfone volta à Terra trazendo com ela a Primavera, mas
volta ao Submundo no período de Outono e Inverno.
Kore é outro nome dado à Perséfone para a sua fase Donzela,
enquanto nela reina apenas a inocência. Pois ao dar entrada no Submundo e se
tornar esposa de Hades, ela se torna a rainha e governante desse mundo junto
com o seu Deus. Perséfone amadurece, ganha força e conhecimento.
Como muitas outras Deusas, Perséfone é uma Deusa da vida, da
morte e do renascimento. É regente tanto da luz quanto da sombra. Senhora da
magia e dos conhecimentos ocultos, ela personifica a força intrínseca e
profunda da mulher.
Perséfone era a rainha das trevas, filha de Deméter, a
guardiã dos segredos dos mortos. Ela foi raptada por Hades, o deus das trevas
que, enlouquecido de amor, a raptou enquanto ela colhia flores nos campos.
Levada até seu reino sombrio, Hades deu-lhe a romã, a fruta dos mortos, e ela
ficou ligada a ele para sempre, tendo de permanecer com ele durante 3 meses do
ano. Embora Perséfone ficasse com a mãe durante 9 meses do ano, ela não podia
revelar a ninguém os segredos do mundo de Hades.
O reino de Hades era cheio de mistérios, protegido pelo rio
Estige, que nenhum ser humano podia cruzar e apenas Hermes podia guiar os
poucos escolhidos na escuridão da travessia. E nem as almas podiam atravessá-lo
sem dar uma moeda a Caronte, o velho barqueiro do rio, que os levava até o
reino de Hades, onde ficava Cérbero, o terrível cão de três cabeças e cauda de
serpente que devorava quem ultrapassasse os limites impostos pelos limites do
reino invisível.
Perséfone está relacionada à imagem do nosso misterioso e
insondável mundo interior que a psicologia denomina inconsciente, como se por
detrás do mundo diário, sob a luz do dia, existisse um outro mundo cheio de
riquezas e mistérios a serem desvendados. Nesse universo interior estão nossos
potenciais a serem desenvolvidos e também as facetas sombrias e mais primitivas
da personalidade. Perséfone é aquela parte que cada ser humano quer conhecer e
onde guarda os próprios segredos do seu mundo interior.
Entretanto, só consegue ter uma vaga noção com o despertar
da consciência e que aparece por meio de fragmentos de sonhos ou através de
estranhas coincidências da vida que nos faz questionar a respeito da existência
de algum padrão oculto que opera dentro de nós. Perséfone é sedutora e
fascinante, porém jamais fala de seus segredos. Da mesma maneira, o mundo do
inconsciente penetra nos sonhos e nas intuições que também seduzem e são
fascinantes. Contudo quando tentamos dominá-lo através do intelecto, esse mundo
escapa ao nosso alcance.
Perséfone (Proserpina, para os Romanos) é uma das divindades
da mitologia grega, considerada a deusa da agricultura, da natureza, da
fertilidade, das estações, das flores, dos frutos e das ervas. Filha de Zeus,
pai dos deuses e dos homens, e Deméter, deusa mãe da terra, da natureza e das
colheitas, Perséfone é símbolo dos cereais e representa o ciclo de renovação da
natureza bem como a alternância das estações, visto que segundo o mito, ela
passava três estações na terra e uma no mundo inferior, com seu tio e marido
Hades, deus do submundo e dos mortos.
Hades e o Rapto de Perséfone
Muito bela, Perséfone encantava com sua beleza e, assim,
muitas pessoas se interessaram pela deusa, incluso, seu tio Hades, deus do
submundo, o responsável pelo rapto de Perséfone, no momento em que ela colhia
narcisos.
Muito furiosa com o sumiço de sua filha, Deméter começa a
destruir todas as colheitas até que Zeus, resolve estabelecer um acordo com o
Deus do Submundo, para que ele devolvesse sua filha. Entretanto, Perséfone já
havia ingerida sementes de romã, o fruto do casamento, oferecido por Hades para
que ela ficasse com ele para sempre.
Dessa forma, ficou estabelecido que Perséfone passaria três
meses com Hades no mundo inferior, o qual simboliza o inverno, época do ano que
sua mãe muito triste, sente a ausência de sua filha e descuida da natureza; e,
por outro lado, passa três estações do ano (9 meses) com sua família, no
Olimpo, as quais simbolizam o outono, verão e a primavera.
Ficou conhecida como a “Rainha do Mundo Infernal” (Trevas)
uma vez que, durante o período que permanecia com seu marido, tomou
conhecimento dos segredos do submundo tornando-se guardiã do mundo dos
mortos.
Sabásio e Zagreu
A beleza estonteante de Perséfone, além de atrair muito
olhares, foi propulsora da união com seu pai, Zeus, o qual lhe dera um filho,
um deus cavaleiro chamado Sabásio. Esse filho, segundo a lenda, foi concebido
quando Perséfone era virgem, no qual Zeus amou-a em forma de serpente. Ademais,
há controvérsias sobre a paternidade do outro filho de Perséfone, Zagreu, filho
de Zeus ou de Héracles
Perséfone (em grego: Περσεφόνη, transl.: Persephónē), na
mitologia grega, é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. É filha de
Zeus e sua irmã Deméter, a deusa da agricultura e estações do ano; tendo
nascido após o casamento de seu pai com Métis e antes do casamento com Hera.
Criada no Olimpo, lar da nobreza divina, Perséfone foi sequestrada por seu tio
Hades, mudando-se para o mundo inferior. Socorrida por seu meio-irmão Hermes,
Perséfone passou a morar metade do ano no Olimpo nas estações primavera e verão
e outra no mundo dos mortos nas estações de outono e inverno, quando era chamada
de Cora (Koré) pelos demais deuses ctônicos. A ela eram consagrados os chás de
plantas como alecrim e sálvia; além das abelhas e do mel.
Perséfone aparece em a Ilíada simplesmente como rainha e
esposa de Hades. O mito do seu rapto foi primeiro narrado por Hesíodo.
Os deuses, Hermes, Ares, Dioniso e Apolo todos
cortejaram-na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da
companhia dos deuses.
“Todos os que habitavam em Olimpo foram enfeitiçados por
esta menina (Perséfone), rivais no amor a menina casar, e Hermes ofereceu seus
dotes para uma noiva. E ele ofereceu a sua vara como dom para decorar seu
quarto (como preço da noiva para a mão dela em casamento, mas todas as ofertas
foram recusadas por sua mãe Deméter). ”
— Nono de Panópolis, Dionisíaca
5.562.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade
começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a
pediu em casamento. Zeus advertiu seu irmão que Deméter não quer que nenhum
deus chegue perto da sua filha. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a
enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou
segundo os hinos Homeroicos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e
Ártemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e
fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de
suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e
Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Ninguém
queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de
muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa
havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no
reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a
sua filha). Como, entretanto, Perséfone tinha comido algo (seis sementes de
romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim,
estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando
seria Cora (para os romanos), a eterna adolescente, e o restante com Hades,
quando se tornaria a sombria Perséfone (Prosérpina, para os romanos). Este mito
justifica o ciclo anual das colheitas.
Perséfone é descrita como uma mulher de olhos escuros por
Opiano, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se
apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Perséfone não foi amante de Adônis,
mas se "apaixonou" por ele quando ainda era um bebê, pois Afrodite
pediu para ela cuidar dele e ela não queria devolver mais. Afrodite se torna
rival dela, quer ficar com o menino o tempo todo e depois, quando ele já está
adolescente, torna-se amante de Afrodite.
Hades e Perséfone tinham uma relação calma e amorosa. As
brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa
chamada Minta, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta,
destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de
entrada do reino dos mortos. Perséfone interferia nas decisões de Hades, sempre
intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e
atender os mortais que visitavam o reino dos mortos à procura de ajuda. Apesar
disso, os gregos a temiam e, salvo exceções, no dia a dia evitavam falar seu
nome (Perséfone) chamando-a de Hera infernal.
O culto
Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que
ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio
de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na
Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os
cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram
imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos
perdidos.
Descendência e consortes
Conta-se nos cultos órficos que Zeus, o pai da Perséfone,
teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente. Informações
retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma
filha com Zeus: Melinoe era de uma habilidade notável e Zagreu, que seria a
primeira reencarnação de Dioniso. Perséfone, com Hades, é mãe das Erínias,
personificações da vingança. Uma fonte bizantina rara afirma que ela e Hades
também são pais de Macária, deusa da boa morte.
Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai
Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por
parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que
presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como
Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã e irmão,
filhos de sua mãe, uma deusa chamada Despina e um equino chamado Árion. Despina
foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por isso ela tinha inveja da deusa
do mundo dos mortos, até porque Deméter se excedia em atenções para a rainha.
Em resposta, a filha rejeitada destruía tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o
que resultaria no inverno.
A rainha é representada ao lado de seu marido, num trono de
ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter
servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é
dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por
Hades. A ela também eram associadas as serpentes.
Perséfone antes de ser raptada por Hades se chamava Cora ou
Coré (Koré). E, outros dialetos, ela é conhecida por vários nomes: Perséfassa
(Περσεφάσσα), Perséfata (Περσεφάττα), Persefoneia (Περσεφονεία), Ferépafa
(Pherepafa Φερέπαφα). Seu nome infernal significa "Aquela que destrói a
luz", enquanto Koré significa "moça virgem". Em Roma, ela tinha
vários títulos entre os quais Juno (Hera) inferna.
Perséfone tem muitos epítetos, entre eles estão:
Despina, significa senhora
Carpóforo (Karpophoros), significa frutífera
Ctônica, significa do submundo
Léptina, significa destruidora
Megala Thea, significa grande deusa
Protógona, significa primogênita
Sótira, significa salvadora
Hagne, significa sagrada
Deira, significa sábia
Praxídice, executora da justiça
Épene, significa temível
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre
essa deusa, e que o inverno seja bem-vindo, e vamos celebrar ele!
Que sejam prósperos!
Raffi Souza.
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