O deus de todas as artes: Lugh!
Venha conhecer sobre o deus de todas as artes de acordo com
a mitologia celta, venha conhecer sobre o deus Lugh!
A ideia de que os guardiões protegiam e defendiam o Planeta
Terra, com certeza veio dos pensamentos celtas, pois fica explicito nos estudos
que procedem do deus Sol, LUGH.
Lugh é um Deus Celta, representado em muitas Lendas
Irlandesas como sendo o triunfo da Luz sobre a Escuridão. Ele é o Guardião
legítimo da Lança Mágica de Glorias e era particularmente associado ao uso da
funda (arma feita de pele de animal com a qual se lançam pedras), com a qual
matou o seu terrível adversário, Balor.
Lugh é um Deus que está presente em todos os Panteões Celtas...
Em Gaulês antigo tinha o nome de Lugos, e ao longo do resto da Ilha Britânica,
é conhecido como Lug. As Histórias e mitos sobre ele diferem em cada região
onde é reverenciado de inúmeras formas e através de diferentes ritos.
Principalmente conhecido como Deus do Sol, Lugh também é um
Deus Guerreiro, da Medicina, Druida, Bardo, Ferreiro, Cervejeiro, entre outras
coisas.
As suas funções identificam-no como um Deus da Guerra e das
Artes Mágicas, mas os poetas e todos os artistas também são por ele
beneficiados, juntamente com os guerreiros e os magos. As suas armas sagradas
em todas as tradições são a funda e a lança. No folclore Irlandês ele é o Pai
do grande Herói Cuchulain.
Lugh é um Deus do céu e está fortemente ligado com o fogo,
com o Sol e com o tempo. Em várias representações suas, Ele aparece com um Torc
(peça de joalharia Celta), e uma lança brilhante, que por vezes aparece como
sendo um raio.
Ele é o Deus de todas as habilidades, artes e da excelência
em todo o empenho imaginável. Ele é visto como o Protetor e Guia do seu Povo.
Animais que lhe são especialmente sagrados são, as águias e os corvos que
mantêm vigia sobre tudo aquilo que acontece na Terra. A sua Árvore Sagrada é o
Freixo.
Embora ele seja representado das mais diversas formas e com
atributos diferentes, existem alguns pontos em comum encontrados nos Mitos
sobre Lugh em diferentes Tribos Celtas:
Ele é um Deus Jovem com longos cabelos e com a face
brilhante como o Sol
Ele é qualificado em várias Artes
Ele é sobrevivente de gêmeos no nascimento
Ele é adotado em criança (na Irlanda por Tailtu e em Gales
por Gwydion)
As suas armas principais são a lança e a funda
A sua associação com pássaros e a capacidade de se
transformar neles. Lugh, assim como Morrighan, está associado com corvos e
gralhas, embora na mitologia Gaulesa ele se transforme em Águia.
Lendas e Narrativas
A história de Lugh começa com o amor secreto entre Cian (um Dannan)
e Eithne (filha de Balor, o Fomoriano.
Balor, para proteger a sua filha, prende-a numa torre muito
alta, inalcançável por qualquer meio a não ser pelo voo. Cian, apaixonado por
Eithne, pede a uma Druidesa que o torne capaz de voar sobre uma nuvem em cima
da torre.
Meses depois, Eithne dá à luz duas lindas crianças (o que
comprova que o pai não era um Fomoriano porque os Fomorianos são seres míticos
que não devem muito a beleza). Balor, preocupado e enfurecido com isto, lança
as crianças ao mar.
Mas, uma profecia tinha sido feita anos antes, dizendo que
uma criança Fomoriana de sangue Dannan provocaria a morte de Balor e este quis
prevenir aquele destino fatal.
Uma das crianças afoga-se e a outra começa a nadar. Esta
criança é descoberta pelo Deus do Mar, Mannanann Mac Lir que o envia a uma
mulher guerreira e feiticeira, Tailtiu, para ser adoptado e cuidado até chegar
o tempo em que o menino estivesse crescido o bastante para voltar com os 4
tesouros do Outro Mundo para derrotar os Fomorianos.
O Jovem Lugh foi então levado por Tailtiu que o ensinou e
criou. Ele aprendeu depressa. Ela ensinou-lhe tudo o que pôde e enviou-o a
outros para ele aprender o que ela não podia ensinar. Lugh teria então de
voltar para Mannanan e cumprir o seu destino.
A Cidade de Tara
Os Formorianos dominavam os Dannan através da sua força
opressiva. Nuada, o Rei, tinha perdido a sua mão numa batalha. Embora uma outra
mão, feita de prata, funcionasse tão bem ou melhor do que a natural, lhe
tivesse sido colocada em substituição, ele foi forçado a abdicar do trono
devido á lei Celta que proibia qualquer governante a tomar o cargo se tivesse
um defeito no corpo.
No seu lugar ficou Bres, um homem bem parecido, mas com um
semblante rude.
Foi precisamente quando Nuada Argentam "O braço de
Prata" estava a celebrar o seu retorno ao trono que Lugh chegou a Tara.
Chovia muito e Lugh aproximou-se dos portões e pediu para entrar.
"Como te chamas e o que fazes?" Perguntou-lhe o
Guarda dos portões.
"Sou Lugh, neto de Diancecht o Curandeiro e filho de Cian
e Ethine filha de Balor o Formoriano" respondeu Lugh.
"A que vens?" Perguntou-lhe o Guarda
"Vim para oferecer os meus préstimos ao teu Povo."
"Que sabes então tu fazer e que artes dominas?" Disse
o Guarda " Ninguém entra aqui sem ser Mestre em alguma Arte!"
"Eu sou carpinteiro" disse Lugh.
"Não precisamos de carpinteiros! Já temos um e bom, o
seu nome é Luchtainne." Disse o Guarda.
"Eu sou um excelente ferreiro" disse Lugh.
"Também não precisamos de ferreiros! Temos um e também
excelente. O seu nome é Goibniu " disse o Guarda.
" Eu sou Guerreiro profissional" disse Lugh.
"Não precisamos de guerreiros. Temos Ogma e ele é o
nosso campeão!" Disse o Guarda.
"Eu sou arpista" disse Lugh.
"Também temos um e é perfeito no toque da arpa!" Disse
o Guarda.
"Eu sou poeta e conheço inúmeros contos" disse
Lugh.
"Também temos um e conta contos como ninguém!" Disse
o Guarda.
"Eu sou Feiticeiro" disse Lugh.
"Também temos muitos feiticeiros e Druidas!" Disse
o Guarda.
"Então pergunta ao Rei", disse Lugh, "se ele
tem um homem que faça todas estas coisas. Se tiver então não tenho razão para
entrar". Assim o Guarda foi ter com o Rei descrevendo-lhe o estrangeiro
que pretendia entrar e contando-lhe a história. Nuada mandou então que o seu
melhor jogador de xadrez para jogar contra o estranho. Lugh venceu com louvor. Oghma,
que era campeão do reino, foi exibir a sua força, lançando uma grande pedra
pela porta fora. Lugh saiu, agarrou a mesma pedra e pegando nela, atirou-a para
o sítio exacto de onde Oghma a tinha tirado. Então pediram-lhe que tocasse
arpa. Primeiro, Lugh tocou uma melodia de sono, de forma que todos os que a
ouviram, incluindo o rei, dormiram até ao dia seguinte. Depois lançou um
feitiço da melancolia, espalhando a melodia de tristeza pelos ares e todos
ficaram profundamente tristes. De novo, lançou um feitiço de alegria na
melodia, trazendo de volta o bem-estar e a alegria a todos.
Quando Nuada viu todos estes talentos, imaginou que este
homem poderia ser de grande utilidade contra os Formorianos. Lugh não só entrou
em Tara como se tornou Rei durante 13 dias e 13 noites, tendo Nuada ficou sendo
o seu conselheiro durante este seu reinado.
Com o passar das épocas, Lugh se transformou no símbolo
essencial entre todos os festivais, lendas e histórias irlandesas. Sendo
conhecido e venerado como o Deus de todas as habilidades.
Senhor da Luz celta.
O festival de Lugnassadh ostenta seu nome, o qual significa
a luz ou o brilho.
Também foi associado com o Deus romano Mercúrio
Contam as lendas que Lugh, estando no Reino de Lochlann
(terra-natal fomoriana), tomou conhecimento das más intenções dos Fomorianos
com os Tuatha Dé Danann e prontamente foi correndo para avisa-los. Assim,
depois de atravessar terras hostis e mares bravios finalmente chegou a Tara, a
capital dananiana, só que lá enfrentou o mais insólito obstáculo entre todas as
aventuras de sua vida: Um velho guerreiro que fazia guarda na porta do reino
dananiano não queria deixa-lo entrar!
Sem dúvida seria fácil para Lugh vencer aquele reles
´´porteiro´´, porém, iria com isso revelar sua identidade que com tamanho zelo
ocultou durante toda a viagem para que os Fomorianos não suspeitassem dos
propósitos de sua presença no Reino Dananiano. Igualmente corria o risco dos
Tuatha Dé Danann encarassem isto como um ato de grande desrespeito e como
efeito tentassem mata-lo antes que tivesse chance de dar qualquer explicação.
A solução
Ocorre que Lugh era um bom guerreiro não só nos punhos como
também no uso das palavras, daí partiu para convencer o guerreiro a permitir a
sua entrada em Tara sem que em nenhum momento podendo revelar suas intenções ou
mesmo quem era. Finalmente depois de muito papo o "porteiro"
argumentou que até poderia deixa-lo entrar só que havia uma rígida regra no
reino de que só poderia viver entre os dananianos àqueles que demonstrassem
serem úteis seja em suas habilidades ou no exercício de algum oficio entre os
quais não houvesse nenhum expert entre os Tuatha Dé Danann.
Infelizmente para cada arte e oficio que Lugh dizia ser um
conhecedor o porteiro retrucava que já havia no reino alguém ocupado de exercer
a mesma arte e oficio, o que salientava o fato de ser proibida a sua presença
entre os dananianos por conta dos costumes locais.
Pensativo, então Lugh finalmente indagou ao velho guerreiro
se havia alguém entre os Tuatha Dé Danann que fosse conhecedor de todas as
artes e ofícios tal como ele bem como também reforçou o argumento se o rei não
ficaria furioso com o "porteiro" se soubesse ter sido ele o
responsável por ter deixado ir embora alguém tão valioso.
O velho guerreiro engolindo seco e temeroso da ira do rei
deixou que Lugh entrasse, só que exigindo que se apresentasse provas do que
dizia pessoalmente ao monarca sob pena de ter a língua cortada por tamanha
mentira.
O desafio
Eram tempos de grandes festas e celebrações entre os
dananianos por que tinham se livrado da tirania fomoriana e recuperado o trono
para um dos seus como rei dos Tuatha Dé Danann, fazendo o valoroso Nuada Mão de
Prata como regente daquele povo. Neste clima bem festivo chega um forasteiro
que vinha trajado com roupas suntuosas alegando ser um mestre em todas as artes
e ofícios para se apresentar ao rei e requerer o direito de morar no reino.
Nuada Mão de Prata ouvia divertido o que dizia o velho
guerreiro sobre a conversa que ele teve com aquele estrangeiro a sombra do
portão da entrada do reino e com bom humor disse que até permitiria a entrada
do estranho já que tamanha imaginação e criatividade para mentir realmente era
um "dom" que nenhum dananiano possuía. Para tanto bastaria que o
enigmático homem bem trajado confessasse que mentiu...
Lugh não se fez rogado e declarou em alto e bom som para
todos os presentes que não estava de forma nenhuma mentindo, exigindo em nome
de sua honra e do bom nome dos seus ancestrais que o rei permitisse prová-lo
mesmo que as custas da própria vida se porventura falhasse. Dito isto jogou sua
espada aos pés de Nuada fazendo uma mesura com as mãos para indicar que podia
usa-la para dar fim a sua vida, não dando alternativa ao rei senão aceitar o
desafio.
Um por um cada dananiano foi chamado para demonstrar perante
o rei sua excelência no domínio de uma arte ou oficio, dando chance para Lugh
fazer o mesmo com o desafio de mostrar que podia faze-lo bem melhor. Ao final o
impossível parecia ter ocorrido e realmente Lugh triunfou sobre todos.
O triunfo
Entre espantado e admirado o bom rei Nuada pegou a espada de
Lugh e disse que a guardaria como lembrança de que os Tuatha Dé Danann devem
também confiar nos estranhos que chegam as portas do reino para desfrutar do
seu convívio, proclamando que dali em diante aquele estranho deveria ter o
direito de viver entre os dananianos. Dito isto Nuada percebeu surpreso que até
então não sabia o nome do forasteiro, porém, sem dúvida alegou que um bom
título a ele seria chama-lo de Ioldanach que quer dizer Mestre dos Mil
Talentos.
Retribuindo a lisonja, aquele "forasteiro" passou
a declinar sua origem desde o mais remoto ancestral até que para curiosidade
dos presentes foi citado que ele era o filho nascido da união de Cian com
Ethniu, neto pelo lado paterno do honorável mestre nas artes da cura entre os
Tuatha Dé Danann que era Diancechet e pela parte materna do não menos lendário
entre os Fomorianos do gigante Balor. Dando uma pausa e deixando cair ao chão o
disfarce que ocultava sua identidade ele arremata dizendo alto como um trovão:
Eu sou Lugh!
Antes que todos os presentes recuperassem o fôlego perdido
pelo grande espanto causado pela revelação, Lugh relata em detalhes os planos
sórdidos dos Fomorianos de invadir o reino dos Tuatha Dé Danann e reduzir a
todos dananianos a condição de seus escravos. Esta alerta de Lugh foi
providencial para os Tuatha Dé Danann saíssem vitoriosos na guerra que se
avizinhava...
A Verdadeira Fonte da Força de Lugh
Lugh foi criado desde da tenra infância com grande carinho
por Tailtui, mulher que na origem era uma simples serva das mais humildes entre
os Tuatha Dé Danann, mas que pelo o qual o "Mestre dos Mil Talentos"
sempre nutriu mais carinho e respeito do que por seus verdadeiros pais
biológicos (Cian e Ethniu) - apenas casados por conta de acordos políticos para
selar aliança entre os Formorianos e Tuatha Dé Danann.
Explica-se tamanho amor filial de Lugh, pois como mestiço
era visto com desconfiança e até desprezo tanto pelos familiares do lado
materno quanto paterno, apenas restando como apoio aquele dado de maneira
solitária por Tailtui que impossibilitada de ter seus próprios filhos
correspondeu dando a ele tudo o que podia em afeto maternal possível de ser
humanamente concedido.
Não resta dúvida que foi Tailtui a principal responsável em
motivar o jovem Lugh lutar por um lugar ao Sol de destaque tanto entre
Formorianos quanto os Tuatha Dé Danann, impelindo desde cedo a praticar
esportes e estudar com afinco ao ponto de ficar invencível como guerreiro,
virar o mais habilidoso dos artesões e um sábio reconhecido pelo valor da
extensão de seu conhecimento enciclopédico.
Não por menos em nome de honrar a memória e sabedoria de sua
mãe de criação Lugh fez questão de instituir na data da morte de Tailtui (01 de
agosto) uma espécie de "feriado" religioso. Posteriormente que se
consolidou o Lugnassad como uma data anual de esportes em honra a Lugh que
sempre se revelou um aficionado por todo tipo de disputa.
Lugh, o Guerreiro Sábio
Ele carregava em seu sangue a ascendência de dois povos
eternamente inimigos desde a aurora dos tempos, contando com a rara beleza e
inata sabedoria mística dos Tuatha Dé Danann aliada com a estupenda força e
fúria de combate que apenas um verdadeiro membro da raça dos fomorianos poderia
demonstrar.
Este era o filho nascido da união de Cian com Ethniu, neto
pelo lado paterno do honorável mestre nas artes da cura entre os Tuatha Dé
Danann que era Diancechet e pela parte materna do não menos lendário entre os
Fomorianos do gigante Balor que com o mero olhar trazia a morte de seus
inimigos. Este era Lugh!
Apesar de ser um nascimento resultante de um dos vários
casamentos que foram arranjados intencionalmente com o desejo de conseguir
selar uma aliança duradoura entre Fomorianos e os Tuatha Dé Danann, o fato que
Lugh era um filho amado por Cian e Ethniu que com o tempo fizeram frutificar o
amor desta união oriunda de uma obrigação política infligida em nome da Paz.
Desde cedo revelou ser um hábil guerreiro e grande caçador o
que rendeu o apelido entre os Fomorianos de "Lamhfada" (Mão Comprida
ou Atirador a Distância) numa referência a maestria como manejava armas como a
funda, correntes e lanças.
Por sua vez, os Tuatha Dé Danann conheciam Lugh
principalmente pelo título de "Ioldanach" (Mestre de Todas as Artes
ou Senhor dos Mil Talentos), pois dominava com excelência todos os ofícios, era
um artista consagrado em todas as Artes e não havia saber humano que lhe fosse
estranho.
No campo de batalha Lugh podia ser visto a grande distância,
destacando-se do meio da multidão não só por sua alta estatura como pelo fato
de carregar um enorme lança de prata que reluzia com uma luz cegante e vir
sempre de perto acompanhado de um cão de pelo tão negro como a noite.
A lança dizem foi trazida pelos Tuatha Dé Danann de seu lar original
(a mítica cidade de Gorias), possuindo propriedade mágicas que a faziam ter
vida própria e sendo tão sedenta de sangue que era preciso até o momento de
usa-la botar na sua ponta um preparado sonífero feito de folhas papoula sob o
risco dela sair matando a todos a sua volta!
O cão de Lugh, chamado em algumas lendas de
"Failius", mantinha-se fiel ao lado do dono durante todo tempo do
combate como um feroz companheiro nas batalhas e possuindo virtudes mágicas em
sua pele que fazia transformar em vinho qualquer água corrente em que se
banhasse.
Lugh era uma rara prova de como superada as inimizades entre
os Tuatha Dé Danann e Fomorianos poderia a união daqueles povos gerar como
prole seres que estariam condenados pela mão do destino em sua superioridade a
serem Mestres da Humanidade e Deuses entre os Homens!
No dia 02 de fevereiro é dedicado ao Festival da Colheita
que tem como deus regente Lugh. Na mitologia celta, esse é o deus que garante a
maturação das sementes, sua colheita e o fornecimento dos grãos para o próximo
plantio.
Lugh era sábio, feiticeiro e músico. Era o deus de todas as
artes e artesanatos. Mas acima de tudo era um guerreiro divino. Foi ele quem
levou os Deuses da Luz e da Bondade à vitória sobre os gigantes grotescos e
violentos.
Conta a lenda que seu avô, Balor, quase o matou quando ele
nasceu. Existia uma profecia de que Balor seria morto por um neto e como ele só
tinha uma filha, tratou de aprisioná-la numa caverna. Mas tempos depois, ela
foi seduzida e deu à luz a trigêmeos. Lugh conseguiu escapar do afogamento e
cresceu protegido pelo deus ferreiro, Goibnu. Se tornou um rapaz bonito e
inteligente.
A fama de Lugh, dentre outras coisas a de habilidoso, chegou
até os ouvidos do rei Nuanda, que mandou lhe chamar. O Rei confia então o trono
à Lugh para que este vença a batalha final entre os Tuatha de Danann e os
Fomore, liderados por Bolor. Uma luta entre o bem e o mal.
Lugh vence a batalha e no final atira uma pedra em seu avô,
que ferido no olho é morto. Concretiza-se a profecia tão temida pelo líder dos
guerreiros maus.
E assim começa agosto (no HN) e fevereiro (no HS). Um mês
favorável para avaliar a sua colheita a partir daquilo que foi plantado nos
meses anteriores. A árvore sagrada de agosto é a macieira, cujo fruto está
sempre presente em rituais mágicos e ligados à veneração da deusa.
Esse dia também é chamado no hemisfério norte de Festival de
Lammas, que em inglês arcaico significa a Missa do Pão, a festa do pão fresco
feito dos primeiros grãos de trigo. No hemisfério sul, esse festival acontece
no primeiro dia do mês de fevereiro.
É um tempo em que devemos meditar a respeito das sementes
que não vingaram e das ervas daninhas que de alguma forma prejudicaram seus esforços.
Remova ou fortaleça a terra de sustento de seus projetos.
Pense em Lugh, que mesmo antes de nascer já existia uma
força contrária à sua existência. No entanto, ele trilhou o caminho do bem e
mereceu o trono que lhe foi ofertado.
O lema é “descanse, mas não descuide de seu desenvolvimento
interior.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre
esse deus.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.
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