O deus da morte:
Hades!
Hades, deus do mundo subterrâneo da mitologia grega (ou
Plutão, na mitologia romana), filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus, Héstia,
Demeter, Hera e Poseidon. Era casado com Perséfone (Cora para os romanos), que
raptou do mundo superior, para ter como sua rainha. Este mito ficou muito
conhecido como o rapto de Cora . Ele a traiu duas vezes, uma quando teve um
caso com a ninfa do Cócito e também quando se apaixonou por Leuce, filha do
Oceano.
Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava
a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que
Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim Poseidon ficou com o domínio dos mares,
Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.
Era um deus quieto e seu eu nome quase nunca era
pronunciado, pois tinham medo, para isso usavam outros nomes como o de Plutão.
Um deus muito temido, pois no seu mundo sempre havia espaço para as almas. Seu
mundo era dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficavam para ser
julgadas para receber seus castigos ou então suas recompensas; e também a parte
do Tártaro que era a mais profunda região onde os titãs ficavam aprisionados.
Hades era presidente do tribunal, era ele que dava a sentença dos julgamentos.
Além das sombras e almas encontradas em seus domínios, era
também cuidadosamente vigiado pelo Cérbero que era seu cão de três cabeças e
cauda de Dragão. Era conhecido como hospitaleiro, pois nos seus domínios sempre
tinha lugar para mais uma alma. O deus quase nunca deixava seus domínios para
se preocupar com assuntos do mundo superior, fez isso duas vezes quando foi
raptar sua esposa e a outra quando foi para o Olimpo se curar de uma ferida
feita por Heracles.
Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, mas fez
isso poucas vezes e muitas delas a pedido de sua esposa. Também conhecido como
o Invisível, pois com a ajuda do seu capacete que o protege de todos os
olhares. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e Perseu.
Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, Hades não
é o deus da morte e sim o da pós-morte, ele comanda as almas depois que as
pessoas morrem.
Na mitologia grega, Hades era o deus responsável por governar o mundo subterrâneo
e as almas após a morte. Era filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus (deus dos
deuses) e de Poseidon (deus dos mares).
A passagem mitológica
mais conhecida envolvendo o deus Hades é aquela em que ele rapta Perséfone,
filha da deusa Deméter, para viver com ele no mundo subterrâneo, tornando-a sua
esposa. Este mito é mais conhecido como o Rapto de Cora (como Perséfone era retratada
na mitologia romana).
Hades era um deus que provocava muito medo na Grécia Antiga.
Como estava relacionado com a morte, os gregos evitavam falar seu nome.
De acordo com a mitologia grega, Hades era muito quieto,
intimidativo e impiedoso. Não gostava de oferendas e sacrifícios. Também não
costuma interferir nos assuntos terrenos.
O cão Cérbero
Hades possuía um companheiro que era o seu cão Cérbero. De
aspecto monstruoso, com várias cabeças, o cão era o responsável por guardar a
entrada do reino dos mortos
Hades (em grego clássico: Ἅιδης ou Άͅδης; transl.: Haides ou
Hades), na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos.
Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos
seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o
deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser
chamado Serápis (deus de obscura origem egípcia).
É considerado um deus da "segunda geração" pelos
estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia,
formava com seus cinco irmãos, filhos de Cronos e Reia: suas filhas Héstia,
Deméter e Hera, e os seus filhos Posídon e Zeus. Ele é também conhecido por ter
raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido
fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação
duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que
fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.
Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia,
pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho
seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tânato, deus da
morte, ou as Queres (Ker) - estas últimas retratadas na Ilíada recolhendo
avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tânato surge nos mitos da bondosa
Alceste ou do astuto Sísifo. Como o senhor implacável e invencível da morte, é
Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registrou Homero (Ilíada
9.158.159). Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar
eufemismos, como Plutão (Crátilo 403a).
O mito possui pequena influência moderna. Entretanto, foi
objetivo de análises pela psicologia e adaptações cinematográficas; dentre
essas últimas, a Disney recriou-o em dois momentos distintos, um em 1934 de
forma experimental.
Hades e Perséfone
O rapto de Perséfone.
Perséfone e Hades Plutão (com a cornucópia): gravura em
fundo vermelho numa cílice, ca. 440–430 a.C.
A união foi narrada por Thomas Bulfinch como decorrente da
luta havida entre os deuses e os gigantes Tifão, Briareu, Encélado e outros:
após terem sido aprisionados no Etna, os cataclismos provocados por suas lutas
pela liberdade fizeram com que Hades temesse que seu mundo fosse exposto ao
Sol.
Então, a fim de verificar o que estava se passando,
finalmente Hades decide sair de seu reino, montado em seu carro de negros
corceis. Estava Afrodite, naquele momento, sentada no monte Érix junto a seu
filho Eros (então personificado como Cupido) e desafiou-o a lançar suas flechas
no deus solitário quando, por ali, a filha de Deméter transitava no vale de Ena
(uma pradaria siciliana), igualmente solteira.
Flechado pelo Amor, Hades rapta a bela sobrinha que,
apavorada, clama por socorro à mãe e suas amigas mas, sem ter como reagir,
acaba resignando-se. Hades excita os cavalos a fugirem o mais depressa possível
até que chegaram ao rio Cíano, que se recusou a dar-lhe passagem. O deus então
feriu-lhe a margem, abrindo a terra e criando uma entrada para o Tártaro.
Outras variantes do mito colocam a sobrinha e amada de Hades
às margens do rio Cefiso, em Elêusis, ou aos pés do Monte Cilene, na Arcádia,
local em que uma caverna levava aos Infernos; noutras, próxima a Cnossos, em
Creta. Também conta-se que Zeus, para ajudar o irmão na captura de Perséfone,
enquanto ela colhia flores, postou um narciso (ou um lírio) na beira dum abismo
e ela, ao colher a flor, caiu, pois a Terra se abriu, ao aparecer Hades para
capturá-la.
Deméter parte numa busca inútil à filha, indo de Eos (a
Aurora) até as Hespérides (no poente). Em sua peregrinação salva um menino, a
quem incumbe de ensinar a agricultura aos homens. Desesperançada, pára à margem
do mesmo rio Cíano onde a filha fora levada. A ninfa que ali habitava fica
oculta, temendo represálias do deus dos Infernos, mas deixa fluir sobre as
águas a guirlanda que Perséfone derrubara ao ser levada. Ao vê-la a deusa se
revolta, culpando a terra por seu sofrimento: a maldição que lança provoca a
infertilidade do solo e a morte do gado.
Vendo a desolação provocada pela vingança da deusa, a fonte
Aretusa resolveu interceder. Procurando Deméter, conta sua história - de como
fora perseguida por Alfeu, no curso do rio de mesmo nome e, ajudada por
Artêmis, que lhe abrira um caminho subterrâneo para a fuga até a Sicília, viu
então Perséfone sendo levada por Hades — ainda triste, mas já ostentando o
semblante de Rainha do Mundo Inferior.
Uma variante narra a história da seguinte forma: após dez
dias Deméter foi auxiliada por Hécate, deusa da lua nova, que a levou até
Hélio, o Sol; este ter-lhe-ia contado o que ocorrera, acrescentando que o rapto
fora consentido por Zeus. Dissera mais: que aceitasse o ocorrido, pois Hades
"não era um genro sem valor". Mas a mãe, em seu desespero, recusa o
conselho e, magoada com Zeus, abandona o Olimpo e passa então a vagar na terra
como uma velha.
A deusa de imediato vai ao Olimpo, onde pleiteia a Zeus
fosse a filha restituída. O Senhor dos Deuses consente, impondo contudo a
condição de que Perséfone não tivesse, no mundo inferior, ingerido alimento
algum — uma condição que faria com que as Parcas vedassem-lhe a saída. Hermes,
guia das almas, é enviado como mensageiro junto a Primavera. Hades concorda com
o pedido mas, num ardil, oferece a Perséfone uma romã, da qual a jovem chupa
alguns grãos, selando assim o seu destino, pois jamais poderia se libertar dos
Infernos. (Pierre Grimal, entretanto, adiciona que Zeus obrigara Hades a
devolver a filha de Deméter, mas que pelo possível ardil do deus ctônio, ela
fora impedida de fazê-lo por ter ingerido uma única semente de romã. Também com
relação ao tempo em que passaria com a mãe o autor informa que as fontes
divergem: ora seria meio ano, ora um terço.)
Apesar de ter a esposa para sempre presa ao Submundo, o deus
das sombras faz um acordo com a sogra, anuindo que Perséfone passasse uma parte
do tempo ao seu lado e outra, com a mãe. Deméter concorda com o ajuste, e
devolve à terra sua fertilidade.
Os monarcas Hades e Perséfone não apenas governavam as almas
dos mortos, mas tinham o papel de juízes da humanidade depois da vida. Nisto
eram auxiliados por três heróis que foram, em vida, reconhecidos por seu senso
de justiça e sabedoria: Minos, seu irmão Radamanto e Éaco que, numa versão mais
tardia, era o responsável pelas portas do mundo inferior.
Philip Wilkinson e Neil Philip dizem ser o tempo que
Perséfone passa na terra junto à mãe, fazendo germinar e crescer as plantas, o
equivalente à primavera e o verão; em contrapartida, quando volta para Hades,
tem-se o inverno - quando a Terra é forçada a sofrer uma morte temporária.
Relacionamentos
Hacquard registra que Hades permaneceu fiel à esposa
Perséfone, salvo em duas ocasiões: a primeira quando teria se deixado enamorar
pela ninfa do Cócito, Minta; perseguida pela rainha Core, foi transformada pelo
deus em menta. A segunda teria sido o amor por uma oceânida.
O primeiro mito estaria ligado ao próprio rapto de
Perséfone: Minta (ou Minte), ninfa que habitava o Submundo, mantinha com Hades
um relacionamento, interrompido por seu casamento; a ninfa então, procurando
recuperar o amante, passou a se vangloriar, dizendo ser mais bonita que sua
rival, despertando a fúria em Deméter, mãe de Core. Deméter então puniu a moça
presunçosa, fazendo em seu lugar surgir a menta.
Noutra passagem, teria se apaixonado por Leuce, filha de
Oceano, e que por isso foi transformada no álamo prateado.
Wilkinson e Philip registram que, quando Hades vinha à
superfície, não era capaz de dominar os desejos pelas infelizes ninfas.
Perséfone, contudo, sempre agia para conter esses impulsos e, assim, quando o
marido se apaixonara por Minte, a transforma no hortelã; quando o mesmo
ocorrera a Leuce, transformou-a no álamo.
Descendência atribuída
Embora a grande maioria dos relatos deem Hades como
infértil, algumas passagens aleatórias atribuem-lhe paternidades esporádicas,
sem contudo saber-se pormenores. Assim, segundo o Dictionary of Greek and Roman
Biography and Mythology, tiveram a paternidade atribuída a Hades: Zagreu
(segundo Ésquilo, era o próprio Zeus do Submundo e assemelhado a Hades),
Macária, as Erínias (eram originariamente em número indeterminado;
posteriormente consolidaram-se em três: Alecto, Tisífone e Megera) e Melinoe
(ou Melina).
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.
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