As deusas das inspirações: Musas!
As musas (em grego antigo: Μοῦσα, transl.: Mousa), na
mitologia grega, eram entidades a quem era atribuída a capacidade de inspirar a
criação artística ou científica. Eram as nove filhas de Mnemósine
("Memória") e Zeus. O templo das musas era o Museion, termo que deu
origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de
cultivo e preservação das artes e ciências.
Origem mitológica
Após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de
Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades
capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos. Zeus então
partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante dez noites
consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar
próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi
transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o
presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite
das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu
culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas
encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma
música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes
da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um
maravilhoso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se
diversificaram.
Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da
eloqüência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a
aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro.
Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um
poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo.
E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da
Trácia.
Clio (a que confere fama) era a musa da História, sendo
símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o
aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na
esquerda um livro intitulado "Tucde". Aos seus atributos acrescentam-se
ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu
lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.
Euterpe (a que dá júbilo) era a musa da poesia lírica e
tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem, que aparece coroada
de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado estão papéis de
música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram
exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.
Tália (a festiva) era a musa da comédia que vestia uma
máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um
cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na
mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que
serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
Melpômene (a cantora) era a musa da tragédia; usava máscara
trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de
Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada
com coturnos.
Terpsícore (a que adora dançar) era a musa da dança. Também
regia o canto coral e portava a cítara ou lira. Apresenta-se coroada de
grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos.
Alguns autores fazem-na mãe das Sereias.
Érato (a que desperta desejo) era a musa do verso erótico. É
uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita segura uma lira e
com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Amor que beija-lhe os pés.
Polímnia (a de muitos hinos) era a musa dos hinos sagrados e
da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um
véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.
Urânia (celeste) era a musa da astronomia, tendo por
símbolos um globo celeste e um compasso. Representam-na com um vestido
azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que
ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e
muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade a que os
astrônomos/astrólogos pediam inspiração.
Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e
riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon,
na Beócia (musas beócias) e no monte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses
locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder
das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os
mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música.
O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um
santuário e um local de danças especiais. Também frequentavam o monte Hélicon,
onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração
poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam gracioso
movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia
de suas vozes cristalinas.
Na mitologia grega, as musas (em grego Μοῦσαι) eram, segundo
os escritores mais antigos, as deusas inspiradoras da música e, segundo as
noções posteriores, divindades que presidiam os diferentes tipos de poesia,
assim como as artes e as ciências. Originalmente foram consideradas Ninfas
inspiradoras das fontes, próximas das quais eram adoradas, e levaram nomes
diferentes em distintos lugares, até que a adoração tracio-beócia das nove
musas se estendeu desde Beócia ao resto das regiões da Grécia e ao final
permaneceria geralmente estabelecida.
Ainda que na mitologia romana terminaram sendo identificadas
com as Camenas, Ninfas inspiradoras das fontes, na realidade pouco tinham a ver
com elas.
Genealogia
A genealogia das musas não é a mesma em todas as fontes. A
noção mais comum é que eram filhas de Zeus, rei dos Olímpicos, e Mnemôsine,
deusa da memória, e que nasceram em Pieria na Trácia, ao pé do monte Olimpo,
pelo qual às vezes lhes chamavam Olímpicas, mas alguns autores como Alcmán,
Mimnermos e Praxila as consideravam mais primordiais, filhas de Urano e Gaia.
Pausânias explica que havia duas gerações de musas, sendo as primeiras e mais
antigas filhas de Urano e Gaia e as segundas de Zeus e Mnemôsine. Eram belas e
sempre conseguiam o que elas queriam. Outras versões afirmavam que eram filhas:
De Apolo;lonis
De Zeus e Plusia;
De Zeus e Atena;
De Urano e Gaia;
De Píeros e uma ninfa pimpleia ao qual Cícero chama Antíope
(pelo qual às vezes lhes chamam Piérides, Pimpleias ou Pimpleídes);
De Zeus e Mnemôsine ou Mnemea de onde são chamadas
mnemonides. Moneta provavelmente é uma simples tradução romana dessas deusas.
Considerava-se Eufeme a ama-de-leite das musas e ao pé do
monte Helicón sua estátua aparecia junto à de Linos.
Sobre seu número
Por Pausânias, sabemos que originalmente se adoravam a três
musas no monte Helicón, na Beócia:
Meletea ("meditação");
Mnemea ("memória");
Aedea ("canto", "voz").
Dizia-se que seu culto e nomes haviam sido introduzidos pela
primeira vez pelos Aloádes: Efialtes e Otos. Juntas formavam o retrato completo
das pré-condições para a arte poética nas práticas religiosas. Também se
reconheciam a três em Sición, onde uma delas levava o nome de Polimatía, e em
Delfos, onde seus nomes eram idênticos aos das três cordas da lira, ou seja,
Nete, Mese e Hípate, ou Cefisos, Apolonis e Boristenis, que eram os nomes que
as caracterizavam como filhas de Apolo.
Como filhas de Zeus e Plusia se acham menções a cinco musas:
Meletea ("praticar");
Menme ("recordar");
Telxínoe ("tocar");
Aedea ("cantar");
Arkhe ("glorificar").
Algumas fontes, na qual por sua vez são consideradas filhas
de Píeros, mencionam sete musas chamadas Piérides: Neilos, Tritone, Asopos,
Heptapora, Aquelois, Tipoplos e Rhodia, e por último outras mencionam oito, que
também se diz que era o número reconhecido em Atenas.
As nove musas canônicas
Finalmente, consolidou-se em toda a Grécia o número de nove
musas. Homero menciona algumas vezes uma musa e outras vezes várias musas, mas
somente uma vez a Odisseia cita que eram nove. No entanto, não menciona nenhum
de seus nomes. Hesíodo, na Teogonia, é o primeiro que dá os nomes das nove, que
a partir de então passaram a ser reconhecidas. Plutarco afirma que em alguns
lugares as nove eram chamadas pelo nome comum de Mneae
("recordações").
As nove musas canônicas são:
Calíope (Καλλιόπη, "a de bela voz")
Clio (Κλειώ, "a que celebra")
Erato (Ερατώ, "amorosa")
Euterpe (Ευτέρπη, "deleite")
Melpômene (Μελπομένη, "cantar")
Polímnia (Πολυμνία, "muitos hinos")
Tália (θάλλεω, "florescer")
Terpsícore (Τερψιχόρη, "deleite da dança")
Urânia (Ουρανία, "celestial")
Apesar da difundida crença, não havia correlação entre as
artes tradicionais (que eram seis) e as musas, sendo tal associação uma
inovação posterior.
Representações artísticas
Nas obras de arte mais antigas se encontram somente três
musas e seus atributos são instrumentos musicais, tais como o aulo, a lira ou a
viola.
Na arte romana, renascentista e neoclássica, cada uma das
nove musas recebiam, ao serem representadas em esculturas ou pinturas,
atributos e atitudes diferentes, em função da disciplina artística ou
científica com a qual eram associadas, o que permitia distingui-las:
Calíope (poesia épica) aparece com uma tabuleta e um
estilete, e às vezes com um pergaminho.
Clíos (história) aparece sentada, com um pergaminho aberto
ou um cofre de livros.
Erato (poesia erótica) leva uma lira.
Euterpe (poesia lírica) leva uma flauta.
Melpômene (tragédia) com uma máscara trágica, a cabeça
rodeada de folhas de parreira e levando coturnos.
Polimnia (poesia sacra e geometria) aparece com gesto sério.
Talía (comédia) aparece com uma máscara cômica.
Terpsícore (dança e canto) aparece com um instrumento
musical de corda (a lira ou a viola) e às vezes bailando.
Urânia (astronomia e astrologia) com um compasso e um globo
celeste.
Em algumas representações as musas aparecem com plumas sobre
suas cabeças, aludindo a competição com as sereias. Também apareciam em
ocasiões acompanhadas de Apolo.
As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia
grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da
memória.
Cada musa protegia uma certa arte ou ciência.
Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele
permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam
ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir
toda tristeza e dor.
As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e
freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos
pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar.
Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma
proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego
“mousa”; dela derivam museu que, originalmente significa “templo das musas”, e
música que significa “arte das musas”.
Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia
épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope
sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho
e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do
alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.
Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a
flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara
trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é
um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.
Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou
címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um
instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par
de compassos.
Atributos das Musas
As Musas pertencem originariamente à família das ninfas: são
as fontes inspiradoras que comunicam aos homens a faculdade poética e lhes
ensinam as divinas cadências.
O seu número tem variado bastante segundo os tempos e as
localidades; mas primitivamente eram apenas três, Melete (A Meditação), Mneme
(A Memória) e Aoide (O Canto).
Habitualmente são nove irmãs que Hesíodo diz terem nascido
de Zeus e Mnemósina, a Memória. “Na Pieria, Mnemósina, que reinava sobre as
colinas de Eleutério, unida ao filho de Crono, deu à luz essas virgens que
proporcionam o esquecimento dos males e o fim das dores. Durante nove noites, o
prudente Zeus, deitando-se no leito sagrado, dormiu ao lado de Mnemósina, longe
de todos os imortais. Um ano depois, tendo as estações e os meses percorrido o
seu curso, bem como os dias, Mnemósina deu à luz nove filhas animadas do mesmo
espírito, sensíveis ao encanto da música e trazendo no peito um coração isento
de inquietações; deu-as à luz perto do pico elevado do nervoso Olimpo no qual
elas formam coros brilhantes e possuem pacíficas moradas. Ao seu lado,
postam-se as Carites e o Desejo nos festins, em que a sua boca, expandindo
amável harmonia, canta as leis do universo e as respeitáveis funções dos
deuses.
Orgulhosas da belíssima voz e dos seus divinos concertos,
subiram ao Olimpo; a terra negra ecoava-lhes os acordes, e sob os seus pés se
erguia um ruído sedutor, enquanto elas rumavam para o autor dos seus dias, o
rei do céu, o senhor do trovão e do raio ardente, o qual, poderoso vencedor de
seu pai Crono, distribuiu eqüitativamente entre todos os deuses as incumbências
e honras. Eis o que cantavam as Musas
moradoras do Olimpo, as nove filhas do grande Zeus, Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore,
Erato, Polímnia, Urânia
e Calíope, a mais poderosa de todas, pois serve
de companheira aos veneráveis reis.
Quando as filhas do grande Zeus querem honrar um desses
reis, filhos dos céus, mal o vêem nascer derramam-lhe sobre a língua um
delicado orvalho, e as palavras lhe fluem da boca como verdadeiro mel. Eis o
divino privilégio que as Musas concedem aos mortais.” (Hesíodo).
As Musas eram respeitadíssimas e o talento dos artistas tido
como dom das nove irmãs.
Nas suas estátuas, liam-se inscrições como a seguinte: “Ó
deus, o músico Xenocles mandou erguer-vos esta estátua de mármore, monumento da
gratidão.
Todos dirão: ‘Na glória que lhe proporcionou o seu talento,
Xenocles não se esqueceu daquelas que o inspiraram’.” (Teócrito).
Após a derrota dos Titãs, os deuses pediram a Zeus que
criasse divindades capazes de cantar condignamente a grande vitória dos
Olímpicos. Zeus partilhou o leito de Mnemósina durante nove noites consecutivas
e, no tempo devido, nasceram as nove musas. Há outras tradições e variantes que
fazem delas filhas de Harmonia ou de Urano e Geia, mas essas genealogias
remetem direta ou indiretamente a concepções filosóficas sobre a primazia da
Música no universo.
As musas são apenas as cantoras divinas, cujos coros e hinos
alegram o coração de Zeus e de todos os Imortais, já que sua função principal
era presidir ao Pensamento sob todas as suas formas: sabedoria, eloqüência,
persuasão, história, matemática, astronomia. Para Hesíodo, são as musas que
acompanham os reis e ditam-lhes palavras de persuasão, capazes de serenar as
querelas e restabelecer a paz entre os homens. Do mesmo modo, acrescenta o
poeta de Ascra, é suficiente que um cantor, um servidor das musas celebre as
façanhas dos homens dos passado ou os deuses felizes, para que se esqueçam as
inquietações e ninguém mais se lembre de seus sofrimentos.
Havia dois grupos principais de Musas: as da Trácia e as da
Beócia. As primeiras, vizinhas do monte Olimpo, são as Piérides; as outras, as
da Beócia, habitam o Hélicon e estão mais ligadas a Apolo, que lhe dirige os
cantos em torno da fonte de Hipocren, cujas águas favoreciam a inspiração
poética.
Embora em Hesíodo já apareçam as nove Musas, esse número
variava muito, até que na época clássica seu número, nomes e funções se
fixaram: Calíope preside à poesia épica; Clio, à história; Polímnia à retórica;
Euterpe, à música; Terpsícore, à dança; Érato, à lírica coral; Melpômene, à
tragédia; Talia, à comédia; Urânia, à astronomia.
As nove musas são:
Calíope
A mais sábia das Musas e também sua líder. Seu nome
significa "a bela voz" e é a musa da poesia épica, das ciências em
geral e da elouquência, presidindo as relações entre homens e nações. Com Apolo
foi mãe de Orfeu e Linus. Com Ares foi mãe dos fundadores da Trácia. Pode ter
sido mãe das sereias.
Costuma ser representada sob a figura de uma donzela de ar
majestoso, coroada de louros e grinaldas. Sentada em meditação, segura uma
tábua de escrever e um estilete ou um pergaminho e uma pena. A Ilíada, A Odisseia
e A Eneida apareciam como livros em algumas representações da musa, uma vez que
ela era considerada a musa de Homero e Virgílio.
Clio (Cleio)
Musa da história e da criatividade, é frequentemente
representada segurando um papiro enrolado e um clarim, com o livro do
historiador grego Tucídides ao seu lado. A ela é atribuída a introdução do
alfabeto fenício na Grécia. Seu nome significa "a que anuncia" e,
assim, era a que divulgava e celebrava realizações, dando fama. Foi mãe de
Jacinto, com um rei da Macedônia.
Fez sua irmã Calíope atuar como mediadora na disputa de
Adônis entre Perséfone e Afrodite, depois que a deusa do amor fez Clio se
apaixonar por um mortal em vingança por receber uma crítica da musa.
Erato
Musa da poesia romântica e erótica, e também da mímica. Era
representada com uma coroa de rosas e uma cítara (que ela teria inventado, ou
uma lira) e, em muitas vezes aparece com Hímero, o cupido do desejo sexual, ou
até mesmo Eros. Apesar de seu nome significar "adorável", "a que
desperta o desejo", manteve seu caráter virginal, pois faziam com que os
outros fossem desejados e dignos de serem amados.
Alguns textos a colocam somente como uma nereida, uma das
ninfas do mar, filha de Nereu.
Euterpe
"A que dá júbilo" era a musa da poesia lírica e, portanto,
da música. Era representada com uma flauta dupla (aulos), invenção atribuída a
ela, mas teria mesmo inspirado Atenas a criá-la e o músico Mársias a tocá-la.
Melpômene
"A que canta" era a musa do canto, mas ficou mais
conhecida como a musa da tragédia, sendo representada com uma máscara trágica.
Sempre bem vestida, usava, porém, coturnos, que eram as costumeiras botas
gastas dos atores. Algumas vezes também segura um bastão (a clava de Hércules)
e usa uma coroa de ciprestes. Era a oposta de Tália.
Polímnia
"A que canta muitos hinos" é a musa das poesias e
cânticos sagrados. Usava um véu e era representada com um olhar pensativo
(muitas vezes com o dedo na boca ou a mão no queixo). É também musa da
geometria, da agricultura e da meditação.
Tália
A oitava a nascer, é a musa da poesia idílica e da comédia,
"a que floresce e celebra" é representada com uma máscara de comédia,
uma coroa de azevinho (ou hera) e um cajado de pastor. Podia aparecer também
com um clarim como um instrumento de sustentação da voz dos atores. Era a
oposta de Melpômene, e pode ter sido mãe dos dançarinos coribantes.
Uma das três Graças também se chama Tália. Não se sabe se
são dois personagens diferentes ou a mesma, uma vez que os dois grupos
femininos moravam no mesmo local.
Terpsícore (ou Terpsícora)
A "radiante agitadora" é a musa da dança e da
música coral, sendo representada com uma lira e uma palheta nas mãos. O
interessante é que aparecia sempre sentada como se comandasse a dança, e
raramente era representada realmente dançando. Alguns dizem que ela é a mãe das
sereias junto ao rio Aquelau.
Urânia
A "celestial" é a mais velha das musas. Recebeu
seu nome por ser a primeira neta de Urano. Poderosa como seu pai e bela como
sua mãe, é a musa da astrologia, da astronomia e da filosofia, representada com
um compasso e um globo celestial. É também associada ao Amor Universal e ao
Espírito Santo. Vestida com um manto estelar, era capaz de prever o futuro pela
posição das estrelas. Foi a primeira a cavalgar Pégaso (que criou uma fonte de
inspiração ao bater com seus cascos no Monte Hélicon) e a responsável por
salvar o cavalo alado da fúria de Zeus.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.
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