A flor do Brasil: Ipê!
A típica árvore de Ipê é a denominação de uma grande
variedade de espécies do gênero Tabebuia e Handroanthus, sinônimos e ambos da
família Bignoniaceae. É muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores
e ampla distribuição em todas regiões do Brasil. Os ipês são caducifólias, ou
seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores
intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno.
Atualmente, o pau-brasil é a árvore nacional e o Ipê é
considerado a flor nacional. Suas flores possuem forma de funil, como se fossem
uma cornetinha, podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes.
Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o
amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o
chão com a sua cor.
O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa
casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os
índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e
defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria prima em razão
da boa qualidade da madeira, tendo como características principais:
Muito densa e forte;
Pesada e dura, difícil de serrar;
Grande durabilidade mesmo quando em condições favoráveis ao
apodrecimento;
Alta resistência aos parasitas e à umidade;
Considerado uma madeira nobre, o Ipê possui um material
excelente para estrutura de obras, em ambientes externos e até mesmo em
pequenos detalhes decorativos. Pode ser usado também em construções de pontes,
vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos
musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.
Para maior conhecimento, seguem mais detalhes sobre as
espécies mais comuns de ipês aqui no Brasil:
IPE AMARELO
Ipê Amarelo - Handroanthus ochraceus ou Tabebuia ochracea
Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do
Brasil, sua árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a
50 cm. Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho
até setembro. Sua florada é exuberante e fantástica, muito utilizada no
paisagismo, podendo ser considerada uma das mais belas dentre as espécies de
ipês.
Ipê Amarelo da Serra - Handroanthus albus ou Tabebuia alba
Esta espécie costuma ter um porte maior, podendo alcançar de
20 a 30 metros de altura, e o tronco de 40 a 60 cm, ela é mais comum apenas nas
regiões sudeste e sul. Suas flores são amarelas e também florescem de julho a
setembro. A árvore é extremamente ornamental, tanto por sua florada como por
sua folhagem prateada quando recém-brotada. Esta espécie só ocorre acima de
1.000 m de altitude.
Ipê Amarelo do Cerrado - Tabebuia aurea ou Handroanthus
caraiba
Comum da região amazônica e nordeste até o sudeste,
frequente no cerrado, na caatinga e no pantanal mato-grossense. Sua altura é de
12 a 20 metros e seu tronco é tortuoso com diâmetro de 30 a 40 cm, com casca
suberosa. Floresce durante os meses de agosto a setembro apenas. Possui uso
comum tanto para arborização de ruas e avenidas, quanto no paisagismo em geral.
Ipê Branco - Handroanthus roseoalba ou Tabebuia roseoalba
IPE BRANCO
Esta árvore possui em média de 7 a 16 metros de altura e seu
tronco de 40 a 50 cm de diâmetro, é raramente encontrada na caatinga do
nordeste brasileiro, mas muito comum no sudeste e centro-oeste. Possui flores
brancas, podendo ser encontradas até em tons rosados, floresce de agosto a
outubro. Esta espécie se adapta bem a terrenos secos e pedregosos, também é
excelente para o paisagismo em geral.
IPE ROSA
Ipê Rosa - Tabebuia avellanedae ou Handroanthus avellanedae
Ocorre com mais frequência no Sul do país, desde o Mato
Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Pode alcançar de 20 até 35 metros de
altura, com tronco ereto e cilíndrico de 60 a 80 cm de diâmetro. Suas flores
possuem tons de rosa e roxo, floresce de junho a agosto. É a espécie de ipê
mais comum no paisagismo do sul do Brasil, quando em flor é uma árvore muito
bela, um grande espetáculo da natureza.
Ipê Roxo ou Ipê Roxo Sete Folhas - Handroanthus heptaphyllus
ou Tabebuia heptaphylla IPE ROXO
Possui altura média de 10 a 20 metros e corre principalmente
no nordeste e sudeste do país, seu tronco tem de 40 a 80 cm de diâmetro e é
revestido por casca áspera cinzenta. Suas flores são roxas e aparecem durante
julho até setembro. É uma das espécies mais populares no paisagismo brasileiro,
por sua beleza quando em floração, também muito utilizada na arborização de
ruas e avenidas, além de reflorestamentos.
Propriedades medicinais: Em pesquisa, cientistas americanos
descobriram que alguma substância composta na casca do ipê-roxo tem potencial
para matar um certo tipo de célula cancerígena de pulmão. Ainda não foi
divulgado qual a espécie de ipê roxo.
Ipê Roxo de Bola - Handroanthus Impetiginosus ou Tabebuia
impetiginosa
Esta espécie também é mais comum nas regiões do nordeste e
sudeste do Brasil, sua altura é entre 8 a 12 metros e seu tronco pode chegar
até 90 cm de diâmetro. Sua flores também são roxas, porém a floração acontece
durante o mês de maio até agosto. É uma árvore muito admirada para arborização
e paisagismos.
Uso medicinal dos Ipês:
Ipê-roxo é uma árvore de nome científico Handroanthus
impetiginosus encontrada na América do Sul.
Também conhecida como piúva, pau-d'arco, piúna,
ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-roxo-grande, ipê-de-minas, piúna-roxa, a árvore
ipê-roxo é muito conhecida pelo seu uso medicinal e como madeira de lei.
O ipê-roxo é originário da mata atlântica brasileira, mas
também ocorre no cerrado, sendo uma árvore nativa do Acre, Pará, Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo.
Entretanto, a árvore ipê-roxo também é muito encontrada na
Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela,
El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá e México.
Uso medicinal do chá de ipê-roxo
No conhecimento popular tradicional, o uso medicinal do
ipê-roxo é empregado para tratar inflamações, úlceras, infecções bacterianas e
fúngicas.
O uso medicinal do ipê-roxo se dá pela ingestão do chá da
casca da árvore.
Um estudo publicado pela revista Phytotherapy Research
avaliou a propriedade cicatrizante do extrato etanólico da casca da árvore
ipê-roxo e chegou a resultados que vão ao encontro do conhecimento tradicional
já consolidado na popular.
O estudo induziu o desenvolvimento de úlceras gástricas
crônicas em ratos e os tratou com extrato etanólico de ipê-roxo duas vezes ao
dia durante sete dias.
Ao final da análise, houve redução em quase metade das
úlceras gástricas tratadas com o extrato de ipê-roxo. O estudo concluiu que os
compostos presentes na casca da árvore ipê-roxo apresentam propriedades
significativas capazes de proporcionar a cicatrização das úlceras gástricas. O
efeito se dá pelo aumento do conteúdo de muco e da proliferação celular,
confirmando a utilidade do ipê-roxo para o tratamento desse tipo de condição.
Um estudo publicado na revista "Proceedings of the
National Academy of Sciences" concluiu que a casca do ipê-roxo possui um
componente capaz de eliminar um tipo de célula cancerígena.
De acordo com os pesquisadores do estudo, esse componente
presente na casca do ipê-roxo, chamado de "beta-lapachone" tem
potencial para ser utilizado no tratamento de câncer de pulmão.
Como fazer chá de ipê-roxo
Diferente da forma mais tradicional de consumir chá, que é
feita a partir da folha da planta, o chá de ipê-roxo é feito a partir da casca
da árvore.
Para fazer o chá de ipê-roxo leve um litro de água ao fogo.
Após começar a ferver, adicione duas colheres de sopa de casca da árvore
ipê-roxo e desligue o fogo. Deixe a mistura tampada descansar por dez minutos.
Consuma de duas a três xícaras por dia.
Ipê Amarelo: Para que serve e como usar
Ipê-amarelo é uma planta medicinal, também conhecida por Pau
d'Arco. Seu tronco é forte, pode chegar aos 25 metros de altura e possui belas
flores amarelas com reflexos esverdeados, que pode ser encontrada desde a
Amazônia, Nordeste, até São Paulo.
O seu nome científico é Tabebuia serratifolia e também é
conhecido como ipê, ipê-do-cerrado, ipê-ovo-de-macuco, ipê-pardo, ipê-tabaco,
ipê-uva, pau d’arco, pau-d’arco-amarelo, piúva-amarela, opa e tamurá-tuíra.
Esta planta medicinal pode ser comprada em lojas de produtos
naturais e em algumas farmácias de manipulação.
Ipê Amarelo: Para que serve e Como usar Ipê Amarelo: Para
que serve e Como usar
Para que serve
O Ipê-Amarelo tem sido usado popularmente para tratar
anemia, amigdalite, infecção urinária, bronquite, candidíase, infecção na
próstata, mioma, quisto nos ovários, assim como facilitar a cicatrização de
feridas internas e externas.
O Ipê-Amarelo pode ser indicado nessas situações porque
possui substâncias como saponinas, triterpenos e antioxidantes que conferem
propriedade antitumoral, anti-inflamatória, imunoestimulante, antiviral e
antibiótica.
Devido a sua atividade antitumoral o Ipê-Amarelo vem sendo
estudado para o tratamento do câncer, mas são necessários mais estudos
científicos que possam comprovar sua eficácia e segurança, não devendo ser
consumido livremente porque ela pode diminuir o efeito da quimioterapia,
agravando a doença.
Possíveis efeitos colaterais
O Ipê-Amarelo tem elevada toxidade e seus efeitos colaterais
incluem urticária, tonturas, náuseas, vômitos e diarreia.
Quando não tomar
O Ipê-Amarelo está contraindicado para grávidas, durante a
amamentação e durante o tratamento contra o câncer.
Nome científico: Tabebuia avellaneade Lors et Gris
Família: Bignoneaceas
Sinonímia popular: Pau d´arco, ipê, ipê-uva, piuva
Parte usada: Entrecasca (líber) ou o lenho (cerne)
Propriedades terapêuticas: Anti-inflamatória, cicatrizante,
analgésica, sedativa, tônica, anti-microbiana
Princípios ativos: Lapachol, blapachona
Indicações terapêuticas: Úlceras varicosas, hemorroidas,
reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal,
inflamação do apa-relho genital feminino, cistite, bronquite, anemia, diabetes
Planeta: Vênus ou Júpiter.
Elemento: Fogo
Uso mágico: Purificação.
1. Informações Complementares
O ipê-roxo, pau d´arco, ipê, ipê-uva ou piúva é uma árvore
de porte avantajado, muito difundida na América, e pertence à família das
Bignoniáceas.
São muitas as espécies de Ipê, num total aproximado de 250,
mas as mais usadas são as do gênero Tabebuia Avellanedae e Tecoma Impetiginosa.
Destas últimas selecionam-se no máximo 20 espécies que podem oferecer um teor
aproximado e constante de substâncias com alto valor terapêutico,
principalmente dos grupos saponínicos, flavonoides, cumarínicos ou quinônicos.
A parte usada da planta é a entrecasca (líber) ou o lenho
(cerne).
O cerne contém, entre outros princípios ativos, o LAPACHOL e
a BLAPACHONA, substâncias já conhecidas como auxiliares na cura de doenças
neoplásicas e inibidoras de várias tumurações.
Para de obter bons resultados com o uso do pau d´arco ou
ipê-roxo, torna-se necessário portanto escolher o gênero e espécie da planta,
idade provável da árvore e sua procedência.
a) Uso medicinal
O pau d´arco, pelas suas propriedades anti-inflamatórias,
cicatrizantes, analgésicas, sedativas e tônica, e dada a sua potente ação
anti-microbiana, é indicado nos casos de úlceras varicosas, feridas de qualquer
origem, varizes e hemorroidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema,
gastrites, inflamação intestinal, inflamação do aparelho genital feminino,
cistite, bronquite e anemia.
Favorece ainda a circulação e age também em várias formas de
diabetes, especialmente a diabetes dos jovens.
O pau d'arco ou ipê-roxo é a planta providencial,
confirmando o que disse Von Martus em 1818: "As plantas brasileiras não
curam, fazem milagres".
b) Apresentação
Cápsulas, extratos, fluído, tintura, pomada
2. Dosagem indicada
a) Chá
Uma colher da casca rasurada, em 1 litro de água. Ferver.
Tomar como água, ao dia. É atóxico, podendo ser usado, tomar 3 cápsulas ao dia
em altas doses. Se ocasionar ligeira urticária, deve ser diminuída a dose e
administrado um anti-alérgico, para voltar depois à dose anterior.
O nosso extrato (manipulado com o cerne do pau d’arco) deve
ser usado na dose mínima
de 1 colher das de chá, em um copo d´água, 4 vezes ao dia,
podendo ainda ser tomado de 3 em 3 horas ou de 2 em 2 horas ou de 1 em 1 hora.
Nos casos de feridas ou úlceras varicosas, a pomada deve ser
usada 2 vezes ao dia, administrando-se também o extrato ou tintura.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza
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