31 dezembro 2014

As influencias Planetárias

As influencias Planetárias 


Acredito que a maior parte de vocês saiba o que é a tabela de influencia planetária, seja de horários ou de dias da semana, mas vocês já pararam para se perguntar qual é realmente a influencia dela? Explicando bem basicamente e retornando aquele conceito anterior de magia, quando nós manipulamos alguma energia para determinado fim (através de feitiços, poções e etc) temos de nos certificar de criar uma atmosfera apropriada para o direcionamento e potencialização daquela energia, e um dos fatores que pode influenciar essa potencialização e direcionamento energético da magia é o posicionamento dos planetas. Em outras palavras, antes de realizar algum ritual, feitiço, poção ou qualquer outro ato com intuitos mágicos se certifique de que você está com condições planetárias propicias para o sucesso do que quer realizar.


  Para quem está começando agora é meio difícil acompanhar os trânsitos astrológicos e as luas fora de curso, que eu explicarei no fim do post, então comecem realmente atentando aos dias e horários consagrados aos planetas.


Dias Planetários


Segunda-feira – Lua
Terça-feira – Marte
Quarta-feira – Mercúrio
Quinta-feira – Júpiter
Sexta-feira – Vênus
Sábado – Saturno
Domingo - Sol


Horários Planetários
HORA
Domingo
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
00:00h
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
01:00h
JÚPIT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
02:00h
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
03:00h
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
04:00h
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
05:00h
MERC
JÚPIT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MERT
06:00h
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
07:00h
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
08:00h
JÚPIT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
09:00h
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
10:00
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
11:00h
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
12:00h
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
13:00h
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPIT
VÊN
SAT
14:00h
VÊN
SAT
SOL
LUA
MERT
MERC
JÚPT
15:00h
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MERT
16:00h
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
17:00h
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
18:00h
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
19:00h
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
20:00h
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
21:00h
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
MERC
JÚPT
22:00h
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL
LUA
MART
23:00h
LUA
MART
MERC
JÚPT
VÊN
SAT
SOL


Propriedades planetárias relacionadas aos dias


Domingo: Este dia é regido pelo sol. Ele fornece energia excelente para os esforços que envolvem o sucesso geral, as parcerias de negócios, promoções no trabalho, negócios e sucesso profissional. Potencializa magias que envolvem amizade, alegria e saúde física ou mental.

Segunda-feira: Regida pela Lua. Seus benefícios e energias lidam bem com as mulheres, a família, a casa e o lar, o jardim e a medicina. Este dia estimula rituais que envolvem o desenvolvimento psíquico e profético dos sonhos.

Terça-feira: Marte rege terça-feira. Experimente fazer magia para o trabalho envolvendo homens, para o conflito físico, a resistência e força, a luxúria, a caça, aos esportes e todos os tipos de competição. É também um ótimo dia para rituais que lidam com procedimentos cirúrgicos ou empreendimentos políticos.

Quarta-feira: Quarta-feira é regida por Mercúrio. Sua energia é um benéfico para magias envolvendo escritores, poetas, atores, professores e alunos. Isso porque sua influência vibra em direção à inspiração, a comunicação, a palavra escrita e falada, e todas as formas de estudo, ensino e aprendizagem. Ele também oferece um bom momento para começar a lidar com os esforços para o auto aperfeiçoamento ou a compreensão.

Quinta-feira: Júpiter rege a quinta-feira, e influencia o trabalho que envolve o ganho material, o sucesso geral, a realização, as homenagens e prêmios, ou em questões jurídicas. Suas energias também beneficiam assuntos de sorte, azar e prosperidade.

Sexta-feira: sexta-feira pertence a Vênus, o planeta do amor. Uma vez que suas energias são quentes, sensuais e de paixão este é o dia certo. É de grande benefício para os esforços que envolvem os assuntos do coração, o prazer, o conforto e o luxo. Use este dia também, para qualquer trabalho mágico que lida com a música, as artes, ou aromaterapia.

Sábado: regido por Saturno, o planeta do Carma, preside a energia do dia. Sábado oferece excelentes condições para magias que envolvem a reencarnação, lições cármicas, os mistérios e a sabedoria. Suas energias também se beneficiam de qualquer trabalho que lida com a morte, com idosos, ou a erradicação de pragas e doenças.


Propriedades planetárias relacionadas às horas


Horas regidas pelo Sol: Mudanças, progresso, criatividade, ego, fama, generosidade, crescimento, orgulho, poder, amizade, cura, saúde, honra, esperança, alegria, energia vital, ganho monetário, sucesso e vitalidade.

Horas regidas pela Lua: Ideal para viagens astrais, rituais referentes a fertilidade, sonhos, clarividência, emoções, lar, imaginação, inspiração, intuição, segredos, mistérios femininos.

Horas regidas por Mercúrio: Negócios, compra e venda, comunicação, criatividade, intelecto, informação, memória, poderes mentais, adivinhação, poder psíquico, inteligência e percepção.

Horas regidas por Vênus: Amor, arte, atração, beleza, amizade, fidelidade, sexualidade feminina, luxúria, juventude, música, satisfação, prazer, sensualidade, assuntos sociais.

Horas regidas por Marte: Agressão, ambição, discussão, conflito, destruição, energia, objetivo, luta, coragem, força, potência sexual, quebra de feitiço, proteção.

Horas regidas por Júpiter: Negócio, fama, apostas, ambição, crescimento, expansão, dinheiro, prosperidade, sorte, responsabilidade, dignidade, sucesso e dons relacionados a visão.


Horas regidas por Saturno: Plano astral, construção, morte, dívida, visão, longevidade, disciplina, dívidas kármicas, inteligência, obstáculos, conhecimentos mágicos, bens imobiliários e estruturas.

Retirado do blog Grimório de Luna
http://grimoriodaluna.blogspot.com.br/search/label/Energia%20m%C3%A1gica

Ano Novo

Ano Novo


 O ano novo do ocidente (em 31 de dezembro para 01 de janeiro) pode até parecer cristão, mas na verdade suas origens são tão pagãs quanto as origens do natal. O calendário atualmente utilizado pelo ocidente, o gregoriano, tem uma história interessante, ele deriva praticamente inteiro do calendário juliano que era vigente na Roma pagã.
 Diferentes culturas sempre comemoram a passagem do ano como um ritual festivo de representação do início de um novo ciclo de vida, novos acontecimentos, transformações e simbologia de renascimento (como nós fazemos em Samhain). As primeiras comemorações tiveram início há cerca de 2 mil anos antes da era cristã, quando os antigos babilônios festejavam o recomeço do ciclo anual, época que coincidia, não casualmente, com o início da primavera no hemisfério norte e a plantação de novas safras. O ritual de comemoração do Ano Novo teve uma origem diretamente ligada à natureza, aos ciclos celestes e lunares e à agricultura – daí a idéia de recomeço, preservada até os dias atuais. A comemoração do povo da Babilônia durava vários dias e equivaleria, hoje, ao dia 23 de março. Foram os romanos que, em 1582, determinaram a mudança da data para o dia 1° de janeiro onde o festival do Ano Novo ficaria ligado ao deus pagão Janus, de onde veio o mês de Janeiro - Januárius. (Janus é o deus romano que protege os átrios e os lares. É representado por uma cabeça com dois rostos: um olhando para o passado e outro para o futuro, dando a entender que tem total conhecimento tanto do passado como do futuro.) Em 1º de Janeiro, em sua honra, os romanos trocavam presentes entre si. As nações cristãs adaptaram o calendário juliano e o transformaram no calendário Gregoriano em honra ao Papa Gregório VIII. (na prática quase nada mudou)
 Com o passar do tempo, o calendário gregoriano tornou-se quase universal e foi introduzido em países não católicos. As inevitáveis promessas feitas em toda passagem de ano – tão comuns quanto não cumpridas – também fazem parte de uma antiga tradição babilônica: ao invés de prometerem levar uma dieta a sério, arrumar namorado ou parar de fumar, eles juravam devolver os equipamentos de agricultura emprestados de amigos, honrar mais os deuses e etc.
Os gregos utilizavam um bebê como tradição simbólica do Ano Novo, desfilando com ele em homenagem a Dionísius, o deus do vinho. O ritual representava o espírito da fertilidade pelo renascimento anual desse deus. Foi só em 1885, na França, que se criou a palavra hoje popularizada “Reveillon” (que vem de um verbo francês que significa despertar). Foi lá também que utilizou-se pela primeira vez a expressão “fim de século”.

TRADIÇÕES PAGÃS QUE PODEM SER USADAS NO ANO NOVO SOLAR OCIDENTAL.
Os Romanos se presentavam com guirlandas ou com ramos verdes, nas festas do Ano Novo, em Janeiro. Acreditava-se que carregando os ramos para dentro de casa, estariam trazendo as bênçãos da natureza, pois, "para os pagãos, a natureza é portadora de espíritos e divindades". Talvez venha daí o surgimento da guirlanda dos dias de hoje que alguns utilizam na porta das casas no natal.
Um costume antigo era jogar três moedas douradas pra dentro de casa pela porta da frente durante a virada do ano, acreditava-se que isso traria fartura e bênçãos financeiras ao lar.
Na índia algumas pessoas faziam uma grande fogueira e atiravam objetos que representassem tristezas ou doenças do ano que está indo embora. Muitas das tradições de ano novo que são usadas no Brasil (cor da roupa, comer uvas, saltar ondas) são de origens de cultos africanos ou afro-brasileiros.
 Bem o que não faltam são simpatias para a virada do ano. Muitos pagãos preferem não comemorar (fica a sua escolha) por que julgam que o Samhain é o único ano novo para nós, mas também não podemos esquecer que vivemos em sociedade e que nem todas as pessoas estão presentes em nossas comemorações de Samhaim, então não há mal nenhum em comemorar com a família mais um ano comercial, afinal querendo ou não é um ciclo e que nós fazemos parte dele todos os dias. Mais como disse fica a você a escolha, independente das tradições, das simpatias e origens um feliz ano novo com sua família e amigos, porque a verdadeira magia está aí: harmonia com seus irmãos, não importa a religião.  

Retirado do Blog Grimório da Luna
http://grimoriodaluna.blogspot.com.br/2011/12/ano-novo-do-calendario-solar-ocidental.html

30 dezembro 2014

Iemanjá

Iemanjá


Mitologia

Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.
Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo.
Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos.
Comentava consigo mesma:
- Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso, impetuoso. Jamais poderia viver num lugar só. Ele nasceu para conhecer estradas, conquistar terras, nasceu para ser livre. Exu, que tantos problemas já me deu, nasceu para conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante, sempre preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi, meu querido caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas no fundo sabia que teria seu destino. Ele é alegre, ativo, inquieto. Gosta de ver coisas belas, de admirar o que é bonito e é um grande caçador. Nasceu para conhecer o mundo também e não poderia segurá-lo...
Iemanjá estava perdida em seus pensamentos quando viu que, ao longe, alguém se aproximava. Firmou a vista e identificou-o: era Exu, seu filho, que retornara depois de tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu saudou-a e comentou:
- Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você!
- O que está dizendo, filho? Eu não entendo!
- O que quero dizer é que você é a única mulher que me encanta e que voltei para lhe possuir, pois é a única coisa que me falta fazer neste mundo!
E sem ouvir a resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, pois Iemanjá não poderia admitir jamais aquilo que estava acontecendo. Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na luta, dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo", sumindo no horizonte.
Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokun e ao Criador, Olorun. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo, dando origem aos mares.
Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos Orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros, na corte.
Iemanjá que, deste modo, deu origem ao mar, procurou entender a atitude do filho, pois ela é a mãe verdadeira e considerada a mãe não só de Ogum, Exu e Oxossi, mas de todo o panteão dos Orixás.

IEMANJÁ

A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai dar o sentido de "família" a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).
Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.
Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.
Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.

Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.



Ogum

Ogum



Mitologia

Ogun é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este ultimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro e poderoso, capaz de matar e aniquilar quem puser em risco a tranqüilidade de seu mano Oxossi. Há quem diga, até, que Ogum zela mais pelos filhos de Oxossi que pelos seus próprios, tal é o sentimento que ele tem pelo irmão.
Ogum era um caçador, tranqüilo, calmo, pacato. Bom filho, bom irmão, atencioso e trabalhador. Era ele quem provia sua casa e família, pois Exu gostava de viajar pelo mundo. Oxossi, ao contrario, era mais descansado e contemplativo. Como irmão mais velho, então Ogum cuidava da caça, dos concertos, etc. Mas, dentro de seu coração, existia um enorme desejo em "ganha o mundo", como seu irmão Exu.
Num belo dia, ao voltar de uma exaustiva caçada, Ogun viu sua casa e família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver a casa em chamas e seus entes queridos clamando por socorro, Ogun tomou-se de ira e, sozinho, cheio de ódio, arrasou com os agressores, não deixando um só de pé.
Daí por diante Ogum iniciou Oxossi na arte das caça; mostrou-lhe os caminhos e trilhas da floresta e lhe disse:
- Sempre que estiveres em perigo pense no seu irmão. Onde eu estiver voltarei para defendê-lo.
Aproximou-se de Iemanjá e se despediu:
- Mãe, preciso ir. Preciso vencer e conquistar. Está no meu sangue, essa é a minha vontade.
Desta forma, Ogun partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo. Mesmo sem exercito, vencia todos os exércitos, conquistando tudo aquilo que queria. Ogun se tornou a vitória, a força da conquista.
Esse Orixá, de temperamento explosivo e coração quente, é a força da Natureza talvez mas temida e respeita. Ogun é o gás, a explosão, a guerra, o choque de dois carros, o ferro retorcido, a luta entre os homens e os animais. Ogum é a valentia, a bravura, a coragem, a estocada, a largada, a chegada vitoriosa.
Ogun também é o ciúme, o desabafo, a disputa. Senhor dos metais e incapaz de ser derrotado.
O elemento de Ogum é a terra, e dependendo das qualidades , ou sejam sua fundamentação, carrega também os elementos água e ar.
Quando você sentir seu pulso, seu coração batendo, tenha certeza, Ogum está presente. Quando sentir que seu sangue corre nas veias, pense com convicção. Ogun está presente. Enquanto sentir que existe vida dentro de si, saiba, Ogum a está mantendo e abençoado.
  
OGUM

É o Orixá Senhor das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, briga, batalha. É a divindade da metalurgia, do ferro, aço e outros metais fortes. Ogun é a força incontrolável e dominadora, do movimento, do choque. Patriarca dos exércitos, dono das armas. Ogum é o poder do sangue que corre nas veias. Orixá da manutenção da vida.
Como Exu, Ogum está presente no calor, na ira, no ódio, na cólera. Está presente nas batalhas, brigas, empurrões, na vontade de exterminar. É um Orixá, uma força da Natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes.
O encantamento de Ogum, aquilo que gera sua presença, se faz, como disse antes, nos momentos de impacto, tais como o choque entre dois objetos de metal; uma colisão no ar, no mar e na terra; no estrondo de algo pesado caindo ao chão. Seu encanto está na explosão, no derramamento do ferro fundido.
No dia a dia vamos encontrar esta força denominada Ogum nos estaleiros, nas oficinas de lanternagem, nos ferreiros, nos quartéis, no disparo de uma arma, no ato de se afiar uma lâmina, no trabalho com um serrote, no choque do martelo fincando um prego na parede, no despertar de um relógio, num grito de raiva na dor aguda.
A faca que penetra na carne, a bala que fura a carne, faz o encantamento da força da Natureza, Ogun. É o orixá do impacto, da detonação. O sangue que corre em nosso corpo é um fenômeno regido por Ogun. A vida mantida acesa num ser, é regida por Ogun, Orixá da defesa e da guerra, ele pode até evitar uma briga, mas gosta de lutar e é imbatível.
Ogun também é a viagem, a estada longe, os veículos. Ogun é a jornada, a empreitada, a luta do dia a dia.. É a estrada de ferro, o impacto do trem nos trilhos. Ele é o próprio trem... ele é o próprio trilho.
Considerando como um Orixá impiedoso e cruel, ele pode até passar essa imagem, mas sabe ser dócil e amável. No candomblé é o grande general, marechal e todas as lutas, o grande guardião, pai rígido e severo, mas apaixonado e compreensível.
Ogun é franqueza, a decisão, a convicção, a certeza, o fato consumado, as vias de fato. Ogun é o empilhamento de metais, a bateria que gera a energia, a pilha; é a própria energia, vibrante, incontrolável, devastador, Ogum é a vida em sua plenitude.

Ogun também está presente nas construções, nas edificações, no cimento que vai unir tijolos e construir casas. Ogum é a muralha, o obstáculo difícil de ser vencido. É o amianto, o aço, o ferro, a bauxita, o manganês, o carvão mineral, a prata, o ouro maciço, o diamante em estado bruto.Ele é também a lapidação, o aparelho cirúrgico, o aparelho dentário, o próprio dente. É o ato de cortar, morder, devorar, sem piedade e com a negritude da fome. Ogum também é o zinco, o cobre, o alumínio, o parafuso, o prego, a mola, a viga, a estrutura, o concreto, a dureza, a firmeza.