02 outubro 2019

A flor do Brasil: Ipê!


A flor do Brasil: Ipê!



A típica árvore de Ipê é a denominação de uma grande variedade de espécies do gênero Tabebuia e Handroanthus, sinônimos e ambos da família Bignoniaceae. É muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas regiões do Brasil. Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno.
Atualmente, o pau-brasil é a árvore nacional e o Ipê é considerado a flor nacional. Suas flores possuem forma de funil, como se fossem uma cornetinha, podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes. Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor.
O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria prima em razão da boa qualidade da madeira, tendo como características principais:
Muito densa e forte;
Pesada e dura, difícil de serrar;
Grande durabilidade mesmo quando em condições favoráveis ao apodrecimento;
Alta resistência aos parasitas e à umidade;
Considerado uma madeira nobre, o Ipê possui um material excelente para estrutura de obras, em ambientes externos e até mesmo em pequenos detalhes decorativos. Pode ser usado também em construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.
Para maior conhecimento, seguem mais detalhes sobre as espécies mais comuns de ipês aqui no Brasil:
IPE AMARELO
Ipê Amarelo - Handroanthus ochraceus ou Tabebuia ochracea
Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, sua árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm. Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho até setembro. Sua florada é exuberante e fantástica, muito utilizada no paisagismo, podendo ser considerada uma das mais belas dentre as espécies de ipês.
Ipê Amarelo da Serra - Handroanthus albus ou Tabebuia alba
Esta espécie costuma ter um porte maior, podendo alcançar de 20 a 30 metros de altura, e o tronco de 40 a 60 cm, ela é mais comum apenas nas regiões sudeste e sul. Suas flores são amarelas e também florescem de julho a setembro. A árvore é extremamente ornamental, tanto por sua florada como por sua folhagem prateada quando recém-brotada. Esta espécie só ocorre acima de 1.000 m de altitude.
Ipê Amarelo do Cerrado - Tabebuia aurea ou Handroanthus caraiba
Comum da região amazônica e nordeste até o sudeste, frequente no cerrado, na caatinga e no pantanal mato-grossense. Sua altura é de 12 a 20 metros e seu tronco é tortuoso com diâmetro de 30 a 40 cm, com casca suberosa. Floresce durante os meses de agosto a setembro apenas. Possui uso comum tanto para arborização de ruas e avenidas, quanto no paisagismo em geral.
Ipê Branco - Handroanthus roseoalba ou Tabebuia roseoalba IPE BRANCO
Esta árvore possui em média de 7 a 16 metros de altura e seu tronco de 40 a 50 cm de diâmetro, é raramente encontrada na caatinga do nordeste brasileiro, mas muito comum no sudeste e centro-oeste. Possui flores brancas, podendo ser encontradas até em tons rosados, floresce de agosto a outubro. Esta espécie se adapta bem a terrenos secos e pedregosos, também é excelente para o paisagismo em geral.
IPE ROSA
Ipê Rosa - Tabebuia avellanedae ou Handroanthus avellanedae
Ocorre com mais frequência no Sul do país, desde o Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Pode alcançar de 20 até 35 metros de altura, com tronco ereto e cilíndrico de 60 a 80 cm de diâmetro. Suas flores possuem tons de rosa e roxo, floresce de junho a agosto. É a espécie de ipê mais comum no paisagismo do sul do Brasil, quando em flor é uma árvore muito bela, um grande espetáculo da natureza.
Ipê Roxo ou Ipê Roxo Sete Folhas - Handroanthus heptaphyllus ou Tabebuia heptaphylla IPE ROXO
Possui altura média de 10 a 20 metros e corre principalmente no nordeste e sudeste do país, seu tronco tem de 40 a 80 cm de diâmetro e é revestido por casca áspera cinzenta. Suas flores são roxas e aparecem durante julho até setembro. É uma das espécies mais populares no paisagismo brasileiro, por sua beleza quando em floração, também muito utilizada na arborização de ruas e avenidas, além de reflorestamentos.
Propriedades medicinais: Em pesquisa, cientistas americanos descobriram que alguma substância composta na casca do ipê-roxo tem potencial para matar um certo tipo de célula cancerígena de pulmão. Ainda não foi divulgado qual a espécie de ipê roxo.
Ipê Roxo de Bola - Handroanthus Impetiginosus ou Tabebuia impetiginosa
Esta espécie também é mais comum nas regiões do nordeste e sudeste do Brasil, sua altura é entre 8 a 12 metros e seu tronco pode chegar até 90 cm de diâmetro. Sua flores também são roxas, porém a floração acontece durante o mês de maio até agosto. É uma árvore muito admirada para arborização e paisagismos.
Uso medicinal dos Ipês:
Ipê-roxo é uma árvore de nome científico Handroanthus impetiginosus encontrada na América do Sul.
Também conhecida como piúva, pau-d'arco, piúna, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-roxo-grande, ipê-de-minas, piúna-roxa, a árvore ipê-roxo é muito conhecida pelo seu uso medicinal e como madeira de lei.
O ipê-roxo é originário da mata atlântica brasileira, mas também ocorre no cerrado, sendo uma árvore nativa do Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo.
Entretanto, a árvore ipê-roxo também é muito encontrada na Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá e México.
Uso medicinal do chá de ipê-roxo
No conhecimento popular tradicional, o uso medicinal do ipê-roxo é empregado para tratar inflamações, úlceras, infecções bacterianas e fúngicas.
O uso medicinal do ipê-roxo se dá pela ingestão do chá da casca da árvore.
Um estudo publicado pela revista Phytotherapy Research avaliou a propriedade cicatrizante do extrato etanólico da casca da árvore ipê-roxo e chegou a resultados que vão ao encontro do conhecimento tradicional já consolidado na popular.
O estudo induziu o desenvolvimento de úlceras gástricas crônicas em ratos e os tratou com extrato etanólico de ipê-roxo duas vezes ao dia durante sete dias.
Ao final da análise, houve redução em quase metade das úlceras gástricas tratadas com o extrato de ipê-roxo. O estudo concluiu que os compostos presentes na casca da árvore ipê-roxo apresentam propriedades significativas capazes de proporcionar a cicatrização das úlceras gástricas. O efeito se dá pelo aumento do conteúdo de muco e da proliferação celular, confirmando a utilidade do ipê-roxo para o tratamento desse tipo de condição.
Um estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" concluiu que a casca do ipê-roxo possui um componente capaz de eliminar um tipo de célula cancerígena.
De acordo com os pesquisadores do estudo, esse componente presente na casca do ipê-roxo, chamado de "beta-lapachone" tem potencial para ser utilizado no tratamento de câncer de pulmão.
Como fazer chá de ipê-roxo
Diferente da forma mais tradicional de consumir chá, que é feita a partir da folha da planta, o chá de ipê-roxo é feito a partir da casca da árvore.
Para fazer o chá de ipê-roxo leve um litro de água ao fogo. Após começar a ferver, adicione duas colheres de sopa de casca da árvore ipê-roxo e desligue o fogo. Deixe a mistura tampada descansar por dez minutos. Consuma de duas a três xícaras por dia.
Ipê Amarelo: Para que serve e como usar
Ipê-amarelo é uma planta medicinal, também conhecida por Pau d'Arco. Seu tronco é forte, pode chegar aos 25 metros de altura e possui belas flores amarelas com reflexos esverdeados, que pode ser encontrada desde a Amazônia, Nordeste, até São Paulo.
O seu nome científico é Tabebuia serratifolia e também é conhecido como ipê, ipê-do-cerrado, ipê-ovo-de-macuco, ipê-pardo, ipê-tabaco, ipê-uva, pau d’arco, pau-d’arco-amarelo, piúva-amarela, opa e tamurá-tuíra.
Esta planta medicinal pode ser comprada em lojas de produtos naturais e em algumas farmácias de manipulação.
Ipê Amarelo: Para que serve e Como usar Ipê Amarelo: Para que serve e Como usar
Para que serve
O Ipê-Amarelo tem sido usado popularmente para tratar anemia, amigdalite, infecção urinária, bronquite, candidíase, infecção na próstata, mioma, quisto nos ovários, assim como facilitar a cicatrização de feridas internas e externas.
O Ipê-Amarelo pode ser indicado nessas situações porque possui substâncias como saponinas, triterpenos e antioxidantes que conferem propriedade antitumoral, anti-inflamatória, imunoestimulante, antiviral e antibiótica.
Devido a sua atividade antitumoral o Ipê-Amarelo vem sendo estudado para o tratamento do câncer, mas são necessários mais estudos científicos que possam comprovar sua eficácia e segurança, não devendo ser consumido livremente porque ela pode diminuir o efeito da quimioterapia, agravando a doença.
Possíveis efeitos colaterais
O Ipê-Amarelo tem elevada toxidade e seus efeitos colaterais incluem urticária, tonturas, náuseas, vômitos e diarreia.
Quando não tomar
O Ipê-Amarelo está contraindicado para grávidas, durante a amamentação e durante o tratamento contra o câncer.

Nome científico: Tabebuia avellaneade Lors et Gris
Família: Bignoneaceas
Sinonímia popular: Pau d´arco, ipê, ipê-uva, piuva
Parte usada: Entrecasca (líber) ou o lenho (cerne)
Propriedades terapêuticas: Anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, sedativa, tônica, anti-microbiana
Princípios ativos: Lapachol, blapachona
Indicações terapêuticas: Úlceras varicosas, hemorroidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal, inflamação do apa-relho genital feminino, cistite, bronquite, anemia, diabetes
Planeta: Vênus ou Júpiter.
Elemento: Fogo
Uso mágico: Purificação.
1. Informações Complementares
O ipê-roxo, pau d´arco, ipê, ipê-uva ou piúva é uma árvore de porte avantajado, muito difundida na América, e pertence à família das Bignoniáceas.
São muitas as espécies de Ipê, num total aproximado de 250, mas as mais usadas são as do gênero Tabebuia Avellanedae e Tecoma Impetiginosa. Destas últimas selecionam-se no máximo 20 espécies que podem oferecer um teor aproximado e constante de substâncias com alto valor terapêutico, principalmente dos grupos saponínicos, flavonoides, cumarínicos ou quinônicos.
A parte usada da planta é a entrecasca (líber) ou o lenho (cerne).
O cerne contém, entre outros princípios ativos, o LAPACHOL e a BLAPACHONA, substâncias já conhecidas como auxiliares na cura de doenças neoplásicas e inibidoras de várias tumurações.
Para de obter bons resultados com o uso do pau d´arco ou ipê-roxo, torna-se necessário portanto escolher o gênero e espécie da planta, idade provável da árvore e sua procedência.
a) Uso medicinal
O pau d´arco, pelas suas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, analgésicas, sedativas e tônica, e dada a sua potente ação anti-microbiana, é indicado nos casos de úlceras varicosas, feridas de qualquer origem, varizes e hemorroidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal, inflamação do aparelho genital feminino, cistite, bronquite e anemia.
Favorece ainda a circulação e age também em várias formas de diabetes, especialmente a diabetes dos jovens.
O pau d'arco ou ipê-roxo é a planta providencial, confirmando o que disse Von Martus em 1818: "As plantas brasileiras não curam, fazem milagres".
b) Apresentação
Cápsulas, extratos, fluído, tintura, pomada
2. Dosagem indicada
a) Chá
Uma colher da casca rasurada, em 1 litro de água. Ferver. Tomar como água, ao dia. É atóxico, podendo ser usado, tomar 3 cápsulas ao dia em altas doses. Se ocasionar ligeira urticária, deve ser diminuída a dose e administrado um anti-alérgico, para voltar depois à dose anterior.
O nosso extrato (manipulado com o cerne do pau d’arco) deve ser usado na dose mínima
de 1 colher das de chá, em um copo d´água, 4 vezes ao dia, podendo ainda ser tomado de 3 em 3 horas ou de 2 em 2 horas ou de 1 em 1 hora.
Nos casos de feridas ou úlceras varicosas, a pomada deve ser usada 2 vezes ao dia, administrando-se também o extrato ou tintura.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza