13 agosto 2015

A sabedoria do Egito: Toth


Os antigos egípcios tinham a mais elevada veneração por Thoth, que para eles era o Deus criador desde que trouxera para a Terra o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da arquitetura, da medicina, da magia, da alquimia, enfim a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Segundo Platão foi Hermes (Thoth) o pai da geometria, revelador do uso dos números, da geometria, astronomia e as letras. Deixou mais de dois mil livros escritos, quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria.
Toth compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que há no “Livro dos Mortos” do Egito ele representa o advogado da humanidade. Em muitas pinturas é representado Anúbis ao lado da balança na qual era pesada a alma do morto ante o tribunal do julgamento, onde ele aparece diante da balança na qual era pesado o coração do morto. De um lado, num dos pratos da balança, era posto uma pena simbolizando a verdade, e do outro lado o Ab simbolizando o coração do morto. Cabia a Thot examinar a mente e determinar a dignidade do morto. No grande tribunal está Thot de pé diante da balança do julgamento dos homens penetrando na mente para julgar os sentimentos e propósitos. O escriba que nas gravuras está representado na presença de Osíris diante do julgamento das almas. Egípcios antigos acreditavam que antes do morto entrar no Além, primeiramente o coração dele deveria ser pesado na presença de Osíris. No mínimo o coração do morto deveria ter o peso de uma pena. O escriba Thot anotava criteriosamente o resultado de cada julgamento, assinalando se aquele que estava sendo pesado havia ou não se conduzido bem, se tivera uma vida digna e honrada. Por isto os egípcios diziam que Thot era o escriba confidencial do deus Osíris, o secretário de todos os deuses e fora ele quem trouxera para a Terra, entre inúmeras outras coisas, a música, assim como a instituição de um calendário anual constante de 365 dias, semelhante ao que somente muito depois foi oficializado e é utilizado na atualidade.
No mito simbólico da morte de Osíris, diz a Tradição egípcia que Thoth ensinou à deusa Ísis a conjurar encantos contribuindo assim decisivamente para que aquela deusa pudesse reconstituir totalmente o corpo do seu irmão Osíris que havia sido desfeito em pedacinhos. Por isto, segundo consta, toda a magia egípcia fora ensinada por Thoth.
Os egípcios se referiam a Thoth como sendo a mente e a língua de RA. Também representava a mente e a palavra falada de RA. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas ideias.
No Egito existiu uma casta de sacerdotes seguidores de Thoth, constituída pelos maiores conhecedores das ciências da época, especialmente da aritmética. Aqueles sacerdotes afirmavam que toda inspiração que tinham provinha de Thoth.
Para muitos estudiosos tudo o que existe registrado a respeito daquela figura enigmática é meramente lendário, sendo a sua história nada mais que mitos. Quando muito são referências ao principal escriba que apenas transcreveu os conhecimentos existentes em sua época. Mas, igualmente outros estudiosos da História Antiga do Egito, o consideram pelos feitos assinalados se tratar de um ser dotado de poderes divinos. Podemos afirmar que esta é a verdadeira natureza de Thoth, tratava-se de um ser que compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que no está representado no “O Livro dos Mortos” como o advogado da humanidade.
Para muitos estudiosos tudo o que existe registrado a respeito daquela figura enigmática é meramente lendário, sendo a sua história nada mais que mitos. Quando muito são referências ao principal escriba que apenas transcreveu os conhecimentos existentes em sua época. Mas, igualmente outros estudiosos da História Antiga do Egito, o consideram pelos feitos assinalados se tratar de um ser dotado de poderes divinos. Podemos afirmar que esta é a verdadeira natureza de Thoth, tratava-se de um ser que compreendia todos os mistérios da mente humana, pelo que no está representado no “O Livro dos Mortos” como o advogado da humanidade.
Seria Thoth descrito nos papiros antigos o mesmo que os gregos chamaram de Hermes? Há muitos indícios de que se tratam de seres distintos. Muitas vezes, os próprios gregos referiram-se a Hermes Trismegisto como não nascido de mulher, consequentemente que ele não tivera um corpo físico biológico e sim um corpo aparente com o qual se apresentava diante dos homens. Mas, por outro lado, a própria mitologia grega fala do nascimento de Hermes, como um dos integrantes do Olimpo, filho de Zeus e Maia e que nascera em uma caverna onde fora deixado por sua mãe.  Assim sendo, já podemos ver que os escritos gregos dão margem a se entender a existência de duas figuras distintas. Uma aquela do filho de Zeus e Maia chamada de Hermes e a outra um ser não nascido de mulher. Este corresponde precisamente ao que dizem os egípcios a respeito de Thoth. Enquanto a Mitologia grega atribui uma mãe a Hermes os documentos do Antigo Egito dizem que Thoth não foi nascido de mulher, que por isto era considerado um ser divino. Isto permite suspeitar de que o Hermes grego não é aquele referido no Antigo Egito com o nome de Thoth. O que houve foi que os gregos viram semelhança entre os feitos atribuídos a Hermes com os atribuídos pelos egípcios a Thot, e por esta razão erroneamente os associaram como uma mesma pessoa Hermes Trismegisto. Na verdade a quase totalidade dos ensinamentos assinalados como pertencentes a Hermes Trismegisto dizem respeito a Thoth, deus egípcios, e não ao deus Hermes da mitologia grega.
Não é somente a Hermes que Thoth tem sido comparado. Na realidade o Hermes a que se refere o Hermetismo tem sido comparado com importantes figuras de diversas culturas. Assim o feitos de Thoth são atribuídos a diversos nomes sagrados de diferentes culturas. Na civilização egípcia era Thoth; na grega era Hermes; na romana, Mercúrio; na maia, Quetazcoatl; na Atlante, Chiquitet, ou Khan (Ken). Os Sumérios e outros povos da Mesopotâmia adoravam deidades lunares virtualmente idênticas a Thoth. A Lua Deus, da Suméria, denominado Sin, tal como Thoth era aquele encarregado de medir a passagem de tempo.
Thoth é apresentado nos desenhos do Antigo Egito como a figura de Íbis, um pássaro grande integrante da fauna do Nilo.
Os Egípcios associavam o bico encurvado e longo da íbis com a Lua e por sua vez a íbis era, segundo a crendice popular, considerado um dos representantes terrestres de Thoth. Segundo a antiga Tradição egípcia, Thoth era o deus da Lua, o deus de sabedoria, o medidor do tempo, e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. Em outros registros ele era apresentado tendo sobre a cabeça uma gravura simbólica composta pelo disco do Sol e o crescente da Lua.
Nas inscrições egípcias e nas lendas consta que o conhecimento de Thoth era imenso e que chegou a ter a capacidade de calcular e medir os céus, e até mesmo teria sido Ele Quem o planejou. Como já mencionamos antes, creditou-se-lhe o papel de criador inventor da astronomia, da astrologia, da botânica, da geometria e agrimensura e de um avançadíssimo sistema de trabalhar a pedra o que permitiu a construção dos grandes monumentos egípcios entre os quais a Grande Pirâmide de Gisé.
Existem muitas versões para o nome de Thoth. Em hieróglifo o seu nome é Tehuti cujo significado literal é: “Ele Quem Equilibra”. Outras vezes é mencionado como Khufu, nome que os gregos traduziam por Cheops. De acordo com o historiador do terceiro século, Manetho, Khufu era um ser de uma estirpe diferente das pessoas comuns. Há textos antigos que dizem haver sido Cheops/Khufu quem escreveu o Livro Gênesis que posteriormente foi compilado de forma modificada pelos hebreus passando então a integrar o Pentateuco do Antigo Testamento.
Para os egípcios Thoth era o Deus do equilíbrio por isto nas gravuras ele era estampado como “Mestre da Balança” indicando estar ele associado com os equinócios - o tempo quando o dia e a noite eram equilibradas. Tido como o mais eficaz dos escribas de toda a civilização egípcia, e que segundo alguns pesquisadores escreveu cerca de cem mil manuscritos (papiros). Representou um papel crucial nas designações e orientação de templos e ziggurats. Era um escriba, moralista, mensageiro, e o mágico supremo. Considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais.

Oração ao Deus Thoth:
Salve Toth
Salve ó grande Deus Toth, oque tudo sabe e tudo vê, lhe agradecemos a vida e o privilégio de estarmos aprendendo um pouco de sua sabedoria e de nos mostrar que o saber não tem fim, nos ensinando sempre a ir de encontro ao que queremos, aprendendo a cada dia.
Agradecemos por sempre nos guarnecer e nos guiar com seu conhecimento à consciência superior e à luz verdadeira.
Agradecemos também pela saúde que temos e que tu que és o Deus Curandeiro continue proporcionando saúde a todos nós e a quem amamos.
Pedimos a ti, sabedoria, saúde, força e paz, para que possamos continuar encontrando nossos objetivos e crescimento espiritual.
Salve Toth, Salve Rá.

É deus: da sabedoria, escrita, matemática, magia, lua, julgamento.
Oferendas a Toth: escrever, meditar, imagens do deus.
Cores: branco, azul claro, prata.
Velas: branca, prata.
Que Toth lhe de sabedoria hoje e sempre!

Raffi Souza