23 dezembro 2016

A erva sagrada: Hortelã

A erva sagrada: Hortelã

A Hortelã comum ou Hortelã vulgar é uma planta medicinal e aromática, muito utilizada para fazer remédios naturais para tratar problemas digestivos, como má digestão e náusea, por exemplo.

O nome cientifico da Hortelã comum é Menta spicata e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação ou mercados livres, e pode ser usada para fazer chá ou tinturas, ou pode ser comprada na forma de cápsulas com óleo ou extrato seco da planta ou na forma de óleos essenciais para a pele.                       

A hortelã – também conhecida como hortelã pimenta ou erva santa – é uma planta usada regularmente no preparo de alguns pratos, principalmente para aromatizá-los, e também de coquetéis e alguns remédios.

Devido a seus inúmeros benefícios e propriedades saudáveis, essa planta aromática é utilizada em muitos tratamentos terapêuticos.               

Benefícios da hortelã
Seus importantes efeitos antiespasmódicos e carminativos ajudam a combater problemas digestivos, especialmente em casos de indigestão, flatulência e dores estomacais ou câimbras.
Seus componentes expectorantes ajudam também nos tratamentos das vias respiratórias.
Essa erva medicinal é bastante eficaz nos tratamentos das dores menstruais.

A hortelã tem componentes muito eficazes no combate a problemas nervosos, relaxando as tensões e evitando as possíveis consequências derivadas dessa condição.

É um antisséptico e analgésico muito eficaz e, portanto, é recomendada para o tratamento de feridas. Como é usada? A lavagem da ferida com uma infusão consistente da planta proporciona alívio imediato da dor e ajuda a acelerar o processo de cura, podendo também ser aplicada sobre algumas queimaduras, com acréscimo de azeite de oliva à infusão da planta, evitando assim a ardência e possível infecção.

Essa maravilhosa planta combate o mau hálito com um de seus componentes principais, de sabor refrescante, o mentol, mantendo seu cheiro agradável durante todo o dia.

O consumo do delicioso chá de hortelã antes de dormir ajuda a ter um descanso muito relaxante e restaurador.

A infusão desta planta é altamente recomendada para combater os gases acumulados no trato digestivo, eliminando as flatulências.                       

Como preparar a infusão de hortelã?
Preparar a infusão de hortelã é bastante simples, devendo-se escolher apenas as folhas macias, conhecidas como rebentos.

Em seguida, deve-se ferver um litro de água (deixar numa jarra alguns rebentos ou folhas macias da hortelã). Quando a água ferver, derramar na jarra contendo as folhas e tampar por cerca de vinte minutos, após a água ser coada, podendo-se assim tomar a primeira xícara do chá (de três que devem ser tomadas durante o dia).                       

Nome popular: Hortelã, Hortelã-rasteira.

Nome científico: Mentha x villosa

Família: Labiatae (Lamiaceae)

Origem: Europa.                       

Propriedades: espasmolítica (reduz contrações musculares involuntárias), antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como antisséptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.                       

Características: Erva perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas que possuem aroma forte e característico. Tem grande importância medicinal e social, por sua alçao contra microparasitas intestinais, recentemente descoberta. Há muitas espécies de hortelã parecidas, dificultando a escolha da planta certa para fins medicinais, exigindo a obtenção das mudas em locais de confiança.

Desde a mais remota antiguidade, essa e outras plantas são utilizadas como condimento em massas e carnes, bem como para fins medicinais.                        

Parte usada: Folhas

Usos: A literatura etnofarmacológica registra como suas propriedades as ações: espamolítica, antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como antisséptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.                       

Forma de uso / dosagem indicada: O tratamento contra ameba e giárdia pode ser feito com o pó das folhas em 3 doses diárias por 5 dias consecutivos.

O pó pode ser preparado a partir das folhas que são colhidas e postas a secar a sombra, em ambiente ventilado, ou na estufa do fogão ou no forno quente, porém apagado, até que fiquem bem secas e facilmente trituráveis. Crianças de cinco a treze anos devem tomar ¼ de colher (de café). 

Adolescentes e adultos podem tomar ½ colher (de café). O tratamento deve ser repetido após 10 dias, devendo-se observar durante e após ele, os cuidados de higiene pessoal e familiar.
Cultivo: No plantio inicial as plantas de desenvolvem bem em solos ricos em húmus e umidade. Pode ser multiplicada através de estaquia.                       

Hortelã (Mentha piperata) Planeta: Vénus Elemento: Ar Usado em encantamentos de cura, tomar banho com hortelã também é óptimo para curar, e também pode ser usado como incenso. A hortelã-miuda, é empregada como tempero e age como calmante quando usada em chá. A hortelã-pimenta estimula a pele e os terminais nervosos sensíveis ao frio. Para aquecer ambientes muito frios, coloca-se uma bacia com água e folhas de hortelã. Como digestivo, faz-se uma infusão com 100g de água quente já adoçada, coloca-se 5g de folhas frescas ou secas de hortelã, filtrar e beber em seguida bem devagar. Para excitação nervosa e insónia colocar uma pitada de folhas frescas de hortelã em uma xícara de água quente, filtrar e beber o liquido. (Em casos de insónia, tomar antes de deitar). Outra Fonte: Erva druídica sagrada. Bonecos para o amor e para as curas podem ser cheios de folhas de hortelã secas. Acrescentada aos incensos, purifica a casa ou a área ritual.


Que os deuses que lhe abençoem!

Raffi Souza

21 dezembro 2016

Serket, a deusa dos escorpiões

A deusa dos escorpiões: Serket!


Serket é a deusa escorpião egípcia filha de Rá. Também é conhecida/chamada de Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet. A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida, estando pronta para atacar. Em mais raras representações, mostrava-se um escorpião com cabeça de mulher, ou vice-versa (já que são o modo mais comum representado os deuses egípcios).
Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egito.

Era a mãe do deus serpente Nehebkau, que vivia no mundo dos defuntos, e sua obrigação era defender a realeza. Devido a esta associação, Serket era vista como guardiã de uma das quatro portas do mundo subterrâneo, prendendo os mortos com correntes. Quando Nehebkau tornou-se uma divindade benéfica, Serket seguiu o mesmo caminho.

O EGITO ABRIGAVA DOIS tipos de escorpiões: um mais escuro e relativamente inofensivo e outro mais claro, mais venenoso. A deusa Selkis tomava justamente a forma de um desses animais e, apesar da periculosidade do bicho, era uma divindade protetora e curadora que defendia contra a picada desses artrópodes. Seu nome no idioma egípcio era Serket-Heru, que significa aquela que faz a garganta respirar ou a que facilita a respiração na garganta, já que a picada do escorpião produz asfixia. Essa denominação também se relaciona com a ajuda que a deusa prestava para que o recém-nascido ou o defunto, em seu renascimento, pudessem respirar. Nos textos funerários surge como a mãe dos defuntos, aos quais amamenta. No além-túmulo ela ajudava no processo de renascimento do falecido e o orientava e dava-lhe o sopro da vida. Foram os gregos que lhe deram o nome de Selkis, nome que também aparece grafado como Serqet, Serket, Selqet, Selket, Selkit ou Selchis.                       

QUANDO ASSUMIA A FORMA DE UM ESCORPIÃO, o animal às vezes era mostrado sem cabeça e sem cauda, pois desta maneira ele perdia seu veneno e se tornava inofensivo, podendo ser representado dentro do túmulo sem perigo. E assim era porque os egípcios acreditavam que todos os seres vivos representados nas tumbas poderiam ganhar vida se as fórmulas mágicas adequadas fossem pronunciadas. Portanto, era importante neutralizar o perigo de certas imagens reduzindo-as à impotência. Essa deusa-escorpião se identificava com o calor abrasador do Sol e era uma das quatro divindades protetoras de ataúdes reais e dos vasos canopos, dos quais ela guardava aquele que continha os intestinos.                       

TRATA-SE DE UMA DIVINDADE que já aparece no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) como guardiã do trono real e vem rodeada de simbologia mágica. Ela protegía das picadas venenosas de escorpiões, serpentes ou outros animais peçonhentos e curava as pessoas que, acidentalmente, tivessem sido atacadas por esses animais, sobretudo quando se tratasse de crianças e mulheres grávidas. Mas também poderia punir os ímpios com esses mesmos venenos, levando-os à morte.
Também era deusa da união conjugal e ajudava as mulheres na hora do parto. Era filha de Rá e cuidava para que a serpente Apófis não escapasse do mundo inferior. Nos textos conhecidos modernamente como Livro de Him no Inferno vem descrito o que acontece no além-túmulo. O deus-Sol tem às 12 horas do período noturno para renascer. A cada hora corresponde um estágio de sua jornada no além. Apófis tenta engolir o deus-Sol durante essa jornada e representa uma grande ameaça. Na sétima hora Selkis aparece para combater a serpente Apófis. Rá em seu barco assiste a captura da serpente. Finalmente Selkis, com ajuda de outra divindade, capturam o demônio e subjugam a cabeça e a cauda do monstro e trespassam com punhais a cabeça e o corpo da cobra. Selkis desempenha, também, um papel importante na lenda de Ísis e Osíris, pois enviou sete dos seus escorpiões para protegerem Ísis do deus Seth que a perseguia.                       

AS RELAÇÕES DE PARENTESCO DE SELKIS não eram bastante claras. Podia ser considerada mãe ou filha de Rá, razão pela qual sua ira era considerada como o causticante sol do meio-dia. Entretanto, em algumas lendas locais de Edfu era tida como esposa de Hórus e mãe de Rá-Harakhti, o Hórus no Horizonte. Os Textos das Pirâmides afirmam que ela era mãe de Nehebkau, uma serpente de três cabeças que evoluiu de uma posição maléfica a protetora do faraó contra picada de cobras, enquanto outras fontes dizem que ela era esposa dessa divindade.                       

PROTETORA DE VIVOS E MORTOS, ESSA DEUSA não dispunha de um lugar de culto em particular. Sendo originariamente adorada no delta do Nilo, seu culto se espalhou por todo o Egito e isso pode ser considerado natural uma vez que as cobras e escorpiões eram abundantes no país e o povo precisava de uma proteção mágica contra eles. Embora tivesse sacerdotes dedicados ao seu culto, aos quais ela protegia e delegava seus poderes mágicos, até hoje não foi encontrado qualquer templo que lhe fosse consagrado. Ela figurava sobretudo nas fórmulas mágicas ou nas paredes das tumbas com o objetivo de proteger o defunto de qualquer ataque. As pessoas usavam amuletos com a forma do escorpião para se protegerem contra as perigosas picadas do animal e até mesmo curá-las.                        

OS SACERDOTES DE SELKIS eram verdadeiros médicos e magos ou curandeiros, dedicados à cura de picadas de animais venenosos. Suas habilidades de encantadores de escorpiões e de serpentes eram muito requisitadas, a julgar pelo enorme número de encantamentos para repelir tais animais e para curar suas picadas que aparecem nos papiros egípcios. Isso indica a extensão do problema, o qual ainda é comum no Egito moderno. Esses homens eram chamados de Kherep Selket, literalmente, aquele que tem poder sobre a deusa escorpião. No antigo Egito um Sacerdote Leitor e um doutor poderiam também ter o título de Kherep Selket. O título de Sunu, que significa doutor ou médico, era atribuído a pessoas que prescreviam remédios tanto médicos quanto mágicos. Hoje em dia os encantadores de serpente usam técnicas práticas para enlaçar suas presas, mas eles também ainda confiam em cantos mágicos.     

Essa deusa aparece pra mostrar que nem sempre algo que parece errado é o errado, que nos devemos aprender com nossos erros, pois a vida é cheia de erros e acertos, não devemos nos preocupar em errar, mas nos preocuparmos em estarmos sempre certos, uma pessoa q acha q esta sempre certa não é uma pessoa fácil de lidar, E o seu simbolo o escorpião mostra a dualidade da vida que temos nas nossas vidas.

Associações desta deusa:
Deusa: da cura, dos escorpiões, dos mortos, dos partos, da dualidade.
Cores: preto, vermelho, marrom (cores comuns em escorpiões).
Oferendas: imagens de escorpiões, imagens desta deusa, trabalhar em  hospitais, fazer serviços comunitarios em centros de pesquisa de animais peçonhentos, etc.

Que os deuses lhe abençoem!
Raffi Souza


13 dezembro 2016

Flidais a deusa da sensualidade!

Flidais a deusa da sensualidade!

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas.
 Ela reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite. Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. 

Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosque se árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, ele é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore. Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de"seu gado". 

As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça, que está intimamente ligada com o feminino. 

Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua biga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. 
Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas. Flidias era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. 

O domínio do consciente em Flidias não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria.

Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provêm da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite. Flidias possuía uma vaca mágica cujo leite era capaz de alimentar diariamente centenas de guerreiros. 

A vaca mágica da deusa, como o resto dos animais de Outro Mundo na tradição irlandesa, possuía a pelagem totalmente branca, exceção feitas às orelhas, que eram da cor vermelha. 
Muito embora, não se têm conhecimento de quem seja o pai, Flidais teve três filhas: Bé Téite (Mulher Luxuriosa), Bé Chuille, a Senhora do Mundo Selvagem e também uma druidesa, e ainda, Fland.
Alguns autores relatam que Fland vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.

ARQUÉTIPO DA SENSUALIDADE:
Flidias, como deusa do amor e da sensualidade, apresenta um aspecto mutante e transformativo do feminino. Lendas nos contam que realmente ela podia mudar de forma e transformar-se no que quisesse. E, quando seu arquétipo é ativado em nós, também vemos o mundo e nós mesmos sob uma luz diferente. Fluidos criativos são estimulados, e as fronteira sou limites racionais são impelidos para o domínio do irracional, digamos, quase animal.
Novas atitudes precedem certo excitamento, e a própria vida adquire novo significado: Mudanças bem-vindas prosseguem de mãos dadas com atitude criativa da assunção de riscos. A mulher que vem conhecer a Deusa das Florestas cresce na compreensão do aspecto divino de sua natureza feminina.
Ela é guiada por suas mais profundas necessidades, por idéias e atitudes que vêm de dentro. Ela não será contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Isto acontece, porque Flidias é a floresta virgem, que é livre e espontânea, grávida de vida, de acordo com as leis da natureza. É intocada pelas leis dos homens.

A mulher que tem consciência desta deusa cuida de sua alimentação, faz exercícios e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Mas não se trata aqui de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina.
 Sua beleza viva deriva da relação que tem consigo mesma. Esta mulher é virginal, mas isso nada tem a ver com um estado físico, mas com uma atitude interior. Ela não é dependente das reações dos outros para definir seu próprio ser. 

A mulher virginal não é apenas o reverso do homem, seja ele pai, amante, ou marido. Ela mantém-se em pé de igualdade em relação aos seus direitos. Não é governada por idéia abstrata do que ela "deveria" ser ou "do que as pessoas vão pensar". Ela é verdadeira para com sua natureza e seu instinto.

ARQUÉTIPO DA NATUREZA:
Flidais, como arquétipo da natureza, nos ensina que é a união que completa o ciclo. Assim como a semente é plantada na Primavera, cresce no Verão, e se faz a colheita no Outono, cada geração desova as sementes para a próxima geração. Devemos prestar muita atenção no plantio de nossas sementes, para que possamos ser recompensados com uma colheita generosa.
A tecnologia já nos trouxe muito conforto e nos mostrou muitas coisas no sentido científico, mas agora è tempo de nos voltarmos para a humanidade e para a conservação do planeta, incluindo seu relacionamento com o divino. 

Hoje, a ciência e a espiritualidade estão começando a integrar-se como um todo. Nosso relacionamento com a natureza é o coração da nova integração encontrada pela ciência e espiritualidade. 

Pessoas e árvores já não podem ser mais cortadas para atender às necessidades da tecnologia e das corporações, em busca do progresso científico. Já é hora de trabalharmos em cooperação com cada um e com a natureza. 

Flidais tem muita magia e gosta de pós e poções com gliter.
Quando invocá-la use incenso de ervas e deixe um copo com água ao lado. Peça-lhe socorro nas direções, peça-lhe que lhe ensine a ser bela e sensual. Quando precisar buscar algo, seja um emprego ou um amor ou até uma idéia para um feitiço, assim como metas e proteção.

 “Linda Flidais, senhora das Florestas, vinde ao meu encontro, chega perto de mim. Pegue minha mão e guie meus caminhos, cura-me com ervas, remove meus espinhos. Senhora Flidais, afasta aqueles que me querem mal, me ensina a pular as pedras, acender a fogueira que da luz, o amor divino e faz-me bela (belo) como vós. "

Para cura de animais, invoque sempre Flidais. Ela virá em consolo, trará o auxílio, guiará os espíritos. Peça sempre a Flidais que todas as questões com animais ela irá solucionar.
- Flidais: Deusa da floresta, dos bosques, da caça e das criaturas selvagens, representa a força da fertilidade e da abundância. Viajava numa carruagem puxada por cervos e tinha uma vaca mágica que dava muito leite. Seu nome significa "Doar", elucidado no conto de "Táin Bó Flidais" - O Roubo do Gado de Flidais, da saga do "Táin Bó Cuailnge". Tinha o poder de se metamorfosear na forma de qualquer animal.
Deusa da floresta, dos bosques, da caça e das criaturas selvagens, representa a força da fertilidade e da abundância.
Viajava numa carruagem puxada por cervos e tinha uma vaca mágica que dava muito leite.
Seu nome significa "Doar", elucidado no conto de "Táin Bó Flidais" - O Roubo do Gado de Flidais. Tinha o poder de se metamorfosear na forma de qualquer animal.

Símbolos: Cervo, Borboleta, trevo de 4 folhas
Dia: quarta-feira;
Cores: Verde, vermelho e laranja;
Aroma: cravo, maçã;
Ponto cardeal: Leste e Sul;
Estação: Primavera;
Associações:
Deusa: da sensualidade, da magia, da floresta, dos animais;
Cor: verde, rosa, azul, marrom;
Oferendas: mel, cravos, flores, maçã, imagens dela, etc.
Que os Deuses lhe abençõem!

Raffi Souza

05 dezembro 2016

O Deus da Guerra Nórdica: Tyr

O Deus da Guerra Nórdica: Tyr

Apesar de Tyr aparecer em poucas lendas, a mais conhecida história sobre ele envolve o feroz lobo Fenrir, o qual nenhuma cadeia poderia segurar. O deus supremo Odin ordenou que os anões fizessem um grilhão mágico tão forte que Fenrir não pudesse quebrá-la. Os anões  então criaram um que era suave e macio como seda, chamado Gleipnir. Fenrir desconfiou quando os deuses tentaram amarrar Gleipnir à sua volta. Mas ele permitiu que eles o amarrassem após o bravo Tyr colocar a mão na boca do lobo. Mas esta propensão para a nobrez


a lhe custou sua mão. Quando Fenrir percebeu que tinha sido enganado e que não conseguiria se soltar, ele devorou a mão de Tyr.
No Ragnarok, Tyr está destinado a batalhar com Garm, o cão de guarda do submundo - uma luta que resultará na morte de ambos.                       

Filho de Odin e Friga, Tyr é o deus da guerra e do valor e patrono da justiça. Era o deus da honra suprema e uma das doze divindades de Asgard.

Tyr também era invocado com frequência por várias nações do Norte, que como Odin, a ele pediam vitória. Considerado o deus patrono da espada, era indispensável que a runa que o representava estivesse gravada nas armas. Tyr, cujo nome era sinônimo de valentia e sabedoria, também conta com a ajuda das brancas valquírias, assistentes de Odin. Geralmente era representado como um deus manco, a partir de uma história que envolve o filho lobo de Loki, Fenris. Segundo dizem, Fenris cresceu de tal forma que os deuses, temendo que se tornasse incontrolável, resolveram acorrentá-lo, dizendo a ele que nao conseguiria se soltar. Fenris aceitou o desafio e, infelizmente para os deuses, rompeu as amarras. Os deuses pediram aos anões que fabricassem então uma corrente mágica, Gleipnir, com grandes poderes, apesar de fina. Fenris foi desafiado novamente e aceitou ser amarrado porém, desconfiado da finura da corrente, disse que alguém tinha que por a mão em sua boca. Tyr for o único que teve coragem. Quando Fenris se viu preso de vez, arrancou a mão do deus. Apesar de tudo, Tyr alimentou e cuidou do lobo amarrado para sempre.
Tyr era filho de Odin e Frigga, é a divindade da guerra e um dos doze grandes deuses do Asgard. A sua invencível espada, o próprio símbolo da sua divindade, foi forjada pelos anões filhos de Ivald, também armeiros de Odin. A sua espada também pertence à lenda e há uma muito especial que Guerber colheu nos finais do século passado, onde se contava que a espada venerada pelos Cheruski, uma vez roubada do templo em que era adorada, passou para as mãos de Vitelio, prefeito romano que, encorajado pela sua posse, se autonomeou imperador, mas não soube lutar com ela e morreu pelas mãos de um dos seus legionários germanos, que a empunhou para cortar-lhe o pescoço pela sua covardia. Átila depois encontrou-a enterrada na margem do Danúbio e, com ela, quase se apropriou da Europa, para terminar por ser morto com o seu fio, pelas mãos da princesa Ildico, que vingava assim as mortes dos seus produzidas pelo huno.                       

O terrível lobo Fenris foi um dos monstruosos filhos do deus Loki e a gigante Angur. Odin tentou domesticá-lo enquanto era um filhote e levou-o para o Asgard. Tyr foi o encarregado de alimentar a fera, dado que era o único que se atrevia a aproximar-se dela; assim o fez, vendo como o animal crescia em tamanho e ferocidade e não melhorava de maneira nenhuma a sua conduta. Então os doze acordaram amarrar o lobo com correntes, para evitar que pudesse converter-se num perigo para todos; mas as correntes não serviam de nada, pois Fenris partia-as com toda a facilidade; de maneira que os deuses pediram aos elfos que fizessem algo indestrutível. Os elfos misturaram os passos de um gato, o cio do urso, a voz dos peixes, saliva de pássaros, a barba de uma mulher e a raiz de uma montanha; com ela teceram uma corda inquebrável, Gleipnir, que quanto mais puxava mais se apertava.                       

Foram todos, deuses e lobos, para a ilha de Lyngvi, para propor a Fenris que provasse a sua resistência, coisa nada fácil, dado que ele receava de uma liga tão sutil. Como os doze insistiam, Fenris aceitou, com a condição de que um deles pusesse o seu braço dentro das fauces, para pagar por todos se algo saísse mal. De maneira que Tyr foi de novo o escolhido e deixou o seu braço à prova dentro da boca de Fenris, enquanto se lhe atava o Gleipnir ao pescoço e às garras. O lobo esticou e esticou a atadura, mas esta só se apertava cada vez mais. O lobo furioso comeu o braço de Tyr e os deuses meteram-lhe uma espada na boca, para calá-lo; do sangue que brotou do seu paladar brotou o rio Vom e lá ficou Fenris, à espera do dia final, até que chegasse o momento em que se partisse a sua ligadura e fosse o momento da sua vingança.                       

Týr é um Aesir (deuses ligados a fenômenos naturais - a guerra era considerada um fenômeno natural), que possui uma ligação direta com um dos filhos de Loki, o gigantesco lobo Fenrir, que discutiremos a seguir. Porém inicialmente vamos montar uma ficha técnica desse deus.

A genealogia de Týr, segundo a Edda Poética, se dá proveniente de Hymir, o que lhe garante o posto de ser mais antigo que Odin, sendo que, para algumas vertentes, ele é considerado como o deus patrono dos nórdicos. Já na Edda em Prosa, ele aparece como sendo filho de Odin com Frigga, a deusa do amor, o que lhe coloca em mesma posição de Thor, como um príncipe dentre o panteão.
Logo a única certeza que temos em relação a esse deus é que sua fama é muito antiga, sendo que o mesmo tem uma runa que o simboliza. Essa runa geralmente é encontrada em armas como espadas, lanças e machados utilizados em batalhas. O formato dessa runa é uma seta apontando para cima.                       

Existe também o fato de que Týr é uma alusão a Ares na mitologia grega e a Marte na mitologia romana, o que lhe trouxe grande apelo entre as pessoas, que necessitavam de uma figura forte para trazer coragem frente às guerras. Devido a esse fato, Týr ganhou muita popularidade, sendo que hoje, ainda é relembrado seu mito no terceiro dia da semana nos países de línguas anglo-saxônicas, como o inglês, por exemplo - Tuesday ou em sueco e norueguês - Tisdag.                       

Agora vamos discutir o fato mais icônico de Týr, um fato presente também em Odin e Mimir, que é o sacrifício de uma parte do corpo. O chefe do panteão sacrificou o olho direito e se auto-imolou na Yggdrasil, em busca de conhecimento supremo e Mimir uma orelha. Entretanto o corajoso Týr teve parte de seu antebraço direito decepado pela ira de Fenrir.

A lenda conta que Fenrir não podia ser contido por nada, quaisquer fossem os grilhões que tentassem conter o lobo titânico, acabavam se esfarelando frente à monstruosa força da besta. E sabendo da importância que Fenrir teria no Ragnarok, o panteão resolve pedir aos anões que construíssem algo mágico para evitar que o lobo se soltasse e trouxesse o crepúsculo dos deuses antes do esperado. 

Dessa forma os anões modelaram e teceram uma corda de seda que não poderia ser rompida facilmente, sendo mais poderosa que qualquer corrente já feita. Essa corda recebeu o nome de Gleipnir e era feita de coisas que não poderiam existir, porém como os anões de Svartalfhein eram conhecedores de coisas estranhas, os deuses resolveram dar uma chance a Gleipnir.

Gleipnir era composta por seis coisas distintas, sendo elas: o som do passo de um gato, o fio da barba de uma mulher, as raízes de uma montanha, os tendões de um urso, a respiração de um peixe e a saliva de uma ave. Todas essas coisas juntas garantiam a essa corda dos anões uma poderosa mágica que permitia a mesma ser praticamente indestrutível.

Então os deuses atraíram o monstruoso lobo para uma ilha, conhecida como Lyngvi bem no centro do lago Amsvartnir e lá mostraram a corda para Fenrir, que ao vê-la lança um olhar de deboche, permitindo que os deuses o envolvam na mesma, porém, com finalidade de amansar a besta, Týr dá um passo a frente e coloca seu braço dentro da boca de Fenrir, que a mantém aberta como se estivesse a zombar dos deuses.

Então, notando que a corda começou a apertar e seus movimentos ficaram extremamente limitados, o lobo entra em pânico, porém já era tarde e ele se encontrava envolto em tão delicada corda. Com raiva de ter sido preso, Fenrir então fecha a bocarra, decepando a mão e parte do antebraço direito de Týr. Logo o custo para prender a besta foi muito alto para Týr, mas o que lhe garantiu uma posição de grande destaque entre os deuses do panteão.                       
A morte de Týr é prevista no Ragnarok, onde ele irá lutar contra Garm, o cão de guarda do submundo. Essa batalha se mostra terrível, chegando ao ponto dos dois virem a perecer.

Associações:
Deus: da justiça, da ordem, da guerra, valor;
Cores\vela: vermelho, branco, roxo;
Oferendas: sua runa (uma seta apontando para cima), colocar as coisas em ordem, lutas, imagens dele, usar sua sabedoria pra fazer a justiça;

Que os Deuses lhe abençoem com sabedoria!

Raffi Souza.