A rocha vulcânica: obsidiana!
Obsidiana é uma rocha ígnea extrusiva constituída quase
integralmente por um tipo de vidro vulcânico com 70% ou mais de sílica (SiO2 -
dióxido de silício) na sua composição química. Forma-se quando uma lava de
composição félsica e baixo teor em água (menos que 2-3% mássicos) arrefece
rapidamente sem permitir a formação de cristais em quantidade substancial.
Apesar do rápido arrefecimento ser necessário, a vitrificação ocorre
essencialmente porque a riqueza em silicato das lavas félsicas induz uma elevada
viscosidade e polimerização que dificultam a cristalogénese. A obsidiana é
classificada como um mineraloide por não ser cristalina, já que ter estrutura
cristalina é condição necessária para que um material geológico de ocorrência
natural possa ser considerado um mineral.
Descrição
A obsidiana é produzida quando lavas félsicas emitidas por
um vulcão arrefecem rapidamente com pouca ou nenhuma cristalogénese. A
obsidiana é frequentemente encontrada nas margens de escoadas lávicas de
características félsicas, especialmente das riolíticas, nas quais o alto teor
em dióxido de silício propicie uma composição química que induz elevada
viscosidade e um alto grau de polimerização na lava. A inibição da difusão
atómica que resulta da alta viscosidade e polimerização explica a reduzida taxa
de crescimento dos cristais.
Para a formação da obsidiana é fundamental um baixo teor
mássico de água (em geral em torno de 1%), sendo que quando o teor em água
excede os 2-3% (em massa), a formação de micro-bolhas na lava em arrefecimento
produz pedra-pomes em vez de obsidiana. Em situações intermédias forma-se a
retinite, uma massa igualmente amorfa (e portanto um mineraloide), mas com
grandes percentagem de inclusões cristalinas e sem o lustre vítreo típico da
obsidiana.
A natureza vítrea da obsidiana, na essência um sólido
amorfo, ou seja um vidro, confere a esta rocha uma elevada dureza (5-6 na
escala de Mohs) e fragilidade, pelo que fractura na forma concoide, produzindo
lâminas com gume muito afiado. A capacidade de formar lâminas cortantes de
elevada dureza levou a que a obsidiana fosse utilizada no passado na
manufactura de ferramentas de corte e de perfuração, tendo recentemente sido
utilizada na produção experimental de lâminas cirúrgicas a utilizar em bisturis
de grande precisão.
O nome «obsidiana» deriva de uma observação constante da
obra História Natural de Plínio, o Velho, que afirma que:
“ ...
entre as várias formas de vidro deve ser considerado o vidro obsiano, uma
substância muito similar à encontrada por Obsius na Etiópia.”
Este texto de Plínio, o Velho, estabelece a etimologia do
nome «obsidiana», assim designada por se assemelhar ao vidro vulcânico
encontrado na Etiópia por Obsius, um explorador romano, a que fora dado o nome
de obsiānus lapis, em honra do seu descobridor.
A obsidiana forma-se quando a lava, o material de que é
originária, arrefece rapidamente sem permitir a cristalização da maioria dos
seus compostos constituintes. As tectites foram durante muito tempo
consideradas como obsidianas produzidas por erupções vulcânicas lunares, mas na
actualidade poucos cientistas consideram verdadeira essa hipótese, atribuindo
antes a sua formação ao impacte de corpos extraterrestres.
A obsidiana é um material semelhante a um mineral, ou seja
um mineraloide, mas não um verdadeiro mineral pois, por ser um vidro, isto é um
sólido amorfo, não cumpre um dos requisitos essenciais dos minerais que é serem
cristalinos. Para além disso, a sua composição química é demasiado complexa
para que pudesse constituir um único mineral.
Apesar da obsidiana ser geralmente de coloração escura,
similar a rochas máficas como os basaltos, a composição da obsidiana é em
extremo félsica. A obsidiana é composta maioritariamente por SiO2 (dióxido de
silício), geralmente numa proporção de 70% ou mais. Entre as rochas cristalinas
com composição semelhante à obsidiana incluem-se os granitos e os riolitos.
Em consequência da obsidiana ser metaestável nas condições
prevalecentes na superfície da Terra (com o tempo o vidro transforma-se em
finos cristais minerais), não é encontrada obsidiana formada antes do Período
Cretáceo. Este processo de decomposição da obsidiana é acelerado pela presença
de água. Tendo em geral menos de 1% de água (em peso) na sua composição quando
é formada, a obsidiana fica progressivamente hidratada quando exposta às águas
subterrâneas, formando perlite.
A obsidiana pura tem em geral uma coloração escura, mas a
cor varia em consequência da presença de impurezas. Ferro e magnésio
tipicamente dão à obsidiana uma coloração negra ou castanho escuro. São
conhecidas algumas raras ocorrências de obsidiana quase incolor. Em algumas
rochas, a inclusão de pequenos cristais brancos de cristobalite, forma
aglomerados radiais no seio do vidro negro que produzem um padrão de manchas,
por vezes em forma de floco de neve (obsidiana floco de neve). A obsidiana pode
conter padrões formados por bolhas de gás que permaneceram do fluxo da lava,
alinhadas ao longo de camadas criadas à medida que a rocha fundida fluía antes
de arrefecer. Essas bolhas podem produzir interessantes efeitos tais como um
brilho dourado (obsidiana brilhante). Um brilho iridescente, em forma de
arco-íris (obsidiana arco-íris) é causado pela inclusão de nanopartículas de
magnetite.
Ocorrência
A obsidiana pode ser encontrada em locais onde tenham
ocorrido erupções riolíticas, pelo que apesar de não ser uma rocha comum ocorre
em múltiplas áreas de vulcanismo recente, desde a Australásia, à Eurásia e às
Américas, para além de diversas regiões insulares.
Na América do Norte a obsidiana ocorre em escoadas lávicas
no interior das caldeiras do Vulcão Newberry e do Vulcão de Medicine Lake no
Cascade Range e nas Inyo Craters a leste da Sierra Nevada na Califórnia. O
Yellowstone National Park inclui uma área rica em obsidiana localizada entre
Mammoth Hot Springs e a Norris Geyser Basin. Existem depósitos em diversos
estados do oeste dos Estados Unidos, incluindo Arizona, Colorado, New Mexico,
Texas, Utah, Washington, Oregon e Idaho. Depósitos de obsidiana foram também localizados
no leste do continente, nos estados de Virgínia, Pennsylvania e Carolina do
Norte.
Na região do Mediterrâneo central são conhecidos depósitos
em quatro regiões: Lipari, Pantelleria, Palmarola e Monte Arci. Na região do
Mar Egeu são conhecidos desde a Antiguidade depósitos em Milos e Giali.
A região em torno da cidade de Acigöl e o vulcão de Göllü
Dağ são as mais importantes origens de obsidiana conhecidos na Anatólia central
e uma das mais importantes origens deste material durante o período pré-histórico
no Oriente Médio.
A nível mundial, são conhecidas cerca de 70 localidades onde
a obsidiana pode ser extraída (dados de 2010). Entre os depósitos de obsidiana
conhecidos contam-se:
África
Nas imediações do Lago Shala, Etiópia
No vulcão Chabbi, próximo de Awassa, Etiópia
Médio Oriente
Nas imediações de Ierevan, Arménia
Hasan Dağı, Turquia
İkizdere, Turquia
Nemrut Dağı, Turquia
Süphan Dağı, Turquia
Europa
Islândia (em múltiplos lugares, mas principalmente em
Landmannalaugar)
Lipari (ilhas Eoli)
Monte Arci, Sardenha
Palmarola, Itália
Pantelleria
Ilha Gyali, Mar Egeu
Ilha Milos, Mar Egeu (jazigo explorado desde a Idade do
Bronze e com os restos da mineração dessa época ainda visíveis)
Montes Tokajer, Hungria e outros depósitos na Eslováquia
Garsebacher Schweiz nos arredores de Meißen, Sachsen,
Alemanha
Las Cañadas, em Tenerife, bem como no bordo da Caldera de
Taburiente e nas montanhas de La Palma, Canárias
Em diversos locais dos Açores, com destaque para o Pico
Alto, na ilha Terceira
América do Norte
Mount Edziza no norte da British Columbia (comercializado
pelos povos aborígenes desde 8000 a.C)
Vulcões da região da Cidade do México (México)
Newberry Caldera, Oregon, USA
Glass Buttes, Oregon, USA
Glass Mountain, Califórnia, USA
Polinésia e Nova Zelândia
Ilha de Páscoa
Ilhas Mayor, Tuhua, Nova Zelândia (origem da obsidiana usada
pelos povos maori)
Uso pré-histórico e histórico
A primeira evidência arqueológica conhecida do uso de
obsidiana foi descoberta em Kariandusi e outros sítios da idade Achelense (que
começou há cerca de 1,5 milhões de anos atrás) e foi datada de 700.000 a. C,
ainda que o número de objectos encontrados nestes sítios seja muito limitado em
comparação com o Neolítico.
A análise do uso de obsidiana na cerâmica do Neolítico na
área em torno de Lipari demonstra que este é significativamente mais baixo a
uma distância equivalente a duas semanas de caminhada. A obsidiana proveniente
da Anatólia foi utilizada no Levante e na região do actual Curdistão iraquiano
desde cerca de 12 500 a. C. A primeira evidência do seu uso por civilizações do
período histórico foi encontrada em escavações realizadas em Tell Brak e data de
finais do quinto milénio.
A obsidiana foi muito valorizada nas culturas da Idade da
Pedra porque, como o sílex, podia ser fracturado para produzir lâminas
cortantes ou pontas de flecha e de lança. Como ocorre com todos os vidros
vulcânicos e alguns outros tipos de rochas, a obsidiana fractura-se com uma
característica fractura concoide. A forma de fractura da obsidiana permite que
se possa golpear com outras pedras para modificar a sua forma, permitindo a
criação de objectos com formas complexas.
A obsidiana também era polida para criar espelhos rústicos
primitivos. Para calcular a idade dos artefactos de obsidiana, os arqueólogos
modernos desenvolveram um sistema de datação relativa conhecido por datação por
hidratação da obsidiana.
Oriente Médio
Ferramentas de obsidiana de Tilkitepe, Turquia, datadas do
quinto milénio antes de Cristo (Museu das Civilizações da Anatólia)
No Período de al-Ubaid,no quinto milénio antes de Cristo, já
se faziam facas a partir de obsidiana minado no território que hoje é a
Anatólia central, Turquia.
No Antigo Egipto utilizou-se para fins decorativos obsidiana
importada das ilhas do Mediterrâneo oriental e das regiões do sul do Mar
Vermelho. A obsidiana também se utilizava em circuncisões rituais pela sua
agudez e maneabilidade. Na zona do Mediterrâneo oriental utilizou-se obsidiana
para fabricar ferramentas, espelhos e objectos decorativos.
Também se encontraram objectos de obsidiana em Gilat, um
sítio no oeste de Negueve, em Israel. Oito artefactos de obsidiana de Gilat que
datam da Idade do Cobre são provenientes dos jazigos da Anatólia. Mediante a
análise de ativação de neutrões (NAA) na obsidiana encontrada neste sítio
conseguiu-se determinar rotas comerciais e redes de intercâmbio desconhecidas
até então.
Américas
A análise cuidadosa da obsidiana numa cultura ou lugar pode
ser de grande utilidade para reconstruir o comércio, a produção e a
distribuição, e com isso compreender os aspectos económicos, sociais e
políticos de uma civilização. Este é o caso de Yaxchilán, uma cidade maia onde
até se estudaram as implicações das guerras ligadas com o uso de obsidiana e os
seus restos.[36] Outro exemplo é a recuperação arqueológica dos sítios
costeiros Chumash na Califórnia, que apontam para a existência de laços
comerciais importantes com o longínquo sítio de Casa Diablo nas montanhas da
Sierra Nevada.
As culturas mesoamericanas usaram profusamente a obsidiana
para elaborar ferramentas e ornamentos. Também a utilizaram para elaborar
armas, como as espadas de madeira dura com folhas de obsidiana incrustadas,
conhecidas como hadzab entre os maias ou macuahuitl entre os aztecas. A arma
era capaz de infligir terríveis lesões por combinar as lâminas afiladas da
obsidiana com o corte irregular de uma arma de serra.
As populações aborígenes das Américas comercializavam a
obsidiana por todo o continente. Como cada vulcão, e em alguns casos cada
erupção vulcânica, produz obsidiana com características distintas, os
arqueólogos podem traçar as origens de cada artefacto específico. As mesmas
técnicas de rastreio permitiram rastrear a origem da obsidiana encontrada na
Grécia como procedente de Melos, Nisyros ou Giali, ilhas do mar Egeu. Os blocos
e as folhas de obsidiana vendiam-se terra adentro, a grandes distâncias da
costa.
Em Chile encontraram-se ferramentas de obsidiana
provenientes do vulcão Chaitén tão longe como em Chan-Chan, Mehuín, 400 km a
norte do vulcão e também em vários lugares a 400 km ao sul do vulcão.
Ilha de Páscoa
Na Rapa Nui (Ilha de Páscoa) a obsidiana, denominada pelos
antigos rapanui como mat'a, foi utilizada para elaborar ferramentas afiladas,
tanto de corte como para a guerra, em forma de pontas de lança, as quais foram
encontradas abundantemente em toda a ilha, e também como material para formar
as pupilas dos olhos das estátuas moai (ou mo'ai).
Uso actual
Actualmente, alguns cirurgiões utilizam lâminas de obsidiana
porque o seu fio é até cinco vezes mais delgado que o dos bisturis de aço. Os
cortes feitos com as lâminas de obsidiana são mais finos e causam menos dano ao
tecido orgânico, permitindo que as feridas cirúrgicas sarem mais rapidamente.
Apesar de nos Estados Unidos o uso de lâminas de obsidiana
para fins cirúrgicos em seres humanos não ter ainda sido aprovado pela Food and
Drug Administration (FDA), a obsidiana é utilizado como escalpelo por alguns
cirurgiões, porque as folhas de obsidiana bem preparadas apresentam um fio
muito mais nítido que os bisturis cirúrgicos de alta qualidade de aço; o fio da
obsidiana tem uma espessura de apenas 3 nanómetros. Mesmo a lâmina de metal melhor afiada tem uma
folha irregular e dentada quando vista sob um microscópio; pelo contrário, as
lâminas de obsidiana apresentam-se suaves e uniformes quando examinadas, mesmo
com recurso a um microscópio electrónico.
A obsidiana é também utilizada para fins ornamentais e como
pedra preciosa. Desde a década de 1970 que se utiliza obsidiana para a
fabricação da base dos giradiscos, como por exemplo o modelo SH-10B3 da
Technics, de coloração negra grisácea.
A obsidiana é um mineralóide, ou seja, por não ter formação
cristalina não se encaixa na categoria cristal e é mais complexa do que um
mineral. A mitologia e usos comuns feito ao longo da história humana nos
conduzem a percepção que ela pode ajudar a evoluir, a mexer no que está quieto,
acomodado e escondido, mas não resolvido. Estou no caminho certo? Quais meus
pontos fortes e fracos? Em que posso melhorar?
Se você já se fez uma dessas perguntas, significa que já
começou seu processo de evolução como ser humano. Pelo menos, melhorar a cada
dia e nos conhecer melhor deveriam ser nossos objetivos principais na vida.
Afinal, é para isso que estamos aqui. Neste conteúdo você vai entender o que é
a obsidiana, seu significado e como usar.
OBSIDIANA: SIGNIFICADO E COMO IDENTIFICAR
O nome vem do Obsius, um explorador romano que a catalogou
como vidro vulcânico quando encontrou na Etiópia.
Geralmente escura, a cor na obsidiana é produzida por
elementos que se juntam na sua formação, magnésio e ferro para a castanha e
negra, bolhas de gás geram as douradas, cristais brancos as flocos-de-neve e
magnetitas as arco-íris.
Os efeitos produzidos e a beleza deles acaba influenciando o
valor, tornando as mais caras a medida que sua beleza e efeito seja mais
particular e rara.
OBSIDIANA NEGRA: COMO ESSA PEDRA NOS AJUDA A EVOLUIR
O problema é que sempre pensamos que temos tempo suficiente.
Mas na verdade não deveríamos ter tempo para desculpas, para a preguiça ou para
o comodismo. O tempo é agora, o futuro está mais perto, precisamos mudar já!
Primeiro a nós mesmos e, como o tempo é curto, o nosso redor também.
Vamos enxergar o que está travado, no que somos mais
resistentes à mudança, quais nossos pontos negativos, nossas sombras, e nos
colocar no caminho da evolução. Não espere a próxima geração para fazer isso,
não viemos para esse mundo de férias, viemos com uma missão, evoluir. É assim o
chamado da obsidiana!
PARA QUE SERVE A PEDRA OBSIDIANA
A obsidiana é uma pedra terapêutica, possui uma energia
focada que detecta exatamente aquilo que atrapalha nosso conhecimento e
crescimento, trabalhando exatamente nisso, mostrando a você o que é e onde
incomoda.
Ela trabalha essa energia através de nossa própria vontade
de melhoria e perfeição interior. Então, se nosso desejo for pequeno, ela pouco
fará. A obsidiana nos ajuda a vencer nossas “arestas”, fazendo-nos enfrentá-las
conscientemente.
A obsidiana não é perigosa, mas terapeuticamente requer
respeito, a pessoa que não quer melhorar, se enxergar e evoluir, ou não está em
um momento propício para esse movimento interno, pode percebê-la assim, mas
seria o reflexo da própria sombra e resistência.
É seguro usar em acessórios, como colar ou pulseira de
obsidiana, mas como qualquer pedra terapêutica, o uso recomendado é pontual e
não constante. O uso intenso pode exacerbar a busca interna, aprofundando e
buscando até o que e onde não alcançamos, como traumas e feridas familiares e
ancestrais. O que é bom pontualmente e com suporte profissional, mas não é
adequado no cotidiano.
Mas também é uma pedra que tem um lado doce. Quando
recorremos a ela em situações extremas, como um grande choque emocional, é
capaz de tornar-se receptiva e emitir respostas que logo nos aliviam. Mas como
toda pedra escura, a obsidiana preta deve ser empregada com respeito e cautela.
COMO USAR A PEDRA OBSIDIANA
Para aprimoramento do ego, coloque a pedra obsidiana negra
sobre um dos Chakras inferiores (o Básico, o Sacro ou Plexo Solar), para atrair
as energias mais sutis dos Chakras superiores (Coronário e Frontal). Use-a de
uma a duas vezes na semana, por, no máximo, 20 minutos.
É uma pedra de origem vulcânica, por isso tem uma ligação
forte com o fogo. Ela lida com a purificação do ego e quando se faz necessário
dá um “sacode” na sua vida e o faz focar no que interessa.
Uma vez trabalhado uma parcela do ego, sombras e
resistências, traz um empoderamento do seu próprio ser que entendemos como
riqueza, mas é puro poder de manifestação, da essência única de cada pessoa.
Dessa noção e conceito vem a pulseira de feng shui de obsidiana, mas é um
caminho, um processo interno para percorrer.
MEDITE COM A OBSIDIANA
Coloque-se em uma posição confortável, em um lugar
tranquilo. Pegue sua pedra para esse exercício e olhe detalhadamente para ela
por algum tempo, até ser capaz de fechar os olhos e “vê-la” em todos os seus
detalhes.
Assim que conseguir isso, comece a relaxar física e
mentalmente, respirando profundamente e deixando os pensamentos fluírem sem
querer apagá-los ou detê-los. Quando tiver alcançado um nível razoável de
relaxamento, “veja” a pedra em pensamento.
Dentro de uma contagem de 1 a 7, ela vai crescendo na sua
visualização até ficar do tamanho de uma montanha. Assim que visualizar esse
tamanho, você vai para a superfície da pedra e começará a explorá-la,
percorrendo-a por fora. Se na sua visualização encontrar alguma entrada e
caminho, explore-os também.
Quando ficar satisfeito com suas explorações, volte ao lugar
onde começou e conte novamente de 1 a 7, mas dessa vez visualizando a pedra até
que ela diminua e volte ao seu tamanho normal.
Respire profundamente algumas vezes e movimente-se
delicadamente para voltar ao estado de alerta normal e abra os olhos. Escreva
tudo o que viu, ouviu ou sentiu durante sua visualização.
Essa meditação lhe ajuda a ter “insights” e movimentar a
energia de transformação da obsidiana. Anote tudo o que sentiu e visualizou.
“Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor,
o mais admirável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus
caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da
esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”,
C.Jung.
A obsidiana é um produto da lava vulcânica. Quando esta
substância esfria velozmente, ao invés de produzir um rochedo – conforme a
configuração desta pedra em estado de fusão, ela constituirá basalto, andesito,
riolito, ou outro tipo de rocha -, resultará em um vidro estruturado
naturalmente, ou seja, na obsidiana, que se distingue dos espécimes de cristal
por ser essencialmente composto por átomos dispostos em boa ordem.
Isto pode ocorrer, por exemplo, quando a lava jorra sobre
uma superfície líquida. Este vidro natural é formado essencialmente por 70% ou
mais de uma substância conhecida como sílica. Por não ter a mesma estrutura dos
cristais, a obsidiana é considerada muitas vezes como um mineralóide – elemento
de natureza geológica que não pode ser classificado como cristal.
Este espécime pode ser revelado por suas características
únicas: o fulgor típico dos vidros, uma fissura semelhante ao interior de uma
concha, bem acentuada, e coloração escura, que pode tender para o esverdeado, o
cinzento, o marrom, o amarelo ou para o tom avermelhado. Estas cores vão sempre se diversificar,
conforme as máculas que nela podem ser encontradas.
O tom que vai do verde escuro ao negro é justificado pela
presença de ferro e de magnésio. Se a obsidiana apresenta minúsculos cristais
brancos e junções de cristobalite na forma de raios – uma das variedades
formais assumidas pelo quartzo -, o vidro adota um modelo manchado ou na forma
de ‘floco de neve’.
A obsidiana pode igualmente ser constituída por glóbulos de
ar, os quais resultam do movimento anterior da lava que a produziu; estas
bolhas estarão, então, dispostas nos estratos gerados exatamente quando a pedra
liquefeita manava, um momento antes de ser esfriada. Elas têm o potencial de
criar resultados intrigantes neste vidro, como, por exemplo, um arco-íris.
Os fragmentos pequenos de obsidiana que foram
originariamente desgastados e formatados no feitio circular pela ação do vento
e da água são denominados, nesta condição, ‘lágrimas de apache’. Com todas
estas múltiplas formas, a obsidiana é predominantemente utilizada para fins
decorativos. Além de suas configurações naturais, ela também pode assumir
outros formatos, conforme a maneira como é aparada. Até suas cores variam
segundo o tipo de corte.
Por suas várias utilidades, foi adotada amplamente durante a
Idade da Pedra. Com ela era possível confeccionar instrumentos afiados e
cabeças de seta. Era igualmente envernizada para constituir espelhos. No período
pré-colombiano, a obsidiana era comum na região americana conhecida como
Mesoamérica, pois com ela se elaboravam esculturas e utensílios, bem como uma
espécie de espada com lâminas de obsidiana e o corpo composto de madeira.
Por seu fulgor e sua transparência, é utilizada como pedra
preciosa há pelo menos 5 mil anos. A mais adotada é a que procede do México,
particularmente de Querétaro e Hidalgo. Mas também há vidros que provêm da
Itália, dos Estados Unidos, Hungria, Nova Zelândia e Rússia. No sul do Brasil é
fácil se deparar com obsidiana preta, principalmente no Rio Grande do Sul.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Obsidiana
https://www.personare.com.br/conteudo/obsidiana-m5549
https://www.infoescola.com/geologia/obsidiana/
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.