17 setembro 2019

Os senhores da vida: Itzamna e Ixchel!


Os senhores da vida: Itzamna e Ixchel!


Itzamna é um dos deuses mais importantes da mitologia maia. Foi responsável pela invenção  da escrita e da adivinhação, além disso criou o mundo e todos os outros deuses. Por ser o criador das outras divindades, Itzamna acaba sendo o responsável por supervisionar os  deuses menores. Na língua maia, o significado do nome Itzamna é “Casa dos Lagartos”, mas ele também é conhecido como “Senhor dos Céus” ou “Senhor da Noite e do Dia”.
As  criações de Itzamna vão muito além da escrita e da adivinhação: o deus foi responsável por criar o calendário e os rituais religiosos. Além disso, ensinou para humanidade o uso da medicina, a cultivar terras e introduziu um sistema de divisão de terras. Diferente de vários deuses, tanto da mitologia maia quanto de outras mitologias, Itzamna nunca foi associado a qualquer tipo de “rótulo violento”: como guerra, morte ou destruição.
O deus já apareceu com características de réptil, além de ser conhecido como o Pássaro do Céu. Sob a forma de pássaro o deus habitava o topo da Árvore do mundo, local responsável por ligar o céu, a terra e o Xibalba (o submundo dos maias). Na forma humana, o deus tinha a aparência de um idoso escriba, desdentado, nariz afilado e o rosto afundado, além disso pode ser visto usando um elaborado cocar, com um espelho de contas em sua testa.
Com sua esposa Ixchel, o deus teve quatro filhos: os Bacabs que são os responsáveis por sustentar o céu: Kanal-Bacab (representa o sul e corresponde a cor amarela), Ekel-Bacab (representa o Oeste e corresponde a cor preta), Chacal-Bacab (representa o Leste e corresponde a cor vermelha) e Zacal-Bacab (representa o Norte e corresponde a cor branca). Em algumas situações, os quatro deuses são incorporados na figura de Itzamna, criando um deus de quatro cabeças.
Os sacerdotes maias recolhiam o orvalho acreditando ser as lágrimas de Itzamna para os seus rituais religiosos. Durante as festividades, o deus era muito invocado. Principalmente nas festas de fim de ano, com o intuito de impedir desastres no ano seguinte.
Segundo alguns, Itzamna é a manifestação visível de Hunab Ku e é, por certo, uma divindade multi-talentosa e multi-funcional. Em primeiro lugar, ele é o deus Lua, marido da deusa Lua Ixchel e o deus patrono da realeza. Itzamna amava o seu povo e concedeu-lhe a dádiva dos livros, escrita, calendários e remédios.
O seu nome significa «Casa da Iguana» ou «Casa do Lagarto», refletindo a crença maia de que o esqueleto da terra era formado com os corpos dos lagartos.
Itzamna é um patriarca benigno, frequentemente ilustrado como um homem velho com olhos quadrados, um maxilar proeminente e um nariz com o bico de um falcão. As cerimônias do Novo Ano maia eram em honra de Itzamna, tal como o Templo da Cruz. localizado em Palenque.
Filhos: Bacabs (Ixchel)
Esposo(a):Ixchel
Amantes:
Pai: Hunab Ku
Mãe:
Realeza: Segundo alguns, Itzamna é a manifestação visível de Hunab Ku e é, por certo, uma divindade multi-talentosa e multi-funcional.
Itzamna ("casa do iguana ou crocodilo") era o senhor dos céus, deus do dia e da noite, criador da humanidade e patrono das ciências e da escrita. Era retratado como um velho desajeitado e bondoso, de nariz avermelhado e bulboso, sem dentes, utilizando um chapéu florido. Às vezes aparecia como uma serpente plumada (Kukulcán) – identificado com Quetzalcoatl dos astecas –, um crocodilo ou uma iguana e, por isso, era chamado de Dragão Celeste.
Também é representado como um deus de quatro cabeças, cada uma como uma direção cardeal, ou então, quatro deuses diferentes, os Itzamnas. No entanto, os Itzamnas também podem ser seus filhos Bacabs, os gigantes que sustentam o céu: Cauac (o Sul amarelo), Ix (o Oeste negro), Kan (o Leste vermelho) e Mulac (o Norte branco).
Itzamna ajudava a humanidade com seus poderes de cura (possuía uma mão medicinal incandescente capaz de ressuscitar os mortos) e jamais era relacionado a quaisquer males ou desastres, sendo totalmente benevolente, o lado positivo do Sol (Kinich Ahau, que é um deus, mas às vezes considerado uma versão de Itzamna). Portanto, estava desligado de guerras e sacrifícios humanos. Os maias acreditavam que ele teria vindo como um grande herói que ensinou a escrita, o calendário, a agricultura (principalmente do milho) e os rituais religiosos. Sacerdotes maias colhiam o orvalho, pois o consideravam lágrimas de Itzamna por causa da escuridão noturna.
Filho do criador Hunab Ku, foi casado com o Ixchel, com quem teve Yum Kaax, Ek Chuah, entre outros deuses das estrelas, da noite e das águas, responsáveis pela criação do céu, da terra e de tudo que há nela. A história de Itzamna e Ixchel é semelhante a de Izanagi e Izanami, da mitologia japonesa.
Na mitologia maia Ixchel ("A branca") era a deusa da medicina, do parto, dos trabalhos têxteis e da lua. Em algumas ocasiões, se representava acompanhada de um conselho.
Mitologia maia
As lendas mitológicas contam que um deus todo poderoso chamado Itzama criou o mundo e se casou com a deusa da Lua chamada Ixchel procriando os deuses Yum Kaax (deus do milho), Ek Chuah e aos deuses dos sacrifícios e das estrelas; suas filhas foram as deusas das águas, da noite e do paraíso. A deusa Ixchel se atribuem os fenômenos relacionados à Lua, a gravidez, a cura e a tecelagem.
É representada como uma anciã derramando um jarro cheio de água sobre a terra e, também, como uma anciã tecendo em um tear de cintura.
Seu templo se localiza na ilha Dcuzamil, da província de Ecab (hoje Cozumel). Do porto de Pole (hoje Xcaret) partiam as canoas de peregrinos até o templo em Dcuzamil para solicitar o oráculo desta deusa; nesta peregrinação, ajudavam, também, as mulheres jovens a pedir em suas gestações a procriarem os filhos que seus esposos queriam.
A história de Ixchel e Itzamna mostra interessantes diferenças e similaridades com o mito japonês de Izanagi e Izanami. Nesta, os nomes e personalidades dos personagens estão invertidos, sendo Izanami a deidade feminina, e a mesma quem ataca, violentamente, o seu esposo. Diz-se que Ixchel tinha sob sua proteção os peregrinos que visitavam sua ilha sagrada, Cozumel. A Ilha das Mulheres também estava dedicada a seu culto.
A "Senhora do Arco-íris" se chamava Ixchel, uma velha Deusa da Lua e da Serpente na mitologia maia. Os maias habitaram o sul do México e Guatemala. Viveram em torno de 250 d. C. e associavam os eventos humanos com as fases da Lua. Seu marido é o caritativo deus da Lua, Itzamna.

A Deusa Ixchel foi adorada pelos maias da península do Yucatã, em Cozumel, sua ilha sagrada. Ela ajuda a assegurar a fertilidade pelo fato de segurar o vaso do útero de cabeça para baixo, de modo que as águas da criação possam estar sempre jorrando. Ixchel também é Deusa da tecelagem, da magia, da saúde, da cura, da sexualidade, da água e do parto. A libélula é seu animal especial. Quando ela quase foi morta pelo avô por tornar-se amante do Sol, a libélula cantou sobre ela até que se recuperasse.
O símbolo desta Deusa é o vaso emborcado do infortúnio. Sobre sua cabeça repousa uma serpente mortífera, suas mãos e pés têm garras afiadas de animais e seus traje é adornado com as cruzes feitas de ossos, emblema da morte.
Ixchel se apresenta como o arquétipo que contém os aspectos mais significativos da vida de uma mulher. É, por excelência, a Grande Mãe, a Senhora da Terra, que em suas representações das fases da Lua abrange tanto os aspectos femininos como os masculinos. É uma Deusa em perfeito estado de integração, atravessando através de suas representações os estágios da mulher jovem, madura e sábia anciã. Da luz provê o alimento, cuida na hora do parto, assume o arquétipo do casamento ao ser uma esposa, companheira do Deus sol, exercendo o poder para conseguir a abundância por intermédio da união sagrada.
Integra ainda, outros dois arquétipos como anciã sábia ao ser reconhecida como grande e poderosa Dama Velha, sua experiência leva-a a saber tecer da melhor maneira e reconhecer o momento propício para esvaziar seu jarro cheio de água sobre a terra. Em seus aspectos de Deusa jovem integra componentes e atributos que remetem ao início da vida, e em seus aspectos de Deusa anciã, é a mulher com experiência.
DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DE IXCHEL
"A essência feminina, quando é comentada, não é mais a essência feminina".
Para as mulheres, a vida é cíclica. No curso de um ciclo completo que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha totalmente e míngua outra vez. Essas mudanças as afetam tanto na sua vida física quanto sexual e psíquica. Se uma mulher quiser viver em harmonia com o ritmo de sua própria natureza, ela deverá submeter-se à ela.
Eu faço fios de energia
na teia da criação
Onde nada existia antes
do vazio
para o mundo
eu fio criando a vida
a partir da minha mente
a partir do meu corpo
a partir da minha consciência
do que precisa existir
Agora existe algo novo
e toda a vida é alimentada.
IXCHEL A DEUSA DA LUA
Em todas as épocas e por toda parte, os homens têm concebido uma Grande-mãe que zela pela humanidade lá do céu. Este conceito pode ser encontrado em praticamente toda a religião e mitologia cujos conteúdos tenham chegado ao nosso conhecimento.
Os maias elegeram Ixchel como sua poderosa Mãe e Deusa da Lua. Os mitos da Deusa lua e suas características protegem uma verdade que nada mais é do que a realidade subjetiva interior da psicologia feminina.
No passado e nos nossos dias, a Lua representa a imagem do princípio feminino, que é uma função tanto do homem quanto da mulher.
Visualiza-se Ixchel como a Mãe-Lua que mergulha neste tempo e lugar trazendo das estrelas as energias de nossos antepassados.
Apresenta-se coroada com serpentes, carregando objetos de rituais tais como, o espelho e plantas sagradas.
ARQUÉTIPO DE PROVEDORA DA FERTILIDADE
A Lua é uma força fertilizadora de muita eficácia. Faz as sementes germinarem e as plantas crescerem, mas seu poder não termina aqui, pois sem sua ajuda os animais não poderiam gerar filhotes e as mulheres não poderiam ter filhos.
Como o bem-estar de uma tribo pequena depende primeiro de seu contingente humano e, segundo, de seu suprimento de alimentos, imaginem a importância que se reveste a adoração da Deusa da Lua.
A Senhora da Lua senta-se sobre ela, enquanto percorre suas fases.
A Lua está diretamente associada aos mistérios da menstruação e aos ciclos da vida humana. Ixchel carrega seu coelho da fertilidade e da abundância.
O coelho sempre foi um amuleto muito estimado e é extremamente poderoso se o coelho tiver sido pego em um cemitério durante a lua cheia. Mas porque um coelho?
A lua cheia dá a chave do mistério. As marcas que visualizamos a olho nu na Lua são conhecidas como "a marca da lebre".
O Coelho da Páscoa contém um simbolismo que se aproxima dessas idéias. A Páscoa era originariamente uma festa da Deusa Lua.
Ixchel é a árvore da vida, provedora da fertilidade que garante a continuidade da vida, tanto animal quanto vegetal e humana.
Esta Deusa detêm os mistérios da vida e da sexualidade feminina. Ela é Deusa do amor, mas não do casamento.
É protetora das mulheres e das crianças. O leite nutritivo flui dos seus seios e o sangue sagrado da vida flui do seu útero. (Códice Madri).
Fontes:
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.