Os senhores da vida:
Itzamna e Ixchel!
Itzamna é um dos deuses mais importantes da mitologia maia.
Foi responsável pela invenção da escrita
e da adivinhação, além disso criou o mundo e todos os outros deuses. Por ser o
criador das outras divindades, Itzamna acaba sendo o responsável por
supervisionar os deuses menores. Na
língua maia, o significado do nome Itzamna é “Casa dos Lagartos”, mas ele
também é conhecido como “Senhor dos Céus” ou “Senhor da Noite e do Dia”.
As criações de
Itzamna vão muito além da escrita e da adivinhação: o deus foi responsável por
criar o calendário e os rituais religiosos. Além disso, ensinou para humanidade
o uso da medicina, a cultivar terras e introduziu um sistema de divisão de
terras. Diferente de vários deuses, tanto da mitologia maia quanto de outras
mitologias, Itzamna nunca foi associado a qualquer tipo de “rótulo violento”:
como guerra, morte ou destruição.
O deus já apareceu com características de réptil, além de
ser conhecido como o Pássaro do Céu. Sob a forma de pássaro o deus habitava o
topo da Árvore do mundo, local responsável por ligar o céu, a terra e o Xibalba
(o submundo dos maias). Na forma humana, o deus tinha a aparência de um idoso
escriba, desdentado, nariz afilado e o rosto afundado, além disso pode ser
visto usando um elaborado cocar, com um espelho de contas em sua testa.
Com sua esposa Ixchel, o deus teve quatro filhos: os Bacabs
que são os responsáveis por sustentar o céu: Kanal-Bacab (representa o sul e
corresponde a cor amarela), Ekel-Bacab (representa o Oeste e corresponde a cor
preta), Chacal-Bacab (representa o Leste e corresponde a cor vermelha) e
Zacal-Bacab (representa o Norte e corresponde a cor branca). Em algumas
situações, os quatro deuses são incorporados na figura de Itzamna, criando um
deus de quatro cabeças.
Os sacerdotes maias recolhiam o orvalho acreditando ser as
lágrimas de Itzamna para os seus rituais religiosos. Durante as festividades, o
deus era muito invocado. Principalmente nas festas de fim de ano, com o intuito
de impedir desastres no ano seguinte.
Segundo alguns, Itzamna é a manifestação visível de Hunab Ku
e é, por certo, uma divindade multi-talentosa e multi-funcional. Em primeiro
lugar, ele é o deus Lua, marido da deusa Lua Ixchel e o deus patrono da
realeza. Itzamna amava o seu povo e concedeu-lhe a dádiva dos livros, escrita,
calendários e remédios.
O seu nome significa «Casa da Iguana» ou «Casa do Lagarto»,
refletindo a crença maia de que o esqueleto da terra era formado com os corpos
dos lagartos.
Itzamna é um patriarca benigno, frequentemente ilustrado
como um homem velho com olhos quadrados, um maxilar proeminente e um nariz com
o bico de um falcão. As cerimônias do Novo Ano maia eram em honra de Itzamna,
tal como o Templo da Cruz. localizado em Palenque.
Filhos: Bacabs (Ixchel)
Esposo(a):Ixchel
Amantes:
Pai: Hunab Ku
Mãe:
Realeza: Segundo alguns, Itzamna é a manifestação visível de Hunab Ku e é, por certo, uma divindade multi-talentosa e multi-funcional.
Esposo(a):Ixchel
Amantes:
Pai: Hunab Ku
Mãe:
Realeza: Segundo alguns, Itzamna é a manifestação visível de Hunab Ku e é, por certo, uma divindade multi-talentosa e multi-funcional.
Itzamna ("casa do iguana ou crocodilo") era o
senhor dos céus, deus do dia e da noite, criador da humanidade e patrono das
ciências e da escrita. Era retratado como um velho desajeitado e bondoso, de
nariz avermelhado e bulboso, sem dentes, utilizando um chapéu florido. Às vezes
aparecia como uma serpente plumada (Kukulcán) – identificado com Quetzalcoatl
dos astecas –, um crocodilo ou uma iguana e, por isso, era chamado de Dragão
Celeste.
Também é representado como um deus de quatro cabeças, cada
uma como uma direção cardeal, ou então, quatro deuses diferentes, os Itzamnas.
No entanto, os Itzamnas também podem ser seus filhos Bacabs, os gigantes que
sustentam o céu: Cauac (o Sul amarelo), Ix (o Oeste negro), Kan (o Leste
vermelho) e Mulac (o Norte branco).
Itzamna ajudava a humanidade com seus poderes de cura
(possuía uma mão medicinal incandescente capaz de ressuscitar os mortos) e
jamais era relacionado a quaisquer males ou desastres, sendo totalmente
benevolente, o lado positivo do Sol (Kinich Ahau, que é um deus, mas às vezes
considerado uma versão de Itzamna). Portanto, estava desligado de guerras e
sacrifícios humanos. Os maias acreditavam que ele teria vindo como um grande
herói que ensinou a escrita, o calendário, a agricultura (principalmente do
milho) e os rituais religiosos. Sacerdotes maias colhiam o orvalho, pois o
consideravam lágrimas de Itzamna por causa da escuridão noturna.
Filho do criador Hunab Ku, foi casado com o Ixchel, com quem
teve Yum Kaax, Ek Chuah, entre outros deuses das estrelas, da noite e das
águas, responsáveis pela criação do céu, da terra e de tudo que há nela. A
história de Itzamna e Ixchel é semelhante a de Izanagi e Izanami, da mitologia
japonesa.
Na mitologia maia Ixchel ("A branca") era a deusa
da medicina, do parto, dos trabalhos têxteis e da lua. Em algumas ocasiões, se
representava acompanhada de um conselho.
Mitologia maia
As lendas mitológicas contam que um deus todo poderoso
chamado Itzama criou o mundo e se casou com a deusa da Lua chamada Ixchel
procriando os deuses Yum Kaax (deus do milho), Ek Chuah e aos deuses dos
sacrifícios e das estrelas; suas filhas foram as deusas das águas, da noite e
do paraíso. A deusa Ixchel se atribuem os fenômenos relacionados à Lua, a
gravidez, a cura e a tecelagem.
É representada como uma anciã derramando um jarro cheio de
água sobre a terra e, também, como uma anciã tecendo em um tear de cintura.
Seu templo se localiza na ilha Dcuzamil, da província de
Ecab (hoje Cozumel). Do porto de Pole (hoje Xcaret) partiam as canoas de
peregrinos até o templo em Dcuzamil para solicitar o oráculo desta deusa; nesta
peregrinação, ajudavam, também, as mulheres jovens a pedir em suas gestações a
procriarem os filhos que seus esposos queriam.
A história de Ixchel e Itzamna mostra interessantes
diferenças e similaridades com o mito japonês de Izanagi e Izanami. Nesta, os
nomes e personalidades dos personagens estão invertidos, sendo Izanami a
deidade feminina, e a mesma quem ataca, violentamente, o seu esposo. Diz-se que
Ixchel tinha sob sua proteção os peregrinos que visitavam sua ilha sagrada,
Cozumel. A Ilha das Mulheres também estava dedicada a seu culto.
A "Senhora do Arco-íris" se chamava Ixchel, uma
velha Deusa da Lua e da Serpente na mitologia maia. Os maias habitaram o sul do
México e Guatemala. Viveram em torno de 250 d. C. e associavam os eventos humanos
com as fases da Lua. Seu marido é o caritativo deus da Lua, Itzamna.
A Deusa Ixchel foi adorada pelos maias da península do
Yucatã, em Cozumel, sua ilha sagrada. Ela ajuda a assegurar a fertilidade pelo
fato de segurar o vaso do útero de cabeça para baixo, de modo que as águas da
criação possam estar sempre jorrando. Ixchel também é Deusa da tecelagem, da
magia, da saúde, da cura, da sexualidade, da água e do parto. A libélula é seu
animal especial. Quando ela quase foi morta pelo avô por tornar-se amante do
Sol, a libélula cantou sobre ela até que se recuperasse.
O símbolo desta Deusa é o vaso emborcado do infortúnio.
Sobre sua cabeça repousa uma serpente mortífera, suas mãos e pés têm garras
afiadas de animais e seus traje é adornado com as cruzes feitas de ossos,
emblema da morte.
Ixchel se apresenta como o arquétipo que contém os aspectos
mais significativos da vida de uma mulher. É, por excelência, a Grande Mãe, a
Senhora da Terra, que em suas representações das fases da Lua abrange tanto os
aspectos femininos como os masculinos. É uma Deusa em perfeito estado de
integração, atravessando através de suas representações os estágios da mulher
jovem, madura e sábia anciã. Da luz provê o alimento, cuida na hora do parto,
assume o arquétipo do casamento ao ser uma esposa, companheira do Deus sol, exercendo
o poder para conseguir a abundância por intermédio da união sagrada.
Integra ainda, outros dois arquétipos como anciã sábia ao
ser reconhecida como grande e poderosa Dama Velha, sua experiência leva-a a
saber tecer da melhor maneira e reconhecer o momento propício para esvaziar seu
jarro cheio de água sobre a terra. Em seus aspectos de Deusa jovem integra
componentes e atributos que remetem ao início da vida, e em seus aspectos de
Deusa anciã, é a mulher com experiência.
DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DE IXCHEL
"A essência feminina, quando é comentada, não é mais a
essência feminina".
Para as mulheres, a vida é cíclica. No curso de um ciclo
completo que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha
totalmente e míngua outra vez. Essas mudanças as afetam tanto na sua vida
física quanto sexual e psíquica. Se uma mulher quiser viver em harmonia com o
ritmo de sua própria natureza, ela deverá submeter-se à ela.
Eu faço fios de energia
na teia da criação
Onde nada existia antes
do vazio
para o mundo
eu fio criando a vida
a partir da minha mente
a partir do meu corpo
a partir da minha consciência
do que precisa existir
Agora existe algo novo
e toda a vida é alimentada.
IXCHEL A DEUSA DA LUA
Em todas as épocas e por toda parte, os homens têm concebido
uma Grande-mãe que zela pela humanidade lá do céu. Este conceito pode ser
encontrado em praticamente toda a religião e mitologia cujos conteúdos tenham
chegado ao nosso conhecimento.
Os maias elegeram Ixchel como sua poderosa Mãe e Deusa da
Lua. Os mitos da Deusa lua e suas características protegem uma verdade que nada
mais é do que a realidade subjetiva interior da psicologia feminina.
No passado e nos nossos dias, a Lua representa a imagem do princípio
feminino, que é uma função tanto do homem quanto da mulher.
Visualiza-se Ixchel como a Mãe-Lua que mergulha neste tempo
e lugar trazendo das estrelas as energias de nossos antepassados.
Apresenta-se coroada com serpentes, carregando objetos de rituais
tais como, o espelho e plantas sagradas.
ARQUÉTIPO DE PROVEDORA DA FERTILIDADE
A Lua é uma força fertilizadora de muita eficácia. Faz as
sementes germinarem e as plantas crescerem, mas seu poder não termina aqui, pois
sem sua ajuda os animais não poderiam gerar filhotes e as mulheres não poderiam
ter filhos.
Como o bem-estar de uma tribo pequena depende primeiro de
seu contingente humano e, segundo, de seu suprimento de alimentos, imaginem a
importância que se reveste a adoração da Deusa da Lua.
A Senhora da Lua senta-se sobre ela, enquanto percorre suas
fases.
A Lua está diretamente associada aos mistérios da
menstruação e aos ciclos da vida humana. Ixchel carrega seu coelho da
fertilidade e da abundância.
O coelho sempre foi um amuleto muito estimado e é
extremamente poderoso se o coelho tiver sido pego em um cemitério durante a lua
cheia. Mas porque um coelho?
A lua cheia dá a chave do mistério. As marcas que
visualizamos a olho nu na Lua são conhecidas como "a marca da lebre".
O Coelho da Páscoa contém um simbolismo que se aproxima
dessas idéias. A Páscoa era originariamente uma festa da Deusa Lua.
Ixchel é a árvore da vida, provedora da fertilidade que
garante a continuidade da vida, tanto animal quanto vegetal e humana.
Esta Deusa detêm os mistérios da vida e da sexualidade
feminina. Ela é Deusa do amor, mas não do casamento.
É protetora das mulheres e das crianças. O leite nutritivo
flui dos seus seios e o sangue sagrado da vida flui do seu útero. (Códice
Madri).
Fontes:
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.