27 novembro 2018

A deusa rainha: Maeve!


A deusa rainha: Maeve!


Das figuras femininas da Irlanda, Maeve é a mais espetacular. Ela era a Deusa soberana da Terra com seu centro místico em Tara. Com o passar do tempo a cultura irlandesa mudou sob a influência cristã e então, Maeve foi reduzida a uma mera rainha mortal. Mas nenhum mortal poderia ter sido como ela, "intoxicante", uma mulher "embriagante", sedutora, que corria com os cavalos, conversava com os pássaros e levava os homens ao ardor de desejo com um mero olhar.
Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico. Ela ofertava aos seus consortes uma taça de vinho vermelho como seu sangue. O vinho de Meave representava o sangue menstrual que era considerado como "o vinho da sabedoria das mulheres".
O Festival Pagão de Mabon era comemorado em sua honra. Durante estas festividades, aqueles que almejassem ser rei, aguardavam que Meave os convidasse à beber de seu vinho. Isto assegurava de que o homem para ser rei, necessitava ser versado no feminismo e nos mistérios das mulheres.
Maeve foi considerada a Deusa da guerra similar a Morrigan, fez que seus guerreiros experimentassem as dores do parto de uma mulher.
Ela é a Rainha de Connacht, simboliza o poder feminino e é a personificação da própria Terra e sua prosperidade.
Shakespeare a trouxe à vida como Mab, a Rainha das Fadas. Em uma versão mais moderna, os ecologistas a converteram em Gaia, o espírito da Terra.
Na Antiguidade Celta, as mulheres se equiparavam aos homens. Possuíam propriedades e ocupavam posições de prestígio dentro da sociedade. Também não existia a monogamia nas uniões. A rainha Maeve do reino irlandês de Connacht era famosa por sua beleza e possessão sexual. Teve muitos amantes, a maioria eram oficiais de seu exército, o que assegurou de algum modo a lealdade de suas tropas. Muitos homens lutavam duramente nos campos de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais.
Maeve é figura central de um épico irlandês "Tain Bo Cualngé".
O primeiro marido de Maeve, foi justamente o seu rival mais constante, o rei Conchobor Mac Nessa. Maeve foi-lhe dada em casamento como compensação pela morte de seu pai, mas para provar sua independência, ela o abandona. Conchobor, insatisfeito, encontra Maeve banhando-se no rio Boyne e a estupra. Em decorrência do fato, os reis da Irlanda se unem para vingar o ultraje. Nesta batalha, perde a vida Tinne, o então marido de Maeve.
A rainha de Connacht está sem rei, e por isso os nobres se reúnem e indicam Eochaid Dala para ser seu novo marido. Ela consente, desde que o marido não seja nem ciumento, nem covarde, nem avarento.
Certo dia, Maeve adota um garoto, o qual passa a integrar sua corte. Com o tempo o tal garoto cresce, tornar-se um hábil guerreiro e obviamente, torna-se seu amante. Eochaid não aceita bem a situação, assim como os nobres de Connacht, que tentam expulsar o rapaz da corte. Maeve consegue impedir e o jovem desafia o rei para um combate. Por ser um grande guerreiro, acabou matando o rei e assumindo o trono ao lado de Maeve. Esse é Ailill, seu marido mais importante, protagonista da nossa história...
Certo dia, Maeve adota uni garoto, o qual passa a integrar sua corte. Com o tempo o tal garota cresce, tornar-se um hábil guerreiro e obviamente, torna-se seu amante. Eochaid não aceita bem a situação, assim como os nobres de Connacht, que tentam expulsar o rapaz da corte. Maeve consegue impedir e o jovem desafia o rei para um combate. Por ser um grande guerreiro, acabou matando o rei e assumindo o trono ao lado de Maeve. Esse é Ailill, seu marido mais importante, protagonista da nossa história...
A BATALHA DAS RESES DE COOLEY - ("Tain Bo Cualngé")
Maeve estava casada com seu terceiro marido o rei Ailill Quando discute com esse para saber quem tem maior fortuna, ela faz alarde de possuir mais que Ailill: em virtude da legislação celta, quem possuir mais bens, então pode mandar nos assuntos de casa. Quando lhe contam que lhe falta um touro para vencer Ailill, se dispõe a fazer qualquer coisa para obter um animal extraordinário, cujo posse, faria inclinar a balança a seu favor Ailill tinha um touro a mais chamado de "Finnbelmach" (touro branco). Maeve pede então, para Daré, filho de Fiachna, que lhe ceda seu touro, o famoso Dona de Cuahlgé, que vivia em Ulster, nas terras de seu rival Conchobar. Em troca ela lhe daria terras, um carro de guerra e, sobretudo, o receberia em sua cama.
Filha do rei supremo da Irlanda. a rainha Maeve possui soberania. ou seja, ela é a soberania, o poder. Do mesmo modo, segundo a mitologia grega, que os mortais adquiriam poderes divinos ao converterem-se amantes de uma Deusa, também uni homem que se tornasse amante de Maeve. também poderiam obter os poderes que ela representa. E ainda, segundo a lenda, Ailill sempre "fechava os olhos", cada vez que sua esposa prodiga a "amizade das coxas" a uni homem. segundo o delicado eufemismo utilizado pelos autores épicos. F, nos damos conta dele em Tain Bo Cualgé, quando as negociações com Daré não foram muito satisfatórias e Maeve decide apoderar-se do touro à força, empreendendo uma guerra contra Ulster. Necessita portanto, de guerreiros. em especial do terrível Pergus, exilado de Ulster. Sendo assim, dedica a Fergus cuidados muito particulares, e um dia quando ambos são surpreendidos por um criado de Ailill que explica ao rei o que tinha visto, esse se limita a dizer:
-"Ela o necessitava, era necessário que atuasse assim para assegurar o êxito da expedição".
Mas isso não impede que Ailill fique aborrecido em numerosas circunstâncias, a tal ponto que. um dia, vendo Maeve acariciar de forma indecente Fergus, ordena a tua de seus homens que lancem um dardo sobre ele, o que causa a morte do herói.
Maeve, reúne seu exército e invade o norte da ilha (Irlanda), fazendo pouco caso das previsões adversas que anunciavam o fracasso de sua expedição por causa de Cuchulainn. Quando o avanço inimigo foi detectado, o semideus dedicou-se a emboscar os invasores. Maeve recorre então a tuna cruel estratagema: o obriga a enfrentar seu irmão adotivo, Ferdiad, antigo companheiro de armas ao qual engana para atacar Cuchulainn.
Durante três dias, os velhos amigos e companheiros se enfrentam em um rio num combate que terminou com a vitória do herói de Ulster, graças ao uso que este fez de um golpe ensinado pela Deusa Scathach (sua treinadora cm artes militares): o "gai bolga", ou "descarga de raio". Porém, após a vitória. ele ficou completamente esgotado do ponto de vista físico e psicológico, pois tirar a vida de Ferdiad foi um golpe muito difícil para ele. E nesse momento, que o Deus do Sol aparece dizendo:
-"Sou Lugh teu pai do Mundo Exterior, filho de Ethliu. Dorme um pouco Cuchulainn, que CU desafiarei a todos."
O Deus Sol então se materializa para assumir as funções do guerreiro que, após morrer durante três, dias, continua mortal. Nesse estado de bardo• pode ascender em direção a três mundos místicos celtas: ao de seu corpo terrestre, ao do espírito físico e, por fim, ao radiante da luz da alma, no qual o próprio sol se manifesta. Quando Cuchulainn dorme, fica unido a seu próprio resplendor, habitando todos os mundos ao mesmo tempo.
Essa fácil mutação entre o soldado humano e seu arquétipo do outro mundo é algo muito comum em qualquer tipo de relato celta. Essa é a chave dos mistérios celtas: a fusão do espiritual, do físico e do imaginário.
Enquanto Lugh permaneceu no lugar de Cuchulainn, os exércitos da rainha de Comlacht, não tiveram passagem. Mas, como Maeve era muito esperta, conseguiu enviar um pequeno grupo de homens que conseguiu roubar o touro. Por fim, ela é obrigada a recuar com seu exército, entretanto, ela já tinha em seu poder o que desejava.
No entanto, quando os touros se encontraram nos prados de Connacht, lançaram-se uni contra o outro. Eles lutaram durante horas, inclusive após o pôr-do-sol sem que ninguém fosse capaz de separá-los. nem sequer Maeve e Ailill. A peleja foi tão colossal que se diz que na mesma noite eles deram a volta em toda Irlanda, perseguindo um ao outro. Ao amanhecer, Donn era o único que continuava em pé. Ele matou Findbennach e espalhou seus restos por toda a ilha.
Mas a alegria da rainha pelo valor de sua recente aquisição não durou muito. O touro sobrevivente subiu em uma colina para mugir para todos os reinos irlandeses e morreu devido ao esforço despendido no ato. Desde então, a colina passou a chamar-se Druim Tairb, a Colina dos Touros.
Como podemos observar, o objetivo principal de Maeve era o touro, que desde a mais remota Antiguidade é um símbolo feminino, encontrado nas culturas ancestrais de Creta do Egito e da Anatólia.
O touro antes de tudo. evoca a ideia de poder e de ímpeto irresistíveis. Para os celtas ele pode ser também, símbolo da morte violenta dos guerreiros. Na Dália são conhecidas representações de um touro com três chifres. o qual, sem dúvida, é antigo símbolo guerreiro (o terceiro chifre. seria o equivalente do que, na Irlanda, é chamado "lon laith" ou "lua do herói", que é uma espécie de aura sangrenta, jorrando do alto da cabeça do herói em estado de excitação guerreira). O touro é ainda, representação da força temporal, sexual, a fecundidade da natureza.
Portanto, não é por acaso, que o segundo signo do zodíaco, o Touro, é governado por Vênus, simbolizando a força de trabalho e encarnando os instintos, especialmente os da conservação, da sexualidade e de um gosto pronunciado pelos prazeres em geral, particularmente pelos da carne.
MAS O QUE TAL LENDA SIGNIFICA. AFINAL?
Todas as Deusas do amor sempre foram associadas à guerra, pois o amor e o ódio, como diz um velho ditado popular, "caminham juntos".
Maeve, como deusa, possui o poder intoxicaste da paixão que nós sentimos no amor, nos desejos, no sexo, assim como na raiva c tia guerra. Sempre existiu uma linha tênue entre o amor e o ódio, o sexo e a violência. Se nós perdermos o controle da paixão, motivados pela ganância. o poder, ou outro tipo de sentimento mesquinho, fatalmente acabaremos cruzando esta linha. Portanto, mantenha seu coração aberto para o amor, mas freie sua paixão com sabedoria.
Maeve tinha muitos nomes: Mab, Madh, Medh e Medhdb. Há poucas referências dela nos filmes. O mais recente é em Merlim da NBC, onde como a Rainha Mab é uma feiticeira maligna. Não existe uma única referência que comprove que Mab ou Meave esteve associada as Lendas Arturianas ou envolvida com Artur. Meave foi um mito pagão e também nunca foi uma entidade do mal.
Maeve aparece em nossas vidas para nos desafiar a assumir a responsabilidade pela nossa vida. L: hora de sermos a "Rainha de nossos domínios", tornando-nos conscientes dos nossos erros e acertos, sendo responsável por tudo que se faz e por tudo que se acredita.
Existem pontos no seu interior que lhe são desconhecidos? Você é daquelas pessoas que vive uma rotina programada realizando sempre as mesmas coisas'? Ou você á daquelas pessoas que para não se incomodar deixa as coisas ficar do jeito que estão? Ou talvez não tenha coragem, ou não estC1a disposta a reconhecer que você e sua vida é resultado das escolhas que faz com responsabilidade.
Maeve, aparece para lembrá-la que o caminha da totalidade está em assumir a responsabilidade de sua vida. seja ela do jeito que for. Somente quando você se assumir, reconhecer quem é, onde está, porque está é que poderá criar algo diferente.
"...Pedi um dote mais elevado do que qualquer mulher já tenha pedido a um homem na Irlanda: que ele não possuísse avareza, nem ciúme, nem medo."
"Se tivesse me casado com um homem avaro, essa união seria errada, pois sou tão caridosa e dada. Seria um insulto se eu fosse mais generosa que meu esposo, mas não se ambos fôssemos iguais neste quesito. Se meu marido fosse um homem tímido, nossa união seria igualmente errada, pois eu me sobressaio em meio às adversidades. É um insulto para uma esposa ser mais espirituosa do que seu marido, mas não se ambos são igualmente espirituosos. Se tivesse desposado um marido ciumento, também isso seria errado;nunca me deitei com um homem sem que outro arguadasse nas sombras."
(Palavras de MAEVE para o seu marido Ailill, na lenda celta TÁIN BÓ CUAILGNE) Muito da mitologia Celta, principalmente da Irlanda, são contadas como lendas. Muitas delas perderam seu caráter divino e são tidas "apenas" como lendas de heróis e rainhas. Isto se deu com o advento do cristianismo que "rebaixou" vários Deuses a condição de simples mortais.
A espetacular Deusa MAEVE é um destes casos. Porém, o que é, é. E se existe o ditado "quem foi Rei nunca perde a Majestade" ( podemos trocar aqui para Rainha), imagine então, quem foi uma Deusa. Uma vez Deusa, sempre Deusa! E tudo isto não são apenas histórias, lendas, mitos; nem mesmo apenas arquétipos. Os Deuses existem, existiram e sempre existirão!

Maeve é a mais espetacular deusa soberana da Terra com seu centro místico em Tara. Com o passar do tempo a cultura irlandesa mudou sob a influência cristã e então, Maeve foi reduzida a uma mera rainha mortal. Mas nenhuma mortal poderia ter sido como ela, "intoxicante", uma mulher "embriagante", sedutora, que corria com os cavalos, conversava com os pássaros e levava os homens ao ardor de desejo com um mero olhar.
As palvras acima de MAEVE podem parecer chocantes para alguns, principalmente quando ela mostra não ser uma Deusa fiel.
Mas, ela é fiel a si mesma, e não engana ninguém. A monogamia não era algo comum para os Celtas, aliás nada muito diferente de hoje em dia em nossa cultura, a não ser pelo "pequeno detalhe" de que os Celtas eram honestos e faziam tudo às claras, o que impedia de haver a tão temível e valorizada traição dos nosso tempos atuais.
Hipocrisia era algo raro na sociedade Celta, que primava pela verdade e igualdade entre homens e mulheres.
Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico.
Deusa da guerra, participou efetivamente de vários combates, pois as mulheres nesta época e nesta cultura, não eram vistas como frágeis ou incapazes e lutavam bravamente. Tinham o poder de escolha de seus maridos com seus respectivos dotes, além disso, optavam pelo divórcio se estivessem insatisfeitas ou infelizes. Este período foi anterior ao surgimento do Deus monista que deu origem à era do patriarcado, portanto, até então as mulheres exerciam outro papel na sociedade.
A Deusa MAEVE representa a soberania da Terra e a prosperidade. Como Rainha, ela foi cobiçada por vários homens e aquele que se tronava seu legítimo esposo era coroado Rei. Isto mostra a importância da união do masculino com o feminino, no sentido de que os dois juntos formam uma potência. E podemos expandir o sentido desta potência para tudo na vida.
É interessante perceber que mesmo quando é retratada "apenas" como Rainha, toda a mitologia divina está presente em MAEVE.
Ela é a Rainha de Connacht, simboliza o poder feminino e é a personificação da própria Terra e sua prosperidade.
Shakespeare a trouxe à vida como Mab, a Rainha das Fadas. Em uma versão mais moderna, os ecologistas a converteram emGaia, o espírito da Terra.
MAEVE é Deusa do amor e da guerra, pois estes estão sempre juntos, pois a linha que separa o ódio do amor é muito tênue, isto se eles não forem lados diferentes de uma mesma moeda.
Mas não é só isto, MAEVE, a mais bela, a que entorpece os homens, senhora de sua própria feminilidade e sexualidade, concede a soberania da Terra, o seu amor, àquele que vence as batalhas, o guerreiro que se torna Rei.
"Intoxicante" é o significado do nome MAEVE, pois ela com seu deslumbre, sua beleza, seu poder pessoal, enebria os homens. Com uma sexualidade intensa, coragem, determinação e fertilidade, MAEVE é uma Deusa completa, pois sabe ser guerreira, feminina e mãe (o mito conta que ela tem diversos filhos, assim como diversos maridos e amantes).
O Festival Pagão de Mabon era comemorado em sua honra. Durante estas festividades, aqueles que almejassem ser rei, aguardavam que Meave os convidasse à beber de seu vinho. Isto assegurava de que o homem para ser rei, necessitava ser versado no feminismo e nos mistérios das mulheres.
Na Antiguidade Celta, as mulheres se equiparavam aos homens. Possuíam propriedades e ocupavam posições de prestígio dentro da sociedade. Também não existia a monogamia nas uniões. A rainha Maeve do reino irlandês de Connacht era famosa por sua beleza e possessão sexual. Teve muitos amantes, a maioria eram oficiais de seu exército, o que assegurou de algum modo a lealdade de suas tropas. Muitos homens lutavam duramente nos campos de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais.
O primeiro marido de Maeve, foi justamente o seu rival mais constante, o rei Conchobor Mac Nessa. Maeve foi-lhe dada em casamento como compensação pela morte de seu pai, mas para provar sua independência, ela o abandona.
Conchobor, insatisfeito, encontra Maeve banhando-se no rio Boyne e a estupra. Em decorrência do fato, os reis da Irlanda se unem para vingar o ultraje. Nesta batalha, perde a vida Tinne, o então marido de Maeve.
A rainha de Connacht está sem rei, e por isso os nobres se reúnem e indicam Eochaid Dala para ser seu novo marido. Ela consente, desde que o marido não seja nem ciumento, nem covarde, nem avarento.
Certo dia, Maeve adota um garoto, o qual passa a integrar sua corte. Com o tempo o tal garoto cresce, tornar-se um hábil guerreiro e obviamente, torna-se seu amante. Eochaid não aceita bem a situação, assim como os nobres de Connacht, que tentam expulsar o rapaz da corte. Maeve consegue impedir e o jovem desafia o rei para um combate. Por ser um grande guerreiro, acabou matando o rei e assumindo o trono ao lado de Maeve. Esse éAilill, seu marido.
Maeve aparece em nossas vidas para nos desafiar a assumir a responsabilidade pela nossa vida. "Rainha de nossos domínios", ela nos torna conscientes dos nossos erros e acertos, sendo responsável por tudo que se faz e por tudo que se acredita.
Maeve, aparece para lembrar que o caminha da totalidade está em assumir a responsabilidade de sua vida. seja ela do jeito que for. Somente quando você se assumir, reconhecer quem é, onde está, porque está é que poderá criar algo diferente.
Deusa Maeve, originariamente deusa da sabedoria da Terra. Cultuada em Tara, o centro mágico da Irlanda, Maeve era uma deusa guerreira,cavalgando cavalos selvagens e vivendo cercada de animais.
Medite e procure visualizar e compartilhar essa linda força da natureza.
Maeve era a deusa soberana da Terra com seu centro místico em Tara. Com o passar do tempo a cultura irlandesa mudou sob a influência cristã e então, Maeve foi reduzida a uma mera rainha mortal. Mas nenhuma mortal poderia ter sido como ela, “intoxicante”, uma mulher “embriagante”, sedutora, que corria com os cavalos, conversava com os pássaros e levava os homens ao ardor de desejo com um mero olhar.
Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico. Ela ofertava aos seus consortes uma taça de vinho vermelho como seu sangue. O vinho de Meave representava o sangue menstrual que era considerado como “o vinho da sabedoria das mulheres”.
O Festival Pagão de Mabon era comemorado em sua honra. Durante estas festividades, aqueles que almejassem ser rei, aguardavam que Meave os convidasse à beber de seu vinho. Isto assegurava de que o homem para ser rei, necessitava ser versado no feminismo e nos mistérios das mulheres. Maeve foi considerada a Deusa da guerra similar a Morrigan, fez que seus guerreiros experimentassem as dores do parto de uma mulher.
Ela é a Rainha de Connacht, simboliza o poder feminino e é a personificação da própria Terra e sua prosperidade.Shakespeare a trouxe à vida como Mab, a Rainha das Fadas. Em uma versão mais moderna, os ecologistas a converteram em Gaia, o espírito da Terra.
Na Antiguidade Celta, as mulheres se equiparavam aos homens. Possuíam propriedades e ocupavam posições de prestígio dentro da sociedade. Também não existia a monogamia nas uniões. A rainha Maeve do reino irlandês de Connacht era famosa por sua beleza e possessão sexual. Teve muitos amantes, a maioria eram oficiais de seu exército, o que assegurou de algum modo a lealdade de suas tropas. Muitos homens lutavam duramente nos campos de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais. Maeve é figura central de um épico irlandês “Tain Bo Cualngé”.
O primeiro marido de Maeve, foi justamente o seu rival mais constante, o rei Conchobor Mac Nessa. Maeve foi-lhe dada em casamento como compensação pela morte de seu pai, mas para provar sua independência, ela o abandona. Conchobor, insatisfeito, encontra Maeve banhando-se no rio Boyne e a estupra. Em decorrência do fato, os reis da Irlanda se unem para vingar o ultraje. Nesta batalha, perde a vida Tinne, o então marido de Maeve.
A rainha de Connacht está sem rei, e por isso os nobres se reúnem e indicam Eochaid Dala para ser seu novo marido. Ela consente, desde que o marido não seja nem ciumento, nem covarde, nem avarento.
Certo dia, Maeve adota um garoto, o qual passa a integrar sua corte. Com o tempo o tal garoto cresce, tornar-se um hábil guerreiro e obviamente, torna-se seu amante. Eochaid não aceita bem a situação, assim como os nobres de Connacht, que tentam expulsar o rapaz da corte. Maeve consegue impedir e o jovem desafia o rei para um combate. Por ser um grande guerreiro, acabou matando o rei e assumindo o trono ao lado de Maeve. Esse é Ailill, seu marido mais importante, protagonista da nossa história…

Que sejam prósperos.
Raffi Souza

09 novembro 2018

O cristal espiritual: Selenita


O cristal espiritual: Selenita!

Selenita: O Cristal Mágico de Contato Espiritual
A Selenita é um Cristal especial que fortalece nossa espiritualidade e aumenta muito o contato com nossos guias e mestres espirituais.

Ela nos liga com as energias mais puras do espírito e nos conecta com os planos superiores e fraternidades extraterrestres.

É uma das pedras de purificação mais poderosas do mundo, sendo capaz inclusive de limpar a energia de outras pedras.

A pedra Selenita canaliza uma grande quantidade de luz e vibrações elevadas e assim promove uma forte elevação espiritual, pois ativa o 12º Chakra, conhecido como “Portal das Estrelas.
Significado e Energias da Selenita
A Selenita é um cristal repleto de luz, capaz de estabelecer contato com os mais elevados reinos espirituais.

Ela aumenta nossa vibração e possibilita encontros com Guias Espirituais e Anjos durante os sonhos e meditações.
Sua energia gera um escudo protetor ao redor, desperta a telepatia e fortalece a mediunidade.

Ela purifica a Aura e elimina toda negatividade acumulada no corpo físico, mental e espiritual.

A Selenita também clareia muito a mente e abre as portas para nosso crescimento espiritual e profissional.
Efeitos Terapêuticos da Selenita
A Selenita fortalece muito os ossos, melhora os casos de Artrite, auxilia no combate ao câncer e na eliminação de tumores.
Ela ajuda no tratamento da epilepsia, aumenta libido e a fertilidade, remove bloqueios na coluna vertebral e rejuvenesce o corpo físico.
Suas energias são também removem confusões mentais, reduzem o estresse e a ansiedade e favorecem a purificação do corpos físico e espiritual.
Limpeza e Energização da Selenita
A Selenita é um cristal especial que tem a capacidade de seu purificar sozinho e que pode inclusive ser usado para limpar a energias de outras pedras.

Para acelerar sua purificação, limpe a com lenços úmidos e sopre sobre ela visualizando toda energia negativa (captada por ela) indo embora.

Para recarregar suas energias deixe sob a luz da Lua por 3 horas ou na luz do Sol por 10 minutos no máximo, pois ela é sensível ao calor.

Como usar a Selenita
Para proteção espiritual e para purificar seu campo de energia, utilize um pingente de Selenita ou mantenha uma Selenita bruta junto com você no dia a dia.
Para purificar, proteger e atrair energias muito positivas para sua casa, mantenha uma selenita de bom tamanho em um ponto fixo de sua sala ou quarto.

Se deseja fazer contato com seus guias espirituais, medite com a Selenita e mantenha uma vontade profunda de evoluir.
Se mantida em contato com outras pedras durante a noite, a Selenita irá purificar todas suas energias.
Usos e Aplicações da Selenita
Contato com nossos guias espirituais
Elevação espiritual
Purificação energética intensa
Acelerar nossa evolução
Fortalecer a mediunidade e a intuição
Proteção contra energias negativas
Limpeza energética de outras pedras
Acalmar a mente a as emoções
A selenita é uma variedade de gipsita. Quimicamente é sulfato de cálcio hidratado. A selenita é transparente/translúcida enquanto a gipsita de cor branca leitosa. Sendo a selenita uma forma cristalizada de gipsita é imensamente mais poderosa.É formada pela evaporação da água salgada em lagos ou mares interiores. Estando intimamente ligada com a água, é perfeita para trabalhar com o corpo emocional.
     As funções principais da Selenita são a limpeza e energização de outros cristais, a meditação, o desenvolvimento da telepatia e clareza mental.
       É uma pedra fundamental para quem trabalha com cristais pois ela limpa e energiza todos os outros cristais, para além de ambientes e pessoas.
       A selenita regista acontecimentos ocorridos na sua presença, pelo que, recorrendo à meditação, se pode conhecer a verdade de uma situação. Ela é muito sensível pelo que atitudes negativas perto dela podem dar azo a que se parta. Também é uma pedra maleável pelo que ela própria pode alterar a sua matéria física, curvando-se e, mais tarde, voltando á forma inicial!
         A Selenita é uma pedra muito poderosa de ligação com planos de vibração mais elevada. Ela promove a canalização de grande quantidade de luz na sua forma mais pura, além de estimular a abertura do sexto e do sétimo chakra. Ela facilita a experiência de receber informações de Guias e Protetores (palavras são pouco usadas; preste atenção nos outros tipos de comunicação).
           A Selenita é muito eficiente na limpeza do campo áurico. Colocada na base da coluna com o seu fluxo direcionado para cima, ela ajuda a remover bloqueios energéticos em qualquer parte da coluna. Colocada na base do pescoço, fluxo para baixo, ela ajuda a equilibrar o fluxo de energia vital na coluna. Ela pode ser usada para ajudar na regeneração da estrutura das células e para corrigir deformidades ósseas.
           A Selenita também é um poderoso amplificador, potencializando qualquer tipo de trabalho energético, as intenções pessoais e a energia de outras pedras. Ela pode ser igualmente utilizada para limpar e energizar as pedras, bastando mantê-la apontada para a pedra e mentalizar a intenção. Um círculo de Selenitas distribuidas no chão se torna um espaço muito poderoso de meditação e ascenção espiritual. É uma pedra ‘sensível’, tenha cuidado redobrado com os seus pensamentos e emoções.

          Selenita apresenta uma das qualidades mais límpidas de transparência encontrada no reino mineral. Esse grau de claridade reflete um raio puro de luz branca, a cor branca associa-se ao chacra da coroa. A selenita pode ser aplicada em meditações ou em sessões de cura para ativar os centros mais elevados de energia. Pode-se pôr um cristal no topo da cabeça para estimular a atividade cerebral e expandir a conscientização. Ela simboliza o estado mental mais claro passível de ser atigindo, em que os pensamentos que penetram a consciência originam-se da fonte e constituem reflexos diretos do puro espírito.Selenita possuem delicadas inclusões lineares em seu interior. Essas estrias finas assemelham-se às linhas de um livro que transmitem a história das messagens registradas em suas páginas. Essas mensagens podem constituir no próprio registro da história da Terra à qual a selenita se expôs. Os registros tambem podem representar dados intencionamente projetados e armazenados por antigos magos ou alquimistas, quando sua existência estava ameaçada, eles desejaram preservar seu conhecimento, a sua sabedoria e segredos alquímicos dentro dos cristais de selenita para que fossem recuperados no futuro. Acreditavam que em lugar certo e na hora certa, a pessoa certa perceberia os tesouros contidos no interior do cristal, sintonizaria a mente com ele e compreenderia os mistérios ali gravados. Assim, esses mestres da magia branca continuariam a levar os ensinamentos a estudantes meritórios, que, pela própria sintonia intuitiva, conquistariam o direito de obter tal conhecimento.Devido à habilidade de gravar informações, a selenita serve para a comunicação telepática entre pessoas de disposições semelhantes. Um individuo pode emitir um pensamento ou uma mensagem específica para o cristal e o outro sintoniza e a recebe.Selenita constitui um importante membro colaborador no reino mineral, podendo-se empregá-la como pedra de toque para aclareza mental e o desenvolvimento de poderes telepáticos.


Planeta: Lua Profissões: Artista.
Dureza: 1,5 - 2

COR: Incolor, Branca, Cinza, Verde, Marrom dourado. Translúcida, transparente.

CHAKRAS: 6, 7, Transpessoais e Etéricos.

PROVENIÊNCIA: Brasil, México, EUA, Sibéria, Grécia, Austrália.

        Pode ser utilizada para activar o chacra Estrela da Alma (chacra transpessoal). Está também ligada ao chacra da coroa.
         Traz flexibilidade à estrutura muscular. Pode ser usada para fazer o alinhamento da coluna vertebral: ela elimina bloqueios energéticos existentes ao longo da coluna. Pode corrigir problemas do esqueleto. Estabiliza crises de epilepsia.Concluindo, a Selenita é um cristal extraordinário que nos traz clareza e limpidez através dos raios de luz que emite.
Apesar de sua fragilidade e maleabilidade, a selenita (ou gipsita) é um dos minerais mais poderosos no quesito de limpeza, desbloqueio e energização tanto de ambientes, pessoas e até mesmo de outros cristais. Seu nome vem do grego selēnē e significa “lua”, é uma pedra de polaridade feminina e de alta vibração tendo a água como elemento regente, este que está diretamente associado às emoções.
Traz clareza mental, ampliando o conhecimento de si, dos que nos rodeiam e do ambiente. Costuma se fragmentar ou se quebrar quando em contato direto com pensamentos ou atitudes extremamente negativas.
É muito eficiente na limpeza do campo áurico. Se colocada na base da coluna com o seu fluxo direcionado para cima, ela ajuda a remover bloqueios energéticos em qualquer parte da coluna. Colocada na base do pescoço, fluxo para baixo, ela ajuda a equilibrar o fluxo de energia vital na coluna. Ela pode ser usada para ajudar na regeneração da estrutura das células e para corrigir deformidades ósseas. Associada ao sistema espinhal e esquelético, a selenita também pode ser usada para amenizar problemas causados pelo Mercúrio das obturações dentárias. Além disso, é ótima durante a fase da amamentação.
É um poderoso amplificador, potencializando qualquer tipo de trabalho energético. Ela pode ser igualmente utilizada para limpar e energizar outros cristais, bastando mantê-la apontada para a pedra e mentalizar a intenção. Um círculo de selenitas distribuídas no chão se torna um espaço muito poderoso de meditação e ascensão espiritual.
FICHA TÉCNICA DA SELENITA
Signo: Peixes, Touro, Libra, Aquário
Chakra:  6, 7, transpessoais, etéricos, coronário
Elemento:  Água
Planeta: Lua
Polaridade: Feminina
Profissão: Artista
Origem: Brasil, México, EUA, Sibéria, Grécia, Austrália
Dureza: 1,5-2 mohs
Composição química: Sulfato hidratado de cálcio CaSO4.2H2O
Efeitos esotéricos e psíquicos:
Limpeza energética em ambientes, seres, objetos e cristais
Transmutação de energia
Neutraliza energias negativas
Dissolve bloqueios
Clareza mental
Autoconhecimento
Contato com guias espirituais
Ajuda a se lembrar dos sonhos
Serenidade
Despertar espiritual
Abre os chakras
Limpa bloqueios energéticos
Auxilia na fluidez das emoções
Escudo contra influência externas
Desbloqueio
Amplificador e potencializador pra qualquer trabalho energético
Combate medos e fobias
Desenvolve a telepatia
Efeitos terapêuticos:
Flexibilidade dos músculos atrofiados
Regenerador celular
Auxilia na remoção de tumores
Coluna
Sono
Sistema espinhal e esquelético
Amamentação
Dissipa dores
Ajuda a corrigir deformidades ósseas
Estabiliza crises de epilepsia
Curiosidades:
Solúvel em água, não molhar
Deve ser armazenada de forma segura, envolta em um tecido não-abrasivo, como seda ou cetim. Para a limpeza física apenas limpe o pó com um espanador. Para a limpeza energética desta pedra deve utilizar um cristal de auto-limpeza, tais como o quartzo transparente
A forma mais segura de limpar esta pedra é por defumação ou visualização. Também a solarização, como forma de limpeza deve ser evitada, a não ser que por períodos nunca superiores a trinta minutos

06 novembro 2018

A deusa da sorte: Tyche!


A deusa das Sortes: Tyche!


Na mitologia grega, Tique (Τύχη, Tyche, "acaso", "sorte") era a divindade que governava a fortuna, a prosperidade e o destino de uma cidade. Os romanos a chamaram Fortuna, palavra que parece derivar de Vortumna, "a que faz girar o ano".
Segundo a Teogonia de Hesíodo e os hinos homéricos, Tique era uma das oceânidas, filha de Oceano e Tétis, mas os hinos órficos a chamavam filha de Zeus e o poeta Alcman a considerou filha de Prometeu.
O historiador grego Políbio escreveu que, quando não se podia descobrir causas naturais de eventos como inundações, secas ou geadas, elas podiam ser corretamente atribuídas a Tique.
O pseudo-Higino registrou que alguns associavam a Tique a constelação da Virgem, mais frequentemente identificada com Dike.
Tique era também chamada pelos gregos Agathê Tykhê (Boa Fortuna), Eutykhia (Boa Sorte), Akraiê (Das Alturas), Automatia ("Movida por si mesma", isto é, caprichosa), Meilikhios (Gentil) e Sôtêria (Salvadora).
As invocações romanas incluíam Fors Fortuna (Poderosa Fortuna), Fortuna Annonaria (sorte nas colheitas), Fortuna Belli (sorte na guerra), Fortuna Primigenia (sorte do primogênito ao longo de sua vida), Fortuna Virilis (a sorte de um homem e de sua esposa), Fortuna Redux (a sorte no retorno para o lar), Fortuna Respiciens (a sorte do provedor), Fortuna Muliebris (sorte de uma mulher solteira), Fortuna Victrix (sorte na batalha), Fortuna Augusta (sorte do imperador), Fortuna Balnearis (sorte dos banhos), Fortuna Conservatrix (sorte na conservação dos bens), Fortuna Equestris (sorte dos cavaleiros), Fortuna Huiusque (sorte no dia de hoje), Fortuna Obsequens (sorte ao receber indulgências), Fortuna Privata (sorte de um cidadão privado), Fortuna Publica (sorte do povo), Fortuna Romana (sorte de Roma) e Fortuna Virgo (sorte de uma virgem).
Em vasos antigos, Tique era frequentemente representada ao lado de Nêmesis ("Castigo"), sempre disposta a frear e controlar os favores extravagantes que a companheira distribuía.
No período helenístico, muitas cidades, principalmente as do Egeu, tiveram sua própria versão de Tique e a representaram em suas moedas. Geralmente usa uma coroa mural (semelhante a uma muralha) e pode segurar um leme, para guiar e administrar os negócios do mundo (nesse aspecto considerada uma das Moiras), uma bola, para representr a variabilidade da sorte, instável e capaz de rolar em qualquer direção; e com Pluto, "riqueza", representado como uma criança, ou a Cornucópia, para simbolizar os dons generosos da fortuna.
Na arte greco-budista de Gandara, Tique foi associada a Hariti, entidade maligna da mitologia budista.
Na Idade Média, como alegoria, Tique era representada carregando uma cornucópia, um leme de navio e a roda da fortuna, ou então ficava de pé sobre a roda, presidindo sobre o ciclo do Destino. A própria roda, isolada, também era sua representação. A primeira referência à roda como emblema das mudanças intermináveis da vida entre a prosperidade e o desastre ocorre em In Pisonem de Cícero, cerca de 55 a.C.
Apesar da proibição do culto de Fortuna por Teodósio I, seu uso como figura alegórica foi reabilitado pelo filósofo cristão Boécio, na Consolação da Filosofia (524 d.C.), escrita quando foi condenado à morte, leitura obrigatória de eruditos e estudantes durante a Idade Média. Nela, foi formulada uma teologia cristã do casus ("acaso"), segundo a qual as voltas aparentemente fortuitas e frequentemente ruinosas da Roda de Fortuna são na realidade inevitáveis e providenciais e até mesmo os eventos mais casuais fazem parte do plano oculto de Deus ao qual não se deve tentar resistir. Eventos, decisões individuais e a influência dos astros seriam meros veículos da vontade divina.
Dessa obra, originou-se a popularidade da representação da Roda da Fortuna, em miniaturas de manuscritos, vitrais de catedrais (como em Amiens) e no arcano X do Tarô. A Fortuna é geralmente representada maior do que um humano, para acentuar sua importância. A Roda costuma ter quatro estádios ou fases da vida, com quatro figuras humanas, às vezes etiquetadas: à esquerda regnabo ("reinarei"), no topo regno ("eu reino", uma figura coroada), à direita regnavi ("reinei") e em baixo sum sine regno ("não tenho reino", uma figura humilde).
As representações medievais da Fortuna enfatizavam sua dualidade e instabilidade, às vezes colocando-lhe dois rostos, à frente e atrás, como em Jano; uma face sorrindo e outra franzindo o cenho; metade do rosto branco e outro preto; vendada mas sem a balança, cega à justiça. Ocasionalmente, suas roupas chamativas ou provocantes (ou nudez) e comportamento atrevido sugerem uma prostituta.
Em tempos modernos, é frequentemente representada de maneira mais ou menos satírica como Lady Luck, a "Dona Sorte", padroeira dos jogadores, frequentemente vista como pin-up em calendários e tatuagens.
Na mitologia, Tique aparece como uma das companheiras de Perséfone, que se divertiam com ela na pradaria quando ela foi raptada por Hades.
A popularidade de Tique teve um primeiro auge na época helenística, fascinada por enredos que envolviam viradas imprevisíveis da fortuna e outro nos últimos tempos do paganismo greco-romano, outro período de mudanças difíceis e imprevistas. A eficácia de seu poder caprichoso teve o respeito dos círculos filosóficos dessa geração, embora entre poetas fosse lugar-comum insultá-la como uma prostituta infiel e inconstante.
Em Lebadeia, na Beócia, os que desejavam consultar o oráculo de Trofônio deviam primeiro permanecer alguns dias em um edifício consagrado a Agathe Tykhe e Daimon Agathos.
Em Estefanépolis, no Epiro, tanques com peixes que recebiam comida dos visitantes eram mantidos a cada lado do templo de Tique.
Em Roma, dizia-se que o culto foi introduzido ainda durante o período etrusco, no reinado de Sérvio Túlio, o sexto rei (segundo Varrão) ou de Ancus Marcius, o quarto rei (segundo Plutarco). O dia 11 de junho era consagrado a Fortuna e havia um grande festival dedicado a Fors Fortuna no dia 24. Ela tinha um templo no Forum Boarium e um santuário público no Quirinal, como gênio tutelar da própria Roma, Fortuna Populi Romani. Em Preneste (atual Palestrina, no Lácio), havia um oráculo ligado ao templo de Fortuna Muliebris onde o futuro era sorteado por um menino pequeno entre varas de carvalho com possíveis sortes nelas escritas.
Ela era invocada em vários contextos domésticos e pessoais como, por exemplo, na dedicação de um amuleto num guarda-louça da Casa de Menandro em Pompeia, no qual ela foi sincretizada com a deusa egípcia Ísis para se tornar Ísis-Fortuna. Ela era também associada ao deus Bonus Eventus (Bom Evento), como sua contraparte em amuletos e camafeus espalhados pelo Império Romano. Ela teve também templos importantes em Cesareia Marítima (atual Tel-Aviv-Haifa), Antióquia, Alexandria e Constantinopla, antes que fossem definitivamente fechados, junto com todos os demais templos pagãos, por Teodósio I.
Tique (em grego: Τύχη, transl. Tykhe, "sorte"), nos antigos cultos gregos, era a divindade tutelar responsável pela fortuna e prosperidade de uma cidade, seu destino e sorte – fosse ela boa ou ruim. Sua equivalente na mitologia romana era Fortuna.
O historiador grego Stylianos Spyridakis expressou de maneira concisa a atração de Tique para o mundo helenístico, repleto de violência arbitrária e reveses desprovidos de significado: "Nos anos turbulentos dos epígonos de Alexandre, uma percepção da instabilidade dos assuntos humanos levou as pessoas a acreditarem que Tique, a amante cega da Fortuna, governava a humanidade com uma inconstância que explicava as vicissitudes da época." Durante o período helenístico era comum que cada cidade venerasse sua própria versão icônica específica de Tique, vestindo uma coroa mural (uma coroa com o formato das muralhas da cidade). Na literatura estas versões recebiam diversas genealogias diferentes, por vezes como filha de Hermes e Afrodite, ou consideradas uma das Oceânides, filhas de Oceano e Tétis, ou Zeus Píndaro. Era associada a Nêmesis e Agatodemon ("bom espírito"), e venerada em Itanos, na ilha de Creta, como Tyche Protogeneia, associada à Protogenia ("primogênita") ateniense, filha de Erecteu, cujo auto-sacrifício salvou a cidade.
Em Alexandria, o Tiqueão (Tykhaeon), templo de Tique, foi descrito por Libânio como um dos mais magníficos de todo o mundo helenístico.
Tique aparece em diversas moedas nos três séculos que antecedem o nascimento de Cristo, especialmente nas cidades ao redor do mar Egeu. Mudanças imprevisíveis da fortuna são a força-motriz nas complicadas tramas dos romances helenísticos, como Leucipe e Clitofonte ou Dáfnis e Cloé. Seu culto experimentou um ressurgimento durante outro período de mudanças turbulentas, os últimos dias do paganismo sancionado pelas autoridades, no fim do século IV, entre o reinado dos imperadores romanos Juliano e Teodósio I, que fechou definitivamente os templos. A eficácia de seu caprichoso poder alcançou respeitabilidade até mesmo nos círculos filosóficos da época, embora entre os poetas fosse um lugar-comum insultá-la como uma meretriz inconstante. Existiam templos dedicados a ela em Cesareia Marítima, Antioquia, Alexandria e Constantinopla.
Na arte medieval era representada portando uma cornucópia, um timão emblemático e a Roda da Fortuna; por vezes é representada sobre esta roda, presidindo sobre todo o círculo do destino. Na arte greco-budista de Gandara, Tique tornou-se intimamente associada à deusa budista Hariti.
O historiador grego Políbio acreditava que, sempre que não se descobrisse as causas de determinados eventos, tais como enchentes, secas ou geadas, estas causas podiam ser atribuídas com justiça a Tique.
A constelação de Virgem por vezes é identificada como a figura celestial de Tique, bem como outras deusas como Deméter e Astreia.
Na peça de Sófocles sobre Édipo, quando perguntam em qual deidade ele acredita, Édipo responde que Tique, naquela época sinônimo de acaso, ou acaso divino.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

01 novembro 2018

A erva sagrada: Mastruz!

A erva sagrada: Mastruz!



O mastruz é uma planta medicinal também conhecida por erva de santa maria, lombrigueira, quenopódio, ambrosina ou mentruz. É uma planta muito utilizada, pois seus óleos essenciais contêm propriedades vermífugas, antibióticas, antifúngicas, digestivas, antioxidantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes, por isso, é muito utilizada no tratamento de situações como bronquite ou pé de atleta, por exemplo.
Esta planta, que tem o nome científico Chenopodium Ambrosioides, cresce espontaneamente em terrenos arredores de habitações, possui folhas verde escura, alongadas e de diferentes tamanhos, suas flores são pequenas e de cor esbranquiçada, tem cheiro forte e desagradável e atinge até 70 cm de comprimento.
O mastruz pode ser comprado em alguns mercados ou em lojas de produtos naturais, na sua forma natural ou em folhas desidratadas.
Para que serve o mastruz
As propriedades do mastruz são muito utilizadas para situações como:
Tratamento de vermes, devido a sua ação antiparasitária;
Eliminação de infecções fúngicas ou bacterianas, pois tem efeito antisséptico;
Combate a problemas digestivos, por aumentar o suco gástrico. Confira outras opções de excelentes remédios caseiros para gastrite;
Trata a prisão de ventre, por aumentar a secreção e a contratilidade intestinal;
Ação anti-inflamatória e antirreumática;
Efeito expectorante nas doenças respiratórias, pois estimula a movimentação dos brônquios e secreção de muco.
Além disso, o mastruz pode ser passado na pele, devido a sua ação emoliente, que ajuda na cicatrização de feridas e na irritação da pele, além de ser repelente contra insetos. Também pode ser utilizado como compressa, para alívio de inflamações causadas por contusões ou pancadas.
Mastruz com leite
A mistura das folhas de mastruz batidas com leite é muito utilizada popularmente para ajudar no tratamento de doenças respiratórias, como bronquites e tuberculose, devido a associação dos efeitos fortificantes do sistema imune e expectorantes destas substâncias.
Modo de uso do mastruz
A forma mais comum de utilizar as propriedades do mastruz é com a infusão de suas folhas, preparando um chá:
Infusão de mastruz: colocar uma xícara de café, da planta fresca com sementes, em 500 ml de água fervente e deixar repousar por 10 minutos. Depois coar e beber uma xícara de 6 em 6 horas. Esta infusão é indicada para o tratamento de problemas de estômago.
Além das folhas, podem ser usadas as flores e sementes em infusões, misturado com leite, tintura, xarope, extrato ou essência, no tratamento de uso interno ou compressas.
Efeitos colaterais do mastruz
Os efeitos colaterais do mastruz incluem irritação na pele e mucosas, dor de cabeça, vômito, palpitações, danos no fígado, náuseas e transtornos visuais caso seja usado em doses elevadas.
Matruz é abortivo?
Em altas doses, as propriedades do mastruz podem atuar alterando a contratilidade dos músculos do corpo, por isso, pode ter um efeito abortivo, em algumas pessoas, sendo desaconselhado o seu uso por mulheres gestantes.
Quem não deve usar
O mastruz é conta indicado no caso de gravidez e em crianças com menos de 2 anos. O mastruz é uma erva medicinal que pode ser tóxica, e a orientação médica é necessária para definir a dose recomendada.
Remédio caseiro ou alimento? A informação é de que o mentruz, mastruço ou outro nome dependendo da região do Brasil ou país são ervas aromáticas comestíveis e com poder terapêutico. Os tipos de mentruz são três, veja abaixo o nome de cada um deles, seus nutrientes e benefícios para a saúde, nome científico, família, como usar e fotos para reconhecer cada um deles.
Erva de Santa Maria ou mentruz (Chenopodium ambrosioides L)

Erva de Santa Maria ou mentruz (Chenopodium ambrosioides L. ou Sancta Maria Vell.) é da família das Amarantaceae (antiga Chenopodiaceae), também conhecida como mastruço (norte do Brasil), epizote (México), cambrozia, erva-das-lombrigas, chá-dos-jesuítas, erva formigueira, matruz, mentruço, ambrósia, ambrisia, quenopódio e canudo.
Galho com folhas alongadas, serreadas, denteadas ou inteiras como as superiores e sementes, planta anual podendo chegar de 1 a 2 metros de altura. Na medicina doméstica se usa suas folhas e sementes em forma de chás, tintura, extratos e como erva aromática na culinária.
Composição da Erva de Santa Luzia ou mentruz
Nas folhas e sementes são encontrados óleos essenciais como ascaridiol, cineal, cimeno, salicilato de metila, cânfora, histamina, salicílico, limoneno, quenopodina, ácido salicídico e butírico.
Vitaminas A, do complexo B e C e minerais como cálcio, fósforo, zinco.
Benefícios da Erva de Santa Luzia ou mentruz
Antibacteriana e antifungicida, usada para combater a acne, estimulante, expectorante, combate vermes como Oxyurus, Tênia ou solitária, lombriga ou Ascaris lombrigóides entre outros, cólicas, gases, úlceras, é digestivo, detox.
Como repelente para pulga, percevejo, formiga, onde seus ramos são deixando sob camas, colchões ou usados para varrer o chão. É possível fazer inseticida com esta planta usando suas sementes.
Como preparar
Batida com leite, a erva de Santa Maria é considerada um remédio poderoso.

Para combater vermes faz-se um chá com 10 gramas das folhas para 1 litro de água, beber um gole de hora em hora e depois óleo de rícino, sem exceder a quantidade no chá e nem as doses.
Contraindicações
Deve ser evitado por grávidas por ser uma planta abortiva.
O óleo da semente é contraindicado para problemas com doenças renais, afecções estomacais ou intestinais e crianças desnutridas devido à toxicidade
O Mentruz (Lepidium virginicum L.)
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O Mentruz (Lepidium virginicum L.) é da família da Brassicaceae ou crucíferas, têm folhas bem finas e alongadas, flores brancas miúdas em galhos compridos e em cachos e muitas sementes em longas espigas verdes. Usa-se as folhas, flores e sementes do mentruz em forma de chá, tintura, extrato ou cataplasma.  As folhas e sementes podem ser usadas na culinária em patês, saladas, sobre pães, em batatas cozidas ou assadas e tem sabor que lembra a mostarda.
Este tipo de mentruz é também conhecido como mastruço da Virgínia, erva-fome, mentruz de galinha, mentruz dos índios.
Composição do Mentruz (Lepidium virginicum L.)
Com vitaminas C, ferro, flavonoides, polifenóis, alcaloides, lepidina, clorofila, arsênico e óleo.
Benefícios do Mentruz (Lepidium virginicum L.)
Expectorante usado para tratar de doenças respiratórias, usado nas afecções urinárias, ajuda tratar problemas estomacais.
Dicas de uso medicinal
Suas folhas em forma de cataplasma ajuda tratar a sinusite, quando aplicada topicamente. O mesmo efeito tem nas luxações e dores musculares.
O chá da planta é feito com 25 gramas da erva para 1 litro de água, beber de 2 a 3 xícaras das de chá ao dia.
Contraindicações
O mentruz do tipo (Lepidium virginicum L.) pode causar em algumas pessoas irritação, alergia e coceira na pele, diarreia, palpitação cardíaca e azia.
Mentruz rasteiro (Coronopus didymus)
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Também conhecido como mastruz, mastruço, mastruz miúdo, da família das crucíferas o mentruz rasteiro tem sabor picante.
Planta invernal, época em que se desenvolve mais e melhor, podendo ser encontrada no verão em lugares úmidos, mas em menor quantidade como mostra a foto acima. Com folhas miúdas, crespas e recortadas, de um verde intenso, que se ramifica e se enche de sementes.
Com sabor picante, que lembra a mostarda, rica em óleos essenciais e muito usada em remédios caseiros e na culinária.
Muito usado em feijões, grãos, pães, patês, saladas, a dica é usar esta plantinha rasteira muitas vezes ignorada como tempero em receitas.
Benefícios do mentruz rasteiro para a saúde
Muito usado como digestivo, expectorante, problemas do fígado e como cicatrizante.
Nome científico: Chenopodium ambrosioides L.
Nomes populares: ambrosina, ambrisina, ambrósia, ambrósia-do-méxico, anserina-vermífuga, anserina-vermes, apazote, canudo, caacica, canudo, chá-da-espanha, chá-do-méxico, chá-dos-jesuítas, cravinho-do-campo, cravinho-do-mato, erva-mata-pulgas, erva-das-cobras, erva-formigueira, erva-vomiqueira, erva-das-lombrigas, erva-de-bicho, erva-embrósia, erva-pomba-rota, erva-do-méxico, erva-formiga, erva-lombrigueira, erva-pomba-rola, erva-santa, lombrigueira, mastruço, mastruz, matruço, mata-cabra, mata-cobra, matruz, menstruço, mentrasto, mentraz, mentrei, mentrusto, mentruz, menstruz, pacote, quenopódio, trevo-de-santa-luzia, uzaidela.
Partes utilizadas: folhas e frutos
Utilização:
- medicinal: é indicada no tratamento de angina, asmas, aumentar a transpiração, bronquite, cãibras, catarro bronquial, cicatrização, circulação, contusões, estômago, fraturas, fortificante dos pulmões, fungos de solo, gripe, hemorragia interna, hemorroidas, infecção pulmonar,  laringites, má circulação, parasitas do intestino em geral (principalmente ascárides, nemátodas, oxiúros), pé-de-atleta, picadas de insetos, relaxar espasmos, tosse, tuberculose, varizes, vias respiratórias.
- Caseira: ligada à preparação para os usos medicinais e às aplicações culinárias.
- Cosmética: não foram encontrados relatos de utilização cosmética da planta.
- Culinária: embora pouco se saiba sobre isso no Brasil, o mastruz é muito apreciado como erva aromática no México e em países do Caribe, por isso, suas aplicações culinárias estão ligadas ao tempero e à preparação de saladas.
- Magia: o uso mágico se resume à ritualística da Umbanda e do Candomblé.
Na ritualística: em Umbanda, é utilizada para banhos de purificação e de harmonização, bem como na preparação de amacis de cabeça e de guias.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza