29 maio 2019

O Criador de tudo: Caos!


O criador de tudo: Caos!


Caos (em grego: Χάος , transl.: Cháos), na mitologia grega segundo Hesíodo, o primeiro deus primordial a surgir no universo, portanto a mais velha das formas de consciência divina. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas.
Seu nome deriva do verbo grego chaíno (χαίνω), que significa "separar", "ser amplo", significando o espaço vazio primordial. Também poderia ser chamado de Aer (Αηρ), que significa "ar" ou de Anapnoe (Αναπνοη), que significa "respirar".
O poeta romano Ovídio foi o primeiro a atribuir a noção de desordem e confusão à divindade Caos. Todavia, Caos seria para os gregos o contrário de Eros. Tanto Caos como os seus irmãos são forças geradoras do universo. Caos parece ser uma força catabólica, que gera por meio da cisão, assim como os organismos mais primitivos estudados pela biologia, enquanto Eros é uma força de junção e união. Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda "separação".
Filhos
Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares (mitose). Nix (Noite) e Érebo (Escuridão) nasceram a partir de "pedaços" do Caos. E do mesmo modo, os filhos de Nix nasceram de "pedaços" seus; como afirma Hesíodo: sem a união sexual. Portanto a família de Caos se origina de forma assexuada.
Se Caos gera através da separação e distinção dos elementos, e Eros através da união ou fusão destes, parece mais lógico que a ideia de confusão e de indistinção elemental pertença a Eros. Eros age de tal modo sobre os elementos do Mundo, que poderia fundi-los numa confusão inexorável. Assim, seu irmão Anteros, que nasceria do mesmo modo que Gaia,Tártaro, e Eros sendo assim irmão do Caos, equilibra sua força unificadora através da repulsa do elementos.
Caos é, então, uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio da cisão dos elementos. Caos parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias mitologias.
É frequente, devido à divulgação das ideias de Ovídio, considerar Caos como uma força sem forma ou aparência. Isso não é de todo uma inverdade. Na pré-história grega, tanto Caos como Eros eram representados como forças sem forma. Eros era representado por uma pedra.
Ou seja, na mitologia grega, Caos é "pai-mãe" de Nix e Érebo, e "irmão-irmã" de Gaia, Tártaro e Eros.
Os gregos conheciam diversas lendas sobre a origem do Cosmo. Homero considerava o titã Oceano a origem dos outros deuses; em outras doutrinas, em elementos recolhidos em testemunhos tardios, mencionavam Nix como o princípio de todas as coisas.
Caos foi considerado por Hesíodo como a primeira divindade a surgir no universo, portanto o mais velho dos Deuses, também conhecidos como Deuses primordiais.
É difícil estabelecer a natureza de Caos, pois ela sofreu várias interpretações e mudanças. Inicialmente era tido como o ar que preenchia o espaço entre o Éter e a Terra, mais tarde passou a ser visto como mistura primordial dos elementos.
Seu nome tem origem no verbo grego  χαίνω que significa "separar", "ser amplo". Significando o espaço vazio primordial. O conceito que conhecemos hoje, de desordem, confusão, só seria atribuído a divindade mais tarde, pelo romano Ovidio.
Todavia Caos, seria para os gregos o oposto de Eros, significando, corte, rachadura, cisão ou separação, e Eros o principio que produz a vida por meio da união dos elementos (masculino e feminino).
Segundo a cosmogênese narrada no mito, com o surgimento de Eros começou a haver alguma ordem. Caos representava, ao mesmo tempo, uma forma indefinida e desorganizada, onde todos os elementos encontravam-se dispersos, e uma divindade rudimentar capaz de gerar.
Tal como a Terra em seus tempos originais, nele estavam reunidos os elementos que compuseram todos os seres – mortais e imortais. De Caos nasceram Nix e Érubus e ambos uniram-se para a geração de novas divindades. No próprio Caos havia, entretanto, a força capaz de trazer-lhe ordem: Eros, tão antigo quanto os próprios elementos dispersos no Caos.
Caos, junto com sua filha Nix, teria gerado as Moiras, deusas do Destino, cego a todos os mortais e deuses imortais:
Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida, atuava como deusa dos nascimentos e partos.
Láquesis sorteava o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida e jamais retrocedia depois de uma decisão.
Na mitologia grega, destino são as Moiras que, na roda da fortuna, teciam a sorte dos homens e deuses, e a cortava quando bem entendesse. Nem mesmo o todo poderoso Zeus podia ir contra elas, pois qualquer coisa que fizesse alteraria de modo definitivo a sorte de todo universo.
Ferécides de Siros (séc. VI), por sua vez, sustentava que Zeus, Crono e Gaia haviam existido sempre e, portanto, não teria ocorrido propriamente uma criação. De qualquer modo, para os gregos todas as forças que haviam atuado no momento da criação eram, em qualquer uma das versões conhecidas, essencialmente divinas.
Caos era o deus grego primordial. Representava a desordem inicial do mundo. Segundo a cosmogênese narrada no mito, com o surgimento de Eros começou a haver alguma ordem. Caos representava, ao mesmo tempo, uma forma indefinida e desorganizada, onde todos os elementos encontravam-se dispersos, e uma divindade rudimentar capaz de gerar.
Tal como a Terra em seus tempos originais, nele estavam reunidos os elementos que compuseram todos os seres – mortais e imortais. De Caos nasceram Nix e Érubus e ambos uniram-se para a geração de novas deidades. No próprio Caos havia, entretanto, a força capaz de trazer-lhe ordem: Eros, tão antigo quanto os próprios elementos dispersos no Caos. Junto a ele, também Anteros. São forças de coesão e separação, espécie de yin e yang na visão grega dos primórdios.
Caos, junto com sua filha Nix, teria gerado as Moiras, deusas do Destino, cego a todos os mortais e deuses imortais.
* Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida, atuava como deusa dos nascimentos e partos.
* Láquesis sorteava o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
* Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida e jamais retrocedia depois de uma decisão.
Na mitologia grega, destino são as Moiras que, na roda da fortuna, teciam a sorte dos homens e deuses, e a cortava quando bem entendesse. Nem mesmo o todo poderoso Zeus podia ir contra elas, pois qualquer coisa que fizesse alteraria de modo definitivo a sorte de todo universo.
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No mito de Caos, a desordem uniu-se à noite para criar o destino, que dizem ser cego, sem visão física mas com visão espiritual. O destino não sabe o que está em sua frente, mas sabe o que vem pela frente. Deus primordial, o Caos está na vida das pessoas que se esquecem de viver bem o presente para criar melhor o seu futuro.
Todos nós temos oportunidades de fazer as coisas certas, das atitudes moderadas para construir um futuro digno de um deus de verdade. Porém se nos deixarmos corromper por pensamentos e atitudes negativas, estaremos criando o nosso Destino, deus cruel para aqueles que se esquecem que o Destino se faz. Quem não cria seu destino e vai à cegas pela vida, com certeza dá sorte ao próprio Caos.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

22 maio 2019

As Runas das Bruxas

As Runas das Bruxas
Este jogo de runas é utilizado como método divinatório por algumas bruxas. Se desconhece sua origem, embora pareça que para sua realização foram utilizados símbolos empregados pelo povo cigano em suas práticas divinatórias.
Todas as runas são jogadas para o ar, sobre um pano, descartando aquelas que caem viradas para baixo. Tampouco vamos considerar as que caem fora do pano. As runas que caem juntas têm significado combinado, assim como uma runa sobre outra pode dizer que esta runa está influenciando fortemente a outra ou está subordinada à primeira. É aí que entra em jogo a intuição do intérprete.
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A runa guia, líder ou runa dominante é aquela que se encontra mais próxima do intérprete, não do consultante. A distância das runas entre si e sua distância para conosco também nos dá uma ideia de uma linha temporal no momento da leitura. Naturalmente no caso de obter uma leitura sem nenhuma runa válida (todas invertidas, fora do pano, etc.) se subentende que não é o momento de conhecer a resposta e não se deve voltar a consultar isso tão cedo.

As 13 Runas das Bruxas
Durante a minha pesquisa encontrei outras fontes que falavam das runas das bruxas. Em muitas dessas fontes afirma-se que as runas das bruxas seriam 13. A bruxaria sempre esteve ligada a certas crenças (nas forças da natureza, nas forcas do cosmo, em entidades místicas, etc.), logo faz sentido diferentes referências ao assunto Runas, e alguns preceitos.
Confiram abaixo essas 13 runas.
Runa do Sol
Ela indica um período de iluminação onde várias possibilidades surgem, permitindo que você avance em direção do que você deseja. Toda essa abertura exigirá que você assuma mais responsabilidades, planeje seu futuro, tenha metas claras e não deixe que nada o desvie de seu caminho. Lute por conquistas materiais, invista seus ganhos pensando num futuro tranquilo.
Runa do voo
Prepare-se para lutar por seus ideais. Neste momento todos os obstáculos que o impediam de progredir começam a se dissipar. Procure seguir em frente buscando novos horizontes. Pense positivamente e procure se aprimorar. Esteja preparado para assumir novos desafios. Período propício a todo tipo de viagem. Nesta fase a comunicação é um ponto forte, portanto saiba utilizar-se dela para poder obter todos os benefícios. Mudanças inesperadas podem fazer você rever seus planos.
Runa dos anéis
Esta runa favorece todos os tipos de associações como sociedade, namoro, casamento, etc. Este é o momento de unir forças, trabalhar em grupo deixando de lado o individualismo. Tudo que tem ligação com a justiça como audiências, contratos, documentos, assinaturas, casamento ou divorcio também é favorecido. Procure não se influenciar por coisas supérfluas ou superficiais, pois estas situações tendem a acabar repentinamente. Procure ir fundo nas questões e só dê importância as coisas sólidas e estruturadas.
Runa da mulher
Denota que a negatividade ao seu redor estará se dissipando. Os caminhos começam a se abrir possibilitando o início de novos projetos. Procure ser criativo, evite criar confusões e esteje aberto a negociação. Siga suas intuições, abra-se para novos horizontes, estude, quebre barreiras e cure-se de velhos vícios. Para mulher um período propício a gravidez.
Runa do romance
Denota uma fase de abertura para concretização de projetos já iniciados. De agora em diante, o vento começa a soprar a seu favor, procure utilizar esta energia para fins construtivos, pois caso ela seja usada para o mal, as consequências podem ser graves. No aspecto amoroso simboliza união, um período de fertilidade para o amor. A sexualidade estará aflorada, podendo propiciar uma gravidez. Tempo favorável para reconciliação.
Runa das ondas
Esta runa indica que a situação não está totalmente clara, portanto procure investigar mais a fundo buscando esclarecer todos os detalhes. Não se deixe guiar pelas emoções e evite sonhar em demasia. Se for possível é melhor não tomar nenhuma decisão importante neste instante. Saiba aguardar o melhor momento para agir. Este runa é favorável a viagens, principalmente marítimas. Nos negócios procure ser objetivo, trace metas e não deixe que nada o desvie do programado... Persevere.
Runa da colheita
Você será reconhecido por seus esforços, todos os empecilhos se retiram, os caminhos e portas se abrem para que você avance em rumo ao que deseja. Saiba aproveita deste momento, não se acomode, lute, persevere, pois tudo estará a seu favor bastando ter boa vontade e iniciativa. No amor você terá a chance de rever ou conhecer um bom parceiro que poderá levá-lo a felicidade. Procure evitar os excessos. Saiba administrar bem o que lhe chega às mãos. Cerque-se de pessoas sábias e verdadeiras, livre-se de aproveitadores e interesseiros.
Runa da estrela
Os sonhos se tornam realidade, projetos ganham força para sua realização e a vida financeira prospera. Nesta fase você conta com muita proteção espiritual, portanto, esteja atendo a seus sonhos. Reconheça sinais enviados por guias espirituais mantendo-se mais conectado com o plano astral, pois muitas revelações serão feitas. Você poderá se sentir estranho, pois irá começar a romper com suas tradições deixando velhos hábitos para trás. Busque por novidades e mudanças para passar nas provações e testes. Mantenha-se atento para não cair em ciladas.
Runa do homem
Aqui vale o ditado “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”, pois só assim você não perderá oportunidades. Procure se organizar, tenha iniciativa e pulso firme, mantenha tudo sob controle, pois a tendência é que as coisas ocorram mais rápido que o esperado. A sabedoria deve sobrepor os atos de impulsividade. Resolva conflitos, liberte-se de situações passadas que o prendem impedindo de progredir livremente. Evite diálogos acalorados, brigas e discussões. A saúde requer atenção especial, mantenha seu sistema imunológico equilibrado, alimente-se de forma mais natural possível e evite doces, gorduras e sal em excesso.
Runa da encruzilhada
Neste momento, você terá dificuldades maiores que habitualmente encontra, porém não desista diante das adversidades. Esteja atento as pessoas que o cercam. Evite falar de mais, guardando para si mesmo suas emoções ou frustrações. Apesar de tanta negatividade, será neste momento que você desenvolverá capacidades nunca reveladas, aprendendo a lidar melhor com as perdas. Com disciplina e sacrifício, lentamente as coisas caminharão, porém tudo o que for conquistado será sólido e permanente. Na vida amorosa denota desarmonia, uma possível separação ou um amor não correspondido.
Runa da Lua
Esta runa indica que você deve aprender a lidar melhor com suas intuições. Antes de tomar qualquer decisão procure avaliar bem a situação. Reflita e baseie-se em seus aprendizados. Coloque em prática experiências adquiridas anteriormente. Liberte sua mente de amarras que o prendem ao passado impedindo você de progredir. Nesta fase você deverá ter muita paciência, saiba aguardar o momento certo de agir, reflita mais, medite e preste atenção em seus sonhos.
Runa do olho
Simboliza que você deve observar melhor o que acontece a sua volta. Evite comentar demais sobre sua vida ou projetos. Procure olhar para dentro de si mesmo procurando sentir quais são suas verdadeiras necessidades. As respostas que você tanto procura estão todos em você mesmo. Ninguém pode ajudar melhor você do que você mesmo. A runa do olho também demonstra grande poder de clarividência, intuição aflorada, forte ligação com o mundo espiritual, portanto procure entrar em contato com o astral visando enxergar e decidir melhor os enigmas existentes em sua vida. O que deve ser aprendido aqui é enxergar a realidade e não o que os seus olhos gostariam de ver.
Runa da foice
Esta runa indica a necessidade de se desligar de assuntos que não tem grande importância em sua vida, mas acabam sugando sua energia, prendem, amarram e perturbam a mente impedindo que você progrida. A foice vem podar, cortar, eliminar e acertar elementos que já encerraram sua participação em sua vida, por mais difícil que possa ser, procure não ir contra estas mudanças ou a dor será ainda maior. No amor é possível que ocorra uma separação, dificuldades a ser superadas, necessidade de programar mudanças usando reestruturar a relação para evitar um rompimento. Na parte espiritual denota energia negativa, perturbação espiritual, então, proteja-se.

Como Fazer as runas
O oráculo deve ser feito pela própria bruxa para si mesma ou para dar para outra bruxa – por isso runas das bruxas. Se for comprar, compre de uma bruxa ou bruxo, pois os bruxos sabem que na confecção dessas peças é necessário a invocação de sabedoria, força e energia. Quanto maior a energia empenhada, melhor será para lidar com as runas das bruxas.

  1. Consiga 13 pedras ou cristais. Pode ser feito na madeira também. As pedras podem ser qualquer uma, até mesmo as que você encontra no chão na rua tanto quanto pedras de vidro(porque o vidro vem da areia).
  2. Purifique as pedras: lave-as com sal grosso e deixe-as energizar por toda uma noite sob o luar. Tem que ser o luar, pois é a lua que possui dons sobre o mistério, sobre nossa inconsciência.
  3. Antes de confeccionar durma ao menos 1 semana com essas pedras debaixo do travesseiro para se ligar com suas futuras runas. Anote no seu diário de sonhos ou livro das sombras o que sonhar nesses dias. Se você decidir dar essas runas para alguém ou vender, a pessoa que deverá dormir com as pedras, e claro, depois de terminadas.
  4. Na hora de confeccionar, acenda uma vela e faça uma oração em honra a lua. Se você tem alguma divindade e quiser consagrá-la, faça como preferir.
  5. Depois de confeccionar as runas das bruxas, faça uma toalha que será usada somente para esse oráculo.

As 8 runas dos Sabbats

Cada uma das oito runas corresponde a um dos sabbats do ano, o que permite uma variação simbólica na leitura da tirada, assim mesmo, algumas delas têm um conteúdo dual em sua leitura do tipo sim- não, feminino-masculino.
Abaixo os amigos e amigas poderão conhecer as oito runas que representam os Sabbats.

O sol

Palavras-chave: êxito e progresso
Significado: força, uma autoridade, um padre.
Sabá: Mabon
Número: 1
Gênero: masculino
Interpretada como: "SIM"
Esta runa simboliza a força e a autoridade, o poder e a confiança, também a superação de dificuldades e a consecução de objetivos. Também nos fala de crescimento pessoal e evolução.

A Lua

Palavra-chave: mudança
Significado: Feminilidade. O fluxo das marés. Conhecimento feminino e sabedoria, consciência psíquica e ocultismo.
Sabá: Samhain
Número: 2
Gênero: Feminino
Interpretada como: "NÃO"
Esta runa representa a sensualidade, o feminino, o fluxo das marés, a sabedoria oculta, a percepção psíquica e tudo que é oculto e misterioso. Como a lua também representa influência. Esta runa carrega um componente temporário adicionado em sua leitura, relativo à mudança que representa, é de se esperar que esta ocorra entre os 28 dias do ciclo lunar. Geralmente esta runa aparece em consultas que tenham a ver com mulheres e é importante sempre levar em conta as runas que a rodeiam. Esta runa é um mensageiro que fala de mudanças na vida, os quais normalmente têm mais a ver com processos interiores da pessoa do que com alterações no âmbito material.

Os Anéis

Palavras-chave: amor, relações e empatia
Significado: encontros. Pode representar um matrimônio.
Sabá: Yule
Número: 3
Gênero: masculino
Em um relacionamento pode significar união ou casamento. Tem um conteúdo de compromisso e às vezes uma nova abordagem de algo já relacionado. Naturalmente é a runa do amor e se é a runa dominante pode ser lida como "SIM", sempre carrega implícita uma carga de relação.

As Lanças Cruzadas

Palavras-chave: guerra, negatividade.
Significado: representa os argumentos e fatos negativos
Sabá: Imbolc
Número: 4
Gênero: Feminino
Ela representa os fatos e argumentos negativos, assim como brigas e discussões. Se está perto de uma runa positiva pode significar o fim da algo, cura ou até mesmo uma promoção. É especialmente importante considerar as runas circundantes e sua distância.

A Serpente

Palavras-chave: amigos, família, viagens
Significado: deriva-se seu significado, geralmente, das outras pedras mais próximas dela
Sabá: Ostara
Número: 5
Gênero: masculino
O círculo afetivo composto por teus familiares e amigos está representado por esta runa. Normalmente é interpretada como movimento, mudança e inclusive viagem. De qualquer modo não é uma runa estática definitivamente. Qualquer uma destas possibilidades é influenciada pela presença das runas ao seu redor. Salientamos também que a proximidade da runa sol indica um movimento externo e da lua um movimento de natureza interior.

As Aves

Palavra-chave: mudança inesperada
Significado: notícia inesperada que pode mudar sua vida completamente
Sabá: Beltane
Número: 6
Gênero: feminino
Esta runa somente implica mudanças de natureza inevitável, especialmente se é uma runa guia. As runas circundantes podem indicar pistas sobre a origem das mesmas. Esta runa tem uma forte carga simbólica em relação às notícias e novidades, mensageiros e correspondência e quanto a ciclos e migrações. Pode representar notícias ou visitas de pessoas com as quais se havia perdido contato.

A Espiga de Milho

Palavras-chave: natureza, boa sorte e abundância
Significado: florescimento de algo novo, felicidade
Sabá: Litha
Número: 7
Gênero: masculino
Interpretada como: "Sim"
Esta runa simboliza a conquista e o êxito em todos os âmbitos, por isto é fundamental ter clareza sobre a influência das runas, que pela proximidade, podem influir de algum modo. Em conjunto com as aves pode, por exemplo, significar uma viagem ou mudança feita de forma bem sucedida. Em união com os anéis, sucesso em uma relação comercial ou amorosa. Anexada ao Sol, sucesso no trabalho.

A cicatriz

Palavras-chave: fim. destruição, dificuldades e dor
Significado: rescisão ou execução de algo
Sabá: Lammas
Número: 8
Gênero: Feminino
Interpretada como: "ABSOLUTAMENTE NÃO"
A cicatriz ou runa negra, implica o desaparecimento de algo cujo sentido positivo ou negativo possivelmente está determinado pela proximidade de outras runas. É uma runa dura que carrega implícito a inevitabilidade de algumas experiências por mais dolorosos que sejam. É a runa da aprendizagem e humildade. Possivelmente é a runa com a qual mais temos que considerar o alcance e a natureza das runas em torno dela.
Fontes: O Submundo e Paganus Aeternus

14 maio 2019

As deusas das inspirações: Musas!


As deusas das inspirações: Musas!


As musas (em grego antigo: Μοῦσα, transl.: Mousa), na mitologia grega, eram entidades a quem era atribuída a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Eram as nove filhas de Mnemósine ("Memória") e Zeus. O templo das musas era o Museion, termo que deu origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de cultivo e preservação das artes e ciências.
Origem mitológica
Após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante dez noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um maravilhoso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.
Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da eloqüência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.
Clio (a que confere fama) era a musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucde". Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.
Euterpe (a que dá júbilo) era a musa da poesia lírica e tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem, que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.
Tália (a festiva) era a musa da comédia que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
Melpômene (a cantora) era a musa da tragédia; usava máscara trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos.
Terpsícore (a que adora dançar) era a musa da dança. Também regia o canto coral e portava a cítara ou lira. Apresenta-se coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. Alguns autores fazem-na mãe das Sereias.
Érato (a que desperta desejo) era a musa do verso erótico. É uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita segura uma lira e com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Amor que beija-lhe os pés.
Polímnia (a de muitos hinos) era a musa dos hinos sagrados e da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.
Urânia (celeste) era a musa da astronomia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso. Representam-na com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade a que os astrônomos/astrólogos pediam inspiração.
Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon, na Beócia (musas beócias) e no monte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música.
O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais. Também frequentavam o monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam gracioso movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.
Na mitologia grega, as musas (em grego Μοῦσαι) eram, segundo os escritores mais antigos, as deusas inspiradoras da música e, segundo as noções posteriores, divindades que presidiam os diferentes tipos de poesia, assim como as artes e as ciências. Originalmente foram consideradas Ninfas inspiradoras das fontes, próximas das quais eram adoradas, e levaram nomes diferentes em distintos lugares, até que a adoração tracio-beócia das nove musas se estendeu desde Beócia ao resto das regiões da Grécia e ao final permaneceria geralmente estabelecida.
Ainda que na mitologia romana terminaram sendo identificadas com as Camenas, Ninfas inspiradoras das fontes, na realidade pouco tinham a ver com elas.
Genealogia
A genealogia das musas não é a mesma em todas as fontes. A noção mais comum é que eram filhas de Zeus, rei dos Olímpicos, e Mnemôsine, deusa da memória, e que nasceram em Pieria na Trácia, ao pé do monte Olimpo, pelo qual às vezes lhes chamavam Olímpicas, mas alguns autores como Alcmán, Mimnermos e Praxila as consideravam mais primordiais, filhas de Urano e Gaia. Pausânias explica que havia duas gerações de musas, sendo as primeiras e mais antigas filhas de Urano e Gaia e as segundas de Zeus e Mnemôsine. Eram belas e sempre conseguiam o que elas queriam. Outras versões afirmavam que eram filhas:
De Apolo;lonis
De Zeus e Plusia;
De Zeus e Atena;
De Urano e Gaia;
De Píeros e uma ninfa pimpleia ao qual Cícero chama Antíope (pelo qual às vezes lhes chamam Piérides, Pimpleias ou Pimpleídes);
De Zeus e Mnemôsine ou Mnemea de onde são chamadas mnemonides. Moneta provavelmente é uma simples tradução romana dessas deusas.
Considerava-se Eufeme a ama-de-leite das musas e ao pé do monte Helicón sua estátua aparecia junto à de Linos.
Sobre seu número
Por Pausânias, sabemos que originalmente se adoravam a três musas no monte Helicón, na Beócia:
Meletea ("meditação");
Mnemea ("memória");
Aedea ("canto", "voz").
Dizia-se que seu culto e nomes haviam sido introduzidos pela primeira vez pelos Aloádes: Efialtes e Otos. Juntas formavam o retrato completo das pré-condições para a arte poética nas práticas religiosas. Também se reconheciam a três em Sición, onde uma delas levava o nome de Polimatía, e em Delfos, onde seus nomes eram idênticos aos das três cordas da lira, ou seja, Nete, Mese e Hípate, ou Cefisos, Apolonis e Boristenis, que eram os nomes que as caracterizavam como filhas de Apolo.
Como filhas de Zeus e Plusia se acham menções a cinco musas:
Meletea ("praticar");
Menme ("recordar");
Telxínoe ("tocar");
Aedea ("cantar");
Arkhe ("glorificar").
Algumas fontes, na qual por sua vez são consideradas filhas de Píeros, mencionam sete musas chamadas Piérides: Neilos, Tritone, Asopos, Heptapora, Aquelois, Tipoplos e Rhodia, e por último outras mencionam oito, que também se diz que era o número reconhecido em Atenas.
As nove musas canônicas
Finalmente, consolidou-se em toda a Grécia o número de nove musas. Homero menciona algumas vezes uma musa e outras vezes várias musas, mas somente uma vez a Odisseia cita que eram nove. No entanto, não menciona nenhum de seus nomes. Hesíodo, na Teogonia, é o primeiro que dá os nomes das nove, que a partir de então passaram a ser reconhecidas. Plutarco afirma que em alguns lugares as nove eram chamadas pelo nome comum de Mneae ("recordações").
As nove musas canônicas são:
Calíope (Καλλιόπη, "a de bela voz")
Clio (Κλειώ, "a que celebra")
Erato (Ερατώ, "amorosa")
Euterpe (Ευτέρπη, "deleite")
Melpômene (Μελπομένη, "cantar")
Polímnia (Πολυμνία, "muitos hinos")
Tália (θάλλεω, "florescer")
Terpsícore (Τερψιχόρη, "deleite da dança")
Urânia (Ουρανία, "celestial")
Apesar da difundida crença, não havia correlação entre as artes tradicionais (que eram seis) e as musas, sendo tal associação uma inovação posterior.
Representações artísticas
Nas obras de arte mais antigas se encontram somente três musas e seus atributos são instrumentos musicais, tais como o aulo, a lira ou a viola.
Na arte romana, renascentista e neoclássica, cada uma das nove musas recebiam, ao serem representadas em esculturas ou pinturas, atributos e atitudes diferentes, em função da disciplina artística ou científica com a qual eram associadas, o que permitia distingui-las:
Calíope (poesia épica) aparece com uma tabuleta e um estilete, e às vezes com um pergaminho.
Clíos (história) aparece sentada, com um pergaminho aberto ou um cofre de livros.
Erato (poesia erótica) leva uma lira.
Euterpe (poesia lírica) leva uma flauta.
Melpômene (tragédia) com uma máscara trágica, a cabeça rodeada de folhas de parreira e levando coturnos.
Polimnia (poesia sacra e geometria) aparece com gesto sério.
Talía (comédia) aparece com uma máscara cômica.
Terpsícore (dança e canto) aparece com um instrumento musical de corda (a lira ou a viola) e às vezes bailando.
Urânia (astronomia e astrologia) com um compasso e um globo celeste.
Em algumas representações as musas aparecem com plumas sobre suas cabeças, aludindo a competição com as sereias. Também apareciam em ocasiões acompanhadas de Apolo.
As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da memória.

Cada musa protegia uma certa arte ou ciência.
Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor.
As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar.
Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego “mousa”; dela derivam museu que, originalmente significa “templo das musas”, e música que significa “arte das musas”.
Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.
Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.
Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.
Atributos das Musas
As Musas pertencem originariamente à família das ninfas: são as fontes inspiradoras que comunicam aos homens a faculdade poética e lhes ensinam as divinas cadências.
O seu número tem variado bastante segundo os tempos e as localidades; mas primitivamente eram apenas três, Melete (A Meditação), Mneme (A Memória) e Aoide (O Canto).
Habitualmente são nove irmãs que Hesíodo diz terem nascido de Zeus e Mnemósina, a Memória. “Na Pieria, Mnemósina, que reinava sobre as colinas de Eleutério, unida ao filho de Crono, deu à luz essas virgens que proporcionam o esquecimento dos males e o fim das dores. Durante nove noites, o prudente Zeus, deitando-se no leito sagrado, dormiu ao lado de Mnemósina, longe de todos os imortais. Um ano depois, tendo as estações e os meses percorrido o seu curso, bem como os dias, Mnemósina deu à luz nove filhas animadas do mesmo espírito, sensíveis ao encanto da música e trazendo no peito um coração isento de inquietações; deu-as à luz perto do pico elevado do nervoso Olimpo no qual elas formam coros brilhantes e possuem pacíficas moradas. Ao seu lado, postam-se as Carites e o Desejo nos festins, em que a sua boca, expandindo amável harmonia, canta as leis do universo e as respeitáveis funções dos deuses.
Orgulhosas da belíssima voz e dos seus divinos concertos, subiram ao Olimpo; a terra negra ecoava-lhes os acordes, e sob os seus pés se erguia um ruído sedutor, enquanto elas rumavam para o autor dos seus dias, o rei do céu, o senhor do trovão e do raio ardente, o qual, poderoso vencedor de seu pai Crono, distribuiu eqüitativamente entre todos os deuses as incumbências e honras. Eis o que cantavam as Musas moradoras do Olimpo, as nove filhas do grande Zeus, Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Calíope, a mais poderosa de todas, pois serve de companheira aos veneráveis reis.
Quando as filhas do grande Zeus querem honrar um desses reis, filhos dos céus, mal o vêem nascer derramam-lhe sobre a língua um delicado orvalho, e as palavras lhe fluem da boca como verdadeiro mel. Eis o divino privilégio que as Musas concedem aos mortais.” (Hesíodo).
As Musas eram respeitadíssimas e o talento dos artistas tido como dom das nove irmãs.
Nas suas estátuas, liam-se inscrições como a seguinte: “Ó deus, o músico Xenocles mandou erguer-vos esta estátua de mármore, monumento da gratidão.
Todos dirão: ‘Na glória que lhe proporcionou o seu talento, Xenocles não se esqueceu daquelas que o inspiraram’.” (Teócrito).
Após a derrota dos Titãs, os deuses pediram a Zeus que criasse divindades capazes de cantar condignamente a grande vitória dos Olímpicos. Zeus partilhou o leito de Mnemósina durante nove noites consecutivas e, no tempo devido, nasceram as nove musas. Há outras tradições e variantes que fazem delas filhas de Harmonia ou de Urano e Geia, mas essas genealogias remetem direta ou indiretamente a concepções filosóficas sobre a primazia da Música no universo.
As musas são apenas as cantoras divinas, cujos coros e hinos alegram o coração de Zeus e de todos os Imortais, já que sua função principal era presidir ao Pensamento sob todas as suas formas: sabedoria, eloqüência, persuasão, história, matemática, astronomia. Para Hesíodo, são as musas que acompanham os reis e ditam-lhes palavras de persuasão, capazes de serenar as querelas e restabelecer a paz entre os homens. Do mesmo modo, acrescenta o poeta de Ascra, é suficiente que um cantor, um servidor das musas celebre as façanhas dos homens dos passado ou os deuses felizes, para que se esqueçam as inquietações e ninguém mais se lembre de seus sofrimentos.
Havia dois grupos principais de Musas: as da Trácia e as da Beócia. As primeiras, vizinhas do monte Olimpo, são as Piérides; as outras, as da Beócia, habitam o Hélicon e estão mais ligadas a Apolo, que lhe dirige os cantos em torno da fonte de Hipocren, cujas águas favoreciam a inspiração poética.
Embora em Hesíodo já apareçam as nove Musas, esse número variava muito, até que na época clássica seu número, nomes e funções se fixaram: Calíope preside à poesia épica; Clio, à história; Polímnia à retórica; Euterpe, à música; Terpsícore, à dança; Érato, à lírica coral; Melpômene, à tragédia; Talia, à comédia; Urânia, à astronomia.
As nove musas são:
Calíope
A mais sábia das Musas e também sua líder. Seu nome significa "a bela voz" e é a musa da poesia épica, das ciências em geral e da elouquência, presidindo as relações entre homens e nações. Com Apolo foi mãe de Orfeu e Linus. Com Ares foi mãe dos fundadores da Trácia. Pode ter sido mãe das sereias.
Costuma ser representada sob a figura de uma donzela de ar majestoso, coroada de louros e grinaldas. Sentada em meditação, segura uma tábua de escrever e um estilete ou um pergaminho e uma pena. A Ilíada, A Odisseia e A Eneida apareciam como livros em algumas representações da musa, uma vez que ela era considerada a musa de Homero e Virgílio.
Clio (Cleio)
Musa da história e da criatividade, é frequentemente representada segurando um papiro enrolado e um clarim, com o livro do historiador grego Tucídides ao seu lado. A ela é atribuída a introdução do alfabeto fenício na Grécia. Seu nome significa "a que anuncia" e, assim, era a que divulgava e celebrava realizações, dando fama. Foi mãe de Jacinto, com um rei da Macedônia.
Fez sua irmã Calíope atuar como mediadora na disputa de Adônis entre Perséfone e Afrodite, depois que a deusa do amor fez Clio se apaixonar por um mortal em vingança por receber uma crítica da musa.
Erato
Musa da poesia romântica e erótica, e também da mímica. Era representada com uma coroa de rosas e uma cítara (que ela teria inventado, ou uma lira) e, em muitas vezes aparece com Hímero, o cupido do desejo sexual, ou até mesmo Eros. Apesar de seu nome significar "adorável", "a que desperta o desejo", manteve seu caráter virginal, pois faziam com que os outros fossem desejados e dignos de serem amados.
Alguns textos a colocam somente como uma nereida, uma das ninfas do mar, filha de Nereu.
Euterpe
"A que dá júbilo" era a musa da poesia lírica e, portanto, da música. Era representada com uma flauta dupla (aulos), invenção atribuída a ela, mas teria mesmo inspirado Atenas a criá-la e o músico Mársias a tocá-la.
Melpômene
"A que canta" era a musa do canto, mas ficou mais conhecida como a musa da tragédia, sendo representada com uma máscara trágica. Sempre bem vestida, usava, porém, coturnos, que eram as costumeiras botas gastas dos atores. Algumas vezes também segura um bastão (a clava de Hércules) e usa uma coroa de ciprestes. Era a oposta de Tália.
Polímnia
"A que canta muitos hinos" é a musa das poesias e cânticos sagrados. Usava um véu e era representada com um olhar pensativo (muitas vezes com o dedo na boca ou a mão no queixo). É também musa da geometria, da agricultura e da meditação.
Tália
A oitava a nascer, é a musa da poesia idílica e da comédia, "a que floresce e celebra" é representada com uma máscara de comédia, uma coroa de azevinho (ou hera) e um cajado de pastor. Podia aparecer também com um clarim como um instrumento de sustentação da voz dos atores. Era a oposta de Melpômene, e pode ter sido mãe dos dançarinos coribantes.
Uma das três Graças também se chama Tália. Não se sabe se são dois personagens diferentes ou a mesma, uma vez que os dois grupos femininos moravam no mesmo local.
Terpsícore (ou Terpsícora)
A "radiante agitadora" é a musa da dança e da música coral, sendo representada com uma lira e uma palheta nas mãos. O interessante é que aparecia sempre sentada como se comandasse a dança, e raramente era representada realmente dançando. Alguns dizem que ela é a mãe das sereias junto ao rio Aquelau.
Urânia
A "celestial" é a mais velha das musas. Recebeu seu nome por ser a primeira neta de Urano. Poderosa como seu pai e bela como sua mãe, é a musa da astrologia, da astronomia e da filosofia, representada com um compasso e um globo celestial. É também associada ao Amor Universal e ao Espírito Santo. Vestida com um manto estelar, era capaz de prever o futuro pela posição das estrelas. Foi a primeira a cavalgar Pégaso (que criou uma fonte de inspiração ao bater com seus cascos no Monte Hélicon) e a responsável por salvar o cavalo alado da fúria de Zeus.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.