29 novembro 2017

A erva sagrada: Anis-Estrelado!

A erva sagrada: Anis-Estrelado!



Anis-estrelado ou estrela-de-anis é uma planta de uso culinário e medicinal, a Illicium verum, originária da China e do Vietnã. Mas, existe outro, japonês, parecidíssimo, que é altamente tóxico - trata-se do Illicium japonicum.
Enfim, o anis-estrelado é mais uma das especiarias orientais que entrou na nossa cultura medicinal e curativa desde tempos imemoriais. Esta planta cuja semente seca parece uma estrela, é rica em óleos aromáticos e seu aroma assemelha o do anis.
As duas espécies têm propriedades medicinais, porém, é muito perigosa a confusão ou o usar uma pela outra (afinal é tudo anis-estrelado, não?) pois a espécie japonesa é neurotoxina e especialmente perigosa para crianças.
Uso medicinal do Illicium verum - anis-estrelado chinês
Esta especiaria tem propriedades antibacteriana, carminativa, diurética, odontálgica, estimulante e protetiva estomacal.
Faz-se uso interno para tratar dores abdominais, distúrbios digestivos e queixas como lumbago.
É frequentemente utilizada em medicinais para tratamento de distúrbios digestivos e tosse, em parte também por causa de seu sabor agradável.
O anis-estrelado é eficaz para vários distúrbios digestivos, incluindo cólicas, e pode ser administrado com segurança às crianças.
Usa-se a fruta, colhida quase madura, para mastigá-la em pequenas quantidades após as refeições, a fim de favorecer a digestão e adoçar a respiração. O fruto tem um efeito antibacteriano similar à penicilina.
Dos frutos maduros se extrai o óleo essencial e, quando secos, são usados para decocção ou para se fazer o chá. De suas sementes, faz-se um remédio homeopático, segundo informa o site Plantes for a Future.
Benefícios medicinais do anis-estrelado chinês:
antisséptico
antibacteriano
anti-inflamatório
calmante
digestivo
diurético
relaxante
indutor do sono
analgésico
Seu princípio ativo é tão poderoso que integra a produção do antiviral Oseltamivir ou Tamiflu.
Usos culinários do Illicium verum - anis-estrelado chinês
O fruto é usado como um condimento em caril, chás e picles, sopas, caldos e marinadas.
É um ingrediente do "pó de cinco especiarias" usado na cozinha chinesa e vietnamita.
O óleo essencial é utilizado para aromatizar licores, refrigerantes e produtos de panificação.
Na Índia, o anis-estrelado chinês é usado em substituição do anis comum por ser mais barato que este.
Cuidados no uso do anis-estrelado (contraindicações)
O óleo essencial de anis-estrelado (chinês ou japonês) é tóxico se ingerido.
Qualquer dos dois tipos de anis-estrelado tem efeitos tóxicos se usado em excesso.
O anis-estrelado japonês é neurotóxico quando usado, em chá, para crianças pequenas e, tal se verificou por conta de adulterações nos lotes do anis-chinês em venda nos mercados europeus. Portanto, todo cuidado é pouco já que as plantas são muito parecidas e, por este motivo se desaconselha a administração deste chá para bebês, apesar de ser excelente para tratar cólicas e outros desarranjos intestinais.
O chá de anis-estrelado chinês
Este é um chá que eu costumo usar quando me sinto gripada, ou cansada e tensa, com dificuldade para adormecer e, para este fim particular, coloco uma estrela de anis junto com outro chá de ervas, em 1 litro de água fervente. Ou 1 estrela de anis em uma xícara de água já quente. Nos dois casos deixo a estrela de anis enquanto dura o líquido e, como é dosagem leve, tomo quantas xícaras tiver vontade.
Mas, a recomendação que vejo por aí é de se fazer a decocção por 10 minutos de 1 colher de sopa de estrelas de anis em 1 litro de água. Francamente, para mim essa dosagem é muito forte, mas, cada um é um universo, certo?
Porém, como já foi dito antes - não dê chá de anis-estrelado para os bebês pelo simples fato de poder ser confundida a estrela de anis chinesa com a homônima japonesa, que é muito mais forte (e, portanto, mais tóxica também).
Árvore de belas flores, originária da China, país que a produz em maior quantidade, não é cultivada comercialmente no Brasil, mas seu uso é muito comum por aqui. A árvore de grande porte produz frutos em formato de estrela, daí o nome, e estas são as partes da planta utilizadas. Na China é utilizada na culinária, para temperar frutos do mar e carnes, devido a seu aroma peculiar. Por aqui, usada medicinalmente, é mais comum em infusões, fervendo-se água e acrescentando as “estrelas”, deixando em descanso por alguns minutos antes de beber.
Possui propriedades semelhantes à erva doce e ao anis (pimpinella anisum L), não devendo ser confundido com este, apesar de também conter o anetol como princípio ativo. Ele tem efeito digestivo como os outros, mas muito mais concentrado. Indicado para tratar espasmos do estômago, intestino, útero e vesícula, também acaba com gases e cólicas, auxiliando em qualquer problema relacionado com a digestão. O anis pode ser chupado para combater mau hálito, fazendo isso após as refeições, dois problemas serão resolvidos, já que a digestão também pode ser beneficiada assim.
Gastronomia
Aqui em nosso país, apesar de as aplicações deste fruto se limitarem em maior parte às receitas medicinais caseiras, também vem sendo experimentadas receitas na culinária, como o uso em biscoitos ou massas de bolos, fervendo-se leite com o anis-estrelado e usando esse leite como aromatizante emoliente nessas receitas e, a exemplo da culinária chinesa, também tem sido testado em temperos de carnes. Claro que ainda não se tornou um costume, mas, os que apreciam a gastronomia, já perceberam que este também pode ser um tempero sofisticado e aromático.
A planta ainda possui uma substância poderosa chamada shikimico, que é a base da produção do oseltamivir, o medicamento Tamiflu, usado em casos de gripe aviária.
Apesar de suas indicações, é necessário certo cuidado, pois, se consumido em excesso, o anetol da composição pode até causar delírios e convulsões, já que tem efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso.
Conheça outros nomes do anis-estrelado
anis-da-China;
anis-do-Japão;
anis-da-Sibéria;
funcho-da-China; (na Espanha):
anis estreliado; anis de estrella;
(em Portugal): badiana e anis-estrelado;
(na França): anis de la Chine; Badiane;
(Inglaterra): star anise; chinese anis.


Uso magico:
Nome Científico: Illicium verum.
Nomes usados: Anis-estrelado, anis-da-sibéria, badiana, funcho-da-china, anis-doce, erva-doce-chinesa, anis-verdadeiro, anis-da-sibéria, anis-siberiano...
Família: Magnoliceae.
Origem: Sua origem é tida como chinesa.
Parte utilizada: sementes, frutos.
Descrição: O anis-estrelado é uma árvore que pode chegar até 10 metros de altura produzindo pequenas flores amarelas; suas folhas são largas e de verde muito intenso, e o que mais caracteriza esta planta são seus frutos na forma de estrela, sendo que no interior de cada “ponta” existe uma semente. Esta árvore parece com o pé de eucalipto, e pode produzir até 4.000 frutos por colheita. Possui coloração marrom e forte aroma característico, sendo muito mais forte que a erva-doce ou o funcho. A árvore do anis-estrelado faz lembrar o loureiro pelo seu belo porte e a magnólia por suas flores decorativas. Toda a planta exala um agradável aroma semelhante ao anis, ainda que mais intenso. 
Planeta: Lua, Vênus.
Elemento: Ar, Terra.
Propriedades mágicas: atrai sorte. Bom para abundância, vitalidade, proteção, purificação e limpeza. Erva usada em porções, óleos e pós para atrair o Povo das Fadas. Planta de influência venusiana seu banho serve nos casos amorosos, e como defumação aliada a outros componentes para abrir os caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo.
Rituais e festivais: Sabbat de Beltane, Litha, Imbolc.
Propriedade Terapêutica: emprega-se para a tosse, catarro bronquial, asma, inapetência, catarro gastrintestinal, espasmos de órgãos respiratórios e digestivos (cólicas). Anis em pó misturado com cenouras é muito conveniente para o tratamento de lombrigas nas crianças. Para a cura de enxaquecas de origem digestiva, cólicas menstruais e infantis, problemas cardiovasculares, asma, para combater náuseas e vômitos durante a gravidez e para aumentar a produção de leite materno. Ação carminativa, diurética, estimulante geral, estimulante da produção de leite materno, contra cólicas e espasmos e para disfunções do estômago. É a partir desta planta que se produz o principal fármaco para tratamento da Gripe A o Oseltamivir (nome comercial: Tamiflu).
Modo de usar:
-O chá das sementes serve para acabar com dor de barriga, gases e azia; aumenta o leite da mãe e provoca o sono.
-O azeite das sementes friccionado na cabeça mata piolhos e no ventre acalma as cólicas.
-O óleo tem perfume doce e suave e é utilizado como expectorante, uma vez que ativa a produção das secreções pulmonares.
-Empregado como auxiliar na cura de tosse, catarro e asma e a infusão serve para atenuar as cólicas estomacais.
-Recomendada para mulheres grávidas e gestantes, promovendo alívio na sensação de enjoo e nos vômitos, além de aumentar a produção de leite materno.
CONTRA-INDICAÇÃO: se empregadas doses indicadas pelo especialista não há contraindicações. Em excesso provoca embriaguez, confusão mental e tremores - efeitos tóxicos. Pessoas com pressão baixa não devem utilizar-se desta erva.
Uso: Utilizado em bebidas, alimentos e para produzir remédios. Não temos muitas aplicações do anis estrelado em nossa cultura, mas pode-se preparar um delicioso chá que pode ser tomado tanto quente quanto gelado. Pode-se ferver leite com alguns frutos do anis e empregar este leite na produção de bolachas, pães ou outros produtos. Usa-se também para a produção de licores ou outras bebidas alcóolicas. Os chineses utilizam apenas um fruto para temperar grandes pedaços de carne, e acreditam que se cozidos juntamente com os frutos do mar evitariam possíveis envenenamentos. Na culinária, a estrela-de-anis é utilizada para produzir óleos essenciais e aromatizar bebidas alcoólicas, como a sambuca.
Anis Estrelado – Propriedades, uso e cultivo
18/01/2017
Filipa Urbano Chaveiro - Equipa WitchClick
O Anis Estrelado, ou Llicium verum (que é o seu nome botânico), é uma erva de origem chinesa e vietnamita; que se destaca entre as especiarias. É ainda uma erva com diversas propriedades, sendo utilizada para fins medicinais, em alimentos e ainda na magia/bruxaria.
Atenção: não confunda o Anis Estrelado (Llicium Verum) com a Badiana do Japão (Illicium Religiosum), pois a segunda é venenosa.
Vejamos então as propriedades medicinais do Anis Estrelado:
  - Antiespasmódico;
  - Antibacteriano e Antifúngico;
  - Rico em fitoquímicos;
  - Antisséptico;
  - Rico em vitaminas dos complexos B, como: niacina, riboflavina, tiamina e piridoxina;
  - Rico em ferro, magnésio, cobre e cálcio;
  - Tem antioxidantes na sua composição, tais como: linalol e vitamina C.
Veja os benefícios desta especiaria:
  - Melhora a digestão;
  - Combate problemas respiratórios, tais como remoção de congestionamento e limpeza das vias respiratórias, sendo recomendada a sua utilização em caso de gripe e/ou constipação, tosse, asma e bronquite;
  - Melhoram a produção de leite em mulheres que estão a amamentar;
  - Combate problemas menstruais;
  - É ótimo para a pele e pode ser aplicado em cortes e contusões;
  - É um bom estimulante cerebral;
  - Mastigada ajuda na eliminação de germes e combate o mau hálito (é por isso utilizado em pasta de dentes);
   - Combate o reumatismo e dores nas costas (utilizando o óleo de anis);
   - Melhora a imunidade geral do organismo;
   - Combate cólicas intestinais pois elimina os gases estomacais e intestinais (utilizando chá da especiaria).
NOTA:É importante que a especiaria seja utilizada com conhecimento mínimo, tanto no modo de utilização, dosagem, e essencialmente em que circunstâncias.
A Magia do Anis Estrelado
O Anis Estrelado para além das suas propriedades medicinais (referidas acima) e culinárias, tem ainda propriedades mágicas, sendo uma especiaria de utilização comum na bruxaria. O Anis Estrelado representa a sorte.
Regente: Vénus
Elementos: Ar e Terra
Vejamos então os benefícios mágicos do Anis Estrelado:
  - Utilizado em magias para estimular a clarividência e poder mental;
  - Atrai boa sorte (pode ser utilizado em feitiços para ter sorte na procura de emprego, numa entrevista, num casting, etc.);
  - Atrai vitalidade;
  - Ajuda em questões emocionais, ligado ao desbloqueio de sentimentos e demonstrações de afeto;
  - Promove a união entre duas pessoas (pode ser utilizado em feitiços que visam o entendimento de duas pessoas);
  - Promove os bons relacionamentos interpessoais (pode ser utilizado em feitiços para atrair boas companhias e/ou amizades verdadeiras, ou em saquinhos mágicos com o mesmo fim);
  - Tem efeito relaxante (utilizado em banhos mágicos);
  - Desbloqueia a energia sexual (utilizado em banhos mágicos);
  - Uso indicado para quem trabalha com energia feérica (ligada à Magia Feérica ou Faerie Magick – Magia das Fadas).
Cultivo do Anis Estrelado
 O Anis Estrelado é fácil de cultivar, desde que tenha em atenção alguns cuidados. É uma planta que adora Sol, sendo recomendado o cultivo em climas mais quentes e ensolarados.
 O Anis Estrelado gosta de solos um pouco arenosos e com boa drenagem, e é aqui que devemos ter especial atenção. Normalmente utiliza-se areia de rio misturada com terra de jardim ou então utiliza-se húmus na terra. Mistura-se a terra com a areia ou com os húmus, utilizando uma pá de bico, para que seja mais fácil revolver a terra.
 Basta que coloque três sementes num buraco com cerca de 3 cm de profundidade (não mais que isso), e reservar uma distância de 2 metros entre cada buraquinho com sementes, caso queira mais que uma árvore, pois as raízes tendem a cruzar-se.

 Esta planta pode ser plantada em jardim ou quintal se desejar ter árvores de Anis Estrelado até 18m de comprimento (embora consiga manter o comprimento entre 3 e 4 metros caso a poda da mesma seja regular). Caso queira ter pequenas mudas de Anis Estrelado em casa, as regras são basicamente as mesmas, sendo que a distância entre plantas deve ser de 20 cm (no caso de plantar mais que uma). Neste caso é recomendado que deixe a planta perto de uma janela para que possa estar exposta ao Sol.
 No verão é ideal que a planta seja regada diariamente, mas não de forma excessiva para que o solo não fique ensopado de água. Durante o Inverno as regas devem ser feitas a cada 3 ou 4 semanas.
 Após a floração da planta, nascem os frutos em forma de estrela, que dão o nome à espécie. Quando estes estiverem maduros, colha-os e coloque-os num papel absorvente num lugar seco e escuro, que não deverá ter temperaturas muito altas.
 Quando o Anis Estrelado estiver seco, pode utilizá-lo da forma que desejar, desde que seja utilizado com consciência.

USO RITUALÍSTICO

Planta de Oxalá. Não há restrição no uso desta planta odorizante.
Poucas vezes presenciei sua aplicação, em folhas, nas obrigações de cabeça referentes a Oxalá ou Lemba Di Lê (Angola). Talvez se deve isso à dificuldade de encontrar a planta, que é pouco cultivada em alguns Estados. Todavia, é fora de dúvida sua aplicação em todas as obrigações principais. Seu banho serve nos casos amorosos, e como defumação aliada a outros componentes para abrir os caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo.
Em alguns Asés utilizadas também para Ode, Ossosi, Orisa Oko

É utilizado contra a má digestão e no preparo de carnes a serem servidas á Ode e orisa Oko, sabedores do poder aromáticos utilizam somente um grão para o tempero de peças de grandes carnes, é utilizada de grande quantidade para fazer as pembas de Osala.

fonte: internet

09 novembro 2017

A deusa de todas coisas: Freya!

A deusa de todas as coisas: Freya ||


Freya é a Deusa Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade.
Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o deus do fogo.
Deusa Mãe da dinastia dos Vanir na Mitologia Nórdica, Freya (também conhecida como Freyja, Freja, Freia, Freyia, e Frøya) é uma Deusa que abrange vários aspectos. Ela é uma Deusa Tríplice, uma Deusa de grande beleza, força e poder. A sexualidade, o amor e todos os temas que os envolvem (tais como a fertilidade, sensualidade, beleza, atração, etc.) são fortemente regidos por ela, além de ser protetora do matrimônio e dos recém-nascidos. Também é considerada uma Deusa da luxúria, da riqueza, da música e das flores e regente da magia e da adivinhação, pois foi ela quem ensinou os segredos das runas a Odin e também iniciou os Deuses nas Artes Mágicas.
De carácter arrebatador e considerada a mais bela das Deusas nórdicas, Freya é representada como uma mulher atraente e voluptuosa (algumas vezes com os seios à mostra), de olhos claros, baixa estatura, sardas, portando um colar mágico, o Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza, e um manto penas que a possibilita se transformar em um Falcão. Outras vezes ela aparece usando armas de guerra pois um aspecto seu presidia as batalhas. Ela lida com o amor e a guerra, dois temas intimamente ligados, já que o poder da Terra, sua fertilidade, a energia feminina, da Deusa, era concedida ao Rei vencedor das batalhas.
Na tradição germânica, Freya e dois outros Vanirs (Deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os Aesirs (Deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra.
As mulheres estéreis invocavam sua benção e ela também é a Deusa da morte, não somente de todas as mulheres, mais da metade dos guerreiros mortos em batalha, que recolhe para o seu palácio, Fólkvangr, em Asgard. Freya compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe. Eles dividiam entre si os mortos de guerra. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para Sessrumnir, o salão de Freya.
Muitas vezes representada em uma carruagem puxada por gatos selvagens, também há imagens da Deusa montada num Javali, se dirigindo para batalhas. Ela também era conhecida por voar à noite, em campos sob a forma de uma cabra branca.
Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra Fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher” em Islandês, assim como deu origem também às palavras Frau, que também significa senhora em Alemão e Frowe, com o mesmo significado em Alemão Antigo.
Filha de Njörd, o Deus do Mar, com sua irmã a deusa Nerthus (há mitos em que ela é filha da giganta Skade ou Skadi, Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), a irmã de gêmea de Freyr, que comanda o tempo e a prosperidade, a fertilidade, a alegria e a paz e é o Deus chefe da agricultura. Freya é o complemento feminino de Freyr até mesmo em seus nomes pois o dele significa “Senhor” e o dela “Senhora”. Em vários aspectos, ela e seu irmão foram como as divindades gregas Ártemis e Apolo, divindades gêmeas, seu irmão era um Deus de luz, como o Apolo. Uma vez que ela era uma Deusa dos Vanir, Freya, como Artemis representa a fertilidade dos animais selvagens, mas ao contrário da mesma, enquanto Ártemis é uma Deusa virgem, Freya é ligada ao amor e sexo.
Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, Vanebride, Vanadis (que significa “Dís dos Vanir”, sendo “Dís” uma palavra nórdica para “Deusa”), Deusa dos Vane. Como seu irmão e pai, ela foi originalmente uma Deusa dos Vanir, sendo que mais tarde se tornaria uma importante Deusa dos Aesir.
Ela foi por vezes confundida com Frigga, esposa de Odin, uma vez que ambos os nomes significam “Senhora” e ambas tiveram atributos semelhantes, porém enquanto Frigga é a padroeira da paz, da vida doméstica e protetora da família, Freya é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte. Outra Deusa com quem ela já foi confundida foi Iduna, a guardiã das maçãs douradas da juventude e imortalidade.
As uniões de Freya
Ela teve diversos amantes entre deuses, humanos, elfos e mesmo anões, mas o principal deles foi o Deus Od (também identificado como Odr ou Odur), que representa a luz do Sol. Sendo Freya a Terra, ela já foi considerada amante de Odin (o Céu). Freya também tinha uma suposta paixão por Loki, o Deus do Fogo, mesmo este a acusando de dormir com todos os Deuses e todos os elfos em Alfheim (Lokasenna da Eddas poético) além de dormir com seu irmão Freyr, os dois foram marido e mulher quando viviam em Vanaheim (terra dos Vanir), tal como seu pai com sua irmã Nerthus. O incesto era prática normal entre as divindades Vanir.
Freya foi muito procurada por sua beleza sem igual. Os gigantes, Hrimthurs e Thrym desejavam casar-se com a Deusa, mesmo com Loki e Thor obrigando-a a aceitar Thrym como seu marido, ela o desdenhou e fazendo com que Thor matasse os dois gigantes.

Quando Freya chegou a Asgard, os Deuses caíram apaixonados por sua beleza e elegância que lhe concederam o reino de Folkvang e o Grande Palácio de Sessrymnir, onde a Deusa podia acomodar todos os seus admiradores e os espíritos dos guerreiros mortos nas batalhas.
Ao contrário de Afrodite, mas ainda como as Deusas gregas, Athena e Perséfone, ela era a Deusa da guerra e morte e admirava combates e de lutas, sendo ela a Senhora que mandava as Valquírias aos campos de batalha, onde elas recolhiam metade dos heróis mortos em combate (e todas as mulheres) para sua posse e a outra metade para Odin em Valhala. Estes guerreiros permaneciam em sua grande sala, Fólkvangar (“batalha”), no seu palácio de Folkvang (“campo de folk”). Sua outra sala foi o Sessrumnir.
Freya e Od
Freya, como personificação da Terra, casou-se com Od, considerado a personificação do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, a quem ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi (nomes das duas filhas significam “Jewel” ou “Jóia”). Essas donzelas eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus nomes.
Enquanto Od permaneceu ao seu lado, Freya sempre estava sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Od abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Freya, triste e abandonada sente-se profundamente triste, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas caíram no mar e foram transformadas em âmbar.
Cansada da sua condição de viúva de marido vivo e desejosa de ter Od novamente em seus braços, Freya resolveu empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por diferentes nome como Mardel (“Luz sobre o Mar”), Horn (“Mulher linho”), Gefn (“A Generosa”), Syr (“A Porca”), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra.
Muito longe, ao sul, Freya encontrou finalmente Od, debaixo de uma florescente laranjeira, árvore prometida aos apaixonados.
De mãos dadas, o casal empreende o caminho de volta para a Casa dos Deuses, Asgard, e à luz de tanta felicidade, as ervas cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois, toda a natureza era simpatizante com a alegria de Freya como se afligia quando se encontrava triste.
As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de cabelos de Freya, as gotas de orvalho de olho de Freya. Também se dizia que a Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais doce dos méis.
Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

01 novembro 2017

Youkais!

Youkais!


Youkai (demônio, espírito ou monstro) também escrito como yokai, é uma classe de criaturas sobrenaturais, existindo uma grande variedade no folclore japonês. O termo é ambíguo, pode ser traduzido como sedutor, encantador ou, até mesmo, calamidade. Comumente, o termo é interpretado como “encantamento”, o que traz a conotação de algo sobre-humano e misterioso. Eles também podem ser chamados de “ayakashi”, “mononoke” ou “mamono”. São criaturas mágicas que incluem entre tantos gêneros: a kitsune (raposa), Kodamas (espíritos da floresta), Yuki-onna (mulher da neve) Tsukumogamis (artefatos encantados) e os Onis (ogros/demônios).
Youkai: Mitologia
Tsukumogamis
O termo japonês “youkai” pode ser usado para designar todo tipo de monstro e criatura sobrenatural. Alguns são humanos com características de animais, como o Kappa (criança do rio), semelhante a uma tartaruga e o Tengu (cães do paraíso) que possuem asas. Os considerados “maus”, são chamados genericamente de “Youma”, Yurei (almas penadas), há também os relacionados à natureza, geralmente na forma de mulheres, os “Youseis”. Um yōukai que tem a habilidade de se transformar é chamado de obake ou bakemono.
Um youkai geralmente tem algum tipo de poder sobrenatural ou espiritual, e assim encontros com humanos tendem a ser perigosos. Por serem mais poderosos que os homens, também têm valores diferentes, por isso, muitos agem com arrogância em relação aos mortais. Eles geralmente são invulneráveis a ataques humanos, mas podem ser derrotados por exterminadores qualificados, como os “Youkai taijiya” (caçadores de youkais) e monges budistas com poderes espirituais (bênçãos de Buda).
Nura Rikuo
Alguns youkais simplesmente evitam os seres mortais e, portanto, o problema, pois eles geralmente habitam áreas isoladas longe dos homens. Outros, no entanto, optam por viver perto de assentamentos humanos e desenvolvem um verdadeiro apreço pela raça. Algumas histórias até mesmo contam sobre cruzamentos de youkais com seres humanos para produzir “han’yos”, ou “meio-demônios”.
Han’you ou Hanyou são considerados seres sobrenaturais frutos da união de um ser humano com um yōukai, muito presentes na moderna cultura japonesa. O mais comum é o filho de um youkai com um humano, mas outros tipos também são encontrados:
•Hanma: filho de um demônio e um ser humano;
• Hanki: filho de um oni (ogro) e um ser humano.
A aparência física de um meio-youkai normalmente é uma mistura de seus progenitores. Logo, eles possuem traços humanos e do youkai do qual é filho. Também herdam a força sobrenatural de seu parentesco youkai.
O termo é incomum na cultura japonesa antiga, já que se acreditava que humanos e youkais eram tão diferentes que seria impossível gerarem um filho juntos, com exceção dos que conseguiam se disfarçar na forma humana.
Traduzido em português como “meio-youkai”, o termo foi popularizado nos últimos tempos pelo seu uso em vários mangás e animes japoneses.
Exemplos de meio-youkais nos animes e mangás:
A maioria destes contos começa como belas histórias de amor, mas que muitas vezes acabam em desolação, resultante dos muitos obstáculos enfrentados por youkais e mortais em tais relações.
• InuYasha, Jinenji e Shiori do anime “InuYasha”.
• Yusuke Urameshi, de “Yu Yu Hakusho”.
• Sha Gojyo, de “Saiyuki”.
• Setsuna Sakurazaki, Kotaro Inugami, de “Negima”.
• Rihan Nura de “Nurarihyon no Mago”.
Hakuouki Shinsengumi Kitan
Yokais: Gêneros
Há uma grande variedade de youkais na mitologia japonesa. Alguns dos youkais mais conhecidos incluem os seguintes:
• Oni (demônios e ogros)
• Kappa (tartarugas)
• Yadoukai – Kohya Hijiri (monges andarilhos)
• Tanuki (cão-guaxinim)
• Tsukumogami (espíritos encantados de artefatos)
• Kitsune (raposas)
• Hebi (cobras)
• Mujina (texugos)
• Bakeneko (gatos)
• Tsuchigumo e jorōgumo (aranhas)
• Inugami (“deus cão”)
• Tengu (alados)
Tengu – Hiiro no Kakera
Youkais: Categorias
Em geral, eles podem ser divididos em quatro categorias com base na sua natureza;
Youkai ou Yokai
Em geral, youkai é um termo amplo, e pode ser usado para abranger praticamente todos os monstros e seres sobrenaturais, incluindo até mesmo as criaturas da mitologia ocidental. Este grupo é também referido como “mononoke”. Por outro lado, ele também é usado em um sentido mais estrito para se referir aos naturais, os seres terrestres do folclore japonês tradicional.
Neste sentido, compreendem os seres naturais, bem como os animais. Na verdade, as raposas foram historicamente consideradas como “youkais”, e muitas vezes são apresentados como tal na ficção moderna. Ao contrário dos animais normais, no entanto, eles têm poderes estranhos ou atributos bizarros, e tendem a ser mais inteligentes, muitos deles sendo conhecidos como trapaceiros.
Oni
Um dos aspectos mais conhecidos do folclore japonês é o “Oni” (demônio). Além do “Oni da montanha” (ogro), uma espécie de montanha-moradia de ogro, há o “Oni demoníaco”, geralmente representado com a pele vermelha, azul, marrom ou preta, dois chifres em sua cabeça, a boca bem cheia de presas, e vestindo apenas uma tanga de tigre. Muitas vezes carrega uma “kanabo” de ferro (cassetete pontiagudo) ou uma espada gigante. Onis são principalmente descritos como maus, mas ocasionalmente pode ser a encarnação de uma força natural ambivalente. Eles, assim como muitos obakes, existem em uma grande variedade de criaturas que habitam o Jigoku, “o inferno budista”.
Obake
Obake (também chamado bakemono ou simplesmente “bake”) são criaturas que mudaram de uma forma para outra, geralmente tornando-se mais poderoso no processo. Normalmente, esta mudança é devida à presença de sentimentos negativos e, como tal, tendem a ser um obake malicioso, ou mesmo violento.
Yurei
Yurei são fantasmas ou espíritos, e tendem a ser semelhantes aos seus homólogos ocidentais (almas penadas) que vagam em busca de remissão. Originalmente um yurei é um “reikon” (alma). Segundo a crença japonesa, após a morte, o reikon deixa o corpo e habita um mundo de passagem até que um enterro e cerimônia fúnebre adequada possa ser realizada para que se junte a seus antepassados. O reikon então se torna o espírito protetor das futuras gerações da família, celebrado durante o festival de Obon em agosto. Porém, se a pessoa morrer de forma súbita ou violenta, como um assassinato ou suicídio, os ritos apropriados não forem executados, ou ainda, influenciados por emoções poderosas, como ciúme, ódio ou vingança, o reikon poderá se transformar em um yurei e voltar do mundo dos mortos. Yureis são tão abundantes na cultura japonesa que ganharam até um dia especial, o Yurei no hi, comemorado no dia 26 de julho de cada ano.
Os Youkais, por abranger praticamente todos os monstros e seres sobrenaturais, estão presentes na grande maioria dos contos da vasta e rica mitologia japonesa.
Por Isa
Yokai – As Misteriosas Criaturas do Folclore Japonês
Yokai ou literalmente “aparição misteriosa” é o nome dado a qualquer tipo de criatura do folclore japonês: demônios, monstros, espíritos, animais com poderes sobrenaturais, objetos com vida, etc. Há tantas lendas sobre Youkai no Japão que é quase impossível dizer com precisão quantos deles existem no total.

Boa parte desses Youkai, permanecem desconhecidos, até mesmo para os japoneses e, por este motivo essas criaturas estão sendo esquecidas pouco a pouco. Como forma de manter vivo esse importante elemento da cultura japonesa, o ilustrador brasileiro Heitor Seió Kimura criou um projeto com algumas ilustrações:
YATAGARASU
Na mitologia japonesa, está criatura voadora de três pernas trata-se de um corvo selvagem chamado Yatagarasu (八咫). O aparecimento deste grande pássaro é interpretado como prova da vontade do Céu ou intervenção divina nos assuntos humanos. Dizem que ele guiou o caminho para o imperador Jimmu.
AO BOUZU
Aobozou (青坊主) é também conhecido como Me-hitotsu-bo, é um monge verde que dizem pegar crianças que passam próximos aos campos verdejantes de arroz.
O fato de ter essa aparência monstruosa e um olho só é a punição por ter cometido muitas atrocidades mesmo sendo um monge.
O kanji de AO, significa azul, mas também pode significar imaturo, tendo relação ao fato deste monge ter se “desviado” do seu caminho sagrado.
KARAKASA
Karakasa-obake (唐傘) pode ser traduzido como “guarda-chuva chinês”. Também é chamado de Kasa-obake e faz parte da categoria “tsukumogami”, ou seja, espíritos malignos ou travessos que dão vida à objetos quando estes completam 100 anos.
HEIKEGANI
Heikeopsis japonica (平家蟹) é uma espécie de caranguejo japonês, cujo corpo se assemelha a um rosto humano com raiva, onde antigamente se acreditava ser espíritos de samurais Heike mortos em batalhas reencarnados no caranguejo.
BAKU

Trata-se de youkai que tem a forma de uma anta com uma tromba que tem o poder de sugar os pesadelos e a má sorte das pessoas. É considerada uma criatura do bem, que repele o mal, as energias negativas e devora os espíritos malignos.
ICHIMOKUREN
Ichimokuren é uma espécie de divindade do vento na forma de um dragão de apenas um olho. Segundo a lenda, este youkai reside o Monte Tado, localizado no sul do Japão. Apesar da sua função protetora, o Ichimokuren possui uma personalidade violenta e furiosa, criando ventanias fortes capazes de virar barcos e destruir casas.
ONAMAZU
Onamazu, o peixe gato gigante é um bagre lendário que dizem ser guardado pelo deus Kashima, que coloca uma pedra mágica gigante em sua cabeça para mantê-lo sob controle. Quando deus kashima se distrai de sua vigília ou cai no sono, onamazu se debate, causando terremotos terríveis com a sua cauda.
ROKUROKUBI
Rokurokubi (ろくろ首) é um youkai que durante o dia tem aparência humana, mas durante a noite, ganha a habilidade de esticar o pescoço, alcançando uma grande altura. São capazes de sugar a energia das pessoas enquanto dormem e de mudar a face para uma face de oni para espantar os mortais mais facilmente.
WANYUDOU
Segundo a lenda, Wanyūdō (轮入道) era um senhor feudal tirano que arrastava suas vítimas até a morte amarradas em uma carruagem ou carro de boi. Como punição, ele adquiriu a forma de uma roda em chamas com seu rosto preso no meio.
KATAKIRIUWA
Katakiriuwa tem a forma de um leitão de apenas um olho, um ouvido e três pernas, além do seu corpo estar constantemente envolto em chamas. Além disso, esse ser sobrenatural parece não ter sombra e dizem que ele corre por entre as pernas de uma pessoa para roubar a sua alma e deixando-a sexualmente impotente. Para evitar que isso aconteça, basta que o veja antes de correr ou então cruzar as pernas.
O Japão é um país conhecido por suas superstições, cultura, e crenças diferentes, resultando em inúmeras lendas e criaturas bizarras.  Há centenas deles, alguns inofensivos, outros aterrorizantes. Neste artigo vamos conhecer algumas das criaturas e lendas mais bizarras do Japão.
Kamaitachi
Kamaitachi( 窮奇) é um monstro do folclore japonês que significa foice(kama) e doninha(itachi). O monstro possuiria a forma de uma doninha com dentes afiados como foices que cortariam suas vítimas com extrema rapidez.
Os antigos japoneses dizem que o Kamaitachi é o responsável pelos cortes que as pessoas sofrem quando são atingidas por fortes rajadas de vento frio! Então, o golpe do Kamaitachi faz um pequeno corte na pessoa, que, inicialmente, não sofre muito, pelo corte ser pequeno, mas provavelmente o corte ficará infeccionado!
Okiku, A Boneca Viva
Okiku é uma pequena boneca trajando um kimono. Ela pertencia a uma garotinha, chamada Okiku, que morrera de frio. Seu espírito possuiu a boneca, e agora, seu cabelo cresce misteriosamente. A boneca está, hoje, no templo Mannenji. Primeiro, seu cabelo era curto, mas com o passar do tempo, as madeixas da boneca foram crescendo, e hoje estão atingindo a cintura da boneca. Ninguém sabe como o cabelo da boneca continua a crescer, mas pesquisas científicas concluíram que aquele é o cabelo de uma criança jovem, talvez o de Okiku.
Umiboozu
Umiboozu (海坊主) é um terrível monstro marinho que normalmente aparece no litoral do Japão. Suas lendas são descritas no período Edo. A principal ação desse monstro é destruir. Ele sempre aparece para devastar embarcações, levando junto com elas, os seres humanos para as profundezas do mar. Também dizem que ele pode formar um redemoinho nos litorais em formato de uma panela, e nela puxar os seres humanos que estiverem à sua margem.
Há muitas descrições sobre a lenda do Umiboozu. Algumas pessoas dizem que ele pode assumir várias formas. Mas, a sua característica física original é de ser monstruoso, chegando a medir 30 metros para fora da água e por ter uma cabeça careca muito brilhante. Esta fez com que o Umibõzu ganhasse o apelido de “Monstro careca”.  Dizem que esse monstro não tem boca e nem olhos e sua cor é negra como a noite sem luar. No entanto, em algumas lendas relatam o Umibõzu com boca enorme e olhos reluzentes como fogo.
Isonade
Imagine um tubarão. Agora imagine um tubarão cuja as barbatanas são como um ralador de queijo, exceto que em vez de queijo ralado ele rala sua carne. Esse é o Isonade, que usa seus dentes e barbatanas para fazer filé de você, em seguida, arrastá-lo pra baixo no fundo do oceano
Kushisake Onna
Seu nome(口裂け女) significa “a mulher com a boca cortada”. Se você estiver andando na rua sozinho, tarde da noite, ela irá saltar de algum canto ou beco e parar na sua frente. Você não poderá fugir, pois ela irá se teletransporta e irá aparecer bem na sua frente. Ela usa uma máscara cirúrgica e um casaco surrado.
Kushisake irá perguntar-lhe: “Eu sou bonita?”. Se você disser que não, ela cortará sua cabeça com um grande par de tesouras. Se você responder que sim, ela irá retirar a máscara, revelando sua boca rasgada de orelha a orelha, e irá perguntar “Que tal agora?”. Se você responder que não, você será cortado ao meio, e se você disser que sim, sua boca será cortada como a dela.
Tomimo no Jigoku
O Inferno de Tomimo é um poema amaldiçoado, que diz matar aqueles que o lerem em voz alta. Se você tiver sorte não morrerá, mas merdas acontecem de qualquer jeito. Tomimo’s Hell foi escrito por Yomota Inuhiko, em seu livro chamado “The Heart is like a Rolling Stone”, e está incluído no Saizo Yaso’s 27th collection of poems de 1919. O poema conta a história de Tomimo, que morre e vai para o inferno.
Hitobashira
Hitobashira (人柱) significa “pilares humanos”. No Japão antigo, os japoneses acreditavam que selar pessoas vivas às construções, fariam-nas mais fortes e estáveis. Selar pessoas nos pilares e paredes eram sacrifícios comuns aos deuses, que contentes, abençoavam as construções para durarem por mais tempo. Diz-se que os pilares humanos são assombrados por aqueles que serviram como sacrifício.
Teke
Teke teke teke seria o som que a criatura faz quando anda (com o seu cotovelo). Ela era uma bela jovem que caiu (ou se jogou, existem várias versões) nos trilhos do metrô. Ela foi cortada ao meio por um trem, mas sua raiva e rancor foram tão intensos que seu torso continua a procurar vingança. Apesar da falta de suas pernas, ela pode se mover muito rápido, e se você tiver o azar de ser capturado por ela, Teke Teke o cortará ao meio, com uma foice que ela carrega.
Yuki-onna
Yuki-onna (雪女? mulher da neve) é um espírito ou youkai (espécie de demônio do folclore japonês) encontrado no folclore japonês. É uma figura muito comum na animação, mangá e literatura japonesas.
Segundo o folclore, as Yuki-Onna cantam para seduzir os homens, fazendo-os se perder nas nevascas e morrer congelados. Frequentemente elas aparecem na forma de mulheres belas e jovens, e em muitas lendas elas se apaixonam por homens e se aproximam deles, casando-se e constituindo família, tendo filhos, inclusive. Entretanto, a história de amor sempre finda com o desaparecimento dela num dia de maior bruma ou de tempestade, provavelmente quando o chamado de seu mundo se torna mais forte.
Aka Manto
Aka Manto significa Capa/Casaso Vermelha. Basicamente diz respeito a um espírito atormentado, que assombra banheiros. Ele irá aparecer quando você usar o banheiro que não tiver papel higiênico. Ele, então, irá te perguntar: “Você quer o papel vermelho ou o papel azul?”. Se você escolher o papel vermelho, você será cortado em pedaços. Se você optar pelo papel azul, você será estrangulado até a morte. De acordo com outras versões da história, ao escolher o papel vermelho, você será esfolado vivo, e se preferir o azul, seu sangue será drenado de seu corpo.
Gashadokuro
Gashadokuro(がしゃどくろ) é um youkai, uma criatura da mitologia japonesa, este espírito é bem simples – é um esqueleto gigante feito de ossos de pessoas que morreram de fome. Eles andam por aí, agarrá-lo e morder sua cabeça, beber o seu sangue, e adicionar o seu esqueleto
para a pilha.
Vilarejo Inunaki
Inunaki Village é um misterioso vilarejo completamente isolado de outras vilas, e até mesmo do país em si. Não se sabe ao certo se este vilarejo de fato existe, mas algumas pessoas dizem que sim. Na entrada da vila, existe uma placa que diz “As leis constituintes do Japão não se aplicam aqui”.
Os moradores desta vila vivem de maneira muito estranha: incesto, canibalismo e assassinato são comuns por lá. Por alguma razão, você não pode usar seu celular ou outro dispositivo eletrônico, enquanto estiver em Inunaki Village. Existem antigas lojas e alguns telefones públicos por lá, mas você não pode ligar para ninguém. Diz-se que quem entra em Inunaki Village não consegue sair.
Túnel Kyiotaki
Este túnel foi construído em 1927. Ele tem 444m de comprimento (4 é um número amaldiçoado no Japão, semelhante ao número 13 para a maioria das pessoas ocidentais). Kyiotaki é, de acordo com as lendas, amaldiçoado por todos os trabalhadores que morreram enquanto o construíam, devido as péssimas condições de trabalho da época, que os obrigavam a trabalhar feito escravos, e por todos aqueles que morreram no túnel, vítimas de acidentes causados pelos espíritos dos trabalhadores.
É dito que os fantasmas podem ser vistos no túnel durante a noite, e que podem até mesmo possuir seu carro, e causar um acidente. Dizem também que há um espelho neste túnel, e que se você olhar para ele e ver um fantasma, você terá uma morte horrível. O comprimento do túnel também pode variar, dependendo do tempo e do período em que você estiver medindo-o (noite ou dia).
Akaname
O Akaname pode ser traduzido como “lambedor de sujeira”. Akaname é um tipo horrível de bicho-papão do Japão que, literalmente, lambe os banheiros sujos, limpa tudo com a língua ajudado por sua saliva venenosa. Acredita-se que o monstro pode ter se originado como uma forma que os pais encontraram para motivar os seus filhos a manterem o banheiro sempre limpo.
Shirime
A descrição deste personagem é um pouco grosseira. Shirime foi o nome dado a uma aparição de um homem com um olho no lugar do seu ânus. Olho no cu, melhor dizendo.
Não existe quase nenhuma informação sobre suas aparições. Na verdade, só existe uma história registrada sobre o Shirime, mas, a ideia de este ser foi bastante assimilada pelo artista e poeta Yosa Buson que incluiu várias criaturas sobrenaturais nos quadros que pintou. A história do Shirime simplesmente afirma que um samurai solitário estava andando por uma estrada à noite, quando alguém o chamou. Ele se virou para ver um homem misterioso se despir e apontando para o seu traseiro. Do nada, um grande olho brilhante começou a se abrir a partir da área indicada. O samurai ficou tão horrorizado que ele saiu correndo gritando, e o Shirime nunca mais foi visto.

Fonte: https://skdesu.com/15-monstros-mitos-e-lendas-japonesas/
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

31 outubro 2017

A lua grega: Selene

A lua grega: Selene!


Hoje irei falar sobre a titã da lua, aquela que é a lua em todas as suas formas hoje vou falar sobre Selene!
Os titãs Téia e Hiperion tiveram três filhos, as mais lindas crianças do Olimpo: Selene - a lua, Helius - o sol e Eos - a aurora. Outros deuses, invejando a beleza dos filhos de Téia, lançaram Helius nas águas negras do Eridano. Quando Selene mergulhou à procura do irmão, foi tragada pelas águas. Ao saber do trágico destino dos filhos, Téia os procurou por todo o mundo e cansada adormeceu.
Ao acordar Téia viu seus filhos no céu, iluminando tanto o sofrimento como a alegria dos mortais: Eos - a Aurora, abria as portas para a chegada de Helius - o Sol - que acompanhava o dia. Selene - a deusa da lua - acompanhava a noite. A jovem tinha a pele tão branca quanto a neve e viajava em uma carruagem de prata puxada por dois cavalos. Com seu manto prateado, carrega uma tocha e tem uma meia lua em sua cabeça.
Selene nunca se havia interessado por homem algum. Sua imagem pálida e solitária atravessava os céus numa rotina de pura melancolia. Certa noite ela foi acompanhada pelos olhos sonhadores do tímido Endimion, um belo pastor da Tessália que levava o rebanho para o alto da montanha para poder observá-la mais de perto. De tanto contemplá-la, ele conseguiu compreender o caprichoso ciclo lunar que era um mistério para todos.
De tanto ver o pastor Endimion a contemplá-la, Selene quis conhecê-lo, pois talvez ele fosse um homem diferente capaz de entender o ritmo de seus delicados movimentos pelo céu noturno. Abandonando seu curso, Selene encontrou Endimion adormecido ao relento no alto do monte. Seu sono era sereno e seu suave semblante tocou o coração de Selene que se sentiu invadida por uma paixão que nunca antes experimentara.
Depois dessa noite, ela ficava perturbada cada vez que avistava Endimion no alto do monte a apreciá-la. Certa noite, não resistindo aos encantos do amado Selene abandonou seu curso e foi encontrar-se com Endimion que dormia numa caverna. Beijando-lhe os olhos, infundiu-lhe um sono mágico. Tomada pela paixão, ela se esqueceu de que era a luz que iluminava a noite o que causou um eclipse total, deixando o mundo totalmente escuro.

Zeus, o deus dos deuses, não tolerava qualquer distúrbio no cosmos e resolveu castigá-la. Porém Selene o sensibilizou quando revelou que estava apaixonada pelo mortal, que era sujeito ao envelhecimento e à morte. Para preservar a felicidade de Selene, Zeus fez Endimion dormir eternamente para nunca envelhecer e não temer a morte. Endímion dorme até hoje e não pode ver a linda luz prateada enquanto Selene cruza os céus. Algumas vezes, Selene abandona os céus e vem juntar-se a ele nas noites escuras da Lua Nova e quando ela eclipsa.
Selene representa todas as fases da Lua e seu nome deriva do grego "selas" que significa luz e claridade. Selene estava relacionada ao nascimento, crescimento, fertilidade e falecimento. Conhecida por sua grande importância na magia, era associada a Artêmis ou Hécate, sendo também conhecida pelos romanos por Luna ou Lua e tradicionalmente celebrada no dia 7 de fevereiro.
O mito de Selene está relacionado ao encanto dos enamorados. Cheia de encanto e magia, inspiradora dos poetas, companheira dos solitários, confidente dos namorados, lá no alto, ela nos acompanha no nosso percurso pela vida. A Lua inspira os poetas a falar de amor, do amor romântico que não conhece o tempo e nem a hora. Esse é o desejo dos enamorados: cristalizar para sempre aquela intensa paixão dos primeiros encontros.
Infelizmente isso não foi possível, pois a Lua e o pastor estavam juntos, mas continuavam sozinhos. Não puderam conhecer um ao outro, porque não se falavam e não se olhavam. Não riam juntos, não faziam projetos, nem ao menos discutiam um com o outro. Não compartilhavam segredos, alegrias ou tristezas e não podiam, a cada noite, contar um ao outro os vestígios do dia, aquelas coisas tão simples, sem as quais o amor não sobrevive...
Selene é a Deusa grega da Lua, era filha de Hipérion e Téa, tendo como irmãos, a Deusa Eos, e o Deus Hélius. Um de seus melhores mitos sabidos envolve um simples, mas belo pastor, cujo nome era Endymion. A Deusa da lua se apaixonou por este mortal, um caso que, consequentemente resultou no nascimento de cinquenta filhas. Mas Endymion era, aliás, ser humano, e assim suscetível ao envelhecimento e eventualmente à morte. Selene não podia carregar o pensamento deste fato cruel. Então, assegurando que Endymion permanecesse eternamente jovem, fez com que o belo jovem dormisse para sempre. Desta maneira, Endymion viveria sempre, dormindo com a mesma aparente idade.

Selene é muito associada a Ártemis, ou Hécate, mas vale lembrar, que está deusa representa todas as fases da Lua, e é a pura personificação deste astro sendo seu nome romano Lua ou Luna.
Tradicionalmente ela é celebrada no dia 7 de fevereiro.
Ervas especificas da egrégora de Selene:
* Áster – Todas às Deusas e Deuses pagãos.
* Lunária - Associada à Deusas da Lua (Selene).
* Anis estrelado – Erva da magia.
Aqui vai um comentário interessante.... Deusa Selene, rege a segunda-feira, ou Monday, ou dia da lua, como Yemanjá e poucos dias separam suas festas. Logo após dia 9 vem Kuan Yin, que também rege a lua e as águas.... fevereiro, sob o signo de aquário rege os ritos das mães das águas.
Endímion foi um rei sagrado dos Etólios, que os conduziu da Tessália para Elida. Era filho de Zeus e da ninfa Cálice, herdando do pai a força e o poder de liderar homens e da mãe a beleza, sendo um dos mais belos personagens da mitologia grega.
Um dia, enquanto pastoreava os seus rebanhos, adormeceu numa colina e foi despertado pela luz da lua cheia, que havia se aproximado tanto que quase ele poderia tocá-la com sua mão. Maravilhado com a lindeza e perfeição da titânide Selene, ele passou a maldizer o destino humano. Imaginou-se com o rosto sulcado de rugas e o encanto do seu corpo viril arruinado por Cronos, perderia o volume e as carnes flácidas cairiam penduradas nos ossos. Como podia Selene, quase tão velha quanto o Tempo, se manter tão jovem e luminosa e permanecer no mundo enquanto o destino dos homens era se transformar em pó? Passou o resto da noite em claro, em sua admiração revoltada para com a lua que, como toda mulher, se fez ainda mais linda e cintilante para prender a sua atenção.
Este voltou com seu rebanho nas semanas seguintes e passava em claro suas noites observando o passeio diário que Selene fazia no céu, aparecendo inteira, reduzindo até que sumisse de vez, para novamente aparecer tímida num fio em forma de arco.
Meses se passaram e, longe de seu reino e família, Endímion já não queria voltar para sua casa. Os filhos já cresciam, podiam cuidar do seu reino, e sua mulher já não lhe despertava o fascínio de outrora e, mesmo sem perceber, passou a desejar a lua. Sabia exatamente em que ponto do horizonte ela apareceria em cada dia e com os olhos fixos, às vezes banhados em lágrimas, esperava por ela. Nutrindo está paixão impossível, ele não percebia que afrontava os deuses com sua pretensão e a cada manhã amaldiçoava-os e a sua condição de humano. Ele era filho de Zeus, por todos os lugares que passava ouvia que era semelhante aos deuses por seu porte e beleza, porque então não era divino e imortal?
Selene, a Cintilante, era filha de Hipérion e Tia, e percorria o céu num carro de prata puxado por dois cavalos brancos. Na primeira noite que Endímion dormia ao relento com suas ovelhas, admirou-se com sua beleza e fez com que a noite parasse para poder se encantar com o belo rosto do homem que dormia. Lentamente aproximou-se dele fazendo com que a lua quase se encostasse a terra, e com seus alvos dedos de raios de luar acariciou o belo rosto fazendo com que o pastor despertasse.
Durante o período de enlevo de Endímion, Selene se fazia a cada dia mais linda, vestia-se de prata e branco, destacava seus olhos azuis-claros com sombras das cores do amanhecer para encantar ainda mais seu apaixonado. E como a distância os separava, somente seus olhares se tocavam.
Como nada na terra escapa os olhos dos deuses, este romance e a indignação de Endímion com os deuses logo se tornaram assuntos, deixaram de ser comentários sussurrados para serem ditos em viva voz no Olímpio. Os deuses não admitiam que um mortal se comparasse a eles, e juntos foram a Zeus pedir uma punição às ousadias do rapaz, para que o pai dos deuses lançasse Nêmeses e suas fúrias sobre ele.
Zeus, que amava seus filhos mortais, se esquivou do assunto, passando para Hera a incumbência de castiga-lo. Porém quando a deusa do céu fitou o rapaz nos olhos compreendeu sua revolta. O louro cabelo do Etólio, cortado à maneira de Teseu, curtos na frente para que não atrapalhassem a visão e longos até abaixo dos ombros na parte traseira, o nariz perfeito e a harmonia de suas feições encantaram a deusa, que imediatamente aceitou a causa do rapaz, afinal eram tantos os bastardos de Zeus que, porque este, o mais perfeito de todos, não teria o direito à imortalidade?
Voltou ao Olimpo e conversou com Zeus, argumentando que este era seu filho, por que então condena-lo se sua reivindicação era justa? Se não tivesse nascido tão belo e forte, e não tivesse a revolta com a morte não seria filho de Zeus, por que culpá-lo se tudo que Endímion fazia era de sua natureza? Nada mais natural que ele, sendo filho de Zeus, fosse orgulhoso de sua linhagem.
Zeus rapidamente percebeu, enciumado, que o rei pastor encantara sua esposa como antes já havia encantado sua amante Selene, e que se ele não desse um basta, logo todas as deusas defenderiam sua causa. Com sua astúcia, vinda de Métis, Zeus decidiu-se, atenderia às reivindicações de seu filho, o tornaria imortal e o manteria jovem pela eternidade, mas para garantir a fidelidade de sua esposa, ele viveria eternamente mantendo sua beleza, dormindo. E desceu a terra para expor a Endímion seu castigo.
Hera, porém, conhecia muito bem seu esposo, e não confiava no seu julgamento. Conhecida como a que tem mil olhos e cujo animal é o pavão que traz em sua cauda os mil olhos bovinos de Hera, espreitou enquanto Zeus fazia a sua proposta ao moço. Protetora dos casamentos e dos romances conjugais, ela ficou penalizada com a decisão de Zeus. O romance de Endímion e Selene nunca se realizaria se ela não agisse rápido.
Vestida com as cores do Céu, desceu novamente à terra e de lá ao Hades, na terra dos Cimérios, adentrou no sonolento palácio de Hipno, o filho da Noite e de Érebo, e entre espíritos adormecidos, conversou com o irmão de Tânato. Pediu-lhe que não desobedecesse ao Rei dos deuses, e cumprisse exatamente o que lhe foi pedido, porém deveria acrescentar duas coisas, que Endímion dormisse com os olhos abertos para que pudesse ver Selene e que seus sonhos sempre fossem o que ele imaginava durante o período que passou apaixonado pela Titânida. Com isto, Hipno não desagradaria a Zeus e também agradaria a Senhora dos Céus, e assim foi feito.
Conformado com sua sina, Endímion deitou-se no morro onde pela primeira vez sentiu a presença de Selene, e adormeceu com os olhos abertos e voltados para o céu. E logo ao anoitecer Selene veio vê-lo, compungida pelo castigo infligido ao seu amado e enternecida acariciou sua face, e neste momento os olhos dele a fitaram, e no seu sonho ele murmurava palavras de amor a ela. Percorrendo o corpo do amado com seus argênteos dedos, percebeu que ele reagia aos seus estímulos e penetrou nos seus sonhos.
Longe do mundo real, onde a distância os separava, eles se amavam nos sonhos e a cada nova noite Selene deixava que seus cavalos, a tanto treinados em percorrer o céu noturno, levassem seu carro luminoso e, se despindo suas roupas de luz, se deitava junto com o amante e penetrava nos seus sonhos. O corpo dele, reagindo aos estímulos, ficava pronto para o amor e os dois se amavam tanto no onírico quanto na realidade. Deste amor nasceram as 50 filhas da Lua e, das filhas desta, os sonhos femininos das que amam à distância os amores impossíveis e os concretizam, ainda que de forma onírica.
Até hoje quando vemos uma lua esplendorosa e radiante no céu nos lembramos que, em algum canto da Grécia, um rapaz que dorme com olhos abertos a fita e sonha, é para ele que Selene se faz tão bonita.
Selene (em grego: Σελήνη, Selíní, "lua"), na mitologia grega, era a deusa da lua. Ela é filha dos titãs Hiperião e Teia e irmã do deus do sol, Hélio e de Eos, deusa do amanhecer. Ela dirige sua carruagem lunar pelos céus. Vários amantes são atribuídos a ela em vários mitos, incluindo Zeus, Pã, e o mortal Endimião. Em tempos clássicos, Selene foi muitas vezes identificada com Ártemis, assim como seu irmão, Hélio, foi identificado com Apolo.
Ambos Selene e Ártemis também foram associados com Hécate, e todos os três eram considerados como deusas lunares, embora apenas Selene fosse considerada como a personificação da própria lua. Sua equivalente romana é Luna.
Depois que seu irmão Hélio termina sua jornada pelo céu, Selene, recém-banhada nas águas do Oceano que circunda a terra, começa sua própria jornada enquanto a noite cai sobre a terra, iluminada pela radiância da sua cabeça imortal e de sua áurea coroa. Jovem e bela.
Na Arcádia, uniu-se a Pã, que a seduziu disfarçando-se com uma pele de ovelha e depois a presenteou com um rebanho de bois inteiramente brancos que ela usou para puxar seu carro noturno.
Com Antifemo ou Eumolpo, Selene teve o filho Museu, um adivinho renomado e grande músico, capaz de curar doentes com sua arte, que foi amigo inseparável, discípulo ou mesmo mestre de Orfeu.
Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

17 outubro 2017

O deus das tempestades: Indra!


O deus das tempestades: Indra!


Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho de Aditi com o sábio Kasyapa. Rei de todos os deuses no passado, perdeu importância no período pós-védico. A lenda relata sua fúria quando seus seguidores abandonaram seu culto e passaram a venerar Krishna. Quando Indra enviou uma tempestade para puni-los, eles oraram a Krishna, que ergueu uma montanha para protegê-los da força da tormenta.
Diz-se que Indra não é propriamente um indivíduo, mas o nome genérico para o rei dos céus. Ao executar certos sacrifícios e penitências, um mortal pode ascender ao paraíso e tornar-se o rei dos céus. Seu reino deve durar até que outra pessoa se torne elegível para sua posição. Diz-se que, ao executar mil sacrifícios de Ashwamedha (http://betoquintas.blogspot.com.br/2014/10/o-sacrificio-do-cavalo.html), uma pessoa torna-se elegível para ser Indra. Assim sendo, o Indra em exercício sempre teme por sua posição e permanece atento aos mortais que realizam sacrifícios e penitências, cuidando para que eles não cumpram as condições para destroná-lo.
Em textos posteriores ao Rig Veda ele é descrito como enganoso e de fraca determinação em muitas histórias. Em decorrência de seus atos, é frequentemente amaldiçoado por sábios ascetas. Seu feito mais importante foi a derrota do asura Vritra, que era um dragão (ahi).
Indra, também conhecido como Sakra, Saudharmendra, Phra In, Indara, Indera, Indrudu, Inthiran, Dishitian e Taishakuten, é o Deus Hindu das tempestades, dos relâmpagos, da chuva, do clima, das estações, do ar, da guerra, da soberania, da fertilidade, da bebedeira, da dança, da felicidade e do céu. Esposo de Shachi, seu nome significa Pura Beleza. Por vezes é retratado como filho de Aditi, Deusa do Céu, com o sábio Kasyapa ou como filho da Deusa da terra Prthivi e do Deus do céu Dyaus Pita e, assim, irmão de Agni. Em algumas outras versões Indra é o pai de Prthivi e Dyaus, o que foi o motivo para o início do esquecimento do culto dessas duas deidades por Indra assumir seus atributos. Seus filhos com Shachi foram: Jayanta, Midhusa, Nilambara, Rbhus, Rsabha, Sitragupta e o famoso Arjuna.
A história conta que Indra nasceu totalmente adulto e pronto para a batalha e que antes de se tornar o governante dos Deuses teve que vencer o asura (demônio) Vritra, pois o demônio, tomando a forma de um dragão, havia absorvido toda a água do mundo e com isso a vida estava se deteriorando no planeta. Então, Indra tomou uma grande quantidade de Soma (bebida ritual e sagrada do hinduísmo) fazendo com que sua força triplicasse lhe dando a capacidade de lutar adequadamente com seu inimigo. Com isso, Indra conseguiu destruir as 99 fortalezas de Vritra e, após partir o inimigo ao meio, a água finalmente voltou a jorrar para a terra em forma de chuva. Depois disso, todos proclamaram Indra como o Rei supremo dos Deuses.
Após esse grande feito, Indra decidiu refazer seu palácio celestial tornando-o grandioso em magnificência e esplendor, porém, chegou um momento em que sua ambição começou a ser tão grande que seu arquiteto principal foi até Brahma reclamar e pedir ajuda para fazer Indra voltar ao seu juízo perfeito. Brahma prometeu ajuda-lo e, juntamente com Vishnu, foram ao palácio do Rei dos Deuses conseguindo fazer Indra voltar a si depois de vários discursos sobre a humildade e um ensinamento sobre os Indras seus sucessores. Indra então se tornou um asceta e foi para as montanhas para redenção, ao passo que sua esposa teve com Brahma clamando que o Criador trouxesse seu marido de volta. Brahma, portanto, foi novamente ao encontro dele para lhe ensinar que cada um tem um papel a cumprir no grande destino da vida e que Ele poderia ser um grande guerreiro e também um Rei humilde. Com isso Indra retorna ao seu palácio e aos seus afazeres de Rei dos Deuses como um Deus mais poderoso e humilde.
Indra era a divindade mais respeitada, contudo, seu culto foi suplantado pela Trimurti védica (Brahma, Vishnu e Shiva) e com isso perdeu proeminência tornando-se apenas o Rei dos Deuses Menores, tanto que em algumas versões mais recentes Ele é retratado como vingativo e covarde e que conseguiu sua vitória apenas com o auxílio de Vishnu e Shiva. Há uma história que conta da fúria de Indra por ter perdido seus adoradores para Krishna e que, com isso, tentou puni-los com uma grande tormenta, mas que Krishna protegeu os fiéis ao erguer uma montanha como uma barreira entre eles e Indra. Ainda assim, sua força é tão grande que Ele é a divindade mais citada em todos os escritos sagrados do hinduísmo, haja visto que um total de 250 hinos do Rig Veda são dedicados exclusivamente a Ele.
É importante notar também a complexidade da figura de Indra, pois além de ser visto como uma deidade Ele também é visto como um cargo, um posto que um mortal detém e pode adquirir. A lenda conta que se um devoto realizar 1.000 sacrifícios ou penitências de Ashwamedha (em que se oferecia um cavalo para expiar os pecados) aos deuses antigos ele ascende aos céus como o novo Indra e como esposo de Shachi (também chamada de Indrani – a esposa de Indra). Por este motivo, conta-se que o velho Indra sempre observa os humanos para que ninguém consiga atingir a marca dos 1.000 sacrifícios e assim destrona-lo, porém, um novo Indra sempre consegue atingir seu feito e substituir o antigo reinado por um novo, fazendo assim com que o universo se mantenha e se sustente até o momento de Shiva destruir o antigo mundo e Brahma criar um novo.
Inicialmente Ele era visto como uma divindade solar, visto que faz parte das doze divindades que compõe os Aditya: divindades solares que são considerados como descendentes da Deusa do Céu Aditi. Com o passar dos tempos, seu retrato como o Deus que Brande o Raio foi o que permaneceu no imaginário da sociedade e seu encargo como divindade solar foi sendo esquecido. Indra cavalga os céus em uma carruagem dourada e é adorado no festival de Indrajata, onde seus adoradores fazem procissões com máscaras, danças, luzes e criam uma imagem de barro de Indra jogando-a ao rio clamando por chuvas. Ele é frequentemente representado com uma pele bem avermelhada (por vezes marrom ou amarela) tendo quatro braços, ou dois muito longos, segurando a Vajra (Parafuso Relâmpago) que é sua arma principal, além do arco, a rede e um gancho, cavalgando o grande elefante branco Airavata de quatro chifres ou o cavalo branco Uchchaihshravas. Um de Seus símbolos mais conhecido é o lótus. Seu poder é tão imenso que é capaz de ressuscitar os mortos em batalhas, mover seu palácio celestial para onde quiser e de colocar ordem no universo, uma qualidade compartilhada apenas com o Deus Brahma. Seu mantra é Om Indraya Namah.
Indra também possui 1.000 olhos ao redor do corpo e há um mito que explica esse fato. O sábio Gautama (Buda) havia criado a mulher mais bela de todas e Indra havia se apaixonado por ela. Quando não conseguia mais suportar ficar sem tê-la Ele enganou o Gautama fazendo-o sair de casa e fez amor com a mulher, mas Gautama pressentindo algo ruim O pegou fazendo amor com sua esposa. Então, este proferiu que já que Indra gostava tanto de mulheres, que 1.000 vaginas crescessem pelo seu corpo. Envergonhado, Indra não aparecia mais em público e com isso deixou de cumprir com suas obrigações e, por isso, Brahma intercedeu por Indra junto a Gautama e este disse que as vaginas se transformassem em olhos para que Ele sempre se lembrasse de observar aonde suas ações o levavam.
É um dos deuses mais adorados no Oriente, pois Ele ultrapassa as fronteiras do hinduísmo e se assenta em outras grandes religiões como tendo papel muito importante, dentre elas: Zoroastrismo, Budismo e Taoísmo. No Japão é conhecido como Taishakuten, por exemplo. Mas, diferentemente dos deuses greco-romanos que são vistos como divindades distintas, por exemplo, Vênus é Vênus e Afrodite é Afrodite, mas que as unem em uma única figura (sincretismo religioso), Indra e Taishakuten não são deuses diferentes. Ele é uma divindade que, por ser tão respeitada, é adorada em várias religiões distintas apenas com nomes locais diferentes. Sua importância é tão grande que arqueólogos encontram na figura de Indra uma possível origem para os deuses Triptólemo e Dionísio, na Grécia. Existe também uma relação de Indra com o Deus Sakra no budismo, onde alguns autores afirmam que são divindades distintas e que Indra sincretizou parte do mito de Sakra, onde um antigo Sakra é destituído do poder por outro mais jovem e puro. Outras grandes divindades que são relacionadas a Indra, são os Deuses Zeus, Júpiter e Thor.
É interessante como Indra consegue agir na vida de um adepto, pois enquanto o devoto trabalha para desenvolver seus conhecimentos e sua conexão com a divindade Indra o auxilia em tudo. Porém, a partir do momento que Indra percebe que o adepto está se desenvolvendo o suficiente para atingir um novo estágio, evoluir de um ponto a outro em sua caminhada, Ele começa a criar barreiras e obstáculos para que o buscador não consiga acessar um novo mistério. Por isso podemos entender também como sendo um trabalho do Indra deus assim como do Indra interior, pois esses obstáculos/barreiras são boicotes ocasionados pelo próprio aspirante que, em conexão com a divindade, não quer ver seu “reinado” ser suplantado por outro. Indra é uma divindade muito antiga e, assim como toda divindade, é antropomórfica. Desta forma, se você não consegue entende-lo em sua total extensão e complexidade, corre o perigo de cair sobre o domínio negativo do deus e não conseguir continuar com sua caminhada. E, claro, isso não deve ser visto como algo ruim, mas como um teste que o próprio Deus nos impõe para termos a certeza se estamos prontos e preparados para seguir adiante rumo ao desligamento da Samsara.
INVOCAÇÃO A INDRA
Om bhur bhuvaha svaha
Tat savitur varenyam
Bhargo devasya dhimahi
Dhiyo yonah prachodayath

Ó Deus da Vida que traz felicidade
Dá-nos tua luz que destrói pecados
Que a Tua Divindade nos penetre
E possa inspirar nossa mente

Nós meditamos na glória do Criador
Que criou o Universo, que é digno de adoração
Que é a corporificação do conhecimento e da Luz, que é o removedor de todos os pecados e da ignorância
Que Ele ilumine nosso intelecto
Senhor! Tu, que és a Fonte de Luz
Que tudo permeia, Sustentador, Protetor e Provedor da Felicidade
Ascende, ilumina e inspire nossa inteligência
Para possuir qualidades eternas
Mão Divina,
Nossos corações estão cheios de escuridão
Por favor, afaste a escuridão
E promova a iluminação dentro de nós
Om Sahasra nethraye Vidhmahe
Vajra hasthaya Dheemahe
Thanno Indra Prachodayath
OM
Seus equivalentes divinos
ü Deus Indra
ü  Deus Zeus
ü  Deus Júpiter
ü  Deus Thor
ü  Deus Dionísio
Epítetos
ü  Adribhit (O que fende montanhas e nuvens)
ü  Adridvit (O que é inimigo de montanhas e nuvens)
ü  Ajatasatru (Aquele que não tem igual)
ü  Akasesa (Senhor do Céu)
ü  Anabhayi (Que não tem temor)
ü  Anapi (O que não tem amigos)
ü  Devendra (Indra dos Devas)
ü  Divapati (Senhor dos Deuses)
ü  Gopati (Senhor dos vaqueiros)
ü  Gotradari (O que abre os estábulos do céu)
ü  Kapilasva (O que tem cavalos marrons)
ü  Indralokesa (Senhor do Mundo de Indra)
ü  Mahindra (O Grande Indra)
ü  Manavendra (Senhor dos homens)
ü  Meghavahana (Cavaleiro das Nuvens)
ü  Paksacchit (O que corta as asas)
ü  Prajapati (Senhor das Criaturas)
ü  Purandara (Destruidor de Cidades)
ü  Rjukratu (O que tem ações sinceras e corretas)
ü  Sahasraksha (O que tem mil olhos)
ü  Sakra (Poderoso)
ü  Satacrata (O Deus dos Cem Ritos)
ü  Svargapati (Senhor dos Céus)
ü  Tapastaksa (O que destrói o poder das austeridades)
ü  Ugradhanvan (O que tem o arco poderoso)
ü  Uluka (Coruja)
ü  Vajri (O que dirige os raios)
ü  Verethragna (Deus da Vitória)
ü  Vrsan (Poderoso / Touro)
ü  Vrtrahan (Assassino de Vritra)
ü  Yajnabhagesvara (O Senhor dos Deuses).

Que sejam prósperos.
Raffi Souza.


03 outubro 2017

A deusa da lua polinésia: Hina!

A deusa da lua polinésia: Hina!



Na Polinésia, a deusa Hina. Também conhecida com o nome de Tapa. Ela era uma deusa complexa e estava relacionada a muitos símbolos.
Às vezes era representada como uma deusa lunar ou como a rainha guerreira da Ilha das Mulheres.
Em alguns mitos, ela é descrita como sendo a primeira mulher da Terra e de cujo ventre nasceram todos os outros seres vivos do planeta. Ou então como uma mulher com dois rostos, um olhando para frente e outro para trás.
De acordo com o mito mais difundido, Hina que era filha de Navahine, deusa da Serenidade, namorava uma enguia. A comunidade em que vivia ficou enfurecida com Hina e decidiram matar o animal. Mas depois do feito descobriram que a enguia era na verdade, um deus. Hina desesperada enterrou a cabeça dele e no dia seguinte, em seu lugar, nasceu um coqueiro.
Em outra fonte, esse deus se chamava Tangaroa e era uma deidade do mar e dos peixes, exercendo também influência sobre os répteis. Tinha personalidade agressiva e suas ondas gigantes engoliam grandes porções de terra, além de matar muitas pessoas com suas tempestades. Foi casado com Hina, mas esta teria abandonando-o tempos depois para ir viver com a Lua.
Celebração da deusa polinésia Hina, conhecida também com o nome de Tapa. Uma deusa complexa, Hina é relacionada a muitos símbolos, sendo uma das mais importantes deusas polinésias. Era representada às vezes como a Grande Mãe da morte, às vezes como deusa lunar ou, ainda, como a rainha guerreira da Ilha das Mulheres. Em alguns mitos, ela era representada como a primeira mulher na Terra, de cujo ventre nasceram todos os outros seres ou, ainda, como uma mulher de dois rostos, um olhando para frente e outro para trás. A lenda mais conhecida relata o namoro entre Hina (uma mortal) e uma enguia. A comunidade, enfurecida com a aberração, matou a enguia, descobrindo depois que, na verdade, era um deus. Desesperada Hina enterrou a cabeça da enguia e, no dia seguinte, em seu lugar nasceu um lindo coqueiro. A mãe de Hina era Navahine, a deusa da serenidade ou a Senhora da Paz, representando a força geradora do Sol. Cerimônias para a deusa Diana, Titânia e Selene, personificando outras manifestações da deusa Luna. Celebração da deusa assíria Ishtar e da deusa egípcia Ísis, com procissões de barcos e rituais de iluminação de lamparinas em seus templos. 14 DE agosto Comemoração da deusa polinésia Hina, conhecida também com o nome de Tapa. Uma deusa complexa, Hina é relacionada a muitos símbolos, sendo uma das mais importantes deusas polinésias. Era representada às vezes como a Grande Mãe da morte, às vezes como deusa lunar ou, ainda, como a rainha guerreira da Ilha das Mulheres. Em alguns mitos, ela era representada como a primeira mulher na Terra, de cujo ventre nasceram todos os outros seres ou, ainda, como uma mulher de dois rostos, um olhando para frente e outro para trás. A lenda mais conhecida relata o namoro entre Hina (uma mortal) e uma enguia. A comunidade, enfurecida com a aberração, matou a enguia, descobrindo depois que, na verdade, era um deus. Desesperada Hina enterrou a cabeça da enguia e, no dia seguinte, em seu lugar nasceu um lindo coqueiro. A mãe de Hina era Navahine, a deusa da serenidade ou a Senhora da Paz, representando a força geradora do Sol. Cerimônias para a deusa Diana, Titânia e Selene, personificando outras manifestações da deusa Luna. Celebração da deusa assíria Ishtar e da deusa egípcia Ísis, com procissões de barcos e rituais de iluminação de lamparinas em seus templos.
Os temas de Hina são a Lua, comunicação, ciclos e mediação.
Seus símbolos são lunares (artigos de prata / branco ou quaisquer plantas / pedras correspondentes) e cocos.
Esta deusa Taitiana é a Senhora da Lua que brilha sobre nós com seu rosto sempre em mudança.
Como a lua escura, ela preside a morte.
Como a lua crescente, ela é a criadora, que fez as pessoas de argila e da lua, a sua casa. À medida que a lua fica cheia, ela encarna o espírito guerreiro de uma mulher madura. Como a lua minguante, ela é a anciã envelhecimento cheia de sabedoria e discernimento.
Segundo a tradição, os cocos foram criados a partir do corpo do amante de Hina, um deus enguia, depois que ele foi morto por moradores supersticiosos.
Ela também rege as questões de comunicação honesta e quando propicia, às vezes, a intermediação entre os seres humanos e os deuses.
Em termos espirituais, isto significa ter tempo para explorar a natureza mágica da Lua. Se a lua é escura (nova), isso representa a necessidade de descansar de seus labores.
Se é crescente, é tempo de iniciar um novo projeto mágico e ficar conectada com ela para que a energia cresça como a Lua.
Se esfera lunar de Hina está cheia, vire uma moeda no seu bolso três vezes, dizendo que “prosperidade" cada vez que girá-la, para que o seu bolso continue sempre cheio.
Se a lua está minguante, comece a tomar medidas positivas para se livrar de um problema.
Coma um pouco de coco para ajudar na conexão com a Deusa ao internalizar os poderes transformadores da Hina ".
Uma delas era a deusa do amanhecer Hine-tita-ma, que foi seduzido por seu próprio pai, enquanto desconhece sua identidade. Furioso e envergonhado ao descobrir esta fraude, Hina fugiu para o Po, o submundo polinésio, esta foi a primeira morte na criação. Sua fúria era tão insaciável que ela anunciou sua intenção de matar todos os filhos gerados por seu pai, assegurando, assim, que a morte continuaria a ser uma força na terra.
Como a Deusa Hina chegou à Lua -
Ela, que tinha originalmente viveu na terra e a povoou - era um assunto de inúmeros mitos.
No Taiti, Hina era um canoísta que gostava do esporte tanto que ela partiu para a Lua, com o objetivo de provar quão bom era seu barco de tal forma que ela ficou por ali, velando por seus peregrinos na terra.
Finalmente, uma dessas lendas diz que Hina, uma mulher casada, se cansou de sempre pegar depois a sua família e ela simplesmente deixou a Terra para prosseguir uma carreira como tecelã da lua.
Dentre as muitas histórias de Hina, no entanto, provavelmente a mais conhecida foi a da Deusa e seu amante, a enguia. A deusa vivia na terra como uma mulher mortal, Hina banhava-se em uma piscina tranquila, onde, um dia, ela teve relações sexuais com uma enguia. Seu povo, com medo do poder da serpente, a matou, apenas para descobrir que Hina tinha se acasalamento com um deus.
Furiosa e desesperada em ter seu caso assim encerrado, Hina tomou a cabeça da enguia e enterrou. Cinco noites depois, surgiu o primeiro pé de coco, um produto básico para o povo de Hina "(p. 153).
Fontes:
Monaghan, Patricia. O novo livro de Deusas e Heroínas "Hina".
Ligações sugeridas:
Circlingin ", Hina-Woman in the Moon-selecionados entre os 'Deusas Conhecimento Cards "por Susan Seddon Boulet e Michael Babcock ".
Hall, Leigh. Order of the Moon White, " A Deusa Hina ".
King, Serge Kahili. Aloha International, " Deusas havaianas ".
MXTODIS123 uma viagem interior: Lua, Mitologia, e Você ", deusa Hina ".
Powersthatbe.com, " Goddess HINA ".
Revel, Anita. Reconectar com sua Deusa Interior " Hina ".
Sacred-texts.com ", HINA, A Mulher na Lua ".
Skye, Michelle. Deusa Aloud! Transformando a sua mente através de rituais e mantras, " Hina: Deusa havaiana de Self-Liberation ".
Tate., Karen lugares sagrados da deusa: 108 destinos, " Rainbow Falls ".
Telesco, Patricia Jardinagem com a deusa: Criando Jardins do Espírito e Magia ", Hina: Warrior Garden ".
Wikipédia, " Hina (deusa) ".
Celebração de Hina, a grande deusa da Polinésia, senhora da morte, rainha guerreira e regente da Lua.
A deusa Hina está associada Taiti, Havaí, e as culturas das ilhas do Pacífico. 
Hina tem muitas formas, tende a ser ligeiramente diferente representada dentro de cada cultura. 
Apesar de suas muitas representações, Hina é frequentemente associada com a lua. 
Ela está relacionada com a prata e a cor branca. 
A sua comida sagrada é o coco. 
Ao ler sobre Hina entre essas diferentes culturas, seu nome pode ser escrito de várias formas, que podem incluir: (a) Hina, (b) Hine moa, e (c) Hine.
Na cultura Havaiana, Hina é considerada como tendo muitos epítetos, entre eles:
Hine'ea, a Deusa do nascer e do pôr do sol e
Hina i ke ka, a irmã da mãe de Maui. 
Embora Hina possa ser representada de diferentes formas através destas culturas, uma coisa em comum é a vontade de doar-se. 
Hina parece ser uma deusa que se doa de muitas formas, seja através da criatividade, alimentação e/ou a própria vida. 
No entanto, é importante notar que Hina também está associada com a morte. 
Hina tem forte ligação com a lua e isso lhe permite ser associada a cada uma das três fases.
Isto significa que ela inclui em si cada um dos aspectos da vida. 
Isso faz sentido, dado que, como a Lua se move através de fases, Hina vai supervisionar essas fases e agir em conformidade. 
Assim Hina é uma deusa que está associada com os ciclos. 
Embora esses ciclos possam ser associados com cada um dos aspectos da vida física (donzela, mãe, anciã), e também pode ser associada com as diferentes estações.


Deusa Hina Ritual de Transformação
Finalidade do Ritual: O objetivo deste ritual é identificar algo negativo em sua vida que você deseja transformar em uma experiência (ou energia) positiva.
Fases da Lua: Minguante. 
Já que a deusa Hina é associada com a lua, o melhor momento para fazer este ritual é à noite. 
No entanto, isso pode ser feito durante o dia, se necessário.
Materiais:
Os materiais nesta lista são sugestões. 
Eles estão aqui para lhe fornecer ideias. 
1. incenso de sálvia
2. Isqueiro
3. Velas (nas cores prata ou branca já que estas são as cores de Hina).
4. Documento escrito a lápis, descrevendo o problema que está lhe incomodando.
5. Caldeirão ou um prato para realizar a queima do documento.
6. Coco (fruta) - pode ser real, de plástico, ou um desenho
Esboço de Ritual:
1. Comece limpando a si mesmo e seu espaço ritual com o incenso de sálvia.
2. Coloque as velas em torno da borda de seu círculo.
3. Se possível, desligue todas as outras luzes na sala.
4. Lance o círculo de poder
5. Acender suas velas
6. Chame para Hina dizendo:
"Hina, Hina, deusa da Lua
Eu tenho um problema.
Transforme o meu problema e torne-o uma benção.
Esta energia negativa deve transformar-se em fumaça
 E quando retornar será
Apenas energia positiva. "
7. Acenda o seu papel e queime. Deixe queimar totalmente.
8. Visualize Hina levando o problema e que a energia negativa associada a ele permaneça de você.
9. Visualize apenas energia positiva retornando para você.
10. Agradeça a Deusa Hina por ajudar você com este problema
11. Como oferta, você pode comer alguns pedaços do coco (comida tradicional do Hina) e / ou deixar alguns no jardim para ela. Você também pode ter uma imagem de um coco ou um verdadeiro para visualizar em seu altar durante este momento de transformação como um símbolo de Hina e do trabalho em que Ela está a ajudá-lo.
12. Desfaça o seu círculo
13. Se desejar, você pode manter as velas acesas ou você pode colocá-las para fora.
Associações:
É deusa: da lua, da morte, da fertilidade, da comunicação, do parto;
Cores: Prata, branco, marrom;
Oferendas: coco, imagens dela, coqueiros;

Que sejam prósperos!

Raffi Souza.