30 outubro 2019

A erva sagrada: Pacová!


A erva sagrada: Pacová!

Pacova é o nome popular dado a uma espécie vegetal que é cientificamente chamada de Philodendron Martianum. Essa planta também é popularmente conhecida como filodendro, babosa de árvore ou babosa de pau.
A Philodendron Martianum possui como sinonímia a espécie Philodendron Cannaefolium.
Esta planta é oriunda do Brasil, sendo encontrada com muita facilidade nas regiões de mata atlântica. A Pacova se caracteriza por ser uma planta epífita que pode ser cultivada em vasos e dentro de ambientes interiores, o que ajuda na ornamentação e decoração dos ambientes. A Pacova é uma planta que pertence a família botânica Araceae.
A Família Botânica Araceae
Esta família botânica apresenta 104 (cento e quatro) gêneros distribuídos em aproximadamente 3.500 (três mil e quinhentas) diferentes espécies vegetais, entre elas a Pacova.
A grande parte destas espécies estão distribuídas nas regiões tropicais da América e da Ásia.
As plantas que compõem esta família se destacam pela beleza de suas folhas, o que torna a maioria de suas espécies ornamentais, apesar de que, existem várias espécies que são cultivadas com fins alimentícias.
Uma das espécies que pertencem a esta família é a planta conhecida por Costela de Adão.
As Características da Pacova
A Pacova é uma espécie vegetal herbácea , angiospérmica e ascendente, que possui um caule curto em forma de haste ereta. Este caule sustenta uma folhagem de porte pequeno, se tornando uma planta ótima para cultivo em vasos (devido ao seu porte pequeno) para explorar sua grande beleza na ornamentação dos ambientes interiores.
A Pacova é uma planta epífita, isto é, uma espécie vegetal que nasce e vive sobre outras espécies vegetais para obter melhores condições: de água, de luminosidade e de nutrientes para obter o desenvolvimento.
A Pacova é uma espécie vegetal que possuem uma altura média de 1,0 (um) metro.
O ciclo de vida da Pacova é perene, isto é, se a planta for cultivada dentro das condições adequadas ela consegue viver um período maior que 02 (dois) anos, que no reino vegetal é considerado um período longo.
As folhas dessa espécie vegetal são grande e de formato oval. Elas surgem a partir de pseudos bulbos e possuem coloração verde escura, se destacando por serem brilhantes e muito bonitas. As folhas costumam se projetar desde a base (bulbo) até a copa da Pacova.
A folhagem desta planta se destaca por seu caráter extremamente ornamental e decorativo, o que a torna uma espécie vegetal muito utilizada por decoradores, jardineiros e paisagistas.
As flores da Pacova são pequenas e possuem uma forma curiosa e que não é muito conhecida das pessoas, e devido a isso não se destacam para serem usadas na ornamentação e decoração dos ambientes. Por isso o uso ornamental da planta Pacova, costuma explorar as folhas e a capacidade de dar vida e um toque de cor (verde é claro) ao ambiente onde a Pacova é cultivada.
A floração da Pacova acontece normalmente no período da primavera e do verão.
O Cultivo da Pacova
A Pacova é uma espécie vegetal típica de clima tropical e que aprecia ser cultivada ou nascer embaixo da sombra que é gerada por outras plantas. A Pacova é uma espécie vegetal que pode ser encontrada em regiões de clima subtropical.
Pelo fato de ser epífita, a Pacova é uma planta que não apresenta nenhuma resistência para ser cultivada ao sol pleno, pois logo terá as suas folhas sendo queimadas (surgem manchas de cor castanho escura nas folhas), se tornando apta para o cultivo em ambientes interiores. No entanto, apesar de não poder ser cultivada sob o sol pleno, a Pacova precisa viver em um ambiente que seja quente (tenha calor) e umidade, condições climáticas próprias do clima tropical que é apreciado por essa espécie vegetal.
A Pacova não pode ser cultivada em locais fechados que apresentam um ar condicionado muito forte e completamente sem iluminação, pois como todas as plantas precisam de luz, a Pacova precisa estar sendo cultivada em um ambiente que receba iluminação parcial durante algum tempo do dia.
O solo ideal para o cultivo do Pacova é o fértil, e para que o solo permaneça nessa condição é importante que ele sofra processos de adubação com a aplicação de fertilizante orgânico, pois assim o solo permanece apto a fornecer os nutrientes que a Pacova necessita para se desenvolver bonita e vigorosa. Outra característica do solo é que o mesmo apresente boa capacidade de drenagem, isto é, capacidade de absorver bem a água sem ficar encharcado.
A rega deve ser realizada em uma frequência de 02 (duas) a 03 (três) vezes a cada semana ou sempre que o substrato estiver secando ou se encontrar seco, pois a Pacova é uma espécie vegetal que aprecia o solo úmido, no entanto é necessário cuidado para não encharcar o substrato, pois essa situação pode causar o apodrecimento e sufocamento das raízes, que pode levar a planta à morte.
A Pacova pode ser cultivada em uma espécie de vaso fabricada com xaxim, que são apropriadas para o cultivo de plantas epífitas. Podem ser utilizadas jardineiras para o cultivo da Pacova, ou mesmo, realizar o cultivo direto no solo, de forma que sejam criados um conjunto de Pacovas, sendo cultivadas sob meia sombra, com solo rico em nutrientes e material orgânico e ficando ligeiramente úmido e tenham uma boa capacidade de drenagem. Ressaltando que a Pacova não tolera as baixas temperaturas e nem o frio extremo, como no caso das geadas.
A Multiplicação da Pacova
A Pacova é uma espécie vegetal que tradicionalmente se propaga de 03 (duas) maneiras: por dispersão das sementes, por estacas e por separação das touceiras.
A multiplicação por dispersão de sementes é mais comum na maioria das espécies vegetais, onde as sementes geradas pelas flores da Pacova são espalhadas em locais apropriados para o cultivo e com condições adequadas para que as sementes consigam germinar, se desenvolver e gerar uma nova Pacova. É importante que o substrato seja leve e poroso (exemplo: terra misturada com casca de arroz carbonizada) e as sementes sejam regadas com certa frequência.
Na multiplicação por estacas, consiste em se separar uma folha com parte da raiz, para que possa ser colocada em um novo local de cultivo. É importante que esse novo local tenha as condições de nutrientes, luminosidade e rega, para que a estaca consiga se desenvolver e gerar uma nova Pacova.
A Pacova também pode se propagar mediante a separação de touceiras adultas para geração de mudas, para que estas sejam plantadas em substrato com condições similares ao da planta mãe.
Dono de folhas de verde intenso e brilhante, o pacová é uma espécie nativa do Brasil, encontrada aos montes em regiões cobertas pela Mata Atlântica (SP, RJ e no PR). Na natureza, a planta comporta-se como epífita: nasce e vive agarrada a outras espécies botânicas, garantindo assim mais luz. Mas o pacová também vai muito bem em vasos, já que tem um caule curto e em forma de haste que sustenta sua folhagem exuberante.
Rega:  gosta de rega moderada, em geral 1 vez por semana é suficiente. O solo deve ficar sempre moderadamente úmido, nunca encharcado.
Iluminação:  como seu ambiente nativo tem clima quente e úmido, o pacová não é muito fã de baixas temperaturas. Recomendamos cultivá-lo em áreas de luz indireta, ou à meia-sombra – com incidência de sol ameno do início ou fim do dia.
Problemas comuns:  apesar de ser uma espécie tropical, é preciso sempre observar como ela reage à luminosidade. Com sol direto em excesso, pode ganhar folhas amareladas ou manchas de queimaduras. Se isso acontecer, mude o pacová para um local de luz difusa. Outro problema comum é o apodrecimento da planta por excesso de água.
Outro nome popular:  Babosa-de-pau; babosa-de-árvore.
Foto: Maura Mello
Como usar:  o grande destaque do pacová são suas folhas, grandes e muito brilhantes. Vê-las de cima é um previlégio. Lembre-se: ele pode crescer bastante. Por isso, você pode acomodá-lo diretamente em canteiros ou em vasos e cachepôs grandes, no chão – ou apoiado em suportes abaixo da linha do olhar.
Conheça também a costela-de-adão, outra espécie que gosta de meia-sombra.

Nome botanico: Philodendron martianum Engl.
Sin.: Philodendron cannaefolium Sweet
Nomes Populares : Filodendro, pacová, babosa de pau, babosa de árvore
Família : Angiospermae – Família Araceae
Origem: Brasil
Pacová ou Babosa de pau – Descrição:
Pacová ou Babosa de pauPlanta herbácea de folhagem perene que pode atingir grande altura, sendo variável entre 1,20 e 2,0 metros.
É escandente e pode ser usada para junto de muros ou mesmo vasos em interiores.
As folhas são grandes, ovais acuminadas com grandes pecíolos alongados imbricados.
Têm consistência coriácea, são inteiras de bordas lisas cor verde-escuras, brilhantes na página superior e se inserem em forma de roseta.
As flores são em espádice produzidas raramente e não são atrativas para efeito ornamental.
Modo de Cultivo :
Pacová ou Babosa de pau em vaso
Esta planta necessita de cultivo à meia sombra.
O sol direto tende a causar manchas castanhas de queimadura.
Seu cultivo em interiores é bastante comum, causando belo efeito pela folhagem brilhante e com ar tropical.
Usar recipientes grandes de cimento ou cerâmica com boca larga, pois desenvolve bom diâmetro, colocar a planta em recantos com espaço.
Substrato de cultivo com bom teor de matéria orgânica, poroso e regado com frequência.
Pacová ou Babosa de pau – Plantio em canteiros:
No plantio em canteiro abrir um buraco maior que o torrão.
Misturar húmus de minhoca com areia e adubo animal de curral bem curtido, cerca de 500 gramas a 1 kg, conforme o tamanho da muda ou adubo de aves, a metade desta quantidade.
Adicionar também adubo granulado NPK formulação 10-10-10, cerca de 100 a 200 gramas por muda.
Misturar tudo e colocar no fundo, acomodar o torrão e preencher as laterais.
Se o solo for muito compactado será conveniente soltar um pouco a terra do fundo e das laterais para permitir o desenvolvimento das raízes.
Regar muito bem. Nos próximos dias regar se não chover.
Plantio em vasos:
Pacová ou Babosa de pau em vaso ll
Para vasos, proteger o furo de drenagem com geomanta e brita por cima.
Colocar parte do substrato misturado, acomodar a muda e preencher as laterais com a mistura.
Vasos destinados para interiores será conveniente não colocar o adubo animal para evitar odores.
Propagação e mudas do philodendron martianum:
A propagação é feita por sementes colocadas em substrato leve e poroso como terra misturada a casca de arroz carbonizada ou perlita, mantendo em cultivo protegido e sempre regando com frequência.
É possível também a separação de touceiras adultas para obtenção de mais mudas, plantando em substrato semelhante ao já nomeado.
Pode ser cultivada nas regiões do Brasil com clima ameno a quente.
É sensível a baixas temperaturas, quando então se recomenda o cultivo em interiores.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

15 outubro 2019

o Dia primordial: Hemera!


O Dia primordial: Hemera!


Hemera ou Heméra (em grego: Ἡμέρα, "Dia") ou Amara (Αμαρα, "Dia"), no mito grego, era filha de Nix (a noite) com Érebo (as trevas), uma entidade primordial e a personificação da luz do dia e do ciclo da manhã. Segundo o poeta romano Higino, teve um romance com seu irmão Éter e com ele teve três filhos, Gaia (a Terra), Urano (latim: Coelus, o céu), e Tálassa (o mar). Nasceu junto de Éter e das Hespérides. O equivalente de Heméra no mito romano era Dies.
Algumas tradições colocam Éter e Heméra como pais apenas de Urano e de Gaia, consequentemente como os "avós" de quase todos os deuses gregos. Segundo a mitologia, momentos antes de Heméra conceber Urano e Gaia, ouviam-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela deusa (é citado que isso se deve ao fato de Heméra ter uma forte ligação com Éter). Após a titanomaquia, Heméra passou a compor o séquito de Hélio, deus do sol, ao lado das Hespérides. Era também guardiã dos umbrais e dos portais entre o mundo da luz e o mundo das trevas.
Segundo Hesíodo, Heméra mora junto com a mãe, Nix, além do Oceano, no extremo ocidente. Lá, um grande muro separa as portas do inferno do mundo visível. Atrás do muro, ergue-se imponente um grande palácio onde ambas residem, mas nunca são vistas juntas. Quando Heméra sai, a mãe espera até a hora da filha voltar para, por sua vez, saudá-la e sair para lançar o manto da noite sobre o mundo. Quando Nix retorna ao palácio, saúda a filha e a dá permissão para sair com Hélio e as Hespérides a iluminar a terra até o fim da tarde, e o ciclo recomeça. Como diz Hesíodo, "nunca o palácio se fecha com ambas".
Heméra tem uma grande beleza, não tão grande quanto a de Afrodite, mas o suficiente para ser considerada também uma deusa da persuasão e da mentira, que através da astúcia pode manipular com certa facilidade tanto mortais quanto os demais deuses. Também sempre foi associada ao deus Apolo e poderiam até ser tidos como "irmãos de coração", pois Apolo é considerado uma deidade solar matutina.
No livro A Casa de Hades, da saga Heróis do Olimpo, escrita por Rick Riordan, Heméra é mencionada como filha por Nix.
Hemera era a personificação do dia, uma divindade feminina filha de Erebus e Nyx, os deuses da noite e da escuridão. Ela era a guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras. Nascida junto de Ether - a luz celestial e das Hespérides - o entardecer, do romance com seu irmão Ether nasceu uma filha, Tálassa, a personificação feminina do Mar Mediterrâneo. Também gerou outros seres não antropomorfizados: A Tristeza, a Cólera, a Mentira, etc.
Hemera e as Hespérides nasceram para ajudar Nyx a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário: Hemera trazia o dia e se relacionava com Eos - a aurora. Helios - o Sol e as Hespérides traziam a tarde e se relacionava com Selene, a Lua. Nyx traria a noite absoluta. Todas estas deidades em conjunto conduziam à dança das horas.
Algumas tradições colocam Ether e Hemera como pais de Urano e de Gaia, logo ela seria a semente de quase todos os deuses gregos. Momentos antes de Hemera conceber Urano e Gaia, ouviram-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela deusa; isso devido à forte ligação com Ether.
Hemera habita junto com sua mãe Nyx além do Oceano no extremo do Ocidente. Lá, um grande muro separa as portas do inferno do mundo visível. Atrás do muro há o grande palácio onde ambas residem, mas nunca estão juntas. Quando Hemera sai, sua mãe permanece esperando até a hora de lançar a noite sobre o mundo. Quando Hemera retorna, cruza sobre o muro e cumprimenta sua mãe, que sai para correr pelo mundo. Nunca o palácio fecha para ambas...
O mito de Hemera serve para refletirmos sobre a dança das horas. O dia de amanhã nunca será igual ao dia de hoje, porque entre os dois há uma noite (Nyx) que tudo pode modificar. Podemos acreditar que a vida nos oferecerá no futuro dias iguais ao de ontem e hoje. Mera ilusão, se prestarmos atenção vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Carpe Diem quer dizer colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã porque acontece sempre no presente. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nenhum dia é igual e a cada dia somos diferentes porque estamos em constante processo de mudança.
Carpe Diem! Aproveite o seu dia. Torne a sua vida extraordinária. Agarre as oportunidades que todos os dias estão chegando. Hoje foi um futuro daquilo que você já esperou tanto no passado. O ideal nunca chega; hoje é o dia ideal para quem o faz ideal. Viva o hoje, viver amanhã é tarde demais. Tudo que temos é o agora. O hoje bem vivido nos prepara tanto para as oportunidades quanto para os obstáculos de amanhã.
Carpe Diem! Aproveite o dia e reflita as cores de Deus para seu mundo. Dentro de você há potencial colocado pelo sopro divino. Não o guarde em segredo. Comece a viver hoje o potencial que Deus lhe deu. O mundo é cheio de coisas mágicas pacientemente esperando que nossa percepção fique mais aguçada. O mundo é sua ostra; no meio das dificuldades encontre a sua pérola.
Aproveite bem o seu dia e extraia dele todos os bons sentimentos possíveis, não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer, demonstre, seja você mesmo. Não guarde lixo emocional, não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso, ria de tudo e até de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos. Seja feliz hoje. O dia de ontem é uma lembrança, o dia de amanhã é uma ilusão, só existe o dia de hoje...
Hemera personifica a luz do dia e o ciclo da manhã. Era também a guardiã das fronteiras entre o mundo das sombras e o mundo onde chegava a luz. Nasceu junto de Éter (que representa Ar Elevado, puro e brilhante, respirado pelos Deuses, também chamado de Céu Superior) e das Hespérides (primitivas Deusas primaveris que representavam o espírito fertilizador da Natureza). Ela faz parte dos Deuses Protogenoi – ou primordiais – da mitologia grega. Foram estes deuses os componentes básicos do universo que foram surgiu na criação.
É filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da escuridão) mas também há versões em que ela é filha de Cronos com Nix ou mesmo apenas filha de Caos.
Ela é a contraparte feminina de seu irmão e consorte Éter com quem teve filhos. A lista de Higino atribui-lhe como filhos Gaia, Urano e Talassa, enquanto Hesíodo lista apenas Talassa como sua filha. Ainda com Éter gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc.
Momentos antes de Hemera conceber Urano e Gaia, ouviam-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela Deusa (é citado que isso se deve ao fato de Hemera ter uma forte ligação com Éter). Mais tarde, passou a compor o séquito de Hélios ao lado das Hespérides. Era também guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras.
Os gregos consideravam que o dia começava com o anoitecer e com a escuridão, portanto a noite precedia o dia. Isso explicava como e porque a união de Nix com Érebo resultou no nascimento do dia e da luz.
Hemera habita um palácio, para lá do oceano, no Tártaro junto com sua mãe Nix. Lá, um grande muro separa as portas do Inferno do Mundo visível. Atrás do muro há o grande palácio onde ambas residem, mas nunca as duas estão juntas. Quando Hemera sai, sua mãe espera até a hora de lançar a noite sobre o mundo. Quando Hemera retorna cruza por sobre o muro e cumprimenta sua mãe que saia para correr pelo Mundo.
Nix e Hemera se aproximam e se cumprimentam quando passam o limite da muralha de bronze e enquanto uma está entrando na casa, a outra  sai pela porta. Nunca o palácio fecha ambas.
À noite, Nix desenha um véu de escuridão entre a atmosfera brilhante do Céu Superior/ Éter e do ar mais baixo da Terra trazendo noite para o homem. Assim, todas as manhãs Hemera dispersa as brumas da noite, banhando a terra de novo na luz brilhante do céu/de Éter. (Nos mitos mais antigos dia e noite eram elementos distintao e independente do sol).
Hemera e suas irmãs Hespérides, nasceram para ajudar Nix a não se cansar. Todas estas deidades em conjunto conduzem a dança das Horas: Hemera traz o dia; as Hespérides trazem a tarde e Nix traz a absoluta noite.
Hemera em grego significa claridade e o recado que ela nos deixa é que sempre depois da escuridão virá a luz. Portanto nunca desista de esperar por um novo amanhecer, mesmo que a noite lhe pareça trevosa demais. É só uma questão de horas.
Hemera foi bastante identificada com Hera, a rainha do céu. Hesíodo parece considerá-la como mais de uma substância divina, em vez de deusa antropomórfica.
Há também certa confusão entre Hemera e Eos, a deusa da aurora, ao dizer que ela carregava Céfalo distância. Pausânias, geógrafo e viajante grego, autor da Descrição da Grécia, faz essa identificação com Eos ao olhar para o piso do pórtico real em Atenas, onde o mito de Eos e Céfalo é ilustrado. Ele faz essa identificação novamente no Amyklai e em Olímpia, ao olhar estátuas e ilustrações onde Eos /Hemera está presente. De qualquer forma, Ela era em grande parte irrelevante na mitologia, com o seu papel sendo incorporada pela deusa Eos.
Parentesco:
Filha de Érebo e Nix segundo Hesíodo (em Teogonia) e Cícero (que fala de sua correspondente Romana Dies em De Natura Deorum) mas também há versões que ela é filha apenas de Érebo, assim como de Cronos e Nix ou mesmo só de Caos (segundo um prefácio de Higino)
Irmã de Éter
Mãe de Gaia, Urano e Talassa (segundo Higino) ou apenas mãe de Urano (segundo Cícero)

Deusas com os mesmos atributos:
Mitologia Celta: Brigit, Brigantia
Mitologia Romana: Dies
Guia rápido de Correspondências:
Invoque Hemera para: luz, clareza, esperança
Dia comemorativo: 28 de Junho
Elemento: Ar
Cores: Azul (de preferência tons claros de azul)
Símbolos: céu diurno
Que Sejam prósperos.
Raffi Souza.

02 outubro 2019

A flor do Brasil: Ipê!


A flor do Brasil: Ipê!



A típica árvore de Ipê é a denominação de uma grande variedade de espécies do gênero Tabebuia e Handroanthus, sinônimos e ambos da família Bignoniaceae. É muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas regiões do Brasil. Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno.
Atualmente, o pau-brasil é a árvore nacional e o Ipê é considerado a flor nacional. Suas flores possuem forma de funil, como se fossem uma cornetinha, podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes. Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor.
O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria prima em razão da boa qualidade da madeira, tendo como características principais:
Muito densa e forte;
Pesada e dura, difícil de serrar;
Grande durabilidade mesmo quando em condições favoráveis ao apodrecimento;
Alta resistência aos parasitas e à umidade;
Considerado uma madeira nobre, o Ipê possui um material excelente para estrutura de obras, em ambientes externos e até mesmo em pequenos detalhes decorativos. Pode ser usado também em construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.
Para maior conhecimento, seguem mais detalhes sobre as espécies mais comuns de ipês aqui no Brasil:
IPE AMARELO
Ipê Amarelo - Handroanthus ochraceus ou Tabebuia ochracea
Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, sua árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm. Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho até setembro. Sua florada é exuberante e fantástica, muito utilizada no paisagismo, podendo ser considerada uma das mais belas dentre as espécies de ipês.
Ipê Amarelo da Serra - Handroanthus albus ou Tabebuia alba
Esta espécie costuma ter um porte maior, podendo alcançar de 20 a 30 metros de altura, e o tronco de 40 a 60 cm, ela é mais comum apenas nas regiões sudeste e sul. Suas flores são amarelas e também florescem de julho a setembro. A árvore é extremamente ornamental, tanto por sua florada como por sua folhagem prateada quando recém-brotada. Esta espécie só ocorre acima de 1.000 m de altitude.
Ipê Amarelo do Cerrado - Tabebuia aurea ou Handroanthus caraiba
Comum da região amazônica e nordeste até o sudeste, frequente no cerrado, na caatinga e no pantanal mato-grossense. Sua altura é de 12 a 20 metros e seu tronco é tortuoso com diâmetro de 30 a 40 cm, com casca suberosa. Floresce durante os meses de agosto a setembro apenas. Possui uso comum tanto para arborização de ruas e avenidas, quanto no paisagismo em geral.
Ipê Branco - Handroanthus roseoalba ou Tabebuia roseoalba IPE BRANCO
Esta árvore possui em média de 7 a 16 metros de altura e seu tronco de 40 a 50 cm de diâmetro, é raramente encontrada na caatinga do nordeste brasileiro, mas muito comum no sudeste e centro-oeste. Possui flores brancas, podendo ser encontradas até em tons rosados, floresce de agosto a outubro. Esta espécie se adapta bem a terrenos secos e pedregosos, também é excelente para o paisagismo em geral.
IPE ROSA
Ipê Rosa - Tabebuia avellanedae ou Handroanthus avellanedae
Ocorre com mais frequência no Sul do país, desde o Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Pode alcançar de 20 até 35 metros de altura, com tronco ereto e cilíndrico de 60 a 80 cm de diâmetro. Suas flores possuem tons de rosa e roxo, floresce de junho a agosto. É a espécie de ipê mais comum no paisagismo do sul do Brasil, quando em flor é uma árvore muito bela, um grande espetáculo da natureza.
Ipê Roxo ou Ipê Roxo Sete Folhas - Handroanthus heptaphyllus ou Tabebuia heptaphylla IPE ROXO
Possui altura média de 10 a 20 metros e corre principalmente no nordeste e sudeste do país, seu tronco tem de 40 a 80 cm de diâmetro e é revestido por casca áspera cinzenta. Suas flores são roxas e aparecem durante julho até setembro. É uma das espécies mais populares no paisagismo brasileiro, por sua beleza quando em floração, também muito utilizada na arborização de ruas e avenidas, além de reflorestamentos.
Propriedades medicinais: Em pesquisa, cientistas americanos descobriram que alguma substância composta na casca do ipê-roxo tem potencial para matar um certo tipo de célula cancerígena de pulmão. Ainda não foi divulgado qual a espécie de ipê roxo.
Ipê Roxo de Bola - Handroanthus Impetiginosus ou Tabebuia impetiginosa
Esta espécie também é mais comum nas regiões do nordeste e sudeste do Brasil, sua altura é entre 8 a 12 metros e seu tronco pode chegar até 90 cm de diâmetro. Sua flores também são roxas, porém a floração acontece durante o mês de maio até agosto. É uma árvore muito admirada para arborização e paisagismos.
Uso medicinal dos Ipês:
Ipê-roxo é uma árvore de nome científico Handroanthus impetiginosus encontrada na América do Sul.
Também conhecida como piúva, pau-d'arco, piúna, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-roxo-grande, ipê-de-minas, piúna-roxa, a árvore ipê-roxo é muito conhecida pelo seu uso medicinal e como madeira de lei.
O ipê-roxo é originário da mata atlântica brasileira, mas também ocorre no cerrado, sendo uma árvore nativa do Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo.
Entretanto, a árvore ipê-roxo também é muito encontrada na Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá e México.
Uso medicinal do chá de ipê-roxo
No conhecimento popular tradicional, o uso medicinal do ipê-roxo é empregado para tratar inflamações, úlceras, infecções bacterianas e fúngicas.
O uso medicinal do ipê-roxo se dá pela ingestão do chá da casca da árvore.
Um estudo publicado pela revista Phytotherapy Research avaliou a propriedade cicatrizante do extrato etanólico da casca da árvore ipê-roxo e chegou a resultados que vão ao encontro do conhecimento tradicional já consolidado na popular.
O estudo induziu o desenvolvimento de úlceras gástricas crônicas em ratos e os tratou com extrato etanólico de ipê-roxo duas vezes ao dia durante sete dias.
Ao final da análise, houve redução em quase metade das úlceras gástricas tratadas com o extrato de ipê-roxo. O estudo concluiu que os compostos presentes na casca da árvore ipê-roxo apresentam propriedades significativas capazes de proporcionar a cicatrização das úlceras gástricas. O efeito se dá pelo aumento do conteúdo de muco e da proliferação celular, confirmando a utilidade do ipê-roxo para o tratamento desse tipo de condição.
Um estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" concluiu que a casca do ipê-roxo possui um componente capaz de eliminar um tipo de célula cancerígena.
De acordo com os pesquisadores do estudo, esse componente presente na casca do ipê-roxo, chamado de "beta-lapachone" tem potencial para ser utilizado no tratamento de câncer de pulmão.
Como fazer chá de ipê-roxo
Diferente da forma mais tradicional de consumir chá, que é feita a partir da folha da planta, o chá de ipê-roxo é feito a partir da casca da árvore.
Para fazer o chá de ipê-roxo leve um litro de água ao fogo. Após começar a ferver, adicione duas colheres de sopa de casca da árvore ipê-roxo e desligue o fogo. Deixe a mistura tampada descansar por dez minutos. Consuma de duas a três xícaras por dia.
Ipê Amarelo: Para que serve e como usar
Ipê-amarelo é uma planta medicinal, também conhecida por Pau d'Arco. Seu tronco é forte, pode chegar aos 25 metros de altura e possui belas flores amarelas com reflexos esverdeados, que pode ser encontrada desde a Amazônia, Nordeste, até São Paulo.
O seu nome científico é Tabebuia serratifolia e também é conhecido como ipê, ipê-do-cerrado, ipê-ovo-de-macuco, ipê-pardo, ipê-tabaco, ipê-uva, pau d’arco, pau-d’arco-amarelo, piúva-amarela, opa e tamurá-tuíra.
Esta planta medicinal pode ser comprada em lojas de produtos naturais e em algumas farmácias de manipulação.
Ipê Amarelo: Para que serve e Como usar Ipê Amarelo: Para que serve e Como usar
Para que serve
O Ipê-Amarelo tem sido usado popularmente para tratar anemia, amigdalite, infecção urinária, bronquite, candidíase, infecção na próstata, mioma, quisto nos ovários, assim como facilitar a cicatrização de feridas internas e externas.
O Ipê-Amarelo pode ser indicado nessas situações porque possui substâncias como saponinas, triterpenos e antioxidantes que conferem propriedade antitumoral, anti-inflamatória, imunoestimulante, antiviral e antibiótica.
Devido a sua atividade antitumoral o Ipê-Amarelo vem sendo estudado para o tratamento do câncer, mas são necessários mais estudos científicos que possam comprovar sua eficácia e segurança, não devendo ser consumido livremente porque ela pode diminuir o efeito da quimioterapia, agravando a doença.
Possíveis efeitos colaterais
O Ipê-Amarelo tem elevada toxidade e seus efeitos colaterais incluem urticária, tonturas, náuseas, vômitos e diarreia.
Quando não tomar
O Ipê-Amarelo está contraindicado para grávidas, durante a amamentação e durante o tratamento contra o câncer.

Nome científico: Tabebuia avellaneade Lors et Gris
Família: Bignoneaceas
Sinonímia popular: Pau d´arco, ipê, ipê-uva, piuva
Parte usada: Entrecasca (líber) ou o lenho (cerne)
Propriedades terapêuticas: Anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, sedativa, tônica, anti-microbiana
Princípios ativos: Lapachol, blapachona
Indicações terapêuticas: Úlceras varicosas, hemorroidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal, inflamação do apa-relho genital feminino, cistite, bronquite, anemia, diabetes
Planeta: Vênus ou Júpiter.
Elemento: Fogo
Uso mágico: Purificação.
1. Informações Complementares
O ipê-roxo, pau d´arco, ipê, ipê-uva ou piúva é uma árvore de porte avantajado, muito difundida na América, e pertence à família das Bignoniáceas.
São muitas as espécies de Ipê, num total aproximado de 250, mas as mais usadas são as do gênero Tabebuia Avellanedae e Tecoma Impetiginosa. Destas últimas selecionam-se no máximo 20 espécies que podem oferecer um teor aproximado e constante de substâncias com alto valor terapêutico, principalmente dos grupos saponínicos, flavonoides, cumarínicos ou quinônicos.
A parte usada da planta é a entrecasca (líber) ou o lenho (cerne).
O cerne contém, entre outros princípios ativos, o LAPACHOL e a BLAPACHONA, substâncias já conhecidas como auxiliares na cura de doenças neoplásicas e inibidoras de várias tumurações.
Para de obter bons resultados com o uso do pau d´arco ou ipê-roxo, torna-se necessário portanto escolher o gênero e espécie da planta, idade provável da árvore e sua procedência.
a) Uso medicinal
O pau d´arco, pelas suas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, analgésicas, sedativas e tônica, e dada a sua potente ação anti-microbiana, é indicado nos casos de úlceras varicosas, feridas de qualquer origem, varizes e hemorroidas, reumatismo, artrite, doenças da pele, eczema, gastrites, inflamação intestinal, inflamação do aparelho genital feminino, cistite, bronquite e anemia.
Favorece ainda a circulação e age também em várias formas de diabetes, especialmente a diabetes dos jovens.
O pau d'arco ou ipê-roxo é a planta providencial, confirmando o que disse Von Martus em 1818: "As plantas brasileiras não curam, fazem milagres".
b) Apresentação
Cápsulas, extratos, fluído, tintura, pomada
2. Dosagem indicada
a) Chá
Uma colher da casca rasurada, em 1 litro de água. Ferver. Tomar como água, ao dia. É atóxico, podendo ser usado, tomar 3 cápsulas ao dia em altas doses. Se ocasionar ligeira urticária, deve ser diminuída a dose e administrado um anti-alérgico, para voltar depois à dose anterior.
O nosso extrato (manipulado com o cerne do pau d’arco) deve ser usado na dose mínima
de 1 colher das de chá, em um copo d´água, 4 vezes ao dia, podendo ainda ser tomado de 3 em 3 horas ou de 2 em 2 horas ou de 1 em 1 hora.
Nos casos de feridas ou úlceras varicosas, a pomada deve ser usada 2 vezes ao dia, administrando-se também o extrato ou tintura.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza