22 agosto 2021

A Rocha Vulcânica: Obsidiana!

 

A rocha vulcânica: obsidiana!

 


Obsidiana é uma rocha ígnea extrusiva constituída quase integralmente por um tipo de vidro vulcânico com 70% ou mais de sílica (SiO2 - dióxido de silício) na sua composição química. Forma-se quando uma lava de composição félsica e baixo teor em água (menos que 2-3% mássicos) arrefece rapidamente sem permitir a formação de cristais em quantidade substancial. Apesar do rápido arrefecimento ser necessário, a vitrificação ocorre essencialmente porque a riqueza em silicato das lavas félsicas induz uma elevada viscosidade e polimerização que dificultam a cristalogénese. A obsidiana é classificada como um mineraloide por não ser cristalina, já que ter estrutura cristalina é condição necessária para que um material geológico de ocorrência natural possa ser considerado um mineral.

Descrição

A obsidiana é produzida quando lavas félsicas emitidas por um vulcão arrefecem rapidamente com pouca ou nenhuma cristalogénese. A obsidiana é frequentemente encontrada nas margens de escoadas lávicas de características félsicas, especialmente das riolíticas, nas quais o alto teor em dióxido de silício propicie uma composição química que induz elevada viscosidade e um alto grau de polimerização na lava. A inibição da difusão atómica que resulta da alta viscosidade e polimerização explica a reduzida taxa de crescimento dos cristais.

Para a formação da obsidiana é fundamental um baixo teor mássico de água (em geral em torno de 1%), sendo que quando o teor em água excede os 2-3% (em massa), a formação de micro-bolhas na lava em arrefecimento produz pedra-pomes em vez de obsidiana. Em situações intermédias forma-se a retinite, uma massa igualmente amorfa (e portanto um mineraloide), mas com grandes percentagem de inclusões cristalinas e sem o lustre vítreo típico da obsidiana.

A natureza vítrea da obsidiana, na essência um sólido amorfo, ou seja um vidro, confere a esta rocha uma elevada dureza (5-6 na escala de Mohs) e fragilidade, pelo que fractura na forma concoide, produzindo lâminas com gume muito afiado. A capacidade de formar lâminas cortantes de elevada dureza levou a que a obsidiana fosse utilizada no passado na manufactura de ferramentas de corte e de perfuração, tendo recentemente sido utilizada na produção experimental de lâminas cirúrgicas a utilizar em bisturis de grande precisão.

O nome «obsidiana» deriva de uma observação constante da obra História Natural de Plínio, o Velho, que afirma que:

              ... entre as várias formas de vidro deve ser considerado o vidro obsiano, uma substância muito similar à encontrada por Obsius na Etiópia.”

Este texto de Plínio, o Velho, estabelece a etimologia do nome «obsidiana», assim designada por se assemelhar ao vidro vulcânico encontrado na Etiópia por Obsius, um explorador romano, a que fora dado o nome de obsiānus lapis, em honra do seu descobridor.

A obsidiana forma-se quando a lava, o material de que é originária, arrefece rapidamente sem permitir a cristalização da maioria dos seus compostos constituintes. As tectites foram durante muito tempo consideradas como obsidianas produzidas por erupções vulcânicas lunares, mas na actualidade poucos cientistas consideram verdadeira essa hipótese, atribuindo antes a sua formação ao impacte de corpos extraterrestres.

A obsidiana é um material semelhante a um mineral, ou seja um mineraloide, mas não um verdadeiro mineral pois, por ser um vidro, isto é um sólido amorfo, não cumpre um dos requisitos essenciais dos minerais que é serem cristalinos. Para além disso, a sua composição química é demasiado complexa para que pudesse constituir um único mineral.

Apesar da obsidiana ser geralmente de coloração escura, similar a rochas máficas como os basaltos, a composição da obsidiana é em extremo félsica. A obsidiana é composta maioritariamente por SiO2 (dióxido de silício), geralmente numa proporção de 70% ou mais. Entre as rochas cristalinas com composição semelhante à obsidiana incluem-se os granitos e os riolitos.

Em consequência da obsidiana ser metaestável nas condições prevalecentes na superfície da Terra (com o tempo o vidro transforma-se em finos cristais minerais), não é encontrada obsidiana formada antes do Período Cretáceo. Este processo de decomposição da obsidiana é acelerado pela presença de água. Tendo em geral menos de 1% de água (em peso) na sua composição quando é formada, a obsidiana fica progressivamente hidratada quando exposta às águas subterrâneas, formando perlite.

A obsidiana pura tem em geral uma coloração escura, mas a cor varia em consequência da presença de impurezas. Ferro e magnésio tipicamente dão à obsidiana uma coloração negra ou castanho escuro. São conhecidas algumas raras ocorrências de obsidiana quase incolor. Em algumas rochas, a inclusão de pequenos cristais brancos de cristobalite, forma aglomerados radiais no seio do vidro negro que produzem um padrão de manchas, por vezes em forma de floco de neve (obsidiana floco de neve). A obsidiana pode conter padrões formados por bolhas de gás que permaneceram do fluxo da lava, alinhadas ao longo de camadas criadas à medida que a rocha fundida fluía antes de arrefecer. Essas bolhas podem produzir interessantes efeitos tais como um brilho dourado (obsidiana brilhante). Um brilho iridescente, em forma de arco-íris (obsidiana arco-íris) é causado pela inclusão de nanopartículas de magnetite.

Ocorrência

A obsidiana pode ser encontrada em locais onde tenham ocorrido erupções riolíticas, pelo que apesar de não ser uma rocha comum ocorre em múltiplas áreas de vulcanismo recente, desde a Australásia, à Eurásia e às Américas, para além de diversas regiões insulares.

Na América do Norte a obsidiana ocorre em escoadas lávicas no interior das caldeiras do Vulcão Newberry e do Vulcão de Medicine Lake no Cascade Range e nas Inyo Craters a leste da Sierra Nevada na Califórnia. O Yellowstone National Park inclui uma área rica em obsidiana localizada entre Mammoth Hot Springs e a Norris Geyser Basin. Existem depósitos em diversos estados do oeste dos Estados Unidos, incluindo Arizona, Colorado, New Mexico, Texas, Utah, Washington, Oregon e Idaho. Depósitos de obsidiana foram também localizados no leste do continente, nos estados de Virgínia, Pennsylvania e Carolina do Norte.

Na região do Mediterrâneo central são conhecidos depósitos em quatro regiões: Lipari, Pantelleria, Palmarola e Monte Arci. Na região do Mar Egeu são conhecidos desde a Antiguidade depósitos em Milos e Giali.

A região em torno da cidade de Acigöl e o vulcão de Göllü Dağ são as mais importantes origens de obsidiana conhecidos na Anatólia central e uma das mais importantes origens deste material durante o período pré-histórico no Oriente Médio.

A nível mundial, são conhecidas cerca de 70 localidades onde a obsidiana pode ser extraída (dados de 2010). Entre os depósitos de obsidiana conhecidos contam-se:

África

Nas imediações do Lago Shala, Etiópia

No vulcão Chabbi, próximo de Awassa, Etiópia

Médio Oriente

Nas imediações de Ierevan, Arménia

Hasan Dağı, Turquia

İkizdere, Turquia

Nemrut Dağı, Turquia

Süphan Dağı, Turquia

Europa

Islândia (em múltiplos lugares, mas principalmente em Landmannalaugar)

Lipari (ilhas Eoli)

Monte Arci, Sardenha

Palmarola, Itália

Pantelleria

Ilha Gyali, Mar Egeu

Ilha Milos, Mar Egeu (jazigo explorado desde a Idade do Bronze e com os restos da mineração dessa época ainda visíveis)

Montes Tokajer, Hungria e outros depósitos na Eslováquia

Garsebacher Schweiz nos arredores de Meißen, Sachsen, Alemanha

Las Cañadas, em Tenerife, bem como no bordo da Caldera de Taburiente e nas montanhas de La Palma, Canárias

Em diversos locais dos Açores, com destaque para o Pico Alto, na ilha Terceira

América do Norte

Mount Edziza no norte da British Columbia (comercializado pelos povos aborígenes desde 8000 a.C)

Vulcões da região da Cidade do México (México)

Newberry Caldera, Oregon, USA

Glass Buttes, Oregon, USA

Glass Mountain, Califórnia, USA

Polinésia e Nova Zelândia

Ilha de Páscoa

Ilhas Mayor, Tuhua, Nova Zelândia (origem da obsidiana usada pelos povos maori)

Uso pré-histórico e histórico

A primeira evidência arqueológica conhecida do uso de obsidiana foi descoberta em Kariandusi e outros sítios da idade Achelense (que começou há cerca de 1,5 milhões de anos atrás) e foi datada de 700.000 a. C, ainda que o número de objectos encontrados nestes sítios seja muito limitado em comparação com o Neolítico.

A análise do uso de obsidiana na cerâmica do Neolítico na área em torno de Lipari demonstra que este é significativamente mais baixo a uma distância equivalente a duas semanas de caminhada. A obsidiana proveniente da Anatólia foi utilizada no Levante e na região do actual Curdistão iraquiano desde cerca de 12 500 a. C. A primeira evidência do seu uso por civilizações do período histórico foi encontrada em escavações realizadas em Tell Brak e data de finais do quinto milénio.

A obsidiana foi muito valorizada nas culturas da Idade da Pedra porque, como o sílex, podia ser fracturado para produzir lâminas cortantes ou pontas de flecha e de lança. Como ocorre com todos os vidros vulcânicos e alguns outros tipos de rochas, a obsidiana fractura-se com uma característica fractura concoide. A forma de fractura da obsidiana permite que se possa golpear com outras pedras para modificar a sua forma, permitindo a criação de objectos com formas complexas.

A obsidiana também era polida para criar espelhos rústicos primitivos. Para calcular a idade dos artefactos de obsidiana, os arqueólogos modernos desenvolveram um sistema de datação relativa conhecido por datação por hidratação da obsidiana.

Oriente Médio

Ferramentas de obsidiana de Tilkitepe, Turquia, datadas do quinto milénio antes de Cristo (Museu das Civilizações da Anatólia)

No Período de al-Ubaid,no quinto milénio antes de Cristo, já se faziam facas a partir de obsidiana minado no território que hoje é a Anatólia central, Turquia.

No Antigo Egipto utilizou-se para fins decorativos obsidiana importada das ilhas do Mediterrâneo oriental e das regiões do sul do Mar Vermelho. A obsidiana também se utilizava em circuncisões rituais pela sua agudez e maneabilidade. Na zona do Mediterrâneo oriental utilizou-se obsidiana para fabricar ferramentas, espelhos e objectos decorativos.

Também se encontraram objectos de obsidiana em Gilat, um sítio no oeste de Negueve, em Israel. Oito artefactos de obsidiana de Gilat que datam da Idade do Cobre são provenientes dos jazigos da Anatólia. Mediante a análise de ativação de neutrões (NAA) na obsidiana encontrada neste sítio conseguiu-se determinar rotas comerciais e redes de intercâmbio desconhecidas até então.

Américas

A análise cuidadosa da obsidiana numa cultura ou lugar pode ser de grande utilidade para reconstruir o comércio, a produção e a distribuição, e com isso compreender os aspectos económicos, sociais e políticos de uma civilização. Este é o caso de Yaxchilán, uma cidade maia onde até se estudaram as implicações das guerras ligadas com o uso de obsidiana e os seus restos.[36] Outro exemplo é a recuperação arqueológica dos sítios costeiros Chumash na Califórnia, que apontam para a existência de laços comerciais importantes com o longínquo sítio de Casa Diablo nas montanhas da Sierra Nevada.

As culturas mesoamericanas usaram profusamente a obsidiana para elaborar ferramentas e ornamentos. Também a utilizaram para elaborar armas, como as espadas de madeira dura com folhas de obsidiana incrustadas, conhecidas como hadzab entre os maias ou macuahuitl entre os aztecas. A arma era capaz de infligir terríveis lesões por combinar as lâminas afiladas da obsidiana com o corte irregular de uma arma de serra.

As populações aborígenes das Américas comercializavam a obsidiana por todo o continente. Como cada vulcão, e em alguns casos cada erupção vulcânica, produz obsidiana com características distintas, os arqueólogos podem traçar as origens de cada artefacto específico. As mesmas técnicas de rastreio permitiram rastrear a origem da obsidiana encontrada na Grécia como procedente de Melos, Nisyros ou Giali, ilhas do mar Egeu. Os blocos e as folhas de obsidiana vendiam-se terra adentro, a grandes distâncias da costa.

Em Chile encontraram-se ferramentas de obsidiana provenientes do vulcão Chaitén tão longe como em Chan-Chan, Mehuín, 400 km a norte do vulcão e também em vários lugares a 400 km ao sul do vulcão.

Ilha de Páscoa

Na Rapa Nui (Ilha de Páscoa) a obsidiana, denominada pelos antigos rapanui como mat'a, foi utilizada para elaborar ferramentas afiladas, tanto de corte como para a guerra, em forma de pontas de lança, as quais foram encontradas abundantemente em toda a ilha, e também como material para formar as pupilas dos olhos das estátuas moai (ou mo'ai).

Uso actual

Actualmente, alguns cirurgiões utilizam lâminas de obsidiana porque o seu fio é até cinco vezes mais delgado que o dos bisturis de aço. Os cortes feitos com as lâminas de obsidiana são mais finos e causam menos dano ao tecido orgânico, permitindo que as feridas cirúrgicas sarem mais rapidamente.

Apesar de nos Estados Unidos o uso de lâminas de obsidiana para fins cirúrgicos em seres humanos não ter ainda sido aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a obsidiana é utilizado como escalpelo por alguns cirurgiões, porque as folhas de obsidiana bem preparadas apresentam um fio muito mais nítido que os bisturis cirúrgicos de alta qualidade de aço; o fio da obsidiana tem uma espessura de apenas 3 nanómetros.  Mesmo a lâmina de metal melhor afiada tem uma folha irregular e dentada quando vista sob um microscópio; pelo contrário, as lâminas de obsidiana apresentam-se suaves e uniformes quando examinadas, mesmo com recurso a um microscópio electrónico.

A obsidiana é também utilizada para fins ornamentais e como pedra preciosa. Desde a década de 1970 que se utiliza obsidiana para a fabricação da base dos giradiscos, como por exemplo o modelo SH-10B3 da Technics, de coloração negra grisácea.

A obsidiana é um mineralóide, ou seja, por não ter formação cristalina não se encaixa na categoria cristal e é mais complexa do que um mineral. A mitologia e usos comuns feito ao longo da história humana nos conduzem a percepção que ela pode ajudar a evoluir, a mexer no que está quieto, acomodado e escondido, mas não resolvido. Estou no caminho certo? Quais meus pontos fortes e fracos? Em que posso melhorar?

Se você já se fez uma dessas perguntas, significa que já começou seu processo de evolução como ser humano. Pelo menos, melhorar a cada dia e nos conhecer melhor deveriam ser nossos objetivos principais na vida. Afinal, é para isso que estamos aqui. Neste conteúdo você vai entender o que é a obsidiana, seu significado e como usar.



OBSIDIANA: SIGNIFICADO E COMO IDENTIFICAR

O nome vem do Obsius, um explorador romano que a catalogou como vidro vulcânico quando encontrou na Etiópia.

Geralmente escura, a cor na obsidiana é produzida por elementos que se juntam na sua formação, magnésio e ferro para a castanha e negra, bolhas de gás geram as douradas, cristais brancos as flocos-de-neve e magnetitas as arco-íris.

Os efeitos produzidos e a beleza deles acaba influenciando o valor, tornando as mais caras a medida que sua beleza e efeito seja mais particular e rara.

OBSIDIANA NEGRA: COMO ESSA PEDRA NOS AJUDA A EVOLUIR

O problema é que sempre pensamos que temos tempo suficiente. Mas na verdade não deveríamos ter tempo para desculpas, para a preguiça ou para o comodismo. O tempo é agora, o futuro está mais perto, precisamos mudar já! Primeiro a nós mesmos e, como o tempo é curto, o nosso redor também.

Vamos enxergar o que está travado, no que somos mais resistentes à mudança, quais nossos pontos negativos, nossas sombras, e nos colocar no caminho da evolução. Não espere a próxima geração para fazer isso, não viemos para esse mundo de férias, viemos com uma missão, evoluir. É assim o chamado da obsidiana!

PARA QUE SERVE A PEDRA OBSIDIANA

A obsidiana é uma pedra terapêutica, possui uma energia focada que detecta exatamente aquilo que atrapalha nosso conhecimento e crescimento, trabalhando exatamente nisso, mostrando a você o que é e onde incomoda.

Ela trabalha essa energia através de nossa própria vontade de melhoria e perfeição interior. Então, se nosso desejo for pequeno, ela pouco fará. A obsidiana nos ajuda a vencer nossas “arestas”, fazendo-nos enfrentá-las conscientemente.

A obsidiana não é perigosa, mas terapeuticamente requer respeito, a pessoa que não quer melhorar, se enxergar e evoluir, ou não está em um momento propício para esse movimento interno, pode percebê-la assim, mas seria o reflexo da própria sombra e resistência.

É seguro usar em acessórios, como colar ou pulseira de obsidiana, mas como qualquer pedra terapêutica, o uso recomendado é pontual e não constante. O uso intenso pode exacerbar a busca interna, aprofundando e buscando até o que e onde não alcançamos, como traumas e feridas familiares e ancestrais. O que é bom pontualmente e com suporte profissional, mas não é adequado no cotidiano.

Mas também é uma pedra que tem um lado doce. Quando recorremos a ela em situações extremas, como um grande choque emocional, é capaz de tornar-se receptiva e emitir respostas que logo nos aliviam. Mas como toda pedra escura, a obsidiana preta deve ser empregada com respeito e cautela.

COMO USAR A PEDRA OBSIDIANA

Para aprimoramento do ego, coloque a pedra obsidiana negra sobre um dos Chakras inferiores (o Básico, o Sacro ou Plexo Solar), para atrair as energias mais sutis dos Chakras superiores (Coronário e Frontal). Use-a de uma a duas vezes na semana, por, no máximo, 20 minutos.

É uma pedra de origem vulcânica, por isso tem uma ligação forte com o fogo. Ela lida com a purificação do ego e quando se faz necessário dá um “sacode” na sua vida e o faz focar no que interessa.

Uma vez trabalhado uma parcela do ego, sombras e resistências, traz um empoderamento do seu próprio ser que entendemos como riqueza, mas é puro poder de manifestação, da essência única de cada pessoa. Dessa noção e conceito vem a pulseira de feng shui de obsidiana, mas é um caminho, um processo interno para percorrer.

MEDITE COM A OBSIDIANA

Coloque-se em uma posição confortável, em um lugar tranquilo. Pegue sua pedra para esse exercício e olhe detalhadamente para ela por algum tempo, até ser capaz de fechar os olhos e “vê-la” em todos os seus detalhes.

Assim que conseguir isso, comece a relaxar física e mentalmente, respirando profundamente e deixando os pensamentos fluírem sem querer apagá-los ou detê-los. Quando tiver alcançado um nível razoável de relaxamento, “veja” a pedra em pensamento.

Dentro de uma contagem de 1 a 7, ela vai crescendo na sua visualização até ficar do tamanho de uma montanha. Assim que visualizar esse tamanho, você vai para a superfície da pedra e começará a explorá-la, percorrendo-a por fora. Se na sua visualização encontrar alguma entrada e caminho, explore-os também.

Quando ficar satisfeito com suas explorações, volte ao lugar onde começou e conte novamente de 1 a 7, mas dessa vez visualizando a pedra até que ela diminua e volte ao seu tamanho normal.

Respire profundamente algumas vezes e movimente-se delicadamente para voltar ao estado de alerta normal e abra os olhos. Escreva tudo o que viu, ouviu ou sentiu durante sua visualização.

Essa meditação lhe ajuda a ter “insights” e movimentar a energia de transformação da obsidiana. Anote tudo o que sentiu e visualizou.

“Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais admirável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”, C.Jung.

A obsidiana é um produto da lava vulcânica. Quando esta substância esfria velozmente, ao invés de produzir um rochedo – conforme a configuração desta pedra em estado de fusão, ela constituirá basalto, andesito, riolito, ou outro tipo de rocha -, resultará em um vidro estruturado naturalmente, ou seja, na obsidiana, que se distingue dos espécimes de cristal por ser essencialmente composto por átomos dispostos em boa ordem.

Isto pode ocorrer, por exemplo, quando a lava jorra sobre uma superfície líquida. Este vidro natural é formado essencialmente por 70% ou mais de uma substância conhecida como sílica. Por não ter a mesma estrutura dos cristais, a obsidiana é considerada muitas vezes como um mineralóide – elemento de natureza geológica que não pode ser classificado como cristal.

Este espécime pode ser revelado por suas características únicas: o fulgor típico dos vidros, uma fissura semelhante ao interior de uma concha, bem acentuada, e coloração escura, que pode tender para o esverdeado, o cinzento, o marrom, o amarelo ou para o tom avermelhado.  Estas cores vão sempre se diversificar, conforme as máculas que nela podem ser encontradas.

O tom que vai do verde escuro ao negro é justificado pela presença de ferro e de magnésio. Se a obsidiana apresenta minúsculos cristais brancos e junções de cristobalite na forma de raios – uma das variedades formais assumidas pelo quartzo -, o vidro adota um modelo manchado ou na forma de ‘floco de neve’.

A obsidiana pode igualmente ser constituída por glóbulos de ar, os quais resultam do movimento anterior da lava que a produziu; estas bolhas estarão, então, dispostas nos estratos gerados exatamente quando a pedra liquefeita manava, um momento antes de ser esfriada. Elas têm o potencial de criar resultados intrigantes neste vidro, como, por exemplo, um arco-íris.

Os fragmentos pequenos de obsidiana que foram originariamente desgastados e formatados no feitio circular pela ação do vento e da água são denominados, nesta condição, ‘lágrimas de apache’. Com todas estas múltiplas formas, a obsidiana é predominantemente utilizada para fins decorativos. Além de suas configurações naturais, ela também pode assumir outros formatos, conforme a maneira como é aparada. Até suas cores variam segundo o tipo de corte.

Por suas várias utilidades, foi adotada amplamente durante a Idade da Pedra. Com ela era possível confeccionar instrumentos afiados e cabeças de seta. Era igualmente envernizada para constituir espelhos. No período pré-colombiano, a obsidiana era comum na região americana conhecida como Mesoamérica, pois com ela se elaboravam esculturas e utensílios, bem como uma espécie de espada com lâminas de obsidiana e o corpo composto de madeira.

Por seu fulgor e sua transparência, é utilizada como pedra preciosa há pelo menos 5 mil anos. A mais adotada é a que procede do México, particularmente de Querétaro e Hidalgo. Mas também há vidros que provêm da Itália, dos Estados Unidos, Hungria, Nova Zelândia e Rússia. No sul do Brasil é fácil se deparar com obsidiana preta, principalmente no Rio Grande do Sul.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Obsidiana

https://www.personare.com.br/conteudo/obsidiana-m5549

https://www.infoescola.com/geologia/obsidiana/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.