21 setembro 2015

Como Meditar !!!


A palavra meditação vem do latim meditare, que significa "voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior" e "voltar a atenção para dentro de si". Em sânscrito, é chamada dhyana e é obtida pelas técnicas de dharana (concentração). Na língua chinesa, dhyana tornou-se Ch'anna, termo que sofreu uma contração e tornou-seCh'an (Zen, em japonês). Em páli, é jhana. Significa "concentrar intensamente o espírito em algo". Outro termo em páli também utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa 'cultivo'



A definição de meditação pode variar de acordo com o contexto em que se encontra, variando de qual religião tem origem ou se é usada de maneira secular. Algumas distintas definições que normalmente são usadas para meditação são:
um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos;
prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra);
uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto;
contemplação da realidade e seus aspectos (como a impermanência, para os Budistas)
desenvolvimento de uma determinada qualidade mental, como energia, concentração, plena atenção, bondade, etc (mais comum em meditações budistas) 
Ainda que algumas definições de 'meditação' usadas por diferentes religiões pareçam bem diferentes e até mesmo contraditórias, todas elas apontam para uma realidade interior mais profunda e o desenvolvimento/compreensão desta realidade.

Objetivos
A meditação pode ser praticada por diversos motivos: desde o simples relaxamento até a busca pelo nirvana. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, autodisciplina e equanimidade.

Os objetos utilizados para o foco na meditação podem ser desde a chama de uma vela até a natureza do próprio corpo.  Mantras são um objeto de meditação muito comum, como por exemplo os mantras utilizados no hinduísmo, e até mesmo a recitação do rosário na tradição cristã pode ser considerada uma forma de meditação com mantra.

Postura
A meditação pode ser realizada em todas as posturas, seja deitado, sentado, em pé ou andando variando pelo contexto onde é ensinada. A posição sentada é adotada normalmente por ser considerada a mais fácil, onde o corpo se encontra em repouso mas ainda alerta. A famosa 'Posição de lótus completo' (o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda.) se difundiu muito como sinônimo de meditação por ser usada no ioga como uma posição ideal de meditação, onde mantém o corpo estável, sendo entretanto difícil de alcançar. Inúmeras posições de meditação podem ser usadas como de joelhos, meio-lótus, birmanesa, etc.
Para a meditação em pé existem métodos que vêm conquistando grande aceitação no ocidente, como a meditação feita em pé conhecida como zhan zhuang, que, devido a sua simplicidade e eficiência, é muito praticada na China e Europa. Ele é facilmente executado por pessoas com pouca flexibilidade e dificuldades nos joelhos e coluna, melhorando inclusive a postura. Facilmente praticada em qualquer local, é um excelente método procurado por muitos praticantes de artes marciais experientes ou mesmo iniciantes. Esta prática é muito efetiva na redução do estresse.

Duração :Na tradição budista theravada (Teravada (em pāli: थेरवाद, theravāda; em sânscrito: स्थविरवाद, sthaviravāda), literalmente "Ensino dos Sábios" ou "Doutrina dos Anciões", é a mais antiga escola budista. Foi fundada na Índia) é comum encontrar prática da meditação andando, que é vista como uma postura onde se desenvolve concentração em movimento, energia para a mente e vitalidade para o corpo.

Normalmente não há um tempo mínimo preestabelecido. Pode-se iniciar com um período de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, esse tempo pode aumentar até para horas, dias, ou em casos excepcionais, até meses, como foi o caso de Palden Dorje. É importante ressaltar que a frequência da prática também influencia muito os resultados.

Como meditar

A Meditação - como meditar
Nesta lição aprenderemos de uma forma bem simples e objetiva o que é a meditação, como fazer a meditação e quais os enormes benefícios que podemos ter praticando-a regularmente. 

Na lição anterior vimos algo sobre o que é o despertar da consciência, e as grandes diferenças que existem entre ter a consciência desperta e adormecida. 
Vimos também que os meios efetivos para o despertar da consciência são a prática da morte psicológica e da meditação. 
Aqui está então o principal objetivo de praticarmos a meditação: despertar nossa consciência, o que por si só nos faz pessoas totalmente diferentes do que somos, com diferentes capacidades, objetivos e percepções. 

A prática da meditação remonta a tempos antiquíssimos e está representada em todas as grandes religiões do mundo como o budismo, hinduísmo, cristianismo, sufismo, judaísmo, taoísmo, etc.


Como praticar a meditação.
Primeiramente devemos escolher um local silencioso, arejado e limpo. O quarto de dormir é o ideal. 
Depois devemos nos acomodar em uma posição confortável, na qual seja possível permanecer por um bom tempo sem se mover. 
Pode-se se sentar com as pernas cruzadas ao estilo oriental ou deitar-se com a barriga para cima, as pernas esticadas e os pés unidos. 


Feito isso, iremos utilizar o método descrito abaixo e passar a fazer a meditação propriamente dita. 
Ao praticar a meditação entenda que seu único objetivo deve ser silenciar a mente, parar com sua agitação e com a sucessão de pensamentos que normalmente ocorre. 
Quando se consegue alcançar o silêncio absoluto da mente, ou seja, a ausência total de pensamentos, é que experimentamos o Vazio Iluminador, o êxtase místico, a liberdade da alma. 
Quanto mais se pratica a meditação mais a mente vai se aquietando, e mais perto estaremos de alcançar o Vazio Iluminador. 

Não se preocupe em saber como deve ser o Vazio Iluminador ou qualquer coisa do tipo. Concentre-se apenas na técnica de meditação que você estiver fazendo. 
Seu objetivo deve ser apenas silenciar a mente, nada mais. O demais virá por acréscimo. 

A mente é como um animal selvagem que precisa ser domado para obedecer. 
Inclusive isto é simbolizado na passagem bíblica na qual o grande mestre Jesus entra em Jerusalém montado sobre o asno, o burrico. 
Se quisermos entrar na Jerusalém celestial, nas dimensões superiores da natureza, devemos montar, domar e controlar o asno, ou seja, a mente.


Os Koans.

Um koan é uma frase enigmática que tem como objetivo propor um problema à mente que ela não consegue resolver. 
Dessa forma fazemos com que a mente se canse procurando uma resposta que ela não pode encontrar, uma vez que a resposta para um koan está além da mente, em um nível superior. 
Conforme a mente vai se cansando ela vai também se aquietando até ficar em completo silêncio. 

Esse é o objetivo do koan: silenciar a mente e ao mesmo tempo atrair levemente o sono. 
Quando adormecemos, mesmo que por um breve instante, com a mente em silêncio, é que vivemos a experiência mística. 
Pode-se escolher um dos seguintes koans para praticar a meditação: 

"Quem é aquele que está só no meio de dez mil coisas?" 
"Se tudo se reduz à unidade, a que se reduz a unidade?" 

Também podemos usar um outro koan para fazer a meditação, nos concentrando e imaginado a seguinte situação: 
Existe um profundo abismo e na beira deste uma grande árvore está plantada. Essa árvore possui um longo galho que cresceu de tal forma que sua ponta se projetou vários metros sobre o abismo. 
Agora imaginamos que na ponta deste galho está amarrada uma corda e na outra ponta da corda está você, com as mãos e pés firmemente amarrados de forma que é impossível soltá-los, e apenas se segurando à corda com os dentes. 
Então pergunte à mente: 

"Como faço para sair vivo desta situação sem nenhuma ajuda?" 

Então o que fazemos é lançar qualquer uma dessas perguntas à mente e ordenar que responda. 
Depois de lançar o koan para a mente responder deve-se concentrar esperando a sua resposta, como se estivesse olhando dentro da mente à espera da resposta que ela está obrigada a trazer. 
Dessa forma, mantemos a mente “pressionada” a trazer a resposta até ela ir se cansando e ficando em silêncio. 

A mente é claro, tenderá a não obedecer, a trazer respostas erradas (pois ela não conhece a resposta para um koan) ou desviar para outros pensamentos. 
Por isso deve-se insistir para que ela obedeça e traga a resposta para o koan. 

Se a mente insiste em desviar para outros pensamentos seja imperativo com ela dizendo mentalmente: Fora! Não é isso que estou procurando! 
Em seguida volta a se concentrar esperando a resposta. 

Lembre-se: qualquer resposta trazida pela mente estará errada, pois ela jamais pode conhecer algo que está além dos afetos e da mente. 

Cada pessoa deve fazer a meditação (ou qualquer outra prática) respeitando seus limites, ou seja, começar praticando por pouco tempo e, gradativamente, ir aumentando o tempo da prática. 
Se forçar a concentração por longo tempo logo de início, pode ser que ocorram dores de cabeça ou mesmo tontura. 

É importante que se pratique essas técnicas de meditação com continuidade, preferencialmente todos os dias, pois é dessa forma que se obtêm resultados.