Tabuleiro Ouija
Origem
O princípio em que se baseia o tabuleiro Ouija ficou
conhecido depois de 1848, ano em que duas irmãs norte-americanas, Kate e
Margaret Fox, supostamente contactaram um vendedor que havia morrido anos antes
e espalharam uma febre espiritualista pelos Estados Unidos e Europa.
Há também indícios de que o princípio teria sido aperfeiçoado por um espiritualista por
volta de 1853, chamado M. Planchette, que teria inventado o indicador de
madeira que é utilizado até hoje.
Explicação científica
Cientistas e céticos em geral atribuem o
funcionamento do tabuleiro Ouija ao efeito ideomotor. Segundo eles, as
pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força
imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por
várias pessoas faz o objeto se mover. O físico inglês Michael Faraday realizou
experimentos que provaram que movimentos inexplicáveis (nesse caso, das mesas
girantes) atribuídos a fontes ocultas eram na verdade realizados pelos
participantes dos experimentos.
O mágico ilusionista e cético americano James
Randi cita em seu livro An Encyclopedia of Claims, Frauds, and Hoaxes
of the Occult and Supernatural que, quando vendados, os participantes do
tabuleiro Ouija não conseguem produzir mensagens inteligíveis.
Explicação espiritualista
Alguns espiritualistas que acreditam que é possível fazer
contato real com o mundo dos mortos argumentam que vendar os olhos dos
participantes da mesa prejudica suas supostas capacidades mediúnicas. A
idéia que fundamenta o argumento é que o espírito utilizaria os sentidos do
participante durante as sessões. A maioria dos adeptos dessa teoria acredita
que o tabuleiro não tem poder em si mesmo, servindo apenas como ferramenta para
o médium se comunicar com o mundo dos espíritos.
Críticas
Além das tradicionais críticas dos céticos, o tabuleiro
Ouija também é criticado entre os espiritualistas. O famoso Edgar Cayce declarou-os
perigosos. Críticos avisam que maus espíritos poderiam enganar os participantes
e possuí-los espiritualmente.
No meio especializado, há diversos avisos contra o uso do
tabuleiro por pessoas desavisadas. Há também notícias de tablóides relatando
casos de suposta possessão demoníaca em decorrência de sessões envolvendo
espíritos malignos.
A Igreja Católica é crítica com o tabuleiro e a
brincadeira do copo, assim como as experiências de seus fiéis na busca pelo
contato com os mortos, em geral. A recomendação dos padres é que os fiéis se
mantenham distantes de participações nesse tipo de evento.
Da mesma forma, Igrejas Evangélicas costumam
acusar essas práticas como "brincadeiras com demônios".
A doutrina espírita orienta no 'O Livro dos
Médiuns que estas práticas devem ser evitadas uma vez que, normalmente,
são utilizadas para curiosidades em geral e perguntas vãs apenas, longe da
seriedade exigida no intercâmbio com a espiritualidade benfeitora, e, dessa
forma, é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem
nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espírito bons e
esclarecidos comprometidos com a divulgação das propostas morais e éticas da
Vida.
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