21 agosto 2018

Hermes!


O deus das viagens: Hermes!

Hermes é o deus grego da riqueza, da sorte, da fertilidade, do sono, da magia, das viagens, das estradas, do comércio, da linguagem e dos ladrões.
Mensageiro dos deuses e muito venerado pelos gregos, Hermes é considerado um dos deuses mais irreverentes da mitologia grega.
O nome Hermes significa "marcador de fronteira" sendo que uma de suas funções era guiar os mortos para o submundo, o reino de Hades. Como guardião da entrada do submundo, Hermes também é chamado de deus dos viajantes e protetor das estradas.
Patrono da ginástica, era o deus das competições esportivas e seu nome está ligado às Olimpíadas. À ele está atribuído a invenção do fogo e também a criação da corrida e do boxe. Também é apontado como deus da astronomia e da astrologia, por ser o patrono dos astrônomos.
Na mitologia romana, Hermes recebe o nome de Mercúrio.
Representação de Hermes
Hermes é retratado como um jovem nu, bonito, de corpo atlético e com sandálias mágicas aladas que lhe conferiam maior agilidade e rapidez.
O símbolo de Hermes era um bastão com serpentes e asas, chamado caduceu. Os animais considerados sagrados por Hermes são o carneiro e a lebre e suas plantas são o açafrão e o morango.
História
Filho de Zeus e da ninfa Maia, Hermes era o pai do deus Pan. Tido como um deus brincalhão, ele teria roubado quando ainda um bebê, o meio-irmão Apolo. Reza a lenda que no primeiro dia de vida ele inventou o fogo e criou a lira, um instrumento musical.
Hermes é considerado um deus astuto e malandro, que usaria essa característica para fazer o bem e o mal. Usava suas habilidades diplomáticas e de tradutor para fazer um contraponto entre deuses e os homens.
Entre seus feitos mais comentados está a derrota da Medusa por Perseu, que recebeu auxílio de Hermes.
O deus teria emprestado suas sandálias voadoras a Perseu, que conseguiu derrotar a mulher com cabelos de cobra evitando a maldição que o faria virar pedra, caso a olhasse.
Hermes (em grego: Ἑρμής, transl.: Hermés) era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos. Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Tot, surgindo o personagem de Hermes Trismegisto. Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia.
As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses. Mais tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original, tornando-o até um demiurgo, e surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais características. Foi um dos deuses mais populares da Antiguidade clássica, teve muitos amores e gerou prole numerosa. Com o advento do Cristianismo, chegou a ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e usadas por seu valor simbólico, e vários autores o consideram a imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.
Hermes aparentemente foi citado pela primeira vez em tabuletas escritas em Linear B pela civilização Micênica, há mais de mil anos antes de Cristo, mas a identificação do nome não é clara, e sua etimologia é de toda forma controversa. Para alguns ela é simplesmente desconhecida, ou não tem origem grega. Pode ter derivado de hermeneus, que significa intérprete. Platão, dando voz a Sócrates, tentou estabelecer uma origem do nome, dizendo que Hermes estava ligado ao discurso, à interpretação e à transmissão de mensagens, todas atividades ligadas ao poder da fala (eirein), e segundo supunha no curso do tempo eirein havia sido embelezada e transformada em Hermes. A ideia mais corrente é que tenha derivado de herma, um altar ou marco de estrada que lhe era dedicado desde tempos remotos. Guthrie e Nilsson acreditam que significa "aquele do monte de pedras", a forma primitiva das hermas, mas esta origem também é disputada.
As origens do mito de Hermes são incertas, e as opiniões variam entre considerá-lo um deus autóctone, cultuado desde o Neolítico, ou como uma importação asiática, talvez através de Chipre ou da Cilícia bem antes do início dos registros escritos na Grécia. O que parece certo é que seu culto estava estabelecido na Grécia desde uma época bastante remota, provavelmente fazendo dele um deus da natureza, dos agricultores e dos pastores. É possível também que tenha sido desde o início uma divindade com atributos xamânicos, ligados à divinação, à expiação, à magia, aos sacrifícios, à iniciação e ao contato com outros planos de existência, num papel de mediador entre os mundos visível e invisível. Seja como for, tornou-se um dos deuses mais presentes em toda a mitologia grega, e dificilmente algum dos mitos principais não conta com a sua participação, assumindo uma grande quantidade de epítetos, formas e atributos. Entre as funções mais comumente ligadas a ele na literatura grega estão as de ser o mensageiro dos deuses, e o deus das habilidades da linguagem, do discurso eloquente e persuasivo, das metáforas, da prudência e da circunspecção, também das intrigas e razões veladas, da fraude e do perjúrio, da sagacidade e da ambiguidade, por isso era patrono dos oradores, dos arautos, dos embaixadores e diplomatas, dos mensageiros e dos ladrões. Como inventor, se diz que havia inventado o fogo, a lira, a sírinx, o alfabeto, os números, a astronomia, uma forma especial de música, as artes da luta, da ginástica e do cultivo da oliveira; as medidas, os pesos e várias outras coisas. Pela sua constante mobilidade e outras qualidades intelectuais e relacionais, foi considerado o deus do comércio e do intercâmbio social, da riqueza advinda dos negócios, especialmente do enriquecimento súbito ou inesperado, das viagens, das estradas e encruzilhadas, das fronteiras e das condições limítrofes ou transitórias, da mudanças, dos umbrais, dos acordos e contratos, da amizade, da hospitalidade, do intercurso sexual; era o deus do jogo de dados, dos sorteios, da boa sorte; dos sacrifícios e dos animais sacrificiais, dos rebanhos e pastores, da fertilidade da terra e do gado. Seu ministério a Zeus não se resumia à condição de mensageiro, mas fora incumbido ainda de servir a sua taça, por isso era o deus dos banquetes, e de conduzir a sua carruagem. Também era quem levava as almas dos mortos para o Hades, e quem dirigia os sonhos enviados aos mortais por Zeus. Em aspectos limitados, era também um deus da medicina, associado a Higeia e capaz de restaurar a virilidade, afastar pragas, ajudar o parto e curar com certas plantas.

Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário