O deus das viagens:
Hermes!
Hermes é o deus grego da riqueza, da sorte, da fertilidade,
do sono, da magia, das viagens, das estradas, do comércio, da linguagem e dos
ladrões.
Mensageiro dos deuses e muito venerado pelos gregos, Hermes
é considerado um dos deuses mais irreverentes da mitologia grega.
O nome Hermes significa "marcador de fronteira"
sendo que uma de suas funções era guiar os mortos para o submundo, o reino de
Hades. Como guardião da entrada do submundo, Hermes também é chamado de deus
dos viajantes e protetor das estradas.
Patrono da ginástica, era o deus das competições esportivas
e seu nome está ligado às Olimpíadas. À ele está atribuído a invenção do fogo e
também a criação da corrida e do boxe. Também é apontado como deus da
astronomia e da astrologia, por ser o patrono dos astrônomos.
Na mitologia romana, Hermes recebe o nome de Mercúrio.
Representação de Hermes
Hermes é retratado como um jovem nu, bonito, de corpo
atlético e com sandálias mágicas aladas que lhe conferiam maior agilidade e
rapidez.
O símbolo de Hermes era um bastão com serpentes e asas,
chamado caduceu. Os animais considerados sagrados por Hermes são o carneiro e a
lebre e suas plantas são o açafrão e o morango.
História
Filho de Zeus e da ninfa Maia, Hermes era o pai do deus Pan.
Tido como um deus brincalhão, ele teria roubado quando ainda um bebê, o
meio-irmão Apolo. Reza a lenda que no primeiro dia de vida ele inventou o fogo
e criou a lira, um instrumento musical.
Hermes é considerado um deus astuto e malandro, que usaria
essa característica para fazer o bem e o mal. Usava suas habilidades
diplomáticas e de tradutor para fazer um contraponto entre deuses e os homens.
Entre seus feitos mais comentados está a derrota da Medusa
por Perseu, que recebeu auxílio de Hermes.
O deus teria emprestado suas sandálias voadoras a Perseu,
que conseguiu derrotar a mulher com cabelos de cobra evitando a maldição que o
faria virar pedra, caso a olhasse.
Hermes (em grego: Ἑρμής, transl.: Hermés) era, na mitologia
grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários
atributos. Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia
antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da
divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos
seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono
da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da
eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos
mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais
conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus
Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com
Tot, surgindo o personagem de Hermes Trismegisto. Ambas as assimilações tiveram
grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos
séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a
cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo,
chegando até à Pérsia e à Arábia.
As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do
período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia
de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas
de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a
lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes
adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte
de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses. Mais
tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história
original, tornando-o até um demiurgo, e surgiram múltiplas versões dela, não
raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais
características. Foi um dos deuses mais populares da Antiguidade clássica, teve
muitos amores e gerou prole numerosa. Com o advento do Cristianismo, chegou a
ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As
figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são
conhecidas e usadas por seu valor simbólico, e vários autores o consideram a
imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.
Hermes aparentemente foi citado pela primeira vez em
tabuletas escritas em Linear B pela civilização Micênica, há mais de mil anos
antes de Cristo, mas a identificação do nome não é clara, e sua etimologia é de
toda forma controversa. Para alguns ela é simplesmente desconhecida, ou não tem
origem grega. Pode ter derivado de hermeneus, que significa intérprete. Platão,
dando voz a Sócrates, tentou estabelecer uma origem do nome, dizendo que Hermes
estava ligado ao discurso, à interpretação e à transmissão de mensagens, todas
atividades ligadas ao poder da fala (eirein), e segundo supunha no curso do tempo
eirein havia sido embelezada e transformada em Hermes. A ideia mais corrente é
que tenha derivado de herma, um altar ou marco de estrada que lhe era dedicado
desde tempos remotos. Guthrie e Nilsson acreditam que significa "aquele do
monte de pedras", a forma primitiva das hermas, mas esta origem também é
disputada.
As origens do mito de Hermes são incertas, e as opiniões
variam entre considerá-lo um deus autóctone, cultuado desde o Neolítico, ou
como uma importação asiática, talvez através de Chipre ou da Cilícia bem antes
do início dos registros escritos na Grécia. O que parece certo é que seu culto
estava estabelecido na Grécia desde uma época bastante remota, provavelmente
fazendo dele um deus da natureza, dos agricultores e dos pastores. É possível
também que tenha sido desde o início uma divindade com atributos xamânicos,
ligados à divinação, à expiação, à magia, aos sacrifícios, à iniciação e ao
contato com outros planos de existência, num papel de mediador entre os mundos
visível e invisível. Seja como for, tornou-se um dos deuses mais presentes em
toda a mitologia grega, e dificilmente algum dos mitos principais não conta com
a sua participação, assumindo uma grande quantidade de epítetos, formas e
atributos. Entre as funções mais comumente ligadas a ele na literatura grega
estão as de ser o mensageiro dos deuses, e o deus das habilidades da linguagem,
do discurso eloquente e persuasivo, das metáforas, da prudência e da
circunspecção, também das intrigas e razões veladas, da fraude e do perjúrio,
da sagacidade e da ambiguidade, por isso era patrono dos oradores, dos arautos,
dos embaixadores e diplomatas, dos mensageiros e dos ladrões. Como inventor, se
diz que havia inventado o fogo, a lira, a sírinx, o alfabeto, os números, a
astronomia, uma forma especial de música, as artes da luta, da ginástica e do
cultivo da oliveira; as medidas, os pesos e várias outras coisas. Pela sua
constante mobilidade e outras qualidades intelectuais e relacionais, foi
considerado o deus do comércio e do intercâmbio social, da riqueza advinda dos
negócios, especialmente do enriquecimento súbito ou inesperado, das viagens,
das estradas e encruzilhadas, das fronteiras e das condições limítrofes ou
transitórias, da mudanças, dos umbrais, dos acordos e contratos, da amizade, da
hospitalidade, do intercurso sexual; era o deus do jogo de dados, dos sorteios,
da boa sorte; dos sacrifícios e dos animais sacrificiais, dos rebanhos e
pastores, da fertilidade da terra e do gado. Seu ministério a Zeus não se
resumia à condição de mensageiro, mas fora incumbido ainda de servir a sua
taça, por isso era o deus dos banquetes, e de conduzir a sua carruagem. Também
era quem levava as almas dos mortos para o Hades, e quem dirigia os sonhos
enviados aos mortais por Zeus. Em aspectos limitados, era também um deus da
medicina, associado a Higeia e capaz de restaurar a virilidade, afastar pragas,
ajudar o parto e curar com certas plantas.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.
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