16 outubro 2015

Evocar ou Invocar?



  • Invocação se caracteriza por convidar a Divindade para participar do ritual no corpo de uma pessoa responsável. Foi muito usado por algumas pessoas do passado para santificar objetos ou lugares.

"Invocar vem do latim in vocare, que significa chamar em, ou seja, chamar em socorro, pedir auxílio, suplicar, pedir ajuda com uma prece."


 

  • Evocação já é o convite à Divindade para participar do ritual em matéria astral ou espiritual, fora do corpo do oficiante responsável, porém dentro do espaço sagrado. Isso possibilita a conversa direta e a percepção das energias divinas. O que é muito usado durante uma oração padrão.

"Evocar vem do latim evoco are, que significa chamar a si, mandar vir, chamar para aparecer, fazer aparecer." 

13 outubro 2015

os criadores do Japão: Izanagi e Izanami!

Izanagi e Izanami os criadores do Japão!



Segundo a mitologia japonesa, após “A criação do Mundo e dos Deuses”, os deuses Izanagi (“Aquele Que é Convidado”) e Izanami (“Aquela Que Convida”) criaram o Japão e muitos dos seus deuses. Muitas histórias sobre Izanagi e Izanami são contadas em duas obras, o Kojiki (Registros dos Assuntos Antigos) e o Nihongi (Crônicas do Japão), fontes de onde é haurida toda a antiga mitologia japonesa. Um desses mitos descreve como esses deuses descem ao Yomitsu Kuni, o “submundo e a terra das trevas”.

Izanagi & Izanami e a Criação das Ilhas 
(versão Kojiki) 
Dentro da mitologia japonesa, os deuses Izanagi e Izanami foram os encarregados pelos “Deuses Primordiais” de formar uma série de ilhas que converteriam no que hoje é o Japão. Posterior à criação do Japão “Kuniumi” (criação do país) seriam então criadas pelos Deuses as “Ilhas”. Para ajudá-los em sua divina tarefa, “Ame-no-nuboko” (A Sagrada Lança) que era toda coberta de pedras preciosas, foi entregue ao casal.
Izanagi e Izanami estavam a postos na ponte flutuante do céu e, com a lança sagrada em punho, agitaram o oceano. Quando eles levantaram a lança, as gotas que caíam de volta para a água coagularam e formaram a primeira terra firme, uma ilha chamada Onogoro-shima “Espontaneamente Coagulada”. Logo após a formação desta ilha, ambos os Deuses desceram do céu, edificando de maneira espontânea um augusto altar chamado “Yashidono”; uma augusta coluna celeste chamada “Ama-no-me-hashira”; e, ao redor desta, uma augusta sala de oito brazas. Deram então início, após estes atos, a uma conversa:
Izanagi: — De que forma teu corpo tem se formado?
Izanami: — Meu corpo está completamente formado, mas há uma parte que não tem crescido e está fechada.
Izanagi: — Meu corpo igualmente está totalmente formado, mas tem uma parte que tem crescido demasiadamente. Assim, penso que se introduzir “aí” a parte de meu corpo que tem crescido demasiadamente, procriaremos as Ilhas. O que acha?
Izanami aceitou a proposta de Izanagi e este fez outra proposta, para que ambos girassem ao redor da coluna Ama-no-me-hashira. Izanami para direita e Izanagi para a esquerda. Então, ao se encontrarem realizariam a procriação. No entanto, depois de ter-se encontrado no pilar, Izanami foi a primeira a falar.
Izanami: — Oh, em verdade, és um jovem formoso e amável!
Depois Izanagi: — Oh, que jovem mais formosa e amável!
No entanto, Izanagi repreendeu Izanami dizendo: — Não é correto que seja a mulher quem fale primeiro!
Apesar disso, ambos consumaram o ato da procriação, sendo que mais tarde, de maneira repentina, engendraram um filho chamado Hiruko “Menino sanguessuga”. Este foi posto em uma barca de juncos, sendo arrastado pela corrente. Depois deram nascimento a Ahashima “Ilha de Espuma”. Porém, por sua estranheza, tanto Hiruko como Ahashima não foram considerados filhos legítimos de Izanagi e Izanami.
Mais tarde Izanagi e Izanami conversaram a respeito do problema de ter engendrado filhos imperfeitos e decidiram ir a “Takamagahara” (Planície dos Céus Elevados) para consultar os Deuses Primordiais. Os deuses, mediante a adivinhação, responderam-lhes que a razão do problema era porque a mulher tinha falado primeiro (Na cultura dos antigos japoneses, a mulher só falava depois do homem e só podia andar atrás do homem, nunca ao seu lado). Assim, o casal de deuses voltou a Onogoro-shima e novamente giraram sobre a augusta coluna de Ama-no-me-hashira e ao se encontrarem, Izanagi foi o primeiro a falar seguido por Izanami. Ao terminar, realizaram a augusta união entre ambos e assim começaram a procriar as Ilhas  para trazerem novas gerações e novas terras a partir da Terra.

A Criação dos Deuses (Kamiumi) 
Izanami logo deu à luz oito filhos adoráveis, que se tornaram as ilhas do Japão. Izanagi e Izanami, então, criaram muitos deuses e deusas, para representar as montanhas, vales, cachoeiras, rios, ventos e outros recursos nativos do Japão. Dentro da mitologia japonesa, o episódio da Criação dos Deuses “Kamiumi”, ocorre posterior ao nascimento das ilhas do Japão e referem-se ao nascimento das deidades filhos de Izanagi e Izanami.
No entanto, durante o nascimento de Kagutsuchi, o deus do fogo, Izanami teve seu corpo gravemente queimado, ferindo-a mortalmente. Izanagi, ao ver morrer a sua amada esposa, ficou possuído por um ódio insano; Tomou sua espada de dez palmos e assassinou Kagutsuchi, despedaçando-o. Do sangue e dos restos de Kagutsuchi, também nasceram outras variedades de Deuses. Mesmo em seu leito de morte, Izanami agonizante continuou a gerar deuses e deusas, e ao chorar sua morte, ainda outras divindades emergiram das lágrimas do aflito Izanagi.

A descida ao Yomitsu Kuni “o submundo”        
Quando Izanami morreu, ela foi enviada ao Yomitsu Kuni (mundo dos mortos). Izanagi desesperado decidiu cruzar as portas do submundo com a missão de trazer sua amada de volta…
Izanami cumprimentou Izanagi das sombras enquanto ele se aproximava da entrada do Yomi. Ao encontrar Izanami, o deus lhe disse: “Os países que tu e eu criamos ainda não foram totalmente terminados. Voltemos”.  Izanami respondeu-lhe: “Meu  senhor e marido, que lástima, por que tua vinda é tão tarde? Eu já comi da comida do Mundo de Yomi!… No entanto, vou me consultar com as deidades daqui. Peço-te que de nenhum modo me olhes”. Dizendo isso, Izanami adentrou no submundo desaparecendo nas trevas.
Não obstante, passava o tempo e Izanami não regressava, Izanagi começou a se desesperar. Angustiado com a demora e determinado a encontrar  a esposa, Izanagi acendeu uma tocha e olhou dentro do Mundo de Yomi. Mas ao olhar mais de perto se surpreendeu com a imagem aterrorizante, viu  que sua amada esposa já não era a mesma,  Izanami agora era um cadáver em decomposição. A deusa de outrora, tão bela, tinha se convertido em um ser cadavérico e parte de seu corpo já estava putrefato e cheio de vermes. Sobre  seu corpo disforme, surgiram ainda outros oito deuses horrendos, e o deus do trovão (Ryujin).
Horrorizado com o que viu, Izanagi decidiu regressar, mas a própria Izanami envergonhada por sua aparência, ordenou as “Yomotsushikome” (espíritos hediondos femininos) a perseguirem o deus.
Na fuga do mundo dos mortos, Izanagi tirou uma grinalda de sua cabeça e a atirou ao solo convertendo-a em um cacho de uvas. As Yomotsushikome começaram a comê-las dando a Izanagi uma dianteira, mas logo o alcançaram novamente, de modo que ele rompeu a presilha de sua cabeleira e atirou-a ao solo transformando-a em brotos de bambu, provocando as Yomotsuhikome que as comessem. Elas pararam e começaram a brigar entre si pelo broto de bambu e assim Izanagi pôde livrar-se de suas algozes horrendas.
Irada por Izanagi não ter respeitado os seus desejos, Izanami enviou ainda o deus do trovão, e um exército de mil e quinhentos guerreiros ferozes do Yomi para continuar a perseguição. Enquanto corria Izanagi desembainhou sua espada de dez palmos e brandiu com ela, fazendo um barulho ensurdecedor a ponto de fazer cair muito dos guerreiros que o perseguiam. Ao chegar a “Yomotsu-hirasaka” (a ponte que ligava Yomi a terra dos vivos), Izanagi tomou três “melocotones” de uma árvore que tinha crescido naquele lugar e golpeou com eles os seus perseguidores que fugiram. 
Izanagi conseguiu escapar, bloqueando com uma gigantesca pedra a passagem entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos. Então, Izanami surge ameaçadora a sua frente, cruzando seus olhares pela última vez, a deusa  ameaça: “Se continuar a comporta-te deste modo, estrangularei e farei morrer em um único dia, mil homens em tua terra!”, ao que Izanagi retruca e diz: “Em troca mil e quinhentos homens nascerão!”. Sendo essas palavras consideradas uma alusão ao ciclo de vida e morte da humanidade.

O Nascimento da Nobre Trindade: Amaterasu, Tsukuyomi e Susanoo
Ao retirar-se do Yomi, Izanagi sentiu-se imundo por causa do seu contato com os mortos, e decidiu tomar um banho para se purificar, realizando o Misogi (Cerimônia Xintoísta da purificação). Enquanto se banhava no rio Ahakihara, em Tachibana-no-Ono, no país de Tsukushi, de suas vestes colocadas no solo, outras divindades nasceram, deuses e deusas, tanto do bem como do mal.
Por fim, de seu último ato de purificação, nasceram os três deuses mais importantes do Xintoísmo: Amaterasu-ōmikami “Augusta Deusa do sol”; Tsukuyomi-no-mikoto “O Deus da lua”; e Takehaya-susanoo-no-mikoto “Deus do mar”. A deusa do sol Amaterasu, nasceu  de seu olho esquerdo, o deus da lua Tsukuyomi, apareceu de seu olho direito, e Susanoo surgiu de seu nariz. Orgulhoso com o nascimento de seus três nobres filhos, os três deuses, chamados Mihashira-no-uzu-no-miko “Três filhos ilustres”, Izanagi dividiu seu reino entre eles.
Logo após o nascimento da tríade, Izanagi decidiu atribuir uma tarefa a cada um deles: para Amaterasu ele entregou um colar sagrado que simbolizaria o poder divino, tornando-a deusa do Sol a habitar o céu, enquanto para Tsukuyomi ele atribuiu a Lua, tornando-o deus da noite, a Susanoo, ele entregou o comando dos Oceanos. Por fim Izanagi dá por concluída sua missão da criação, e parte para a ilha de Ahaji, onde passou a viver em total reclusão.

Essa é a principal historia sobre eles, vamos às associações agora.
Izanagi:
É Deus: da criação, Pai do Japão.
Cores: branco.
Velas: branca.
Oferendas: todas as comidas japonesas.

Izanami:
É Deusa: da criação, Mãe do Japão, do submundo.
Cores: branca e preta.
Velas: bicolor branca e preta.
Oferendas: todas as comidas (devem ser entregues como oferenda aos mortos).
Espero que tenham gostado, que os deuses lhe abençoem!

Raffi Souza

06 outubro 2015

o Culto aos Deuses Gregos

Culto aos deuses gregos

Os gregos eram um povo politeísta, ou seja, que cultuavam vários Deuses, os principais (ou mais importantes) eram Apolo na ilha de Delfos por causa do seu oráculo, Zeus sendo o pai da humanidade, e antigamente deuses da guerra tais como Ares (deus da guerra sangrenta), Atena (deusa da estratégia em batalha), entre tantos outros.
Todas as polis tinha seu local de culto fosse aos inúmeros templos erguidos em nome aos deuses ou então na “chama da cidade” local que seria o centro da polis. A chama da cidade era o fogo sagrado de Hestia, toda vez que uma nova cidade seria construída ou então ganhasse nome essa chama devia ser levada pela pessoa mais influente da cidade, fosse o imperador, o rei ou o líder do exercito, este costume vive ate hoje na pratica da “tocha olímpica” que vem de um lugar ao outro, porem lá era em todas as cidades, e durante todo o ano.
A principal religião da Grécia antiga era o Helenismo, e os Mistérios de Eulêsis, este ultimo teria surgido durante o rapto de Perséfone, onde Demeter teria ensinado aos mortais a arte do arado e plantio da terra, desde então templos foram construídos para o ensino desses mistérios.
Uma das praticas dos gregos para mostrar sua devoção aos deuses eram os sacrifício.
O culto na Grécia consistia tipicamente do sacrifício de animais domésticos no altar, em meio a hinos e orações. Partes do animal eram então colocadas sobre as chamas, para os deuses; e os participantes comiam o resto. A evidência destas práticas é descrita com exaustão na literatura antiga, especialmente nos épicos de Homero. Ao longo dos poemas, o uso deste ritual fica aparente em banquetes onde carne é servida, em épocas de perigo, ou antes, de alguma empreitada importante, como meio de se obter o apoio dos deuses. Na Odisseia, por exemplo, Eumeu sacrifica um porco com uma oração por seu mestre, Odisseu; na Ilíada todos os banquetes dos príncipes se inicia com um sacrifício e uma oração. Estas práticas, descritas em períodos pré-homéricos, apresentam traços em comum com formas de sacrifício ritual do século VIII a.C. Ao longo do poema banquetes especiais são realizados sempre que os deuses indicam sua presença, seja através de algum sinal ou de algum sucesso em combate. Antes dos guerreiros gregos partirem para Troia, este tipo de sacrifício animal é realizado, e Odisseu oferece a Zeus, em vão, um cordeiro. Estas situações de sacrifícios nos poemas épicos de Homero podem indicar uma visão dos deuses como membros da sociedade, e não entidades externas, indicando laços sociais com eles. Os sacrifícios rituais desempenhavam um papel crucial na formação de relações entre o humano e o divino.
Outra pratica importante era as libações, praticamente sempre de vinho, sendo o primeiro produzido, ou o melhor vinho que da cidade, onde era derramado sobre as chamas aos deuses olímpicos (os deuses que viviam no Olimpo) ou jogados em “buracos” para os deuses Ctonicos (que viviam no submundo), pois acreditavam que o vinho era a bebida que mais agradavam os deuses, depois do Nectar, este ultimo era destinado apenas aos deuses e os mortais não teriam acesso (ele ficava em posse de Ganimedes e Hebe, os “serventes” dos deuses).
Alguns deuses não eram cultuados em templos, e sim em outros lugares, como no caso da Deusa Hecate, ela era cultuada nas estradas, e principalmente nas encruzilhas de três caminhos (seria como as que formam um pé de galinha, e não uma que tivesse como voltar, ou dois novos caminhos, seriam três novos caminhos) Hecate tinha alguns festivais em sua honra, mais era principalmente nas sextas feiras 13 em que os seus devotos, ou ate mesmo as pessoas da cidade saiam em procissão para ela, o mês que mais tinha festivais era o de Agosto.
Hades também era um exemplo disso seu culto era fora de casas e templos, pois muitos o temiam por ser Deus do mundo inferior, entre tantos outros Deuses que não tinha seu culto em templos.
Cada Deus grego tinha seus próprios sacerdotes, iguais as Pitonisas que eram sacerdotisas do Deus Apolo, elas viviam e trabalhavam no templo dele em Delfos. Dentre tantos outros deuses.
Bem espero que tenham gostado, qualquer duvida é só comentar!

Raffi Souza.