04 janeiro 2016

AS DEUSAS DO DESTINO (MOIRAS)


"Já tive ocasião de dizer que o próprio Zeus sentia um sagrado e respeitoso temor da deusa Noite. Segundo as narrativas dos discípulos de Orfeu, que deixarei para mais tarde, própria Nyx era uma deusa tríplice. Entre os filhos da Noite figuravam as deusas do Destino, as Moiras. Essa tradição a respeito delas está no nosso Hesíodo, conquanto ele também afirme que as três deusas eram filhas de Zeus e da deusa Têmis. No dizer dos menos antigos devotos de Orfeu, elas viviam no Céu, numa caverna ao pé do lago cuja água branca jorra da mesma caverna: clara imagem do luar. O nome delas, a palavra moira, significa "parte"; e o seu número, explicam os orfistas, corresponde ao das três "partes"da lua; e é por isso que Orfeu canta "as Moiras de vestes alvas" (KERÉNYI, 1997).
Na Mitologia grega as moiras (em Língua grega antiga Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto da Divindade (deuses), quanto dos seres humanos, eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios, as voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos e pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens.
As moiras eram filhas de Nix (a noite). Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Iliada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia aparecem as fiandeiras.

As Moiras eram:
  • Átropos (Ἄτροπος; átropos) que para o grego significa aquela que segurava o fuso e tecia o fio da vida. Átropos era a responsável pelo "fiar", atuava como deusa dos nascimentos e partos.
  • Cloto (Κλωθώ; klothó) em grego significa aquela que sortear puxava e enrolava o fio tecido. Cloto, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
  • Láquesis (Λάχεσις; láchesis) grego significa aquela que afastarva, ela cortava o fio da vida, determinava o fim da vida.
O fio da vida ficava a mercê das Moiras: Átropos fiava, Cloto enrolava e Láquesis cortava.

Por se tratar de um mito muito difundido, há confusões quanto aos nomes e funções das moiras. O que importa, no entanto, é a ideia de destino: algo fora do ser humano decide sobre a sua sorte, que já está determinada.

19 dezembro 2015

Deusa hindu do amor, Râdhâ



Deusa hindu do amor, Râdhâ. Também chamada de “A mais amada”.
Era pastora entre os gopis do deus Krishna. Foi sua amiga de infância e depois amante. O amor entre o Deus e Râdhâ foi imortalizado em vários poemas.
O nome Râdhâ quer dizer beleza, brilho. O mais comum de seus epítetos é Radhika, que significa aquela cujo culto à Krishna é poderoso.
Alguns autores consideram Râdhâ como a representação da alma humana atraída para a Divindade. Para outros autores, Râdhâ e Krishna juntos simbolizam a verdade absoluta.
Râdhâ é vista como a potência primordial interna do Senhor. O culto à Râdhâ em Vrindavan é bastante difundido. Esse era o lugar onde Krishna diz ter vivido. A importância de Râdhâ ultrapassa até mesmo a importância de Krishna. E o amor de Radha por Krishna é como o mais perfeito principalmente por causa da sua natureza infinita e incondicional. Ela é “Seu coração e alma”.

18 dezembro 2015

O Deus Egipcio Bés



Bés Era o bobo dos deuses, senhor do prazer e da alegria. Bes era representado pela figura de um anão gordo e barbudo, feio ao ponto de se tornar cômico. Ele é muitas vezes representado com a língua de fora e segurando um chocalho. Quando esculpido ou pintado na parede, ele nunca aparece de perfil, mas sempre de frente, o que é único na arte egípcia. Besé um deus incomum, que não parece ser egípcio, mas a sua origem é desconhecida. No entanto, é visível que ele se assemelha imenso com deuses encontrados na África. Bes era também o protetor do parto.
Durante o nascimento, Bes dançava à volta do quarto, abanando o seu chocalho e gritando para assustar demónios que de outro modo poderiam amaldiçoar a criança. 

Depois da criança nascer, Bes ficava ao lado do berço entretendo o bebé. Quando a criança ria ou sorria sem motivo aparente, acreditava-se que Besestava algures no quarto a fazer caretas.