30 novembro 2016

Açafrão!


Erva sagrada, Açafrão.

O açafrão propriamente dito é o produto é extraído dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus e utilizado desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica.
Descrição: Planta da família das Iridaceae, também conhecido como açaflor, açafrão, açafreiro, açafroeiro.
Pequena planta cultivada principalmente nos jardins do Rio de Janeiro; apresenta folhas estreitas e flores rosáceas ou avermelhadas, com propriedades medicinais e tempero.
Atualmente, é a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de apenas alguns gramas utilizam-se milhares de flores da planta, processadas manualmente (cerca de 100 mil flores para obtenção de apenas cinco quilos de estigmas).
O Dicionario de botânica brasileira refere-se ao açafrão desta forma: Arbusto de quase um metro de altura, folhas roxeadas e compridas; a flor e seus tegumentos são amarelos, purpurinos, e avermelhados.
Quando seca tem grande consumo na Europa para a tinturaria; desprende de seus órgãos uma tinta amarela e um óleo volátil.
Na arte culinária e nas confeitarias costuma-se empregar o açafrão para dar uma cor agradável a muitas iguarias e confeições                       
Parte utilizada: Estigmas secos.
Origem: A variedade de Crocus sativus que se usa para extrair o açafrão é originária da região do mar Mediterrâneo e consumido na culinária da região, normalmente em risotos, caldos e massas.
Na Espanha, é item essencial à paella.
Pode cultivar-se no Brasil.                       
História: O açafrão é pelo menos tão antigo como a escrita, talvez até muito anterior à nossa era.
Da China ao Egito, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais.
O açafrão foi amplamente utilizado como condimento e como um pigmento, este uso ainda é aplicado, usado há séculos em molhos, arroz e aves.
Durante o período entre os séculos XVI e XIX, o açafrão foi usado em várias preparações do opiáceas para o alívio da dor.                       
Para que serve o Açafrão?
Princípios Ativos: Aldeídos terpenos (safranal, 2,2,4-trimetil-ciclohexa-1,3-dieno-carbaldeído, pineno e cineol), picrocrocina, carotenóides, crocetina, gentobiose, alfa e o beta-caroteno, licopina, zeaxanteno e mucilagem.
Propriedades medicinais: antiofídico, digestivo, emenagoga, espasmódica, laxante.
Pesquisadores da UFSC estão estudando o uso de nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele.
Indicações: histeria, inflamação, regular processos sanguíneos, tireoide, problemas digestivos, prisão de ventre, veneno de cobra.
Contraindicações/cuidados: Nenhuma contraindicação foi encontrada na literatura consultada, exceto de a planta possuir uma atividade emenagoga e abortiva.
Grandes quantidades de açafrão (mais de 5g o que é maior do que a quantidade geralmente usada na culinária) provocam a estimulação uterina e podem induzir o aborto.
Informação sobre o uso durante a amamentação não foi encontrada.
Efeitos colaterais:
Uma reação anafilática - angioedema , urticária ocorreu em um fazendeiro com 21 anos após ter ingerido arroz e cogumelos com açafrão.
Uma resposta positiva ao açafrão, com resultados negativos aos outros ingredientes, foi observada no 'teste do esfregasse' e pela técnica do RAST (Radioallergosorbent test), testando a presença de IgE; Alergia ocupacional sazonal, incluindo a rinoconjuntivite, a asma brônquica, e o prurido cutâneo, ocorreram em 15 trabalhadores expostos ao açafrão; Testes cutâneos e de RAST foram positivos para o açafrão.
Toxicologia:
Grandes doses de estigmas atuam como um sedativo e há relatos de uso fatal do açafrão como um aborti-faciente.
A presença das saponinas no rebento é tóxica a animais jovens.
A dose letal é 20 g, enquanto a dose abortiva é 10 g.
Os seguintes efeitos foram relatados após a ingestão de 5g açafrão: púrpura severa, trombocitopenia, e sangramento severo.
Um estudo demonstrou que o açafrão é não mutagênico e não tóxico, porém as doses usadas não foram mencionadas.                       
 1. O açafrão tem componentes bioactivos com poderosas propriedades medicinais. O açafrão é a especiaria que dá a cor amarela ao caril, usada na India há milhares de anos como especiaria e erva medicinal. Recentemente a ciência ocidental tem vindo a descobrir o que os indianos sabem há muito tempo: os componentes do açafrão, nomeadamente os curcuminóides, tem efeitos anti inflamatórios e anti oxidantes. Uma vez que os curcuminóides representam apenas 3% da composição do açafrão, devem ser usados extractos ou suplementos para se obterem efeitos relevantes.
2. O açafrão tem poderes anti inflamatórios, 100% naturais. Em curto prazo as inflamações são importantes. Ajudam o corpo a combater invasores e a reparar tecidos. Sem inflamações, bactérias e fungos podiam matar-nos. Apesar da inflamação de curto prazo ser benéfica pode-se tornar num problema se for crónica. Sabe-se que inflamações ligeiras, mas crónicas são responsáveis por muitas doenças ocidentais, incluindo doenças do coração, cancro, síndroma metabólico, Alzheimer e outras.  O açafrão consegue inibir algumas das moléculas e enzimas que se sabe serem responsáveis por inflamações crónicas.
3. Açafrão aumenta a capacidade antioxidante do corpo. Os danos oxidativos são uns dos mecanismos associados ao envelhecimento e a várias doenças. Envolvem radicais livres, moléculas altamente reactivas com electrons desemparelhados. Os antioxidantes do açafrão protegem o organismo dos radicais livres e dos danos oxidativos, neutralizando-os graças à sua estrutura química. Para, além disso, os curcuminóides fortalecem a actividade antioxidante das enzimas, incluindo a glutationa peroxidase, catálase e a superóxido dismutase.
4.  O açafrão reforça o factor neurotrófico derivado do cérebro, ligado à melhoria da função cerebral e a menor risco de doenças. Antigamente achava-se que os neurónios não eram capazes de se dividir e multiplicar depois da infância. Hoje sabe-se que não é assim. Os neurónios conseguem formar novas ligações, sinapses, e em certas áreas do cérebro multiplicam-se graças ao BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor). O açafrão contribui para aumentar os níveis de BDNF, atrasando ou mesmo revertendo doenças do cérebro. Há também a possibilidade de conseguir melhorar a memória e lucidez.
5. O açafrão reduz o risco de doenças do coração. As doenças do coração tem sido um flagelo há muitas décadas e investigadores sabem cada vez mais sobre o assunto. Estas doenças são complexas e vários factores contribuem para elas. A curcumina, presente no açafrão, reverte muitos dos passos do processo patológico das doenças do coração, nomeadamente na melhoria do funcionamento do endotélio, revestimento dos vasos sanguíneos. A curcumina reduz também as inflamações e a oxidação, importantes para as doenças de coração.
6. O açafrão previne (e talvez trate) o cancro. O cancro é uma doença terrível caracterizada pelo crescimento descontrolado de células. Dos vários tipos de cancro, a maior parte é afectada pelos suplementos de curcumina com impacto no desenvolvimento do cancro ao nível molecular. Estudos revelam que o açafrão pode reduzir a angiogênese nos tumores e a metástase, bem como contribuir para a morte de células cancerígenas. Há também evidências da sua acção preventiva, sobretudo ao nível dos cancros do sistema digestivo.
7. A curcumina do açafrão pode prevenir e tratar Alzheimer.  A doença de Alzheimer é a mais comun das doenças neurodegenerativas e a maior causa de demência. Uma vez que não existe tratamento garantido e eficaz, prevenir esta doença é de grande importância.  A curcumina consegue atravessar a barreira hematoencefálica o que permite melhorias no processo patológico da doenças de Alzheimer.
8. Os doentes com artrite respondem bem a suplementos de curcumina. A artrite é um problema comum no mundo ocidental. Há vários tipos de artrite, mas a maior parte envolve inflamações nas juntas. O poder anti inflamatório da curcumnina  ajuda a tratar e prevenir a artrite.
9. Estudos demonstram que a curcumina tem benefícios  incríveis contra a depressão. Num teste controlado em 60 pacientes, um grupo tomou Prozac, outro uma grama de curcumina e o 3ª grupo tomou ambas, Prozac e curcumina. Ao fim de 6 semanas os gupos Prozac e curcumina revelavam melhorias semelhantes e o grupo com ambas as doses foi o que se saiu melhor. Curcumina demonstrou o seu poder anti depressivo. Mais sobre tratamento da depressão
10. A curcumina tem efeito anti aging e combate doenças crónicas relacionadas com o envelhecimento. Se a curcumina ajuda a prevenir doenças de coração, cancro e Alzheimer, então tem óbvios benefícios anti aging. Isto para além dos efeitos anti inflamatórios e anti oxidantes                      
 A planta que pertence à família do gengibre, o açafrão, é usada há muito tempo. Na Índia é um remédio popular, corante e tempero. É uma fonte de antioxidantes poderosos contra doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer, sem contar que pode ajudar a retardar o envelhecimento e rejuvenescer o organismo, inclusive a pele.
O açafrão é mais comumente dedicado aos cuidados com a pele, devido às suas propriedades rejuvenescedoras e de tratamento da acne, mas poucos sabem que ele também auxilia no controle da diabetes e na prevenção de doenças como o Alzheimer. Outro fator importante e desconhecido é a prevenção à leucemia, impedimento do câncer de mama se espalhar, redução de inchaços e inflamações, fortalecimento do sistema digestivo, regulação do nível de açúcar no sangue, auxílio na circulação etc                       
Dicas:
Os benefícios terapêuticos são ampliados quando o açafrão é usado em conjunto com peixes de águas geladas ou óleo de peixe, que são ricos em ácidos graxos essenciais – ômega-3.
O chá pode aliviar a tosse e o caldo estimula a digestão. Misturar cerca de 1 grama por litro de água.
Massagear o pó de açafrão sobre alguma zona de dor corporal pode a aliviar. Nas gengivas, misture o pó ao mel puro e aplique diretamente na boca.
Atenção: A planta não deve ser consumida em doses muito elevadas. Prefira uma quantia menor que 10 gramas.
Fazendo uso dos benefícios do açafrão
Eliminar marcas da acne: Misture uma pitada de açafrão a uma colher (sopa) de pó de sândalo, acrescente água até obter uma pasta lisa. Passe no rosto e deixe cerca de 30 minutos. Repita o processo duas ou três vezes na semana, dependendo da gravidade das marcas;
Eliminar cravos: Esfregue o pó de açafrão diretamente sobre o cravinho durante 5 minutos, diariamente até que seja completamente eliminado da região;
Clareamento facial: Misture meia colher (sopa) de açafrão, uma colher (sopa) de suco de limão ou suco de pepino. Combine bem os ingredientes e passe na face, deixando agir cerca de 20 minutos e retire com água fria. O uso regular da máscara proporciona uma pele clara, hidratada e com aspecto brilhante;
Esfoliar e tonificar o corpo: Separe duas colheres de sopa (ou mais, dependendo de sua estatura) de farinha de grão de bico e adicione meia colher (chá) de açafrão. Faça uma pasta acrescentando leite, caso tenha pele normal, ou água de rosas, se tiver a pele oleosa. Passe por todo o corpo em movimentos circulares suavemente e deixe agir por 10 minutos. Tome banho normalmente, mas prefira água morna ou fria;
Remover estrias: Adicione duas pitadas de açafrão à uma colher (sopa) de iogurte natural. Esfregue sobre as marcas diariamente, deixando que aja por 10 minutos e depois enxágue;
Curar feridas, cortes, eczema ou psoríase: Aplique o açafrão puro sobre a área a ser tratada, repetindo o processo duas vezes ao dia.                       
 Açafrão
O açafrão, também conhecido como açafrão-da-terra, cúrcuma e gengibre amarelo, é uma planta originária da Ásia, pertencente à família do gengibre, cuja raiz dá origem à especiaria de cor amarela intensa. A especiaria é amplamente utilizada como condimento na culinária - principalmente na indiana - e também para dar cor aos alimentos. Entretanto, nem somente de culinária vive o açafrão. Ele é conhecido pelas suas propriedades medicinais, graças à curcumina, nome do pigmento presente nele e que tem ações antioxidante e anti-inflamatória.
Somos frequentemente lembrados por nutricionistas e médicos a ingerir alimentos que tenham cores vibrantes, pois as cores estão associadas aos antioxidantes. A cor intensa do açafrão parece, então, valer ouro: estudos evidenciaram a eficácia da curcumina no combate ao câncer e outras doenças. "A cúrcuma tem sido muito estudada, pois os povos que a utilizam não têm prevalência de várias doenças, inclusive vários tipos de câncer e problemas cardíacos", diz a nutricionista Jacqueline de Oliveira.
A medicina chinesa já utiliza o açafrão para remover inflamações nas partes interna e externa do corpo, mas a medicina ocidental também já reconheceu os benefícios desse produto. Doutores da Universidade da Califórnia descobriram que o pigmento bloqueou uma enzima que promove o crescimento de câncer na cabeça e no pescoço. No estudo, 21 sujeitos com câncer na cabeça e no pescoço mastigaram dois tabletes contendo 1.000 miligramas de curcumina. O resultado encontrado foi que as enzimas que promoviam o câncer foram inibidas pelo composto, impedindo o avanço das células malignas.                       
O açafrão também é antioxidante. O Centro Médico da Universidade de Maryland destacou que os antioxidantes presentes na curcumina combatem radicais livres causadores de câncer, reduzindo ou prevenindo os danos que eles podem causar no nosso organismo. Além das propriedades anticancerígenas, o composto também é um poderoso anti-inflamatório. A Universidade do Arizona examinou os efeitos do açafrão em ratos com artrite reumatoide. Resultado: a curcumina inibiu a inflamação das articulações.
"Dentre as propriedades da curcumina que estão sendo estudadas estão a redução dos níveis de colesterol, atuação contra o câncer retardando metástases, tratamento de artrite por ter propriedades anti-inflamatórias, auxílio na digestão das proteínas, facilitador na absorção de nutrientes e regulador do metabolismo. É bactericida, antioxidante, depurativo do sangue, desintoxicante, calmante e protege do sistema cardiovascular", resumiu os benefícios do composto a nutricionista Jacqueline de Oliveira. Com tantos benefícios para a saúde, a nutricionista dá dicas de como incorporar o açafrão à sua dieta: "Pode-se consumir o açafrão salpicando uma colher de chá em saladas, sopas, no arroz, em carnes e legumes. Existe também a opção em cápsulas de 500mg" (antes de consumir o açafrão como medicamento, consulte o seu médico).                       

Açafrão na magia:
Planta de influência jupteriana, seu uso além de condimento em nossas cozinhas, tem um largo uso em defumações para atrair melhores condições financeiras. Associado a “nós moscada” é um poderoso abre alas para situações financeiras difíceis. É também utilizado nos filtros amorosos em conjunto com outras ervas                       
 Planeta: Sol
 Elemento: Fogo Usado em rituais de prosperidade e cura                       
Deuses: Bast, Sekhmet, Morrigu, deusas solares e Amaterasu.
Propriedades mágicas: Usado em rituais e feitiços prosperidade e cura.
Festivais e rituais: Sabbat de Imbolc, Lammas, Yule.
 AÇAFRÃO - o açafrão é o tempero mais caro do mundo. O açafrão tem o gosto parecido com uma espécie de mel amargo e uma cor amarela forte. É indispensável na cozinha mediterrânea e muito usado também na cozinha indiana e na Ásia Central, especialmente para dar cor ao arroz. conhecido no comércio, e que é uma matéria amarela usada como corante e condimento. É utilizado para dar uma coloração amarelada na indústria alimentícia como condimento, corante natural e aromatizante. Usada principalmente na elaboração de risotos, paella, sopa de peixe e bacalhau à espanhola, em molhos, sopas, saladas, arroz e cozidos com frango ou legumes. São empregados nos casos de asma, coqueluche, histeria, bem como contra os cálculos dos rins, do fígado e da bexiga.
 AÇAFRÃO DA INDIA – (curcuma zedoária) tem uma aroma forte de madeira e sabor picante. Por esse motivo não deve ser usado como um simples substituto do açafrão.o pó de seu rizoma é utilizado como corante amarelo. Possui um sabor semelhante ao do gengibre. Utilizado como um dos ingredientes do curry e na pasta de mostarda, sua parte usada é o pó do rizoma. É utilizado para dar uma coloração amarelada ao arroz e em sopas e massas e na indústria alimentícia como condimento, corante natural e aromatizante. Bom para o fígado e pulmão. É colerética , colagoga, hipoglicemiante , resolutiva, diurética, excitante, cordial, estomáquica, antidiarréica, antiescorbútica, antiespasmódica, emenagoga , litotríptica, cicatrizante de feridas e antioxidante.Seu consumo é desaconselhável para mulheres grávidas.
AÇAFRÃO DA TERRA (Curcuma longa) – Irmão do gengibre. Antioxidante; ideal para dar uma tonalidade amarela em diversos pratos. Muito utilizada em pratos da cozinha baiana, indiana e asiática.Usado para colorir roupas, laticínios, bebidas e mostarda, em cozidos, sopas, ensopados, molhos, peixes, pratos à base de feijão, receitas com ovos, maioneses, massas, frango, batatas, couve-flor e até pães. Deve ser dissolvida em um caldo quente antes de ser incorporada a uma receita. É ingrediente essencial para acentuar o sabor e dar cor a muitos pratos da cozinha indiana, principalmente arroz. É boa para a pele, baixa o colesterol, protege o fígado, atua contra o câncer, trata a artrite, ajuda a digestão das proteínas, promove a absorção e regula o metabolismo, além de ser antiinflamatória, antimicrobiana, antioxidante, depurativa, desintoxicante, calmante e protetora do sistema cardiovascular, ajuda a formar o muco protetor do estômago e é muito útil em gripes, resfriados e dor de garganta.

Raffi Souza

22 novembro 2016

Os Deuses Brasileiros!

Os Deuses Brasileiros, a Mitologia Tupi

Vamos falar sobre alguns deuses que não vinheram atraves de imigração? Os que nós esquecemos, por causa da nossa afastação aos indigenas, aos que sofreram e ate sofrem? Vamos falar sobre os nossos deuses, os deuses Brasileiros, ou os deuses da Mitologia Tupi!

Nhanderuvuçu:
Conhecido também como Nhamandú, Yamandú ou Nhandejara, é considerado como o deus supremo da mitologia tupi-guarani. Nhanderuvuçu não tem uma forma antropomórfica, pois é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe antes mesmo de existir o Universo. No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma, que na língua tupi-guarani se chama "Anhang" ou "añã"; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga. Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria. Depois ele desejou lagos, neblina, cerração e rios. Para tudo isso, ele criou Iara, a deusa dos lagos. Depois criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu. Nhanderuvuçú criou também Caaporã (Caipora) o protetor das matas por si só nascidas, e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.

Iara:
Deusa das águas, também conhecida como Uiara, ela é vista como uma linda sereia que vive nas profundezas do rio Amazonas, de pele parda, cabelos verdes longos e olhos castanhos.

Abaçai:
É o deus da guerra, um tipo de 'Áries' ou 'Marte' dos nativos. É o espírito guerreiro que se apossa do índio que se prepara para batalhas sangrentas. Por isso, dizem que aqueles preparados para a guera estão "abaçaiados".

Angra:
A deusa do fogo da mitologia tupi-guarani.

Andurá:
Uma árvore fantástica e surreal, que a noite se inflama subitamente, se parecendo bastante com a forma através da qual o deus judaico-cristão se comunica com seus profetas.

Chandoré tupi:
Deus da mitologia tupi-guarani. Segundo a lenda, teria sido enviado para matar o índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois Pirarucu se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se em um peixe, que leva o seu nome.

Sumé:
Também conhecido como Zumé, Pay Sumé ou Tumé, entre outros nomes, é a denominação de uma antiga entidade da mitologia dos povos tupis do Brasil cuja descrição variava de tribo para tribo. Tal entidade teria estado entre os índios antes da chegada dos portugueses, e transmitido uma série de conhecimentos como a agricultura, fogo e organização social, e seria uma espécie de deus das leis e das regras. Era visto com cabelos amarelos, voava por todo lugar, e inclusive mergulhava sob as águas do mar, até quando desapareceu. Sumé deixou dois filhos, Tamandaré e Ariconte, que eram muito diferentes e odiavam um o outro.

Rudá:
O deus do amor, que vive nas nuvens. Seu trabalho é o de despertar o amor no coração das mulheres. Equivalente à deusa Hathor da mitologia egípcia, Vênus da mitologia romana, e Afrodite da grega.

Tupã:
Seria um tipo de líder na mitologia tupinambá, senhor dos trovões e tempestades. Em analogia simples, poderia ser comparado ao deus grego Zeus, ou mesmo ao deus nórdico Thor, pois ele compartilha a mesma explicação comum nos deuses dos povos antigos para os relâmpagos. Tupã também tem a característica da onipresença, que é muito comum nas religiões cristãs, judaica e islâmica. Os jesuítas, na época da colonização, difundiram uma opinião errônea de que o trovão em sí seria um deus indígena, sendo que na verdade, ele é apenas a maneira utilizada por Tupã para se expressar.

Jaci:
A deusa da Lua e da Noite seria responsável pela magia e encanto dos homens. Teria sido criada por Tupã para dar beleza a Terra. Irmã de Iara (deusa dos lagos sereno), Jaci tornou-se esposa do próprio Tupã. Outras versões da mitologia indígena dizem que Jaci seria esposa e/ou irmã Guaraci, o deus Sol. Jaci é equivalente a Vishnu dos hindus e Ísis dos egípcios.
 Guaraci (ou Quaraci):
Guaraci é a representação do deus Sol, responsável pela luz, vida e pureza do planeta Terra, assim como Brahma (hinduísmo) e Osíris (egípcio).

Yorixiriamori:
Esse deus encantava as mulheres com seu belo canto, o que despertou a inveja dos homens que tentaram matá-lo. Por isso, ele fugiu para o céu sob a forma de um pássaro. É um personagem do famoso mito "A árvore cantante", dos índios Ianomâmis.

Anhangá:
Os jesuítas propagaram a imagem errônea de que Anhangá seria o equivalente ao Diabo da religião Cristã, porém, Anhangá (que significa espírito) seriam almas que vagam pela Terra, que podia assumir qualquer forma, mas que seria mais visto como um veado com olhos de fogo. Além disso, Anhangá seria o protetor dos animais, protegendo-os contra caçadores. Quando um animal consegue escapar miraculosamente durante uma caça, os índios atribuem tal façanha a Anhangá.

Jurupari:
Filho da índia Ceuci, que após comer um fruto proibido para moças no período fértil (fruta mapati), ficou grávida miraculosamente, após o suco da fruta escorrer pelo seu corpo nu. Quando o conselho de anciãos soube da história de Ceuci, ela foi punida com exílio, onde teve seu filho, chamado Jurupari, enviado do deus Sol Guaraci, que teria como missão reformular os costumes e o modo de vida dos homens, que eram submetidos às mulheres. Visto como o grande Legislador, com 7 (sete) dias de vida já aparentava 10 anos de idade, e sua sabedoria atraiu as pessoas que ouviam seus ensinamentos enviados pelo deus Sol. Por sua vez, a história contada pelos jesuítas atribui Jurupari a uma espécie de demônio que visita os sonhos das pessoas, dando origem aos pesadelos, pois o ritual de Jurupari era o mais praticado na época da colonização. O ritual exclusivo para homens inclui músicas com flautas, flagelações, tabaco e coca e alucinógenos.

Ceuci:
Deusa da lavoura e das moradias, representada pela estrela mais brilhante da constelação de Plêiades. Quando na Terra, era mãe de Jurupari, o enviado do Sol/Guaraci, se submeteu ao novo método patriarcal das tribos. As mulheres não podiam participar dos rituais de Jurupari, pois os deuses matariam a intrusa. Certa vez, Ceuci com saudade de seu filho, aproximou-se dele durante um cerimonial, e foi quando ela foi atingida por um raio, enviado por Tupã. Jurupari, também filho do Sol, foi enviado para ressuscitá-la, mas não o fez para não desobedecer a lei dos deuses. Ele a acalmou dizendo que iria brilhar no céu, e encontrar o deus Guaraci, e nesse momento, Jurupari chorou. Por isso, quando faz Sol e chuva ao mesmo tempo, os índios dizem que o espírito de Jurupari está por perto.

Akuanduba:
Uma divindade dos índios araras toca a sua flauta para dar sustentação e ordem ao mundo, representando a harmonia divina.

Wanadi:
Deus dos iecuanas faz parte de um mito em que o Sol teria criado três seres vivos para habitar o mundo. Apenas Wanadi nasceu perfeito enquanto que os outros dois seriam responsáveis pelo mal do planeta.

Yebá Bëló:
Chamada de “mulher que apareceu do nada”, é citada como a responsável pela criação da humanidade segundo os Dessanas. De acordo com a lenda, teria moldado os homens e mulheres das folhas de coca que mascava chamadas de ipadu.

Caipora:
O nome caipora vem do tupi-guarani Caapora, e quer dizer "habitante do mato". Caipora é representado pela forma de um índio jovem, coberto de pelos e vive montado em uma espécie de porco-do-mato. Ele é o guardião da vida animal. É ele que estala os galhos, faz assobios e dá falsas pistas para desorientar os caçadores. Reza a lenda que Caipora seria canibal, se alimentando de tudo e todos que caçam nas florestas, punindo homens, insetos ou até outros animais. Caipora é responsável por punir, principalmente, aqueles que caçam além da necessidade.

Tupi:
Personagem primordial de todos os povos tupis. O antepassado principal, que deu origem à todos os índios. Por isso, muitas nações tupis criaram seus nomes como homenagens a tupi: tupinambás, tupiniquins, tupiminós, tupiguaés, etc.
Bem aqui falei apenas sobre alguns, existe uma imensidão de deuses Brasileiros, cabe a nos procurarmos eles.
Que os Deuses lhe abençoem!

Raffi Souza.

17 novembro 2016

Brahma o Criador do Mundo!

Brahma o criador do mundo!
                                                                                                                                                 

Brahma:

É o criador do universo, é a inteligência criadora, representa a mente cósmica.
Brahma tem quatro cabeças e está sentado num cisne. Os Puranas dizem que ele criou Sarasvati (sua consorte, Deusa do conhecimento) e que ela corria de um lado para o outro e para cada lado que ela corria nascia uma cabeça, assim ele é representado com quatro cabeças significando os quatro vedas e todas as direções do conhecimento.

A tradição Védica usa alguns exemplos para explicar a criação. É dito que o “Criador é como a aranha tecendo a teia”. O Criador é a inteligencia e o material da criação. Ele retira de si mesmo o material da criação. Assim a criação é a manifestação do criador.
A base de Brahma é Sarasvati, o conhecimento. Assim Brahma está sentado num cisne. O cisne tem a capacidade de separar o leite da água, assim como, o conhecimento é a capacidade de separar o real do não real (absoluto de maya).

Em suas quatro mãos Brahma sustenta um lotus, os vedas, um vaso contendo amrita e abaya mudrã. O lotus representa o símbolo da pureza. Os vedas são as escrituras sagradas contendo todo o conhecimento da criação e o meio para o conhecimento. O amrita é o néctar da imortalidade e abaya mudrã abençoa com destemor

A Mitologia Hindu está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os  escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação, conservação e destruição, que formam a Trimuri ou trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente, da criação, da conservação e as destruição.

Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence ao fogo.

Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra habitantes que fossem criados da sua própria emanação. Assim, criou através de sua boca, seu filho mais velho, o Brâmane, que significa o sacerdote, ao qual confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu Chátria, o guerreiro, do esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias, do sexo masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras (mecânicos e trabalhadores).

Brahma é o primeiro deus da Trimurti, a trindade hindu, mas não recebe tanta importância como os outros dois: Vishnu e Shiva.

Brahma é considerado pelos hindus a representação da força criadora ativa no universo.
A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brahma aparece montado num Lótus, que brotou do umbigo de Vishnu e recria todo o universo.

Depois que Brahma cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brahma, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000 anos em termos de calendário hindu. Quando Brahma vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brahma, quando esse dia chegar, Brahma vai deixar de existir, e todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus elementos constituíntes.

Brahma é representado com quatro cabeças, mas originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa. Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados.

Para poder vê-la onde quer que fosse Brahma criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brahma veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.

Brahma (Brama ou Bramá) é o deus hindu da criação e o primeiro deus da Trimurti, a sagrada trindade hindu. Os outros deuses eram Vishnu e Shiva. Brahma representa o equilíbrio, enquanto Vishnu e Shiva representam as forças opostas da conservação e da destruição, respectivamente.
Existem muitos relatos diferentes sobre a origem de Brahma. De acordo com uma história, Brahma criou as águas cósmicas e depositou nelas uma semente. A semente se transformou em um ovo de ouro e, após mil anos, o próprio Brahma emergiu do ovo como um Brahma mais jovem. Ele, então, criou o universo e todas as coisas nele. Outra lenda diz que Brahma nasceu de uma flor de lótus que brotou do umbigo de Vishnu.

Representações
Brahma é geralmente retratado com quatro cabeças e quatro braços. As quatro cabeças simbolizam os quatro Vedas (os antigos textos sagrados do hinduísmo), os quatro yugas (épocas de tempo) e as quatro varnas (classes sociais hindus)... Brahma é freqüentemente mostrado usando vestes brancas e segurando um cetro, uma tigela de esmolas, um arco, dentre outros itens. A montaria (vahana) de Brahma é o cisne/pavão real Hamsa.

Brahma e Sarasvati, o surgimento das varias cabeças:
De acordo com a mitologia hindu, Brahma originalmente possuía apenas uma cabeça. Após cortar uma parte de seu próprio corpo, ele a usou para criar uma mulher para si, a qual se chamava Sarasvati (ou Satrupa). Assim que Brahma a viu, se apaixonou por ela, a ponto de não conseguir tirar seus olhos dela. Envergonhada, Sarasvati movia-se para todos os lados tentando fugir dos olhares de Brahma, e, para poder vê-la onde quer que ela fosse Brahma criou mais três cabeças: uma à esquerda, uma à direita e outra atrás da original. Sarasvati tentou ainda escapar de Brahma voando até o ponto mais alto nos céus, mas Brahma criou uma quinta cabeça olhando para cima, tornando-se impossível para Sarasvati escapar de seus olhares.

Após conseguir deter a atenção de Sarasvati, Brahma lhe disse: “ó, meu amor, por favor, conceda-me seu carinho para que possamos nos unir e dar origem a todas as criaturas animadas, homens, deuses e demônios desse universo”. Ao ouvir tais palavras, Sarasvati desceu do alto de onde se refugiava, desfez-se de sua timidez e uniu-se a Brahma. Logo após terminarem de povoar o universo com suas mais diversificadas criaturas, Brahma e Sarasvati retiraram-se para um local secreto, onde viveram juntos por mais um espaço de cem anos divinos. Desse novo período de amor nasceu o sábio Manu, chamado também de Svayambhuva ou Viraj.

Posteriormente, uma das cabeças foi destruída por Shiva, após Brahma se dirigir de maneira desrespeitosa a sua pessoa. Shiva abriu seu terceiro olho e incinerou a cabeça de Brahma, que passou a contar desde então com quatro cabeças.

A criação das quatro castas hindus:
Segundo algumas lendas, pela união de Brahma com Bakchase (uma mulher da raça dos gigantes), provieram os brâmanes, a casta de sacerdotes e doutores destinada à propagação das leis religiosas. Do braço direito de Brahma surgiu um homem (Kshatrya) e do braço esquerdo uma mulher (Kshatryani). O enlace desses dois seres deu origem a casta de guerreiros. Da coxa direita de Brahma surgiu um terceiro homem (Vaishya) e da coxa esquerda uma mulher (Vaishyani), para dar origens a casta dos comerciantes e lavradores. Finalmente, do pé direito de Brahma surgiu um quarto homem (Sudra) e do pé esquerdo uma mulher (Sudrani) para dar origem à quarta casta, constituída por artistas, operários de toda espécie de trabalhadores.

Culto
Apesar do fato de Brahma ser um dos trimurtis, não existem templos dedicados ao seu culto, exceto o local de peregrinação, Pushkar em Ajmer. Alguns estudiosos acreditam que o culto a Brahma existiu nos tempos védicos, e foi substituído mais tarde pelos cultos à Shiva e Vishnu, que até hoje são amplamente cultuados.

Associações:

É deus: da criação, da ordem;

Velas: branco, azul;

Oferendas: incensos de olibanos, jasmim (praticamente todos os incensos indianos), imagens dele, mantras, dança.



Que os Deuses lhe abençoem!

Raffi Souza