27 janeiro 2021

O cristal do imperador: Topázio Imperial!

 

O cristal do imperador: Topázio imperial!

 

Produzido somente no Brasil, o topázio imperial é a pedra preciosa mais rara dentre os demais da família topázio. Sua jazida se localiza na cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. Foi encontrado pela primeira vez na Rússia do século XIX e era muito apreciado pela aristocracia russa, por isso, o termo “Imperial”. Entretanto, suas jazidas se esgotaram durante o período czarista.

O que o torna mais raro que os outros topázios?

Sua raridade se deve a sua coloração alaranjada e avermelhada que só é possível através de uma formação hidrotérmica, diferentemente dos restantes que são formados a partir de pagmatitos, uma rocha formada a partir de uma solução residual aquosa após o resfriamento de rochas ígneas.

Devido sua raridade e beleza incomparável, o topázio imperial possui alto valor de comércio e passou a ser utilizado como adorno de joias das grifes mais famosas da joalheria!

E o melhor de tudo é que aqui na Magnífica Joias você encontra peças com esse cristal exuberante para deixar você e seus looks cada vez mais elegantes e fashionistas!

Topázio imperial: a pedra mais rara da família dos topázios

topázio imperial

O topázio mineral é muito abundante no Brasil. O Museu do Rio de Janeiro contém um topázio imperial de 10.000 quilates.

Topázio imperial é uma linda pedra e recebeu esse nome, possivelmente da Ilha de Topázio no Mar Vermelho. Pois lá, essas pedras eram bastante comuns na Idade Média.

Assim, a cor da pedra geralmente não é muito brilhante, principalmente amarelo-laranja. Mas o topázio imperial distingue-se pela sua cor rosa (laranja-rosa).

O Brasil é o maior fornecedor de pedras lindas como o Topázio Imperial.

Por exemplo, na mina Imperial, perto de Ouro Preto. Sendo assim, retira-se cerca de 40 quilos de pedra a cada mês. E processa-se apenas 600 gramas. Mas poucos cristais excedem 4 centímetros.

No entanto, os minerais relacionados têm pouco valor econômico ou valioso como espécimes de cristal.

Mas essa pedra também é encontrada no Zimbábue, Sri Lanka, Rússia, Paquistão, Nigéria, Namíbia, México, Madagascar, Japão, China, EUA, Birmânia, Austrália, Irlanda do Norte, Escócia. Mas em 1964, cem quilos foram encontrados na Ucrânia.

O que é Topázio Imperial?

Do ponto de vista mineralógico, o topázio é um hidrato de fluo silicato de alumínio que é colorido pelos elementos ferro e cromo. Assim, em alguns casos, tratado para produzir uma grande variedade de cores.

Mas o topázio remonta a uma longa história:

Menciona-se o topázio, como uma das “pedras de fogo” (Ezequiel 28, 13-16). Elas foram apresentadas a Moisés na montanha e por instrução de Deus (Êxodo 28, 15-30) foram inseridos na couraça de Arão (sumo sacerdote e irmão de Moisés).

Além disso, no Apocalipse de João (21, 1921), o topázio é uma das doze pedras preciosas que adornam as pedras fundamentais da muralha da Jerusalém celestial (Apocalipse 21:19).

Características do Topázio Imperial

Além disso, conhece-se o topázio imperial como “topázio precioso”. Sendo assim, é o topázio natural mais procurado.

Mas o topázio imperial é transparente a translúcido. Exibe alta clareza com poucas inclusões, então as gemas de topázio podem ser examinadas a olho nu e consideradas “limpas”, o que significa que nenhuma imperfeição pode ser vista. Assim, ele é altamente valorizado por seu brilho.

Corte e forma

Além disso, o topázio imperial é um material muito versátil. Portanto, pode ser cortado em uma grande variedade de formas, como quadrado, redondo, octógono, pera, oval, coração e até mesmo formas extravagantes.

Assim, a dureza torna-o resistente a arranhões. No entanto, os lapidaristas devem manusear o topázio com cuidado devido à sua clivagem perfeita, o que significa que pode fraturar facilmente.

Tratamento

Além disso, o topázio imperial geralmente não é tratado ou aprimorado. No entanto, o laranja-marrom trata-se termicamente durante um processo conhecido como “rosado”, que produz uma cor rosa púrpura.

Propriedades Gemológicas do Topázio Imperial:

Fórmula química:            Al2SiO4 (F, OH) 2 Fluor contendo silicato de alumínio

Estrutura de cristal:        Ortorrômbico, prismas com extremidades multifacetadas, sobretudo octogonais em seção transversal

Cor:       Sobretudo amarelo, rosa, rosa-laranja, laranja ou vermelho

Dureza:                8 na escala de Mohs

Índice de refração:         1.609 – 1.643

Densidade:        3,49 – 3,57

Decote:               Perfeito

Transparência:  Sobretudo transparente e translúcido

Dupla refração ou birrefringência:          0,008 a 0,016

Brilho:   Vítreo

Fluorescência:  Sob UV de comprimento de onda longo, rosa e amarelo. Assim, podem mostrar um forte brilho laranja-amarelo; vermelho mostra um brilho amarelo-marrom fraco.

Topázio Imperial

FÓRMULA QUÍMICA:AL2SiO4(OH,F)2

CLASSE QUÍMICA:Silicatos

PROPRIEDADES

O Topázio Imperial é a variedade mais rara do Topázio. Esta variedade descoberta na Rússia é uma “Pedra Preciosa” utilizada como gema em todo o mundo, e muito admirada por colecionadores de minerais por sua raridade e extrema beleza.

PROCEDÊNCIA

Ouro Preto

CURIOSIDADES

O “Topázio imperial” teria sido oficialmente assim batizado em 1881, por ocasião do Imperador do Brasil, Dom Pedro II, e da Imperatriz, Dona Tereza Cristina, ao serem presenteados com uma daquelas gemas pelo mineralogista francês Claude-Henri Gorceix, fundador da Escola de Minas de Ouro Preto.

USO

O Topázio Imperial é utilizado na confecção de jóias.

Topázio Imperial: O Cristal da Prosperidade e da Boa Sorte



O Topázio Imperial possui fortes energias Solares, que aceleram muito o nosso crescimento espiritual e material, aumentam nosso poder pessoal.

Ele é um poderoso cristal da prosperidade, pois emite vibrações especiais que atraem fortemente a fortuna, abundância e o sucesso para nossas vidas.

O Topázio Imperial funciona como um usina de energia, pois nos recarrega fisicamente e espiritualmente e fortalecer o nosso otimismo.

Significado da Pedra Topázio Imperial

O Topázio Imperial atrai fortemente a prosperidade e a fortuna para nossas vidas e favorece muito o sucesso profissional e financeiro.

Ele aumenta nosso brilho pessoal, ajuda a superar limitações, favorece a busca pela fama e reconhecimento, afasta a negatividade e recarrega as energias do corpo e da Aura.

É também um cristal benéfico para aqueles que buscam a fama, pois ajuda a expressar nossos potenciais e aumenta muito o nosso carisma.

Sua energia nos ajuda a superar limitações, abre os caminhos e no dá forças para estabelecer planos ambiciosos e positivos para nossa vida.

Efeitos Terapêuticos do Topázio Imperial

O seu uso traz relaxamento de tensões, bom humor, espontaneidade, luz interior, etc.

O Topázio Imperial atua promovendo o equilíbrio hormonal e também auxilia nos casos de depressão, pois age combatendo o desgaste emocional.

Suas energias também melhoram os casos de falta de ar, bronquite, fortalecem a mente e favorecem a saúde do pâncreas, coração e das costas.

Como Limpar e Energizar o Topázio Imperial

O Topázio Imperial é uma pedra de energias muito intensas e positivas, por isso não precisa ser limpo com frequência.  Para limpar suas energias basta lava lo em água corrente com sal grosso ou marinho

Para recarregar suas, deixe o sob a luz do Sol por cerca de 1 hora, como ele responde muito bem a energia Solar, deixei carregando por 2 horas no mínimo.

Como Usar o Topázio Imperial

Para atrair prosperidade e aumentar a sua força, energia e poder pessoal, use uma joia de Topázio Imperial ou carregue um Topázio bem próximo a você.

Para favorecer o sucesso na carreira ou atrair prosperidade para seus negócios, deixe um topázio imperial em sua mesa de trabalho.

Usos e Aplicações Típicas do Topázio Imperial

Atrair prosperidade, sucesso e fortuna

Aumentar nossa vitalidade e disposição

Recarregar as energias do corpo e da Aura

Fortalecer nosso poder pessoal

Aumentar nosso carisma e favorecer a busca pelo fama

O topázio imperial ou topázio amarelo atua no terceiro chakra, o plexo solar, local por onde trocamos energia com o mundo e também onde enclausuramos nossos medos e traumas passados.

O topázio, sendo uma pedra estriada, vai ajudar na ativação das energias estagnadas que ficaram retidas, nos registros inconscientes vivenciados de desamparo, solidão, abandono, auxiliando assim a superar e suprimir a fome emocional.

Quando a necessidade de ingestão torna-se compulsiva, detecta-se então um vazio, uma carência, que pode ter origem na infância e este nobre cristal então, promove o movimento dessa memória antiga, facilitando a digestão mental e física.

Considerada a pedra da alegria, age como despertador da vitalidade, da criatividade, da memória, concentração e clareza mental. Regula o sistema digestivo, sendo excelente para a perda de peso pois ajuda a eliminar açúcares (afeto psíquico) e gorduras (proteção) corporais, garantindo uma sensação de saciedade e nos livrando de hábitos alimentares compulsivos. Esta pedra faz jus a seu nome quando desenvolve (e nos devolve) nossa estória completa, sem temores ou complexos, quando nos traz a consciência do nosso justo valor para que percebamos quem é o verdadeiro dono (ou imperador!) de nós mesmos.

FICHA TÉCNICA DO TOPÁZIO IMPERIAL

Chakra: Plexo Solar

Planeta: Sol, Mercúrio e Júpter

Signo: Leão, Áries, Sagitário e Gêmeos

Origem: Brasil, Estados Unidos, Sri Lanka e México

Profissões: Atores, Donas de Casa, Comunicadores, Funcionários Públicos, Médicos e Vendedores

Dureza: 3,4 e 3,6 Mohs

Composição:  Alumínio que contenha flúor, sílica com ferro, cromo, titânio, vestígios de zinco

Efeitos esotéricos e psíquicos:

Vitalidade

Criatividade

Memória

Concentração

Clareza mental

Facilitador da digestão mental e física

Efeitos terapêuticos:

Regula o sistema digestivo

Acelera o metabolismo

Auxilia a parar a compulsão por comer

Emagrecimento

Fontes: https://portaldamineracao.com.br/topazio-imperial/

 https://blog.magnificajoias.com.br/topazio-imperial-a-pedra-mais-rara-dos-topazios/

 https://blog.waufen.com.br/topazio-imperial/

https://www.cristaisaquarius.com.br/blog/significado-da-pedra-topazio-imperial/

https://blog.helenacristais.com.br/topazio-imperial-e-seus-significados-e-propriedades/#:~:text=O%20top%C3%A1zio%2C%20sendo%20uma%20pedra,e%20suprimir%20a%20fome%20emocional.

Que sejam prósperos.

Raffi Souza

01 novembro 2020

Dia de Los Muertos!

 

Dia de Los Muertos!

 


No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os falecidos no dia 2 de novembro. Começa no dia 31 de outubro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. A UNESCO declarou-a como Património Imaterial da Humanidade.

As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há relatos que os astecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.

O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol: Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada - e esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos.

É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Segundo a crença popular, nos dias 1 e 2, chamados de Días de Muertos, os mortos têm permissão divina para visitar parentes e amigos. Por isso, as pessoas enfeitam suas casas com flores, velas e incensos, e preparam as comidas preferidas dos que já partiram. As pessoas fazem máscaras de caveira, vestem roupas com esqueletos pintados ou se fantasiam de morte.

Morte entre os astecas

Para os antigos mesoamericanos, a morte não tinha as conotações morais da religião cristã, nas quais as ideias do inferno e do paraíso servem para punir ou recompensar. Pelo contrário, eles acreditavam que os cursos destinados às almas dos mortos eram determinados pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento na vida.

As principais civilizações representativas da área mesoamericana, asteca e maia desenvolveram um rico ritualístico em torno da adoração dos ancestrais e da própria morte, que foi o precedente do atual Dia dos Mortos, no qual a visão de mundo desses povos ainda sobrevive parcialmente.

Os quatro pontos cardeais ou reinos do universo horizontal descritos no Codex borgiade.

Os astecas acreditavam que a vida exterior do falecido poderia ter quatro destinos:

Tlalocan ou paraíso de Tláloc,deus da chuva. Este local era chefiado por aqueles que morreram em circunstâncias relacionadas à água: os afogados, aqueles que morreram de raios, aqueles que morreram de doenças como gota ou hidropesia, sarna ou bubas, bem como crianças sacrificadas ao deus. O Tlalocan era um lugar de descanso e abundância.

Omeyocán,paraíso do sol, presidido por Huitzilopochtli, o deus da guerra. Apenas os mortos em combate, os cativos que se sacrificaram e as mulheres que morreram no parto chegaram aqui. O Omeyocan era um lugar de alegria permanente, onde o sol era celebrado e acompanhado de música, canções e danças. Os mortos que foram para o Omeyocan, depois de quatro anos, voltaram ao mundo, transformaram-se em pássaros de belas penas multicoloridas.

Mictlán,destinado àqueles que morreram de morte natural. Este lugar era habitado por Mictlantecuhtli e Mictecacíhuatl, senhor e senhora da morte. Era um lugar muito escuro, sem janelas, do qual não era mais possível sair

Chichihuacuauhco, onde as crianças mortas foram antes de sua consagração à água onde havia uma árvore cujos galhos o leite estava pingando, para se alimentar. As crianças que vieram aqui voltariam à Terra quando a raça que a habitava fosse destruída. Desta forma, a morte renasceria.

O caminho para o Mictlán era muito tortuoso e difícil, porque para alcançá-lo as almas tinham que viajar por lugares diferentes por quatro anos. Depois desse tempo, as almas chegaram a Chicunamictlán, onde as almas dos mortos descansavam ou desapareçam. Para trilhar esse caminho, o falecido foi enterrado com um cão chamado Xoloitzcuintle, que o ajudaria a atravessar um rio e chegar a Mictlantecuhtli, a quem ele deveria dar, como oferenda, amarrado com chás e bucos de perfume, algodão(ixcátl),fios vermelhos e cobertores. Aqueles que foram ao Mictlán receberam, como oferenda, quatro flechas e quatro chás amarrados com fio de algodão.

Os enterros pré-colombianos, eram acompanhados por oferendas contendo dois tipos de objetos: aqueles que, em vida, tinham sido usados pelos mortos, e aqueles que ele poderia precisar em seu trânsito para o submundo. Dessa forma, a elaboração de objetos funerários foi muito variada: instrumentos musicais de argila, como ocarinas, flautas, timbales e sonajas na forma de crânios; esculturas representando os deuses mortuários, crânios de vários materiais (pedra, jade,vidro), braseros, incensários e urnas.

O Dia dos Mortos fora do México

Estados Unidos

Um altar do Dia dos mortos em Los Angeles fazendo homenagem a antigos programas de TV

Em várias comunidades estadunidenses com imigrantes mexicanos, o Dia dos Mortos é celebrado de maneira bastante semelhante da forma que são celebrados no México. Em algumas destas comunidades, como o Texas e Arizona, as celebrações costumam ser mais tradicionais. Por exemplo, a Procissão de Todas as Almas tem sido um evento anual de Tucson desde 1990. O evento combina elementos do tradicional Dia dos Mortos com outros de festivais pagãos de colheita. Pessoas usando máscaras carregam sinais homenageando os mortos e uma urna na qual pode-se colocar pedaços de papel com orações para serem queimadas.

Em outras comunidades, a interação entre as tradições mexicanas e a cultura estadunidense está resultando em celebrações nas quais tradições mexicanas estão sendo estendidas para fazer manifestos artísticos, ou às vezes, políticos. Por exemplo, em Los Angeles, Califórnia, o centro cultural Self Help Graphics & Art Mexican-American apresenta uma celebração anual do Dia dos Mortos, que inclui tanto elementos tradicionais quanto políticos, como altares em honra das vítimas da Guerra do Iraque enfatizando o alto número de soldados latinos. Uma versão inter-cultural do Dia dos Mortos também está evoluindo em um cemitério próximo a Hollywood. Lá, numa mistura de tradições mexicanas e atitudes modernas de Hollywood, altares convencionais são levantados ao lado de altares a Jayne Mansfield e Johnny Ramone. Dançarinos e músicos nativos misturam-se com artistas de performance, enquanto pranksters tocam músicas tradicionais.

Tradições similares e modernizações inter-culturais da celebração mexicana ocorre em São Francisco, por exemplo através da Galería de la Raza, SomArts Cultural Center, Mission Cultural Center, de Young Museum; em Oakland, Califórnia no Museu de Oakland e com aulas da antiga arte da Cartonería no centro de educação de artes The Crucible; e em Missoula, Montana onde celebrantes esqueléticos em pernas de pau, pequenas bicicletas e esquis desfilam pela cidade.

Isto também ocorre no histórico Forest Hills Cementery, em Boston. Patrocinado pela Forest Hills Educational Trust e pelo grupo folclórico La Piñata, o Dia dos Mortos celebra o ciclo de vida e morte. As pessoas trazem ofertas de flores, fotos, memórias e comida para seus defuntos os quais são colocados em belos e coloridos altares. Um programa de música e dança tradicionais também acompanham o evento comunitário.

Europa

Pessoas decorando as sepulturas

Observa-se que o Dia dos Mortos ao estilo mexicano se espalhou também pela Europa. Em Praga, na República Tcheca, por exemplo, os moradores celebram o Dia dos Mortos com máscaras, velas e caveiras de açúcar. O evento, que recebe apoio da Embaixada Mexicana, é realizado pelo teatro Alfred Ve Dvore'.

Em vários outros países com uma herança católica, o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos são feriados onde as pessoas vão aos cemitérios com velas e flores e dão presentes às crianças, normalmente doces e brinquedos. Em Portugal e Espanha, oferendas são feitas neste dia. Na Espanha, a peça Don Juan Tenorio é tradicionalmente apresentada.

Na Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, França e Irlanda, as pessoas trazem flores para as sepulturas dos parentes mortos e fazem orações pelos mesmos. Na Polônia, Eslováquia, Hungria, Lituânia, Croácia, Eslovênia, Romênia, Áustria, Alemanha, Suécia e Noruega, a tradição é acender velas e visitar os túmulos dos parentes falecidos. Na região do Tirol, bolos são deixados sobre a mesa e a sala é mantida quente para o conforto dos mortos. Na Bretanha, as pessoas vão aos cemitérios ao anoitecer para ajoelharem-se perante as lápides de seus entes queridos e ungirem-nas com água benta ou fazerem libações de leite nela. Na hora de deitar, o jantar é deixado na mesa para as almas.

América Latina

Celebrações guatemaltecas do Dia dos Mortos são marcadas pela construção, e uso, de pipas gigantes, além das tradicionais visitas aos túmulos dos ancestrais. O consumo de fiambre - uma comida típica da Guatemala - também é um grande acontecimento, pois é o único dia em que é preparado durante o ano.

O feriado brasileiro de Finados é celebrado no dia 2 de novembro. Similar ao Dia dos Mortos, as pessoas vão aos cemitérios e igrejas, com flores, velas e orações. A festa tem intenção de ser positiva, para celebrar os que estão mortos.

No Haiti, tradições vudu misturam-se com as observâncias católicas do Dia dos Mortos, como, por exemplo, barulhentos tambores e músicas são tocados por toda a noite em celebrações pelos cemitérios para acordar Baron Samedi, o senhor dos mortos, e seu descendente, o Gede.

Dia de los ñatitas (do espanhol, Dia das Caveiras) é um festival celebrado em La Paz, Bolívia em 9 de novembro. Nos tempos pré-colombianos, indígenas andinos tinham o costume de partilhar um dia com os ossos de seus antecessores no terceiro ano após o sepultamento, contudo, somente as caveiras são usadas atualmente. Tradicionalmente, a caveira de um ou mais membros da família são mantidas em casa para tomar conta da família e protegê-la durante o ano. No dia 9 de novembro, a família coroa a caveira com flores frescas, às vezes também as vestindo com peças de roupa, e fazendo oferendas de cigarros, folhas de coca, álcool, e vários outros itens em agradecimento pela proteção durante o ano. As caveiras também são, por vezes, levadas ao cemitério central em La Paz para uma missa especial e bênçãos.

Ásia

Nas Filipinas, o feriado chamado Araw ng mga Patay (Dia dos Mortos), Todos los Santos ou Undas (os últimos dois devido aos fato de serem celebrados em 1 de novembro), tem uma atmosfera mais de reunião familiar. As tumbas são limpas ou repintadas, velas são acesas e flores são oferecidas. Famílias inteiras acampam em cemitérios, e às vezes passam uma noite ou duas junto às tumbas de seus parentes. Jogos de cartas, comidas, bebidas, cantos e danças são atividades comuns no cemitério. É um feriado de muita importância para os filipinos (depois do Natal e da Semana Santa), e dias de folga são normalmente adicionados ao feriado, mas apenas o dia 1º é considerado um feriado regular.

Tradições similares em outras culturas

Muitas outras culturas ao redor do mundo têm tradições similares a respeito de um dia especial para visitar as sepulturas dos familiares falecidos. Muitas vezes, estas tradições estão inclusas em festas, algumas com comidas e bebidas, além de orações e recordações sobre os que já morreram.

Em Wellington, Nova Zelândia, o Dia dos Mortos mexicano também pode ser encontrado com altares homenageando os falecidos com flores e presentes.

O Bon Odori (em japonês O-bon お盆 ou simplesmente Bon ), é um feriado budista japonês em honra aos ancestrais mortos. Este festival tem se tornado um reunião familiar na qual as pessoas dos grandes centros voltam à suas cidades de origem para visitar e limpar as sepulturas de seus ancestrais. Tradicionalmente inclui danças típicas. Este festival já existe no Japão por mais de 500 anos.

Na Coréia, o Chuseok - também conhecido como Hankawi (한가위,中秋) (do coreano arcaico ótimo meio) é um dos principais feriados tradicionais. As pessoas vão para onde os espíritos de seus ancestrais estão consagrados e fazem cultos pela manhã; eles visitam as tumbas de seus ancestrais imediatos para podar as plantas e limpar a área ao redor da tumba, e fazerem ofertas de comida e bebida para seus acentrais.

O Festival de Ching Ming (do chinês tradicional 清明節; chinês simples 清明; pinyin īng míng jié) é um festival tradicional chinês que acontece normalmente por volta de 5 de abril no calendário Gregoriano. Juntamente com o Festival do Duplo Nove (no chinês tradicional 重陽節; pinyin: Chóngyángjié; e no chinês simplificado 重九, pinyin: Chóngjiǔ) no nono dia do nono mês do calendário chinês, é uma época que os chineses cuidam dos túmulos de seus ancestrais. Além do que, pela tradição chinesa, o sétimo mês no calendário chinês é chamado de mês fantasma (chinês simplificado: 中元; chinês tradicional : 中元節; pinyin: zhōngyuánjié), no qual os fantasmas e espíritos saem do além para visitar a terra.

Durante o feriado nepalês do Gai Jatra (festival da vaca), toda família que tenha perdido um membro durante o ano anterior faz uma construção de babus, panos, papéis decorativos e retratos dos falecidos, chamado de gai. Tradicionalmente, uma vaca guia o espírito do morto no outro mundo. Dependendo dos costumes locais, uma vaca viva, ou uma réplica, são usadas. O festival também é a época de se fantasiar, incluindo temas tanto de manifestos políticos como de sátiras.

Em algumas culturas da África, visitas às tumbas dos ancestrais deixando comidas, presentes e pedindo por proteção fazem parte de importantes rituais tradicionais. Um exemplo são os rituais que ocorrem antes do início da temporada de caça.

O Día de los muertos (Dia dos mortos) é uma data comemorativa celebrada no México no dia 2 de novembro, na qual é costume ir aos cemitérios visitar os túmulos dos entes queridos e preparar altares com alimentos, velas, flores e outros elementos. Diz-se que somente nesses dias as almas podem voltar do além para estar perto dos seus.

Origem do Dia dos mortos

A história da celebração pelo Dia dos mortos no México é de origem indígena e já existe desde o tempo dos astecas e dos maias.

Inicialmente, a comemoração era realizada durante todo o mês de agosto. Quando os colonizadores espanhóis chegaram, ficaram chocados com os rituais pagãos dos índios. Assim, alteraram a data comemorativa para o fim de outubro e o início de novembro, de forma a fazê-la ficar mais próxima do Dia de todos os santos e do Dia de finados, celebrados pelo catolicismo nos dias 1º e 2 de novembro, respectivamente.

Símbolos do Dia dos mortos



Embora a celebração do Dia dos mortos possa variar dependendo da região do México, confira abaixo alguns elementos que são típicos dessa data em todo o país.

Altar

O altar de muertos (altar dos mortos) pode ter de 2 a 7 níveis.

Um altar construído de forma tradicional tem 7 níveis, e cada um apresenta elementos específicos:

1º nível (térreo): cruz feita de flores, sementes ou frutas.

2º nível: fotografia(s) da(s) pessoa(s) falecida(s) a quem o altar é dedicado.

3º nível: as frutas e também os pratos preferidos da pessoa falecida.

4º nível: pan de muerto (pão dos mortos), um tipo de pão tradicional oferecido como alimento e consagração.

5º nível: sal, que simboliza a purificação.

6º nível: dedicado às almas do purgatório

7º nível: imagem do santo de devoção da família

Além disso, também são distribuídas pelo altar outras oferendas como, por exemplo, incenso, velas, água, papéis coloridos perfurados com imagens, flores, caveiras de açúcar e objetos de afeição da pessoa falecida.

Caveiras de açúcar

As calaveras dulces (caveiras doces) são doces feitos com açúcar, água quente e limão, e moldados em forma de caveira.

Os doces costumam ser confeitados com diferentes cores vivas e, por vezes, apresentam um nome escrito sobre a testa.

Há duas teorias sobre esse nome: diz-se que pode ser escrito o nome do ente querido falecido a quem a caveira é oferecida ou o nome da própria pessoa que faz a oferenda. Segundo a tradição, todo aquele que oferta uma caveira de açúcar garante o seu lugar no paraíso.

Apesar de a caveira de açúcar ser a tradicional, atualmente também existem caveiras de outros ingredientes: algumas têm sabor de chocolate, outras são banhadas em mel e há até mesmo caveiras com amendoim.

Esqueletos com roupas e adereços

Os esqueletos costumam estar espalhados por todos os lados, desde casas até ruas. Geralmente eles estão vestidos com roupas, chapéus e adereços, como brincos e echarpes. Segundo a tradição, são eles que recepcionam as almas que vêm visitar seus entes queridos no Dia dos mortos.

Dentre a grande variedade de tipos de esqueletos, existem alguns pequenos, outros grandes e até mesmo alguns de tamanho real. É possível encontrar, inclusive, esqueletos humanos decorados.

No entanto, a maioria consiste em bonecos representativos, feitos de materiais, como papel machê, madeira e barro.

Se para algumas culturas a decoração do Dia de los muertos pode parece um pouco mórbida, para os mexicanos, os esqueletos divertidos e decorados com cores alegres podem ajudar os vivos a lidar com a morte de forma menos triste.

Flores decorativas

As flores são usadas como decoração para representar a beleza e a transitoriedade da vida. Elas costumam integrar, por exemplo, um grande arco colocado diante do altar como forma de portal de entrada para as almas passarem e visitarem os vivos.

Apesar de vários tipos de flores serem usados na decoração do Dia dos mortos, os mexicanos costumam usar alguns específicos, como a crista-de-galo, o cravo, o crisântemo e a cempasúchil (conhecida como cravo-de-defunto).

De todas, a cempasúchil é, sem sombra de dúvidas, a flor mais emblemática dessa data comemorativa. Sua cor amarela representa o Sol que, segundo a tradição asteca, guiava as almas dos defuntos até a última morada.

Além de a própria flor ser utilizada na decoração dos altares e túmulos, suas pétalas costumam ser usadas para formar um caminho até o altar dos mortos, de forma a ajudar as almas dos entes queridos a encontrá-lo.

Como é celebrado o Dia dos Mortos no México atualmente?


Hoje, os mexicanos acreditam que, entre 31 de outubro a 2 de novembro, os “laços” que ligam o mundo dos vivos ao dos mortos está mais tênue, o que permite que os falecidos retornem à Terra e passeiem visitando seus familiares e amigos.

Cada dia possui um significado próprio para os mexicanos. Na virada de 31 de outubro para primeiro de novembro, eles celebram as almas que faleceram quando crianças (a data é chamada de “Dia de los Angelitos”) e no dia seguinte a festa é dedicada aos falecidos adultos.

Por isso, são muitos os detalhes que compõem essa festa. Um dos mais conhecidos são as oferendas, ou seja, “presentes” dados aos mortos como:

frutos da terra (tangerina, cana de açúcar, abóbora etc.);

frutos do vento (incenso para orientar as almas);

frutos da água (vaso para os espíritos matarem a sede);

frutos do fogo (velas acesas nos 4 pontos cardinais para ajudar a orientar a viagem das almas);

vários objetos pessoais dos falecidos como fotografias, pertences, entre outros.

Além das oferendas, também é normal encontrar altares coloridos e adornados com imagens dos falecidos e, claro, as tradicionais caveiras mexicanas, que podem aparecer em pintura de rostos, doces e muitos outros.

Outra tradição é que, algumas famílias costumam ir até as tumbas dos falecidos, abrir os túmulos e limpar os restos mortais. Depois, eles são recolocados de volta ao local para continuarem descansando.

Quais as principais atrações e tradições?

Não é por acaso que o Dia dos Mortos no México foi considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Afinal, existem inúmeras tradições que chamam a atenção de turistas e traduzem a importância dessa data para o povo mexicano. Entre as principais podemos destacar:

Festival Cultural de Caveiras

É realizado em Aguascalientes e todas as atrações visam homenagear a caveira La Catrina, obra-prima de José Guadalupe Posada. São muitos os destaques da programação como eventos gastronômicos, culturais, passeios noturnos e visita ao Museu da Morte – construído em cima de um cemitério que tem um acervo rico em objetos relacionados ao Dia dos Mortos.

Cemitérios em San Andrés Míxquic

Desde o dia 30 de outubro, os cemitérios deste povoado da Cidade do México ficam decorados com inúmeras flores, bebidas e alimentos. Durante a noite, várias velas são acesas e acontecem exibições de concertos, teatros e dança.

Altares de Tuxtepec

Como dissemos, os altares enfeitados são tradicionalíssimos no Dia dos Mortos no México e em Tuxtepec é possível notar ainda mais esse costume. Os altares são enfeitados com a flor de cempasúchil, considerada o símbolo da luz solar capaz de guiar os mortos, além, claro, de vários objetos dos defuntos e muitas oferendas.

Para presentear os melhores altares, existe até um concurso regional que elege os mais belos e coloridos – e atrai turistas mexicanos e de outros países para apreciarem essa decoração.

Festival de Tradições de Vida e Morte em Xcaret

Localizado na Riviera Maya, o Parque Ecológico abriga o Festival de Tradições de Vida e Morte que acontece anualmente entre 30 de outubro a 2 de novembro com várias apresentações de gastronomia local, oficinas, exibições de dança e teatro, shows de gala, rituais e outros elementos da cultura mexicana.

Passeio de barco em Xochimilco

Nesse distrito da Cidade do México, a grande atração é o passeio de barco nos canais locais. Além do passeio, acontecem várias apresentações, sendo a mais aguardada a lenda da Llorona que acontece durante à noite e traz uma atmosfera sombria, mas bem diferenciada.

 

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Mortos

https://www.todamateria.com.br/dia-muertos/

https://cemiteriosemmisterio.com.br/dia-dos-mortos-no-mexico/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

19 outubro 2020

A deusa da magia: Ticê!

 

A deusa da magia: Ticê!

 


 

Deusa da Maldade e da Inveja

A deusa Ticê foi considerada, dentro da mitologia tupi-guarani, a deusa do submundo. Diz a lenda que as pessoas a temiam muito pela grandiosidade de poder que ela tinha. Suas habilidades mágicas dentro da feitiçaria eram justificadas pela quantidade de segredos que Ticê conhecia.

Ticê começou como feiticeira, buscando conhecimento mágicos e querendo elevar seus poderes. Fazendo isso, a feiticeira conseguiu ser elevada ao nível de deusa. Além disso, a deusa era conhecida por dominar a maldade e a inveja no coração de todos. Era como se esses sentimentos fossem plantados por ela.

Ticê & Anhangá – Reis do Submundo

Ticê também ficou muito marcada na história da mitologia tupi-guarani por ter se tornado esposa do Deus do submento, Anhangá. Isso faz com que ela virasse a primeira-dama do mundo dos mortos. É claro que uma mulher tão poderosa quanto Ticê não deve nunca ser lembrada apenas pelo status de seu relacionamento e não foi assim que aconteceu. O que fez com que a história dos dois fosse uma das mais conhecida entre os deuses foi a maneira como se apaixonaram.

Anhangá também era muito poderoso, ele era encarregado de castigar as pessoas ruins e cruéis. Além disso, ele era o protetor da flora e arqui inimigo de Tupã, Deus poderoso. Como Anhangá tinha que castigar todos aqueles que maltratam mulheres, fêmeas grávidas e etc, ele tinha uma forma peculiar de fazer isso. De acordo com as histórias, qualquer um que olhasse em seus olhos era atingido por uma loucura que seria capaz de acabar com a alegria da vida, levando a pessoa para a morte.

No meio de tudo isso, Ticê encontrou Anhangá e usou seus poderes para enganá-lo. Ou seja, ela não foi atingida pela loucura e morte do Deus do submundo. Isso fez com que, por um breve momento, os dois parassem e se olhassem profundamente olho a olho. O resultado dessa troca de olhares foi uma paixão fulminante, que acabou em casamento. Depois disso, os dois passaram a reinar o submundo juntos.

Ticê é de nossa herança, também, dentro do Sagrado Indígena. Eles, os povos indígenas, são os verdadeiros donos deste lugar, e são nossos ancestrais originários.  Nossos povos originários, assim como outros povos, a exemplo da mitologia grega, das deidades estudadas em Goétia e outras egrégoras, buscavam no esoterismo o reconhecimento de figuras míticas sentido para todos esses eventos que não se podiam explicar, mas que aconteciam e acontecem.

Para exemplificar melhor, podemos dizer que existe o gênio das pessoas, o íntimo que conversa com a consciência, a natureza pessoalíssima de cada um, quase que como um ser dentro de si: alguns se dão à maldade, violência e crueldade, sem que, aparentemente, tenham motivos para tal. “É o gênio”, dizem. Outras pessoas já nascem transcendendo a paz e a bondade, a voz do gênio vibra ressoando harmonia com o ser. Assim entendemos esses fenômenos relacionais entre gênio, personalidade e existência, que se confundem com a não explicação contundente para com os meteoros no céu, o girar da Terra em seu eixo, e mesmo a vida e sentido da Via-Láctea e todos os acontecimentos sobrenaturais que se dão em natural harmônico, por si.

A história de Ticê nos foi presenteada pela mitologia tupi-guarani. Tem seu valor guerreiro originário como parte do empoderamento de mulheres e da resistência cultural. Muitos serão os céticos, porém existem aqueles que conhecem as deusas e seus poderes. A Deusa Ticê foi chamada de “a feiticeira sem medo”. Alguns a consideram como a Deusa da maldade e da inveja. Na mitologia é a deusa do submundo.

Ticê causava medo às pessoas pela grandiosidade de poder que possuía. Manuseava suas habilidades mágicas dentro da feitiçaria com sigilo e muitos segredos. Fluídica desde o telúrico ao etéreo: força pura.

Todos valorizavam seus conhecimentos mágicos e admiravam sua dedicação na busca incessante para a elevação de seus poderes. Adquiriu intenso conhecimento sobre as profundezas da magia e conseguiu alcançar o elevado nível de deusa. A força ancestral da mulher indígena soube harmonizar seu gênio e magia transformando-os em equilíbrio natural.

A Deusa Ticê era conhecida por dominar e plantar a maldade e a inveja no coração de todos; “gênio” talvez devesse ter um correspondente mais digno do feminino. Em sua sabedoria e feitiçaria toda, possuía dons em manipular poções e venenos mortais com ervas e outros elementos. Ainda hoje há quem diga que Ticê sobe desde o pé esquerdo da mulher preparada e corajosa que se adentra em matas em busca de conhecimento e mostra segredos da magia natural das plantas. Para danos, domínios, ou até não. Sabedoria é árvore nova, pende para onde a sopramos.

Ticê, usando de seu encantamento e feitiço, tornou-se esposa do Deus do submundo: Anhangá. Também muito poderoso, carregava a missão de punir e castigar as pessoas ruins e cruéis. Protetor da mata e flora e arqui-inimigo de Tupã, Deus permissivo e do livre arbítrio. Anhangá fazia sua própria justiça contra quem maltratava mulheres, fêmeas grávidas e seres indefesos. Nesses eventos, o cometedor da maldade era obrigado a encarar Anhangá nos olhos e, imediatamente, era acometido por uma loucura extrema, que levava esse infrator à morte.

Ticê foi levada a Anhangá com fama de espalhar maldade e inveja e pelo poder de seus feitiços. Ela encarou Anhangá e não foi atingida pela loucura e morte. Essa troca de olhares resultou em paixão, desejo e lascívia. Desde então, o casal passou a reinar no submundo juntos. Ticê passou a comandar as trevas e a retornar à superfície para punir ou abençoar aqueles que a veneravam, ensinando e praticando seus poderosos feitiços, entre eles o encantamento amoroso e as amarrações.

Sua magnífica e irresistível beleza aliada aos seus tão assombrosos poderes levaram-na a se tornar a rainha de regiões infernais. Ticê é admirada e temida porque soube contar com o seu poder de mulher guerreira e forte.

Ela nunca dependeu de outros poderes, nem dos de Anhangá. Bastou-se através de sua dedicação ao estudo da arte da magia e de feitiços e continua sendo quem ela quer ser. Uniu-se a Anhangá por opção, e entre eles reinou a igualdade. Ao olhar profundamente nos olhos de Anhangá, saíram de sua bela boca as seguintes palavras: “Nós somos igualmente valorosos. Você me deve o mesmo respeito que eu devo a você”.


No Vale do Anhangabaú (mau espírito), em São Paulo, passava um rio. Nas regiões abissais desse rio moravam Anhangá e Ticê. Porém, o homem branco renegou sempre os mitos e lendas para implantar o progresso e achar espaço para sua ganância e seu suposto poder. E assim foi construindo a cidade nos arredores do rio. Injustiças sociais e outras modernidades sobrepujaram os poderes de Ticê e Anhangá.

Muitos não querem acreditar, mas tantos contam do cervo branco espectral que passeia por ali. Coincidentemente, as maiores tragédias de São Paulo ocorreram naquela região. Essa crença é pessoal e intransferível, o que importa mesmo, crendo ou não, é que o homem abra os olhos em tempo e tome para si o dever e respeito de zelar, cuidar e amar a natureza, domar seus instintos de ser e querer para harmonizar-se com o universo, ou que vá se entender com a justiça de Anhangá e Ticê!

Nemarangatuete! Orému camiarú! (Seja digna! Feitiço nosso!)

Salve, Ticê!

Ticê era uma poderosa feiticeira que era muito temida por seus segredos e conhecimentos. Ela foi elevada ao nível de divindade e reina as regiões infernais.

História

Certa vez, Ticê utilizou seus encantos para não ser atingida pela loucura e morte que eram causados pelos olhos de Anhangá, a divindade do submundo. Assim, com ambos podendo se olhar diretamente nos olhos, eles se apaixonaram. Anhangá então casou-se com Ticê e a levou para reinar ao seu lado no submundo, assim tornando-a uma divindade.

Correspondências:

É deusa: da magia, da inveja, da raiva, da maldade, das mulheres, do submundo, dos mortos.

Cores: preto, verde escuro, e tons de marrom escuro.

Oferendas: velas, incensos de ervas (não os industrializados, os naturais), penas, ossos, ervas, bonecas de ervas.

Chamada em rituais de: passagem (principalmente a morte), para realizar magias, para punir aqueles que falam mal, ou para punir os inimigos, para conhecer mais sobre suas próprias sombras, muitas vezes ela é chamada junto de Anhanga.

Fontes: https://my-bestiario.fandom.com/pt-br/wiki/Tic%C3%AA

https://www.astrocentro.com.br/blog/espiritual/deusa-tice/

https://www.xapuri.info/universo-feminino/tice-deusa-brasileira-brasileira-do-sagrado-feminino/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.