Mostrando postagens com marcador Reecarnação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Reecarnação. Mostrar todas as postagens

07 dezembro 2015

Reecarnação

Reencarnação é uma ideia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciênciaespírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.Heródoto menciona esta doutrina como sendo de origem egípcia, sendo que nessa concepção a reencarnação se dava instantaneamente após a morte, passando a alma para uma criatura que estava nascendo (que poderia ser da terra, da água ou do ar), percorrendo todas as criaturas em um ciclo de três mil anos.

A reencarnação pode ser definida como a ação de encarnar-se sucessivas vezes, ou seja, derivada do conceito aceito por doutrinas religiosas e filosóficas de que, na morte física, a alma não entra num estágio final, mas volta ao ciclo de renascimentos. 
A reencarnação encontra defesa na filosofia desde Pitágoras. Atualmente, este conceito é aceito por filosofias e religiões do mundo todo, em especial na Ásia. É chamada também de transmigração da alma e metempsicose (esta última denominação é mais encontrada em filosofias orientais em que admite-se que alma pode regressar em corpos de animais).
Objeto de estudo da pseudociência da parapsicologia, o consenso científico atual não suporta as alegações deste e de outros supostos fenômenos paranormais.
A reencarnação é um dos pontos fundamentais de religiões do Egito Antigo, do hinduísmo (já pregava esse conceito 5 mil anos antes de Cristo), do Budismo , do jainismo, do sikhismo, do raoísmo, do Culto de Tradição aos Orixás (Òrìsà), de várias tradições indígenas, do Vodu, da Cabala judaica, do rosacrucianismo, do espiritismo e suas dissidências, da Teosofia, da Wicca, do Eckankar, da Cientologia, da filosofia pitagórica, da filosofia filosofia socrática-platônica, etc. Existem vertentes místicas do cristianismo como, por exemplo, ocristianismo esotérico, que também admitem a reencarnação. É comum a concepção de que o budismo pregue a reencarnação, no entanto essa noção tem sido contestada por algumas fontes budistas.
espiritismo é grande divulgador da doutrina da reencarnação no Brasil e na maioria dos países ocidentais, defendendo que a reencarnação é um processo obrigatório até o espírito não precisar mais reencarnar e isso se dá quando ele se torna um espírito puro. A reencarnação é uma oportunidade para o espírito se aperfeiçoar, intelectualmente, através do trabalho e estudo, e moralmente, através do amor ao próximo, ou seja, caridade. Assim, ela é vista como uma bênção pelo espírito, pois é uma oportunidade de progresso. Além de trabalhar para o seu desenvolvimento, o espírito quando reencarna, também vêm expiar faltas que cometeu em encarnações anteriores. Por exemplo, um assassino em série poderá reencarnar sem os braços e sem as pernas, para que aprenda a amar mais o seu próximo, pois nessa condição precisaria constantemente dos outros; ou por exemplo, uma mãe que menosprezou seu filho, poderia reencarnar em uma família que a menosprezasse, compelindo-a a repensar seus atos. Cada reencarnação é minuciosamente planejada pelos espíritos superiores, para dar a máxima oportunidade do espírito reencarnante de se desenvolver, e obter o máximo de proveito de sua encarnação.
Para o espiritismo, a reencarnação é uma prova da justiça de Deus, que dá inúmeras oportunidades para o espírito se aperfeiçoar, em vez de mandá-lo para o céu, ou o inferno eterno porque simplesmente nasceu em uma família que não lhe deu a educação adequada. Segundo essa mesma doutrina, se o espírito se entrega à corrupção dos valores ético-morais, ele terá "incontáveis" oportunidades de se aperfeiçoar, angariando parte das consequências funestas, pelos crimes que cometeu, para suas próximas reencarnações.

PROCESSO DA REENCARNAÇÃO



Os processos da Reencarnação como os da desencarnação são diferentes, não existindo dois absolutamente iguais. As facilidades ou obstáculos são subordinados aos inúmeros fatores, muitas vezes relativos ao estado de consciência do Espírito encarnante. Há geralmente três categorias de Espiritos que retornam a Terra:

1. Aqueles que procedem das regiões inferiores que necessitam de cooperação muito complexa, sempre exigindo do Plano Espiritual laborioso e paciente esforço, assim, como uma ação magnética indescritível para ser obtido um absoluto estado de inconsciência necessário à Reencarnação.

2. Aqueles de grande elevação espiritual que reencarnam em apostolado de serviço de iluminação sem dar trabalho algum aos Espiritos em serviço, realizando praticamente sozinhos o processo pré-reencarnatório.

3. Aqueles medianos que habitam a Terra, nem altamente elevados, nem conscientemente maus recebendo a ajuda dos benfeitores espirituais.


FASES DO PROCESSO REENCARNATÓRIO

André Luiz, no Livro Missionário da Luz, descreve a Reencarnação de um Espírito dessa terceira categoria que se enquadra nas diretrizes mais comuns. Com base nessas informações, descreve a preparação dos Espíritos, a saber:

1. Fase inicial: As leis físicas naturais são seguidas no tocante à modelagem fetal e ao desenvolvimento do embrião humano, sem, contudo, deixar de atender à questão das provas retificadoras e necessárias ligadas a matéria orgânica. De outro lado, nas esferas mais altas, são programados e traçados os mapas genéticos para o espírito reencarnante. O Espírito toma conhecimento previamente das suas características na próxima vida e tem consciência de que tudo faz parte do processo educativo pelo qual passará e deverá obedecer.

2. Fase Posterior: A Reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais demonstrados nas lições e conflitos. Neste contexto, os pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas e ambientes hostis constituem formas de aprendizado e de redenção.

3. Mapa de provas úteis: O mapa de provas úteis é organizado com antecedência, levando em consideração a cooperação fisiológica dos pais, a paisagem doméstica (influência dos moldes mentais dos pais) e o concurso dos amigos espirituais. Assim, todo mapa cromossômico é previamente organizado para atender às necessidades de reparação do reencarnante. No caso, por exemplo, da necessidade de se valorizar um dos sistemas fisiológicos, como o coração, são programados para o espírito desequilíbrios nessa área em determinada fase da vida física.

4. Equilíbrio restante: O equilíbrio e todo o corpo físico também são levados em conta e todo o planejamento é estudado e revisado antes do momento da reencarnação. Observamos, assim, muito trabalho para os Espíritos dedicados bem como muito desconhecimento a ser vencido. Em vista disso, devemos aprender a valorização da bênção da Reencarnação e do corpo físico que nos abriga, zelando pela sua integridade e aproveitando todas as oportunidades para vivenciar o bem entre os homens.


FINALIDADES DA REENCARNAÇÃO

O autor Espírita Eliseu Rigonatti, do Brasil, na obra O Espiritismo aplicado, resume em três as finalidades da reencarnação:

1 .Aprendizado: A primeira finalidade da Reencarnação é o aprendizado. Com efeito, a Terra é uma verdadeira escola na qual estamos matriculados para desenvolver nossas faculdades nobres. Devido às inúmeras experiências que a vida cotidiana terrena nos proporciona, educamos os sentimentos, o coração. A base da educação do sentimento é o primeiro grande mandamento. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Dessa base, derivam-se todos os outros preceitos educativos. Portanto, o aprendizado na Terra como Espírito encarnado também oferece aos homens a oportunidade de instruir o próprio Espírito adquirindo amor e sabedoria.


2. Elevação Moral e Espiritual: Esta segunda finalidade da Reencarnação está relacionada com a elevação aos planos superiores do Universo à medida que o homem vai educando o sentimento e adquirindo amor e sabedoria. Em outras palavras.

3. Reparação: Esta terceira finalidade da Reencarnação refere-se ao fato que o homem ao praticar o mal necessitará arcar com as conseqüências desse ato. E dessa maneira que a Reencarnação funciona como um corretivo ao Espírito culpado. O homem sofrerá com a mesma intensidade durante outras encarnações aquilo que ele fez sofrer. Contudo, a Reencarnação não é tão somente um elemento corretivo, mas, é também, um elemento reparador. Nas Reencarnações sucessivas, o homem será posto em íntimo contato com todos aqueles a quem causou todo o tipo de malefícios e infelicidades para que possa oferecer justa reparação.


TIPOS DE REENCARNAÇÂO

O autor Espírita Carlos T. Rizzini, na obra “Evolução para o Terceiro Milênio”, classifica a questão dos tipos de Reencarnação em três: Compulsória, Proposta e Livre, conforme vemos, a seguir:

1. Reencarnação Compulsória: É aquela em que acolhe o Espírito sem prévia concordância dele e até mesmo sem seu conhecimento. E por sua índole, própria dos Espíritos cujo grau de perturbação impede análise clara da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a liberdade de escolha. E uma imposição feita pela Lei Divina para atender aos casos cuja recuperação exige longas expiações.

2. Reencarnação Proposta: É aquela que leva em consideração o livre-arbítrio relativo de que dispõe o Espírito. Mentores Espirituais estudam, sem imposição, seus débitos e méritos programando em seguida os principais acontecimentos da próxima existência física, tendo em vista a liquidação ou diminuição de dívidas e possibilidades de progresso moral e espiritual.

3. Reencarnação Livre: É aquela que é própria dos missionários. Espíritos redimidos perante a Lei Divina ou próximos da redenção no plano terreno. São os que possuem ampla liberdade de escolha. Chegam ao plano material para o desempenho de tarefas elevadas em qualquer segmentos do conhecimento humano, tanto nas ciências como na filosofia ou religião. Neste último, tornam-se: Um Sócrates; um Buda; um Krishna, e, notadamente, Jesus de Nazaré.

16 abril 2015

Reecarnação


Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um corpo físico, retorna, periodicamente, ao polissistema material. Esse processo tem como objetivo, ao propiciar vivência de conhecimentos, auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.
O reencarne obedece a um princípio de identidade de freqüências, ou seja, o espírito reencarna em um determinado continente, em um determinado país, em uma determinada região desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas características culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a freqüência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses elementos.
O espírito realiza a reencarnação conscientemente, inclusive traçando o seu próprio plano geral para a existência material que está se iniciando. O espírito reencarnante, de acordo com suas limitações, será mais ou menos auxiliado por espíritos com mais conhecimento e com os quais tenha afinidade. No entanto, se não estiver suficientemente equilibrado ou consciente, será orientado no planejamento de sua passagem pelo polissistema material.
Todavia, reencarnado o espírito, inicia-se o processo de existência corporal no polissistema material. É um processo aberto, pois a trajetória pessoal do encarnado segue o exercício do seu livre-arbítrio. Portanto, não há que se falar em destino, em caminhos previamente traçados.
O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua história, seja encarnado, seja desencarnado), passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas potencialidades, enfim, passa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, permanecendo no seu plano geral ou se desviando em função de algumas variáveis do processo, mas sempre de acordo com sua vontade.
No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida. Vai, por assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de seus pensamentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança progressos em um ou outro aspecto do seuser.
A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas à intensidade com que ela é vivida. A quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas é fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou espiritual.
É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o espírito continua trabalhando, continua aprendendo, continua evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo estágio em que desencarnou.
A Doutrina Espírita trabalha, atualmente, com a hipótese de que o processo reencarnatório envolve os conceitos de missão, provação, expiação e carma.
Vale ressaltar que no entendimento atual da Doutrina, os processos reeencarnatórios apresentam facetas desses quatro conceitos, mas que algumas reencarnações podem apresentar o predomínio de algumas dessas características. Eles não são conseqüência de uma interferência ou controle externo ao espírito reencarnante, descartando-se portanto qualquer idéia de castigo, punição ou recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do espírito.
Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos internalizados a favor de uma pessoa ou do grupo de sua convivência.
Provação é a situação na qual o conhecimento em processo de acomodação e internalização deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito é desafiado ao limite de seu conhecimento.
Expiação não se refere à aplicação de conhecimento, mas, sim, a uma conseqüência de um conhecimento aplicado, que provocou conseqüências difíceis, desagradáveis, muitas vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar.
Carma ainda é um conceito útil dentro da concepção da Doutrina, desde que se esteja atento para o seu significado, diverso do de outras Doutrinas. Para o Espiritismo, carma caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as conseqüências de atos seus que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, tanto em qualidade como em quantidade, e que, pela sua intensidade, o espírito poderá levar toda uma encarnação, ou mais de uma, para recuperar seu equilíbrio.
A pessoa em desequilíbrio estará sempre em recuperação tanto pela sua reação própria como pela ajuda de outras pessoas ( curar, aliviar, consolar; conhecimento técnico, moral e afetivo). O que varia é apenas o tempo necessário para que o equilíbrio seja novamente retomado. É importante frisar que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em seu cotidiano muitas vezes não são explicadas pela reencarnação. Reencarnação não explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio causadas em sua encarnação atual.

Em resumo, rencarnação não serve para explicar tragédias e desgraças; não serve para esconder a ignorância, não serve como desculpa ao imobilismo; não serve como consolo para aquelas situações que deveriam ser modificadas e não o são; não serve para destacar o passado e paralisar o presente. Reencarnação é oportunidade de aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar as limitações através de vivências sucessivas no polissistema material. Reencarnação é afirmação da unidade e da continuidade da vida.

Retirado do Site da Sociedade Brasileira de Espiritismo
http://www.sbee.org.br/portal/reencarnacao/doutrina-dos-espiritos/principios/reencarnacao