Novamente digo deuses hindus não são o meu forte, mas foi
pedido e estou de volta.
Considerada uma das manifestações de Devi, a Mãe Divina,
e de Shakti, o todo-abrangente princípio feminino, Durga, juntamente com Uma e
Parvati, fazia parte de uma tríade de Deusas. Ela é comparada a uma mãe que
defende os seus filhos. Feroz, defensora e protetora que usa o que tem em mãos
para salvar seus filhos. Durga é representada com quatro, oito, dez ou
dezesseis braços, porém sempre segurando suas insígnias, que são a espada, o
tridente, o chocalho e uma vasilha de sangue ou uma flor de lótus, enquanto
cavalga, ora um leão, ora um tigre. E sendo a personificação do poder
conjunto dos deuses, Durga tem uma natureza complexa, difícil de compreender,
devido a suas características - às vezes contraditórias.
Quando fica “alterada”, ela assume o aspecto sanguinário
de Kali, até sendo às vezes confundida com ela. No entanto, ela também é
Mataji, a Mãe do Universo, cuja natureza compassiva e amorosa pode ser invocada
para restaurar a paz no mundo e acalmar as mentes e corações em tempo de crise
ou violência.
Em seu aspecto mais compreensível, Durga simboliza o
poder de resistência e combate às forças maléficas. Nada mais oportuno do que
invocá-la nestes momentos de conturbação e ameaça à humanidade e à paz mundial.
Nascimento
O que achei curioso foi o seu “nascimento”, havia uma
guerra entre deuses e demônios, e ninguém podia vencer e a guerra iria longe
até os deuses se juntarem em pensamentos conectados uma solução. A energia de
dos pensamentos se “plasmaram” sob forma de raios vermelhos, brancos e pretos
que se condensou e surgiu de um pilar de luz, bela montada em um leão. Ao
reconhecer seu poder, os Deuses cederam a essa primeira manifestação da energia
feminina, chamada de Devi, todas suas armas celestiais e lhe pediram para
combater Durga, um monstro ameaçador. Após vencê-lo, Devi adotou seu nome, como
comprovação de sua vitória.
Durga também enfrentou o demônio Mahishaura, que vinha
escapando dos outros deuses, pois só poderia ser vencido com uma energia
feminina. Ela o enfrentou bravamente, que usou seus poderes para assumir várias
formas medonhas. Mas ela não cedia a magia dele, então ele retornou a sua forma
original de búfalo, mas Durga o matou assim livrando a terra dele e da sua
força nociva.
....Adoração....
No calendário hindu, outubro é o mês dedicado às
comemorações de Durga. Chamadas de Durga Puja, elas duram de cinco a dez dias e
envolvem toda a comunidade. Onde os artesãos são encarregados de
confeccionar estátuas de argila em tamanho real para representa-la ou uma cena
de sua lenda. Cada comunidade se esmera na encenação para que ela seja a mais
bela e verídica. As festividades começam com a purificação das pessoas e seguem
com cânticos, danças e oferendas. No último dia, chamado de Vijaya, as famílias
se reúnem para celebrar seus rituais particulares e comemoram os laços de
sangue e os ancestrais.
Durga Puja é, portanto, uma oportunidade para reunir a
comunidade e reforçar os elos que unem as pessoas da pequena e da grande
família a que pertencem - uma sugestão que também serviria bem a nós,
ocidentais.
Comunicação e Celebração
Celebre-a acendendo uma vela amarela ou dourada, e dez
objetos que representam cada um dos dez braços (são a espada, o tridente, o
chocalho e uma vasilha de sangue ou uma flor de lótus), incenso de sândalo,
flores, uma imagem dela e um sino tibetano.
Meditando leve-se para seu templo dourado e poste-se
diante dela pedindo-lhe força e coragem para tomar decisões, resolver situações
familiares ou profissionais complicadas e realizar as mudanças necessárias
cortando o mal pela raiz. Depois veja-se recebendo as forças da deusa por meio
das armas de suas dez mãos. Focalize essa força em algum símbolo, imagem ou
mensagem. Celebre sua vitória dançando com Durga, vencendo os monstros do medo
e se libertando das garras da submissão ou humilhação. Peça a deusa ajudar e
libertar-te da raiva ou da dor, esquecendo os sofrimentos mas se recordando das
lições para não repetir novamente, agradeça e ao finalizar o ritual, leve um
dos objetos a um templo oriental.
Christopher Grey
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