19 dezembro 2014

Durga, a Protetora Selvagem

Durga, a Protetora Selvagem

 


Novamente digo deuses hindus não são o meu forte, mas foi pedido e estou de volta.
Considerada uma das manifestações de Devi, a Mãe Divina, e de Shakti, o todo-abrangente princípio feminino, Durga, juntamente com Uma e Parvati, fazia parte de uma tríade de Deusas. Ela é comparada a uma mãe que defende os seus filhos. Feroz, defensora e protetora que usa o que tem em mãos para salvar seus filhos. Durga é representada com quatro, oito, dez ou dezesseis braços, porém sempre segurando suas insígnias, que são a espada, o tridente, o chocalho e uma vasilha de sangue ou uma flor de lótus, enquanto cavalga, ora um leão, ora um tigre. E sendo a personificação do poder conjunto dos deuses, Durga tem uma natureza complexa, difícil de compreender, devido a suas características - às vezes contraditórias.
Quando fica “alterada”, ela assume o aspecto sanguinário de Kali, até sendo às vezes confundida com ela. No entanto, ela também é Mataji, a Mãe do Universo, cuja natureza compassiva e amorosa pode ser invocada para restaurar a paz no mundo e acalmar as mentes e corações em tempo de crise ou violência.
Em seu aspecto mais compreensível, Durga simboliza o poder de resistência e combate às forças maléficas. Nada mais oportuno do que invocá-la nestes momentos de conturbação e ameaça à humanidade e à paz mundial.

Nascimento
O que achei curioso foi o seu “nascimento”, havia uma guerra entre deuses e demônios, e ninguém podia vencer e a guerra iria longe até os deuses se juntarem em pensamentos conectados uma solução. A energia de dos pensamentos se “plasmaram” sob forma de raios vermelhos, brancos e pretos que se condensou e surgiu de um pilar de luz, bela montada em um leão. Ao reconhecer seu poder, os Deuses cederam a essa primeira manifestação da energia feminina, chamada de Devi, todas suas armas celestiais e lhe pediram para combater Durga, um monstro ameaçador. Após vencê-lo, Devi adotou seu nome, como comprovação de sua vitória.
Durga também enfrentou o demônio Mahishaura, que vinha escapando dos outros deuses, pois só poderia ser vencido com uma energia feminina. Ela o enfrentou bravamente, que usou seus poderes para assumir várias formas medonhas. Mas ela não cedia a magia dele, então ele retornou a sua forma original de búfalo, mas Durga o matou assim livrando a terra dele e da sua força nociva.

....Adoração....

No calendário hindu, outubro é o mês dedicado às comemorações de Durga. Chamadas de Durga Puja, elas duram de cinco a dez dias e envolvem toda a comunidade. Onde os artesãos são encarregados de confeccionar estátuas de argila em tamanho real para representa-la ou uma cena de sua lenda. Cada comunidade se esmera na encenação para que ela seja a mais bela e verídica. As festividades começam com a purificação das pessoas e seguem com cânticos, danças e oferendas. No último dia, chamado de Vijaya, as famílias se reúnem para celebrar seus rituais particulares e comemoram os laços de sangue e os ancestrais.
Durga Puja é, portanto, uma oportunidade para reunir a comunidade e reforçar os elos que unem as pessoas da pequena e da grande família a que pertencem - uma sugestão que também serviria bem a nós, ocidentais.

Comunicação e Celebração
Celebre-a acendendo uma vela amarela ou dourada, e dez objetos que representam cada um dos dez braços (são a espada, o tridente, o chocalho e uma vasilha de sangue ou uma flor de lótus), incenso de sândalo, flores, uma imagem dela e um sino tibetano.

Meditando leve-se para seu templo dourado e poste-se diante dela pedindo-lhe força e coragem para tomar decisões, resolver situações familiares ou profissionais complicadas e realizar as mudanças necessárias cortando o mal pela raiz. Depois veja-se recebendo as forças da deusa por meio das armas de suas dez mãos. Focalize essa força em algum símbolo, imagem ou mensagem. Celebre sua vitória dançando com Durga, vencendo os monstros do medo e se libertando das garras da submissão ou humilhação. Peça a deusa ajudar e libertar-te da raiva ou da dor, esquecendo os sofrimentos mas se recordando das lições para não repetir novamente, agradeça e ao finalizar o ritual, leve um dos objetos a um templo oriental.

Christopher Grey

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