18 dezembro 2014

Guiné

GUINÉ



Essa planta dá o que falar. Conhecida e utilizada por muitos povos, ela recebe diversas denominações: tipi, pipi, erva-de-guiné, raiz-de-gambá, pipiu. Apesar dos vários nomes, o uso é muitas vezes único: escudo mágico para fechar o corpo contra malefícios. O cheiro forte de alho que a planta exala inspirou o seu nome científico: Petiveria alliaceae.
Utilizado na medicina popular, o guiné sempre é manuseado com cuidado, pois é uma planta muito tóxica. A raiz, segundo Sangirardi Jr. (1984), pode provocar  superexcitação, insônia, alucinações e, posteriormente, levar a lesões cerebrais, convulsões tetaniformes, mudez por paralisia da laringe e finalmente a morte. Esses sintomas foram verificados nos efeitos do "amansa-senhor", beberagem preparada pelos escravos com as raízes da planta. Servido pela mucama em alimentos líquidos, o guiné levava o "senhor" à demência ou à morte, também devido à propriedade hipoglicemiante da planta. Uma arma botânica contra a tirania dos escravocratas.
Petiveria alliacea, esta planta cria um forte campo magnético ao seu redor. Ela tem o dom de bloquear a ação de energias negativas; espalhando bem estar onde se encontra. A guiné no Brasil é muito utilizada, junto com a arruda, em vasos de proteção colocados à porta das casas. A planta funciona como uma espécie de "antena"que capta as más vibrações, que serão então neutralizadas pelo poder desinfetante da arruda. Essa erva afasta o mal criando um "escudo" protetor ao redor de quem a utiliza. Alivia dores quando aplicada na pele sobre um ferimento ou dores de cabeça. 
O uso interno dessa planta é desaconselhado por ser muito tóxica, é inclusive abortiva.


http://lugalante.blogspot.com.br/2012/04/guine-arma-botanica-dos-escravos.html

André Boneberg


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