GUINÉ
Essa
planta dá o que falar. Conhecida e utilizada por muitos povos, ela recebe
diversas denominações: tipi, pipi, erva-de-guiné, raiz-de-gambá, pipiu. Apesar
dos vários nomes, o uso é muitas vezes único: escudo mágico para fechar o corpo
contra malefícios. O cheiro forte de alho que a planta exala inspirou o seu
nome científico: Petiveria alliaceae.
Utilizado
na medicina popular, o guiné sempre é manuseado com cuidado, pois é uma planta
muito tóxica. A raiz, segundo Sangirardi Jr. (1984), pode provocar
superexcitação, insônia, alucinações e, posteriormente, levar a lesões
cerebrais, convulsões tetaniformes, mudez por paralisia da laringe e finalmente
a morte. Esses sintomas foram verificados nos efeitos do
"amansa-senhor", beberagem preparada pelos escravos com as raízes da
planta. Servido pela mucama em alimentos líquidos, o guiné levava o
"senhor" à demência ou à morte, também devido à propriedade
hipoglicemiante da planta. Uma arma botânica contra a tirania dos escravocratas.
Petiveria
alliacea, esta planta cria um forte campo magnético ao seu redor. Ela tem o dom
de bloquear a ação de energias negativas; espalhando bem estar onde se encontra. A
guiné no Brasil é muito utilizada, junto com a arruda, em vasos de proteção
colocados à porta das casas. A planta funciona como uma espécie de
"antena"que capta as más vibrações, que serão então neutralizadas
pelo poder desinfetante da arruda. Essa erva afasta o mal criando um
"escudo" protetor ao redor de quem a utiliza. Alivia dores quando
aplicada na pele sobre um ferimento ou dores de cabeça.
O
uso interno dessa planta é desaconselhado por ser muito tóxica, é inclusive
abortiva.
http://lugalante.blogspot.com.br/2012/04/guine-arma-botanica-dos-escravos.html
André Boneberg
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