O deus falcão Hórus!
O deus Hórus é o deus solar dos céus e um dos mais
importantes da mitologia egípcia. A imagem de Hórus está associada ao
firmamento, e portanto, ele representa a luz, o poder e a realeza.
A partir de 2200 a.C., Hórus é elevado a símbolo do Egito
unificado quando vence seu tio numa das batalhas, e o faraó, o rei egípcio,
passa a ser tratado como sua encarnação.
Esse deus adorado pelos egípcios é conhecido por vários
nomes, os quais mudam conforme os locais de culto. Os mais usados são:
Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr, Hor-Hekenu ou Ra-Hoor-Khuit.
O deus Hórus possui corpo de homem e cabeça de falcão. No
entanto, em algumas representações ele tem asas de gavião e, ao invés de uma
coroa em forma cônica, em sua cabeça há um disco solar. Na mão esquerda, ele
carrega uma chave que simboliza a vida e a morte.
Hórus foi cultuado mesmo antes do período dinástico no
Egito. Após o início do período dinástico, sua forma é fundida com a de um ser
humano. A partir desse momento, ele passa a ser representado com o corpo de
homem e a cabeça de falcão. Isso porque esse animal, adorado pelos egípcios,
possui uma visão muito poderosa.
Filho dos irmãos Ísis e Osíris, Hórus foi concebido quando
seu pai já estava morto e mumificado. Porém, ele foi ressuscitado por sua mãe,
que se transformou num pássaro com poderes.
Seu pai era o deus da vegetação, do além e do julgamento,
enquanto sua mãe, a deusa da natureza, da fertilidade e da magia. Antes de seu
nascimento, seu pai foi assassinado pelo seu tio Set, deus do caos, que o
invejava. Isso porque Osíris governava as terras do Egito e seu irmão, o
deserto.
Insatisfeito com isso, Set planeja matar Osíris, e com o
sumiço do deus, sua irmã-esposa vai atrás de seu amado. Com medo de que ela
encontrasse seu corpo, Set o corta em 14 pedaços e espalha-os pelo Egito.
Determinada a oferecer um enterro digno a seu amado, Ísis
percorre todo o Egito e junta 13 pedaços. Entretanto, não encontra o falo (pênis),
que fora substituído por um caule vegetal.
Após mumificarem o corpo de Osíris, Ísis se transforma num
milhafre, uma ave que lhe concede poderes. Assim, ela consegue copular com seu
amado e dessa união surge Hórus.
Quando cresceu, Hórus jurou vingar a morte de seu pai
travando diversas batalhas com seu tio que, por fim, foi destronado e morto por
seu sobrinho. Após esse episódio, ele tornou-se o governante supremo do Egito
sendo responsável por unir o Baixo-Egito e o Alto-Egito.
Em uma das batalhas, contudo, Hórus perdeu visão de um dos
olhos. Esse episódio passou a ser usado para explicar que o órgão ferido era,
na verdade, a Lua.
Hórus casou-se com Hathor, deusa das festas, do vinho, da
alegria e guardiã das mulheres e protetora dos amantes. Ela é representada com
a cabeça ou as orelhas de uma vaca.
O olho de Hórus, também chamado de Udyat, é um amuleto que
fora usado desde os tempos antigos. Para o egípcios, o olho era o espelho da
alma e quem carregasse esse símbolo estava livre do mau olhado.
O olho de Hórus, perdido numa batalha contra seu tio,
simboliza o bem que venceu o mal. Por esse motivo, esse talismã representa a
luz, a sorte, a prosperidade, a saúde e a força.
Reza a lenda que o poder de Hórus estava distribuído nos
dois olhos. Assim, o olho direito representaria o Sol, já o olho esquerdo, a
Lua. Nessa perspectiva, o Sol simbolizava o poder e a essência, enquanto a Lua
simbolizava a cura.
Atualmente, essa figura que simboliza poder e proteção, é
muito escolhida pelas pessoas que querem fazer uma tatuagem.
Hórus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu) na
mitologia egípcia é o deus dos céus. Hórus era filho de Osíris muito embora sua
concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.
Ele tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e
a Lua. Matou Seth, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela
disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito.
Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de
serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus
(anteriormente chamado de Olho de Rá), que simbolizava o poder real e foi um
dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação,
Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre
Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o
outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua,
que seria o olho ferido de Hórus.
Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados
com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões
egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra - O Deus Sol, ele se
torna Ra-Horakhty. O olho de Hórus egípcio tornou-se um importante símbolo de
poder chamado de Wedjat, que além de proporcionar poder afastava o mau-olhado,
pois segundo os egípcios os olhos eram os espelhos da alma.
A Concepção de Hórus
conforme uma lenda difundida no Egito Antigo, Hórus foi
concebido por Isis, quando Osíris, que era seu pai, já estava morto. A lenda
sugere que a fecundação ocorreu quando Isis, na forma de um pássaro, pousou
sobre a múmia do esposo, que estava deitado em um sofá.
Uma estela datada do ano de 1400 a.C. (hoje guardada no
Museu do Louvre), contem este hino sobre o tema:
Oh benevolente Ísis
que protegeu o seu irmão Osíris,
que procurou por ele incansavelmente,
que atravessou o país enlutada,
e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asas
e lhe deu ar com suas penas,
que se alegrou e levou o seu irmão para casa.
Ela, que reviveu o que, para o desesperançado, estava morto,
que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
e que o alimentou na solidão,
enquanto ninguém sabia quem era...
Era originalmente o deus do céu, voando sobre o Egito como
um falcão para proteger seu pai, o rei Osíris. Quando Horus derrotou o
assassino de seu pai, Seth, ele se transformou no rei de todo o Egito, e ele é
descrito usando uma coroa com uma parte superior branca para representar o Alto
Egito e uma parte vermelha inferior para representar o Baixo Egito. Por esta
razão, os governantes do Egito sempre se identificaram com Horus na vida, se
transformando na personificação de Osíris quando eles morriam.
Hórus, para os antigos egipicios, é considerado a encarnação
de Rá na terra, a manifestação fálico solar no plano material, o princípio do
fogo. É um deus gêmeo, possuindo aspecto duplo: um ativo como heru-pa-khrat, ou
Hárpocrates parao gregos no período Ptolomaico; e um aspecto ativo, como
Ra-heru-Khuit podendo ser escrito também como Ha-roor-Khuit, o seu aspecto
marcial.
O princípipo hermético da polaridade está presente na
sabedoria iniciatica egípcia, compreendendo a natureza nos seus aspectos
ativos/passivos como complemetares.
Harpócrates, o Hórus menino, é o primeiro iniciador e seu
sinal, o do Silencio (colocando-se o dedo indicador da mão diretia sobre os
lábios), já era um Sinal utilizado nos templo egípios simbolizando a iniciação
pelo silêncio, para um contato com Num, as águas primordiais da vida (Nuit),
através da quietude interna. Era um Sinal sempre feito nos Templos antes de se
iniciar toda toda prática, por mais simples que esta pudesse ser.
O Deus Hórus, senhor do presente Aeon. Horus era adorado em
centros de cultos em Behdet, Hirakonpolis e Edfu e o olho de Horus era
considerado um amuleto poderoso.
Em Thelema, Hórus é o Deus Falcão, o Senhor da dupla Baqueta
de Poder, que destrói os últimos resquícios do antigo Aeon de Osíris. Ra-Roor-Khuit
traz em seu interior a criança Heru-pa-khrat, que é a criança do novo aeon,
traz o novo aeon dentro de si.
O Olho de Hórus é também chamado de "Olho no
Triângulo" e segundo Viviane Crowley, no livro "Cabala - um enfoque
feminino", a imagem deste Olho representa Ain Soph, Kether, Chokmah e
Binah.
O Ain Soph seria a pupila escura; Kether o círulo em volta
da pupila, a íris. Chokmah está em torno disto, dando a forma oval do Olho e
Binah é o triângulo (a base para o mundo tridimencional).
Segundo Marisa Castelo Branco, no livro "Do Egito
Milenar à Antiguidade", o hieróglifo do Olho de Hórus significa ver,
construir, criar, sendo que a palavra em egípicio que o representa é UDJAT e
este simboliza um bastão por meio do qual se obtinha o fogo.
A autora disserta também que o símbolo é oriundo do Olho de
Rá e, deste modo, o Olho era o signo R (a boca) com o Sol no meio, simbolizando
também o verbo criar.
No papiro de Nesiamsu é dito que os homens foram criado das
lágrimas de deus.
Assim sendo, a autora justifica que no Olho de Rá ou Olho de
Hórus representa as lágrimas do criados, representado pelo hieróglifo QD (uma
estaca em construção e também o verbo construir) e simbololiza Osíris que
desceu à terra para trazer os primórdios da civilização.
A segunda lágrima é representada pelo hieróglifo de uma
espiral das forças construtivas da natureza, simbolizando Hórus.
Filhos de Hórus é a designação dada a quatro deuses do
Antigo Egipto: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef. Estes deuses estavam
estritamente ligados ao culto funerário, não tendo sido alvo de nenhum culto em
templos.
Pouco se sabe sobre a origem destes deuses, que já eram
vistos como filhos do deus Hórus desde a época do Império Antigo. Nos Textos
das Pirâmides são mencionados catorze vezes, sendo responsáveis por ajudar o
defunto na sua viagem para o Além. No Livro das Portas colocam correntes nas
serpentes aliadas de Apófis, o inimigo de Rá, que queria destruir a barca solar
onde o deus viaja.
Alguns textos referem-se aos seus nomes nas listas de
estrelas da época do Império Novo.
Cada um deste deuses era visto como o guardião de um dos
órgãos internos do falecido. Durante o processo de mumificação os órgãos
internos eram retirados e colocados nos chamados vasos canópicos. A partir da
XVIII Dinastia a tampa destes vasos passou a reproduzir a cabeça destes deuses
(anteriormente reproduzia-se a face idealizada do defunto).
Cada deus estava também associado a um ponto cardeal e a uma
deusa.
As divindades eram também relacionadas com o deus Osíris,
presidindo ao acto de pesagem do coração (psicostasia) na "Sala das Duas
Verdades", segundo uma passagem do Livro dos Mortos. Neste caso era
representados de outra maneira, com os seus corpos com forma de múmia, em pé
sobre uma flor de lótus.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.
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